Rebeldes Sem Causa: Nova Geração escrita por autorasantiis


Capítulo 52
Reunion




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Clover Messi

Entro em casa e logo sou recebida pela minha mãe que estava muito animada.

— O que aprontou senhora Messi? – pergunto, franzindo o cenho.

— Você vai ter uma irmã – fala de repente, me fazendo a olhar com uma careta.

— Credo mãe – digo espantada – não acredito que está gravida.

— Não sua besta – ela revira os olhos impaciente – vamos adotar uma criança.

— Porque você precisa de outro filho, você já me tem mãe.

— Você é grande e chata, eu e seu pai achamos uma garotinha no estacionamento do mercado, ela foi abandonada pela mãe que não tinha condições de cria-la – minha mãe explica e eu apenas assinto, andando por ali e tendo ela me seguindo – eu e seu pai a trouxemos para casa e ligamos para o conselho tutelar, aí eles vieram busca-la e nós entramos na lista de adoção para ficar com ela.

— Tá bom então – dou de ombros e ela sai saltitando pela casa, me fazendo negar e ir para meu quarto, me largando lá com um suspiro, minha mãe poderia adotar um cachorro, mas já que ela quer outra criança, tudo bem.

 

Lydia West

Abro a porta e chamo pela minha mãe, mas foi a empregada que veio me receber, com seu habitual sorriso gentil.

— Senhorita, sua mãe não está, mas pediu para eu avisar que não precisa espera-la – ela diz simples e eu franzo o cenho.

— Como assim, aonde ela foi?

— Bem, ela e seu pai foram em um passeio para as ilhas Maldivas.

— Como é? – grito exasperada com os olhos arregalados – dona Jade e o senhor Beck foram passear e me largaram aqui? Que safados, foram transar nas Maldivas.

Ela ri da minha fala e eu rio também.

— Se precisar pode chamar.

— Evie – chamo pensativa – quando eles voltam?

— Em um mês – ela fala confusa.

— Certo, então você está liberada, tire férias de duas semanas.

— Mais senhorita Lydia – ela fala assustada.

— Evie, todos os funcionários dá casa estão de férias, só tem eu e você aqui, eu como mais fast-food do que qualquer outra coisa.

— E quem vai arrumar a casa?

— Eu mesma ué – dou de ombros – vai para casa, e curta suas duas semanas com férias remuneradas – pisco e ela ri negando.

— Não toque fogo na casa, te vejo em breve – ela diz e eu assinto satisfeita, saindo dali indo para o meu quarto.

 

Skyler Rinaldi

Dois meses depois...

Passo pela recepção e a recepcionista me para, me fazendo encostar na bancada com um sorriso.

— Tem dois pacientes para plantão – ela fala e eu assinto.

O plantão psicológico permitia atender pacientes apenas uma vez, e depois encaminha-los ou não para um serviço com maior atenção. A maioria dos pacientes que chegavam ali, vinham de alguma chamada de emergência, por isso a ala psicológica ficava cheia.

— Cadê a Charlotte? – pergunto.

— Com a terapia em grupo – Emmie me avisa e eu assinto estendendo a mão para pegar a ficha de anamnese – eles foram trazidos pelo serviço social só por emergência, foram achados na fronteira do México.

— Certo, a assistente social está na sala? – pergunto e ela indica a mulher na porta e uma das salas de atendimento, agradeço e caminho até a mesma – olá, eu sou a doutora Rinaldi, você deve ser Barbara.

— Sim – a assistente social estende a mão e eu a aperto – duas crianças, encontradas na fronteira do médico, tudo que nos contou foi que eles foram sequestrados, estamos tentando achar os pais, mas os nomes deles que me deram não batem com nada.

— Qual foram os nomes?

— Mar e Jade – ela diz e eu franzo o cenho confusa.

— Desculpe, eu... você pode entrar comigo?

Ela franze o cenho mais assente, eu abro a porta e assim que vejo os dois meu coração bate desenfreado. Sinto minhas pernas tremerem e eu seguro minha barriga com cuidado, andando devagar até os dois, ajoelhando em sua frente.

Os dois tinham o rosto sujo, as roupas meio rasgadas e seus rostos estavam voltados para o chão. Naquele momento eu não me importei com nada, nem com aquilo, nem com o fato de que eu poderia ganhar uma advertência.

— Meus amores – digo, enquanto meu queixo tremia.

Os dois levantaram as cabeças e seus olhos brilharam, logo tendo os dois em meus braços com cuidado, eu não podia ver a assistente social, mas provavelmente ela estava muito confusa com aquilo.

...

— Então o nome que nos deu, foi o nome das mães? – a assistente social dizia.

Estávamos eu, a minha supervisora Charlotte e a assistente, em uma sala, enquanto falávamos sobre as crianças e outra psicóloga os atendia.

— Assim que a psicóloga os liberar, nós vamos entrar em contato com a polícia e também ligaremos para os pais – Barbara diz e eu sorrio animada.

— Barbara, os pais deles estão esperando por isso a muito tempo – minha chefe diz com um meio sorriso – a Skyler não poderia leva-los?

