Rebeldes Sem Causa: Nova Geração escrita por autorasantiis


Capítulo 39
Alice In Wonderland




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/695905/chapter/39

Narrador

— Take me, take me, outta here it makes me, feel so, feel so, na-na nana na – cantarolava Lydia, a Alice.

ALICE KINGSLEU, UMA BELA MOÇA DE 19 ANOS.

— Tenho 22 – Lydia resmunga.

VAI COMEÇAR A INTERRUPÇÃO? ELA TEM 19 ANOS E VOCÊ TAMBÉM, MESMO QUE NÃO TENHA, AGORA VAI TER, AGORA FICA QUIETA E ME DEIXA TERMINAR ESSA JOÇA.

— Eu hein, estressadinho – ela cruza os braços e eu assinto.

ALICE CAMINHAVA POR ENTRE OS CONVIDADOS, A BELA MOÇA HAVIA SIDO CONVIDADA PARA UMA FESTA DA NOBREZA. SEU PAI QUE HÁ POUCO HAVIA FALECIDO, FAZIA PARTE DA ALTA CLASSE E POR ISSO, ALICE DEVERIA CASAR IMEDIATAMENTE COM ALGUÉM DAQUELE CIRCULO, PARA MANTER OS STATUS DA FAMÍLIA.

— Opa, pera aí, ninguém me disse nada sobre casar – Lydia resmunga.

VOCÊ NUNCA ASSISTIU ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS NÃO?

— E eu deveria ter visto?

Reviro os olhos.

LYDIA, SÓ COLABORA.

— Okay – se rende e volta ao seu lugar.

UMA BELA SENHORA SE APROXIMA DE ALICE. ERA SUA TIA, ELA TINHA AO SEU LADO UM BELO RAPAZ, OU NÃO TÃO BELO ASSIM.

— Alice – a mulher chama.

— Fala aí piveta – Alice sorri.

— Alice, olhe os modos – a mesma repreende e vira para o rapaz que sorri – este é Jules, Jules, essa é minha adorável sobrinha, Alice.

Alice o olha e revira os olhos entediada.

— E aí – ela acena com a cabeça.

— É um prazer senhorita Alice, eu vim para... – o garoto começa a falar, mas Alice o interrompe.

— Segura as palavras aí, eu já volto – Alice se levanta e vai em direção ao jardim – quem ele pensa que é para já vir assim pensando em me pedir em casamento, eu hein, nem me conhece, vê se eu vou considerar casar com aquele cabeça de cenoura – Alice resmunga.

UM COELHO QUE PASSAVA POR ALI, ENCAROU-LHE, ALICE PARECIA UMA LOUCA FALANDO SOZINHA, E BEM, ERA MAIS ESTRANHO AINDA QUE O COELHO ESTIVESSE LHE OLHANDO COM OLHOS REPROVADORES. ALICE ENCAROU O COELHO E SE ABAIXOU AO SEU LADO.

— Não me julgue, você também não casaria com aquela replica de Rony Weasley – Alice resmunga, com os olhos semicerrados.

LYDIA, PARE DE DESTILAR SEU ODIO PELO WEASLEY POR AI.

— Desculpe, fugi do roteiro – ela se concerta e encara o coelho.

O PEQUENO COELHO LHE PUXOU A BARRA DAS VESTES, FAZENDO-A TOMBAR PARA FRENTE E SEM DAR TEMPO DELA LHE ESGANAR, ELE APENAS SAIU CORRENDO.

— Volta aqui seu pilantrinha – Alice corre atrás do coelho.

A MESMA PARA E OLHA AO REDOR, ESTAVA PERDIDA, CORRERA TANTO QUE NÃO SABIA ONDE ESTAVA E NEM COMO VOLTAR.

— So follow me down – uma voz cantarolou por ali, atraindo a atenção da moça.

ALICE PROCUROU E PROCUROU, ATÉ ENCONTRAR O MESMO COELHO PROXIMO A UMA ARVORE.

— Para onde? – ela pergunta confusa.

— Out of this town – cantarola o coelho.

