Rebeldes Sem Causa: Nova Geração escrita por autorasantiis


Capítulo 53
Christmas pranks




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Marianella Rinaldi

— Skyler – chamo e a mesma grita do andar de cima – vem aqui um instante – sento no sofá de frente para a escada e a espero. Assim que ela desce correndo, uma torta voa na cara dela, a fazendo abrir a boca incrédula, e arrancar o glacê do rosto, visivelmente irritada.

— Mãe – ela grita, enquanto eu ria.

— Feliz natal amor – vou até ela e lhe entrego uma toalha, para que possa limpar seu rosto.

— Sério? Bomba de torta? – ela ri e nega, agora com o rosto um pouco menos sujo – Angel.

Sinto algo cair na minha cabeça e quando me dei conta, estava toda grudenta de mel.

— Feliz natal mamãe – as duas gritam e saem correndo.

— Skyler não corra, gravidas não podem correr – falo, mas ela já estava na cozinha com a Angel, me deixando em frente a escada, toda grudada.

[...]

— E agora? – Jade olha para a rede acima de nós.

— Mãe, qual é, eu peguei leve – Lydia fala se sacodindo.

— Lydia, se eu cair e perder meu bebê porque você não para de se sacodir, eu te mato – Skyler grita nervosa – mãe, me tira daqui, a Peaches tem medo de altura.

— Minha filha não vai se chamar Peaches, Skyler – Jack resmunga segurando a corda e descendo aos poucos.

— Amor, você sabe – ela faz um biquinho e seus olhos piscam meigos – pêssegos.

— Vamos embora – Messi fala e sai andando, nos fazendo a seguir.

— Acha que a discussão vai demorar ali? – Pardo pergunta, vendo a Lydia e a Angel andarem para longe dos dois.

Skyler ainda tinha cara de cachorro abandonado e Jack ainda negava com um riso sem fim brotando no rosto. Eles realmente pareciam muito felizes, e os quatro meses já estavam batendo na porta, com muito amor, depois de descobrirem que é uma menina.

— Suas filhas são meio anormais, não acha não? – Jade pergunta e eu assinto.

— Mal de gêmeos – rio negando.

A porta é aberta e por ela, oito mulheres passam, fazendo um auê.

— Olha só quem chegou – Messi fala animada, já correndo para abraçar a meia-irmã.

— É aqui que vai ser o Natal? – Lupita pergunta, mais animada do que nunca.

— Desculpem o atraso – Mia fala nos abraçando – Miguel insistiu que deveríamos trazer roupas para a nossa neta que nem nasceu.

— Aonde estão as crianças? – Tori pergunta.

— Skyler e Jack lá fora discutindo o nome do bebê, Angel e Lydia foram para a piscina, Clover e Madison estão no andar de cima e os meninos espalhados pelo jardim – Jade diz e as outras assentem, claro que iriam querer ver seus filhotes, mesmo que eles já tenham passado muito tempo conosco.

— As pegadinhas já começaram? – Jazmin pergunta e eu assinto.

— Onde estão os outros? – pergunto dando por falta as outras crianças.

— Colocando as malas nos quartos – Vale responde me dando um abraço apertado.

— Louis está com a namorada nova na varanda – Tori responde com uma cara emburrada.

— Falando em namorar, quer dizer que seu filho está namorando a minha filha, não é? – Jade fala para Alice, que sorri.

— Espero que eles não briguem tanto quanto você e o Beck na época da escola, ou é capaz da casa pegar fogo – Alice diz e todos rimos, era verdade.

— Lydia nem é tão nervosinha assim – Jade fala e a porta é aberta pela citada.

— Vai ter volta – Lydia grita e sai correndo, com a Kiara e a Catherine atrás de si.

Nos entreolhamos e damos de ombro, garota doida.

— Retiro o que eu disse, ela é pior que eu – Jade fala e todos rimos novamente.

— O que acha que elas vão aprontar? – Cat pergunta curiosa, enquanto comia um dos pêssegos da Skyler, já prevejo ela fazendo o Jack sair de madrugada de novo para comprar seus preciosos pêssegos.