— Bem, considerando tudo que passaram e se a polícia confirmar tudo, acredito que sim – Barbara fala sorridente e eu franzo o cenho para a Char, que sorria mais animada ainda.

— Cortesia da sua chefa – ela diz e eu sorrio animada.

 

Lydia West

Caminho de um lado para o outro nervosa, enquanto roía minha unha, com certeza minha manicure me mataria, mas eu mal podia me importar mais naquele momento.

— Lydia, senta ou eu te faço sentar – minha mãe diz estressada e eu choramingo.

— Senta amor – Cameron me puxa pela mão e me acolhe em suas pernas, fazendo um carinho nas minhas costas, me permitindo relaxar.

— Eles estão demorando – me remexo no colo dele, o fazendo prender minha cintura com força, já que eu havia sentado em cima de seu membro, isso me fez rir – desculpe.

— Largue de safadeza uma hora dessa – Mad resmunga ao meu lado.

Rio novamente e fico quieta, sentindo o carinho do Cam na minha perna, enquanto todos ali permanecia ansiosos para finalmente o momento acontecer. Estamos todos reunidos na casa dos Rinaldi. Não demorou para a porta se abrir e duas crianças passarem por ela, com a morena logo atrás, sorrindo boba.

Os dois foram abraçados e recebidos com muito carinho por todos nós.

[...]

Entramos na cozinha sorridentes e eu finalmente suspirei ao sentar na cadeira.

— Então, como foi quando você descobriu que eram eles? – pergunto para a Sky que estava na minha frente, sentada no colo do Jack, enquanto ele alisava a barriga dela, babão do jeito que era.

— Ah, nem sei explicar, pensei que ia morrer ou desmaiar, de tanta felicidade – ela diz e nós rimos.

— Eles disseram o que aconteceu? – Madison pergunta, enquanto tinha o Hayes abraçado a ela.

— Bem, parece que não foi nada tão traumatizante assim, mas ainda os deixou um pouco recluso – Sky diz – eles foram sequestrados por dois caras, que a Ruby disse serem tico e teco, aí depois eles se soltaram das cordas, deixaram a casa e saíram andando, passaram um pouco de fome e sede, estão desnutridos, mas estão vivos.

— Adoro quando fala como uma profissional – Jack olha para ela sorrindo, esse cara é muito trouxa por ela.

Admiro a cena sorridente, olho para o lado e Cameron me encarava sério.

— Que foi? – pergunto de cenho franzido.

— Nada – ele sorri fraco e volta a olhar para a frente.

[...]

Abro a porta do meu quarto e me jogo na cama, deixando para o Cameron a missão de fecha-la. Havíamos voltado para casa com meus pais e o Nathan, ele iria para o psicólogo ainda essa semana, para podermos cuidar melhor dele.

— Tudo bem – suspiro, vendo o Cameron parado na janela – o que foi?

— Do que está falando? – ele pergunta confuso e eu reviro os olhos.

— Você estava me encarando e sempre está sério demais quando estamos a sós.

— Não foi nada – ele dá de ombros e volta a olhar para a rua.

Miro suas costas, por alguns minutos e suspiro cansada.

— Cam, deita aqui – peço, enquanto mantenho meus olhos fechados.

O sinto deitar ao meu lado e eu apenas me aconchego nele, enquanto sentia o cheiro do seu perfume.

— Desculpe – falo e abro os olhos para encara-lo.

— Pelo que? – ele parecia confuso.

— Olha para mim Cameron – seguro seu queixo e o viro para o lado, para que eu pudesse lhe olhar.

— Satisfeita? – pergunta sério.

— É culpa minha, não é?

Ele continuou calado, mas aquilo não durou muito por que em seguida ele levantou e eu o encarei confusa.

— Aonde vai?

— Para casa – ele dá de ombros.

— Cam, por favor – chamo um pouco mais alto que o normal e ele me olha mais sério ainda, se possível.

— Não vamos continuar essa conversa Lydia, não vai acabar bem.

Me levanto e ponho meu corpo na frente da porta, o impedindo de passar.

— Sai da frente Lydia – ele fala calmo, enquanto esfregava a têmpora – facilita.

— Me diz, só... só me diz porque está assim e eu lhe deixo ir embora – cruzo os braços.

Ele suspira, volta para a cama e se senta.

— Você é difícil Lydia, todos que tentam se aproximar de você voltam frustrados – ele fala e eu franzo o cenho.

— Do que está falando? – pergunto caminhando até ele.

— Estou falando que você esse tempo todo me manteve afastado, fez nossa relação não passar de mera amizade, não me entenda mal Lydia, eu amo ser seu amigo, mas amo mais ainda mais quando você realmente me considera como namorado.

— Quer terminar comigo, é isso?

— Não, meu Deus, claro que não, eu só... – ele suspira – eu acho que precisamos de um tempo para nós, para pensar melhor sobre o compromisso que realmente queremos ter.

— Você está terminando comigo – afirmo e ele nega.

— Eu te amo, mas eu preciso que você saiba se realmente me quer ou não, até lá, vamos apenas nos manter afastados – ele me dá um beijo na testa e sai.


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