ALICE FICOU UM POUCO APREENSIVA, NUNCA OUVIRA UM COELHO FALAR, E MUITO MENOS CANTAR. MAS ATÉ AQUELE MOMENTO, NADA NA SUA VIDA FAZIA MUITO SENTIDO, POR ISSO ELA CONSIDEROU.

— Com você? – Alice sorri simpática.

— Girl you’re moving way too slow.

— Porque está falando em inglês? Aliás, eu acho que você está cantando né? O que está cantando coelhinho?

— So follow me down.

— Para que lado então?

— I’ll show you around.

— Okay – Alice segue o coelho para dentro da arvore.

— There’s a place we gotta do.

— Acho que tinha alguma droga naquele champanhe, porque eu estou seguindo um coelho que canta uma música do 3OH!3 – Alice fala para si mesmo, enquanto descia as escadas.

— Follow me, follow me, fa la-la-la-la – canta o coelho, despertando Alice dos seus pensamentos nenhum pouco baixo.

— Ah, sim, lembrei – Alice fala exaltada, assustando o coelho – você é o coelho do relógio, de Alice no país das maravilhas.

COMO SABEMOS QUE LYDIA NÃO ASSITIU ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS, APENAS IGNOREM O FATO DELA TER CONFUNDIDO A LEBRE DE MARÇO.

O COELHO A OLHOU COMO SE ELA FOSSE LOUCA, E EU ACHO QUE ELA REALMENTE É, MAS ISSO É PAPO PARA OUTRA HORA.

— Vem cá coelhinho, coelhinho – Alice termina de descer as escadas e pega o coelho pelo pescoço – querendo me jogar em um buraco né espertinho? País das maravilhas uma ova, eu vou é voltar para a comida.

MAS ALICE JÁ HAVIA DESCIDO TODA AQUELA ESCADA, SEM NEM NOTAR. O COELHO ESCAPOU DE SUAS MÃOS E SAIU CORRENDO PELA FLORESTA. ALICE TAMBÉM CORREU, MAS ESTAVA PERDIDA, NÃO SABIA ONDE IR, DEPOIS DE HORAS DENTRO DE UM LABIRINTO, QUE ELA ENTROU ACIDENTALMENTE, ELA PAROU E OLHOU AO REDOR.

— Que droga, eu odeio labirintos – Alice resmunga – me faz lembrar aquele maldito filme, o labirinto do fauno, credo, eu preferia estar em uma cena de A Freira.

CANSADA DE CAMINHAR, ALICE ENCOSTOU EM UMA PAREDE DE ARBUSTOS E ADORMECEU. HORAS SE PASSARAM, ATÉ QUE ELA ABRIU OS OLHOS E SE VIU EM UM BREU TOTAL.

— Aí Apolo, para onde foi a luz? – Alice levanta e olha ao redor.

UM CLARÃO INVADIU O LUGAR, FAZENDO ALICE FECHAR OS OLHOS E RESMUNGAR COM APOLO. ESSA GAROTA ASSISTE MUITO FILME DE MITOLOGIA. ALICE ABRIU OS OLHOS E VIU UM BELO RAPAZ EM SUA FRENTE, ELE TINHA UMA CARTOLA EM SUA CABEÇA, UM SORRISO SINISTRO E OS OLHOS BRILHANTES E GRANDES.

— Quem é você? – Alice pergunta assustada, o rapaz estava muito sinistro.

— Me chamam de Chapeleiro Maluco – fala Cameron, o chapeleiro maluco.

— Onde estou chapeleiro?

— No país das maravilhas – ele ri histericamente – quem eres tu?

— Me chamo Alice, mas se você vier com essa história de Alice do país das maravilhas, eu chuto seu saco – fala emburrada, fazendo o chapeleiro defender as partes intimas com as mãos.

— Alice no país das maravilhas? – o chapeleiro estava confuso.

— Sim, ninguém vê TV por aqui não?

— O que é TV?

— Papo para outra hora – ela de ombros – e aí, qual é a sua cara?