— Deus é quem sabe – Carla responde por todas nós.

— Que comece os jogos – Messi fala animada.

— Vamos aos preparativos – Vale sorri maliciosa.

 

Clover Messi

Corri escada acima e entrei no meu quarto, encontrando o Christian sentado, com um papel na mão.

— O que houve? – pergunto confusa.

— Nada, a Sky pediu a planta da casa – ele estende o papel e eu o pego – até mais.

Me dá um selinho e sai, apenas dou de ombros e corro até meu guarda-roupa, que já estava arrumado, bem, considerando que chegamos aqui tem um dia e meio, deu tempo suficiente de fazer tudo.

— Pronta? – Lydia adentra meu quarto vestida de panda.

— Minha pantufa, eu não acho – falo meio triste.

— Aqui – Skyler estende a pantufa de pata de raposa e eu agradeço sorrindo – você deixou no meu quarto no ano retrasado – dá de ombros e se joga na minha cama, ela vestia uma fantasia de pantera, com pantufas e um capuz.

— Estão prontas? – Kiara pergunta entrando no quarto, vestida de abelhinha.

Bem, para você entender melhor, todo Natal temos uma tradição antes da noite de Natal, nós brincamos em família, fazendo pegadinhas leves só para nos distrair e animar o clima. Somos sempre divididos em equipes, temos as Rebeldes Sem Causa, que são as nossas mães, eu e as meninas somos o esquadrão animal e os homens são os Vingadores. Nossas mães usam roupas pretas de ninja, nossas roupas cada uma tem um animal que representa cada uma e os homens usam uma camisa com a estampa de um super herói, cada. No final do dia, temos um placar, a regra é a seguinte, quem for pego em mais pegadinhas tem que fazer o jantar de Natal, e o segundo lugar tem que limpar a casa, enquanto o primeiro apenas não faz nada.

Cada membro da equipe que é pego, traz menos um ponto para a equipe, e no final, quem tiver menos pontos, é o perdedor.

— Prontas? – pergunto animada.

— Sim – elas gritam.

— Aonde está o placar? – Bruna pergunta.

— Na sala e por enquanto estamos perdendo para as rebeldes – Skyler dá de ombros – minha mãe me jogou uma bomba e a Angel a pegou com mel.

— Eu prendi minha mãe em um cabide de roupa – Lydia fala.

— Mais vocês três foram pegas por uma rede, antes das meninas chegarem – Mad fala e as meninas assentem, nós duas escapamos por pouco – então, está menos dois para elas e menos quatro para nós.

— Isso nos leva ao nosso próximo passo – Skyler diz animada.

— A planta da casa? – pergunto para a Skyler que franze o cenho confusa.

— Eu não pedi nada – ela fala de cenho franzido.

— Christian me entregou um papel e disse que você pediu – falo mais confusa ainda.

— Clover – ela diz agitada e nega.

— Aonde está o papel? – Kitcat pergunta exasperada.

Caminho até minha cama, pego o papel médio e entrego a Lydia que o abre e me olha indignada.

— Bons sonhos para o esquadrão animal – ela lê debochada.

No chão começava a espalhar uma fumaça branca.

— Vamos – falo, indo até a porta e a puxando – está trancada – constato o obvio.

— Vem comigo – Skyler fala e vai até meu guarda-roupa, onde com a ajuda da Angel e da Mad, ela empurra e abre a portinha ali.

— Como sabia disso? – Clara pergunta confusa.

— Passávamos uma pelo quarto da outra todas as noites, depois que nossos pais iam dormir – Sky sorri arteira e passa para o quarto ao lado, que era da Lydia.

— Alguém com sono? – Stacy pergunta, apenas confirmando.

— Não deu tempo – Crystal fala animada – vamos pegar eles.

— Vou acabar com eles – Bruna fala fofinha e nós rimos.

— Tenho uma ideia – Kitcat sorri e nós sorrimos de volta, isso vai ser interessante.

