Rebeldes Sem Causa: Nova Geração escrita por autorasantiis


Capítulo 51
Pranks




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Bruna Ferrer

Me sento ao redor da fogueira, e logo a Cat se senta ao meu lado e a Mad do outro.

— A natureza é tão boa – Cat fala, sentindo o vento acariciar seu rosto, estava uma brisa boa por ali e o tempo não estava tão quente.

— Não sei o que você vê de tão bom nisso – uma das amigas do Ed resmunga.

— Queridinha – Lydia a encara raivosa – cala a boca.

A menina revira os olhos e eu dou risada. Não sei quando foi, mas alguém iniciou uma canção por ali e assim que a música deu por finalizada, ficamos em silencio, apenas apreciando o som da natureza, até que algo se mexeu de forma brusca no arbusto, assustando a todos que agora o encarava.

— O que foi isso? – pergunto assustada.

— Christian, vai lá vem o que tem – Clover empurra o ombro do mesmo.

Algo passou correndo e nos levantamos às pressas.

— Aqui não tem animais perigosos – Cameron fala, tentando nos acalmar.

— Vai lá ver – Kiara resmunga e empurra o mesmo.

— Não obrigada, estou bem aqui – ele puxa Lydia para junto de si, que estava de braços cruzados e um sorriso debochado no rosto.

O silencio se estendeu ali, enquanto todos nós olhávamos para o arbusto, e não demorou para que as meninas que não conhecíamos começar a pular, me fazendo olhar para o chão, vendo algo bater em seus pés.

— Façam isso parar – uma das meninas, a de cabelos pretos grita.

— Tudo bem rebeldes, já podem parar – Ed resmunga assustado.

Duas cobras surgiram do arbustos e nós recuamos um pouco mais, mesmo que elas estivessem relativamente longe de nós.

— Não estamos fazendo isso – Clara grita assustada – Cameron, você disse que aqui não tem animal perigoso.

— E não tem – Cameron afirma.

— Meninas, é sério, isso não tem graça – Aiden fala – parem com a brincadeira.

Logo as outras meninas começaram a gritar nervosas, enquanto bolinhas de tinta voavam nelas.

— Fiquem quietas, vocês vão atiçar as cobras – Clover fala, batendo em uma delas.

— Isso doi – a loira fala, ainda tentando se esconder.

— Meninas, isso não tem graça, parem – Christian repreende, mas realmente não estávamos fazendo nada.

— Juro por tudo que é mais sagrado, não somos nós – Stacy levanta as mãos em sinal de rendição.

As cobras saíram dali e sumiram nos arbustos, no mesmo minuto as bolinhas pararam de voar, fazendo as meninas correrem para a barraca delas. Mas não se demorando lá, porque elas começaram a gritar e correr, dizendo que tinha aranha nas barracas.

As rebeldes se olharam e riram, bem, pode não ser nossa culpa, mas que é engraçado, é.

— Tudo bem, podem falar a verdade – Brandon nos olha indignado – foi alguma de vocês.

— Claramente, uma de vocês não está dizendo a verdade – Louis resmunga.

— Eu não tenho nada a dizer – Kiara fala entediada.

— É obvio que não foram elas – alguém atrás de nós fala e nós olhamos para a arvore, vendo a morena com um sorriso debochado nos lábios.

— Amor – Jack foi o primeiro a se pronunciar.

— Não achou que eu te deixaria no meio do mato, sem a sua morena, não é? – ela sorri e vem até ele, o abraçando e lhe deixando um selinho. Sua barriga já podia ser vista, e ela estava linda demais com aqueles quase três meses.

— Alguém quer um tiro de paintball? – Angel pergunta, se apoiando no ombro da Mad, que ria.

— Ou preferem aranhas falsas? – Crystal surge ao lado da mesma, se apoiando na Angel e levantando a arma de paintball.

— Vocês não prestam – rio enquanto nego.

— Também te amamos – Sky sorri – alguém sentiu minha falta?

Abraçamo-la em grupo e ela sorriu animada.

— Que comecem os jogos vorazes – Angel grita divertida.

 

Madison Pardo

Caminhamos até a cabana e fomos dormir, mas o dia seguinte foi iniciado com uma gritaria enorme.

— O que houve? – pergunto saindo da cabana e logo tendo que conter meu riso.

Logo a frente, seis garotas estavam completamente encharcadas e de cara feia.

— O que houve com vocês? – Lydia pergunta cínica – até parece que dormiram no lago.

— Foi exatamente isso que aconteceu – a menina que Ed está ficando gritou exasperada, acho que é Megan o nome dela.

— Acho melhor se secar – Clover estende uma toalha, enquanto ria – pode pegar um resfriado.

Ela pega a toalha irritada e sai batendo o pé, com suas amigas logo atrás.

— Tudo bem, quem da família animal é a culpada? – Ed pergunta irritado, cruzando os braços – Skyler, Angel, Crystal?

— Estou evitando fazer esforços – Sky dá de ombros alisando a barriga, com um Jack completamente sonolento, apoiando o queixo no ombro dela.