— Talk, talk, talk, sing, sing, sing – repetia o chapeleiro – dancing, walking, clocks keeps on talking, they sing, la la-la-la-la.

— Eu ainda não entendi a mania desse povo de cantar assim do nada.

— Já ouviu alguém cantar assim? – o chapeleiro a rodeou e cheirou seu cabelo.

— Agora a pouco tinha um coelho cantante por aí.

— E onde está o coelho? – ele coloca o queixo apoiado no ombro dela.

— Eu não sei, ele saiu correndo depois que tentei o matar.

— Você é meio lunática, não acha?

— Você é chamado de chapeleiro maluco, e eu sou a louca? – Alice irrita-se dando uma tapa no braço do rapaz – vai a merda.

— A merda fica longe, mas se der tempo, eu te levo mais tarde – o chapeleiro sai de junto da Alice, antes que ganhe outro tapa – aliás, como sabia que existe uma merda aqui?

ALICE FAZ UMA CARETA COMPLETAMENTE DESENTENDIDA, ACHAVA QUE O RAPAZ ESTAVA REALMENTE FICANDO LOUCO. O CHAPELEIRO COMEÇA A RIR HISTERICAMENTE E PARA SUBITAMENTE, OLHANDO SÉRIO PARA A ALICE.

— Vamos, nós precisamos ir até as rainhas – ele saltita, fazendo a loira ir atrás dele.

— Rainhas? – Alice pergunta confusa.

— Sim, a rainha de copas versão funko pop e a rainha branca, versão Barbie.

ALICE PARECEU PENSAR, MAS NÃO COMENTOU NADA, ELA APENAS O SEGUIU EM SILÊNCIO. ELES CAMINHARAM ATÉ CHEGAREM EM UM BELO CASTELO, ONDE FORAM RECEBIDAS PELAS RAINHAS.

— Seja bem-vinda – fala a rainha branca, ela tinha uma voz doce.

— Cortem as cabeças – grita Hailee, a rainha de copas.

— Calma aí carrasco, ninguém vai cortar minha cabeça – Alice se esconde atrás do chapeleiro – corta a dele, é maior.

— Não querida – Branca sorri leve – esse é o jeito da minha irmã dar boas-vindas.

— Eu hein, ninguém ensinou bons modos a ela não? – Alice resmunga, saindo de trás do chapeleiro e semicerrando os olhos para a rainha vermelha – bem que me disseram que você é violenta.

APÓS ESSAS PALAVRAS DE ALICE, UMA XICARA DE CHÁ VOOU E QUEBROU NA PAREDE ATRÁS DELA, FAZENDO A MESMA SE ABAIXAR POR UM TRIZ.

— Opa, nada de violência gente, isso é um filme da Disney – Alice resmunga.

— Olá Alice – fala a lebre de março.

— Ótimo, mais coelhos – ela revira os olhos – até parece que a escritora é fã do Jungkook do BTS.

— Essa é a lebre de março, ele adora quebrar xicaras de chá – Branca explica.

— Tanto faz – Alice dá de ombros – então, porque exatamente eu estou aqui?

— Você nos procurou Alice – o chapeleiro comenta, atraindo a atenção dela – recebemos uma carta sua e agora a pouco você estava cantando a música do país das maravilhas.

— Ah que conversa furada, todo mundo canta e carta? Que carta? Eu não me lembro de escrever carta nenhuma, já sei, me confundiram com outra Alice.

— Você é Alice Kingsley? – Branca pergunta.

— Sou.

— Então é você mesma – a rainha de copa lhe entrega uma carta – é a sua assinatura.

— Ah sim – Alice ri olhando a carta – escrevi com cinco anos, queria ser como a Alice do filme e mandei uma carta amarrada em uma pomba branca.

— Minhas pombas são eficientes – Branca sorri extravagante.

— Os coelhos no entanto – Alice resmunga revirando os olhos – será que eu posso ir para casa?

— Gentlemen and ladies, animals, and babies – Branca canta, chamando a atenção de todos.

— We sing, we sing, na, na na-na-na – cantarola o chapeleiro.

— Take me, take me, outta here it makes me – canta Alice assustada – feel so, feel so, na-na nana na.