 

Hayes Albuquerque

Deito no sofá e logo os meninos se juntam a mim, se espalhando pela sala.

— Vamos ter algumas horas de sossego – Cameron fala.

— Se meu bebê morrer, eu mato você – Jack se encosta no sofá apontando para o Christian, já que a ideia foi dele.

— Não é toxico Jack, ela só vai sentir sono, aquela dosagem de gás nem vai entrar direito no organismo dela, ou das outras, juro que não tem risco – Christian diz e o irmão assente.

— Ótima ideia Christian – meu pai fala animado.

— Foi a única que ele teve em todos esses anos – tio Bustamante fala rindo e Christian lhe joga uma almofada.

— Então é menos doze para as rebeldes, menos treze e nós, zero – Cameron levanta e marca no placar.

— Estou satisfeito – Thiago fala rindo.

Cameron volta ao sofá e se espalha ao meu lado.

— Lamento informar, babaca, mas vocês logo terão menos, quantos de vocês tem mesmo? Ah, não importa, vamos acabar com todos – Skyler diz enquanto descia a escada com seu esquadrão animal.

Só dando tempo da gente levantar e sair correndo.

[...]

— Como elas não estão dormindo? Achei que o gás tinha funcionado – falo, enquanto andava de um lado para o outro dentro da adega.

— Funcionou nas Rebeldes, porque não funcionou nelas? – Tato pergunta incrédulo.

— A não ser que elas tenha escapado – Beck fala pensativo.

— Impossível, o quarto estava trancado e as janelas também, eu chequei – Christian fala, mas o Jack logo ri debochado, nos fazendo olhar para ele – a portinha do inferno.

Assentimos. A portinha do inferno era como chamávamos todas as portas no quarto das meninas, onde dava um para o outro, era assim que elas sempre ganhavam o pique esconde.

— O que faremos agora? – Rama pergunta preocupado.

— Vamos dar um jeito – dou de ombros e saímos da adega, caminhando até a casa, parando bem na porta.

— Sério? Ratoeiras? Elas pensaram mesmo que ia nos pegar com ratoeira? – Cameron pergunta rindo.

— Se eu fosse você – alguém fala e olhamos para a fresta do telhado – eu não me preocuparia com a ratoeira.

— Amor, qual é – Jack sorri galanteador – sabemos que não tiveram tempo de fazer mais nada.

— Aí que você se engana, vidinha – ela solta um beijo no ar e volta para dentro do quarto.

— Ratoeiras? – rio e viro, ou melhor, tento virar – meu pé está preso.

Assim que miro o chão o vejo repleto de pega tudo, coberto pela grama falsa.

— Ótimo, pega tudo – dou de ombros com os dois pés colados no papel.

— Retiro o que eu disse – Jack respira fundo negando.

— O que fazemos? – Kaio pergunta, esse é o marido da tia Tori.

— Tiramos o tênis – papai fala – vamos lá, tirem seus tênis e cuidado onde pisam.

Fizemos o que ele mandou e vamos com cuidado, até a parte da frente da casa.

— Aonde elas estão? – tio Maldonado pergunta, olhando pelas frestas da janela.

— Sejam cuidadosos – Cameron sussurra – e falem baixo.

Caminhamos escadas acima e por enquanto, nenhum sinal das meninas ou das pegadinhas.

— Ótimo – Miguel fala – vão para os seus quartos e peguem outro sapato, nos encontramos na adega em vinte minutos.

Caminho até meu quarto e assim que entro, a porta fecha.

— Qual é gente, isso não tem graça – grito.

— Com medo Hayes? – ouço e me viro, vendo a morena na minha frente.

— Sky, linda...

Ela me empurra contra a porta e eu sinto algo molhado grudar na minha camisa e me encharcar.

— De novo não cara, eu adoro essa camisa – resmungo, tentando me soltar e novamente, estava preso.

— Espero que tenha uma reserva – ela ri e sai pela janela.

— Grávidas não podem fazer bungee jumping, o Jack vai ficar sabendo disso – grito, mas ela nem se abalou, apenas foi embora.


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