— Dormi feito um bebê – Angel sorri cínica, sempre.

— Eu nem estava aqui – Crystal dá de ombros, olhando para um dos garotos que olhava para ela.

— Tudo bem, vamos estabelecer uma regra – Ed dá um passo à frente – nenhuma de vocês podem atacar minhas amigas, estamos entendidos?

— Alto e claro – Sky sorri maliciosa.

— Ótimo – ele sai andando.

— Nem pense nisso – ouço o Jack falar em seu ouvido, mas sua voz estava grave pelo sono, o que fazia soar um pouco mais alta do que ele gostaria.

— Ele não disse nada sobre atacar ele amor, ou disse? – a morena pergunta rindo sapeca.

— Skyler.

— Prometo que pego leve – ela dá um selinho nele e caminha até nós – vamos.

[...]

Sentamos ao redor da fogueira e logo as meninas chegaram, finalmente aprendi o nome delas. Megan, Julia, Rose, Maiara, Larissa e Natália.

— Okay, pedimos uma trégua, por favor – Megan fala, mais parecia implorar.

— Tranquilo – Angel dá de ombros, totalmente desinteressada.

— De verdade? – Maiara pergunta, parecia incrédula.

— Sim – Kiara afirma com olhos inocentes.

Elas sorriem simpáticas e nós fazemos o mesmo. Mas não demorou muito para o Ed grita e chegar na nossa rodinha, com a parte de trás das calças baixa.

— Alguém me ajuda – ele fala desesperado e nós riamos muito.

— Vem – Megan levanta e o leva dali.

— Como está se saindo lá? – pergunto para a Sky ao meu lado, mudando o nosso foco do momento.

— Super bem, lá é incrível – ela sorri alegre – os profissionais são todos muito receptivos e até estão animados com minha gravidez, aprendi muito com eles nesses últimos dias.

— Ficamos feliz por você – Clover fala animada.

— Obrigada pelo apoio, sem vocês isso não estaria acontecendo.

— Você é incrível maninha, nós apenas te apoiamos e você fez todo o resto – Lydia fala com um sorriso.

Angel levanta de repente e sai andando, nos deixando confusas.

— Eu cuido disso – Sky levanta e sai andando na mesma direção que a Angel foi.

— Alguém quer beber? – Aiden chega com duas garrafas de bebida na mão e nós gritamos animados, esse sim é um final de semana digno.

 

Angel Rinaldi

— Desculpe – ouço e logo a Sky senta ao meu lado, me fazendo olhar para ela e negar.

— Não precisa pedir desculpas por estar seguindo seus sonhos Sky, eu te apoio muito e fico feliz por estar conquistando algo... é só que... nós estamos aqui nos divertindo, vivendo nossa vida e eu fico pensando onde a Rubi e o Nathan estão, se estão bem, se estão vivos, eu me sinto culpada de estar aqui festejando, enquanto eles ainda estão desaparecidos.

— Eu também me sinto assim – ela deita a cabeça no meu ombro e suspira – mas acho que ela não iria querer isso, Ruby era muito genuína e por anos, ela sempre me dizia que não era minha culpa você ter ido embora, mesmo que eu soubesse que era minha culpa.

— Sky, não foi sua culpa – franzo o cenho meio conflituosa – e se eu voltei, foi por você, eu só tenho a agradecer e a pedir desculpas por tudo.

Ficamos um bom tempo em silêncio, apenas aproveitando a presença uma da outra. Até que eu tocasse meu pescoço e sorrisse com a lembrança daquilo.

— Eu queimei todos os seus presentes de Natal – confesso, fazendo a morena ao meu lado me olhar incrédula, com um sorriso no rosto – desculpe por isso, mas... – meu olhar se tornou melancólico – eu não tive coragem de queimar isso – tiro o colar secundário do meu pescoço e deposito na sua mão.

— Era da Rubi – Sky fala admirando a metade que continha o sol.

— Não Sky, ele era seu – puxo a minha parte de dentro da blusa, uma lua e Sky franze o cenho – Ruby viu na minha bagagem quando fui visita-la e pediu para guardar. A mamãe havia me dado no nosso aniversário de 15 anos, mas eu não entreguei a sua parte.

— Rubi nunca me contou isso – fala, pondo no pescoço.

— Eu disse que você sabia, mas que queria que ele ficasse com o colar – Sky assente e eu mordo o lábio para conter as lagrimas – achei no chão naquele dia, o feixe estava quebrado, então eu consertei e coloquei de volta no meu pescoço, não tive coragem de joga-lo fora.

— E porque está me dando?

— Porque é seu, porque você precisa para estar próxima dela e de mim – sorrio – lembre-se que a Ruby é a nossa estrela.

— Obrigada Annie – Sky me abraça e deita a cabeça no meu ombro, e ficamos ali por um tempo.

— Eu te amo Sky, nunca esqueça disso – digo, derrubando minhas lagrimas – vamos encontrar nossa pequena.

— Sim, nós vamos.


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