— Baby, baby here we all are crazy – canta a rainha de copas – you don’t have to worry, na-na nana na.

— Okay, já chega – Alice grita – você é psicopata – aponta para a rainha de copas – você é irritantemente doce, me dá diabetes – aponta para a rainha branca – e você – aponta para o chapeleiro – esqueceu os parafusos em casa.

O CHAPELEIRO RI HISTERICAMENTE, ASSIM COMO TODOS PRESENTES, EXCETO PELA RAINHA DE COPAS, ELA NÃO TINHA SENSO DE HUMOR. O PAÍS DAS MARAVILHAS NA VERDADE NÃO É EXATAMENTE O QUE ALICE ESPERAVA E MAL ESPERAVA PARA SAIR DALI.

— Cortem as cabeças – grita a rainha de copas.

ALICE NEGA E SAI ANDANDO DALI, ESTAVA CANSADA DAQUELE BANDO DE LOUCOS, ENTÃO EM UM PISCAR DE OLHOS, ELA JÁ NÃO ESTAVA MAIS ALI, ELA ESTAVA DENTRO DE UM GRANDE CALDEIRÃO. SUA MENTE RODAVA IMAGINANDO COMO HAVIA CHEGADO ALI, MAS SEUS PENSAMENTOS FORAM INTERROMPIDOS PELO CHEIRO DE CHOCOLATE QUE CHEGOU AO SEU OLFATO. PELO VISTO, ESTAVAM TENTANDO LHE TRANSFORMAR EM DOCE.

NESSE MOMENTO UM GATO APARECEU EM SUA FRENTE, A FAZENDO SE ASSUSTAR E CAIR NO CHÃO, JÁ QUE ESTAVA PENDURADA NA BORDA DO CALDEIRÃO.

— Quem é você? – ela pergunta deixando um rastro de chocolate pelo chão, enquanto caminhava até a geladeira.

— Sou o gato risonho.

— Aquele que dá sorte? Será que eu poderia ter o seu rabo?

— Ficou louca? Quem dá sorte é o coelho, eu hein – ele desaparece enquanto a loira pensava.

ALICE SAIU ANDANDO PELO CASTELO, ESTE QUE ESTAVA VAZIO COMO NUNCA IMAGINARA. ENTÃO OUVIU UMA VOZ NO JARDIM, SORRINDO PARA O RAPAZ.

— Alice – o chapeleiro fala sorrindo.

— Chapeleiro – Alice saltita até ele.

— Quer ir para casa né? Vamos, eu te levo.

OS DOIS SEGUIRAM O CAMINHO DE VOLTA PARA O LABIRINTO.

— Chapeleiro, você gostaria de se casar comigo?

— Eu não quero casar com você, sou muito novo para morrer.

— Você adoraria morrer de amores por mim – Alice segura o mesmo pelo colarinho da blusa e sorri, logo o beijando.

ELA O SOLTA E O EMPURRA PARA DENTRO DO LABIRINTO, INDO LOGO EM SEGUIDA. VOLTANDO AO MUNDO NORMAL, ALICE PISCOU DUAS VEZES QUANDO OUVIU A VOZ DE SUA TIA, ELA ACABARA DE PERCEBER QUE TUDO NÃO HAVIA PASSADO DE UM SONHO.

— E então Alice? – sua tia pergunta.

— Pode repetir tia? – Alice pergunta confusa.

— O que acha de Jules?

ELA OLHA PARA O GAROTO E SORRI, ALI NÃO ESTAVA O MESMO RAPAZ DE ANTES, MAS SIM OUTRO, UM QUE ELA HAVIA ADORADO CONHECER.

— É um belo rapaz tia.

— Então, permita-me – Jules se ajoelha em sua frente – Alice Kingsley, me daria a honra de ser minha esposa?

— Feel so, feel so, na-na nana na – Alice cantarola e assente – sim!

E ASSIM ELES SE CASARAM, VIVENDO JUNTOS PELO RESTO DA VIDA.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rebeldes Sem Causa: Nova Geração" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.