Always escrita por Mizinha2


Capítulo 10
Ten


Notas iniciais do capítulo

Eu não achei o capítulo lá aquelas coisas bombásticas, mas achei que está legal para postar. Minha criatividade despencou agora de tarde depois da chuva QUANDO EU IA DORMIR :(
amanhã prometo fazer um melhor ♥



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"Tornei-me apenas o eco de uma luz que um dia brilhou.

Mas um dia...

Renasceu a esperança, a luz brilhou novamente."

— Anahí (antes da música "salvame" na Espanha)

O vento ao nosso redor tornou-se mais forte a ponto de que as gotas de chuva que caíam devagar e quase imperceptivelmente voaram rodeando-nos.

Quando me separei de Benjamin, o mundo ao meu redor ainda parecia girar a 360 graus. Agora, ainda mais confusa com o bolo misto de sentimentos, me separei dele, tentando controlar minha respiração. Pensei em algo para dizer, algo que nos livrasse do silêncio perturbador que se formou. Mas eu simplesmente não conseguira falar nada.

— Eu posso ouvir seu coração- Ele falou chamando minha atenção- Está batendo rápido!

 Eu não estava satisfeita. Ao olhar novamente para Benjamin, a vontade de selar nossos lábios fora maior, e em um impulso me pus na ponta dos pés e o beijei novamente. Agora, o beijo que anteriormente era calmo tornou-se veroz. As gotas de água então caíram ao meu lado, molhando a lateral de meu vestido, obrigando-me a me afastar em busca de ar.

— Isso- falei sem fôlego- Foi errado.

 Benjamin se virou para a direção das árvores, ficando de lado para mim. Foi a pior coisa que eu pude falar.

— Mas- eu interferi antes que ele pudesse falar algo. Abaixei a cabeça e sorri mais para mim que para ele- Eu...eu..eu gostei!

 Benjamin virou-se para mim com uma expressão indecifrável. Ele sorriu e estendeu a mão para mim.

— Você precisa trocar essa roupa!

 Passei pela porta de entrada e a música novamente voltou a tocar; ou ela esteve tocando o tempo todo? Segui para a escada, e em meio às pessoas que caminhavam de um lado para o outro, eu estiquei um pouco o braço e impedi que uma delas tocasse em meu tórax, onde as pontadas começaram a surgir novamente.

 Senti novamente a ponta dos dedos de Benjamin, mas desta vez em minhas costas. Tia se aproximou de nós e sorriu nervosamente para mim.

— Onde estavam? – perguntou. Eu senti uma vontade imensa de chorar. Chorar, pois eu acabara de beijar alguém que namora a mais de cem anos, chorar por vergonha. Mas talvez não me arrependa de nenhuma ação!

— Renesmee aceitou uma dança- ele sorri tranquilizador. Um bolo se formou em minha garganta e eu continuei a andar.

 Ao chegar aos primeiros degraus da escada, já estava sozinha.  Subi apressadamente e ao chegar ao segundo andar, esqueci-me por completo de minhas costelas e corri até meu quarto. Fechei a porta e lentamente fui deslizando rumo ao chão. Ainda era possível sentir o gosto de sua boca. O que foi que eu fiz?

 Levantei ainda com os olhos pouco marejados e fui até o closet, pegando a roupa mais simples que havia. Pensei em não descer mais, assim talvez a festa acabasse. Não seria justo com as pessoas de lá.

 Com muito esforço interior, eu acabei saindo do quarto.

[...]

  Não sei dizer ao certo quanto tempo durou a festa, mas sei que sumi muito antes do fim. Algumas caixas de presente ficaram espalhadas na escada e eu quase caí em algumas vezes ao descer. Agora, minha mãe entrara com uma outra caixa, provavelmente a que mais atrapalhava o caminho entre os andares.

— Está é a mais comprida- ela falou- E eu quase caí!

Gargalhei.

— Onde estava, percebi que no meio da festa você sumiu.  – Suspirei.

— Mãe- respondi- Quando você se apaixonou pelo papai- eu realmente não sabia como perguntar- O que sentiu?

 Minha mãe me olhou pelo canto dos olhos e perguntou evitando sorrir.

— Por que está perguntando isso?

 Resolvi não mentir. Mentiras só afastam o tempo que a verdade será dita. E eu nunca mentira para meus pais antes, não seriamente! Me aproximei dela, elevando minha mão a altura de seu rosto, onde toquei em suas bochechas.

 Eu temi pelo que ela diria. Mas ao contrário do que eu esperava, minha mãe apenas suspirou e pôs a caixa de presente na penteadeira. Em seguida, sentou-se na beirada da cama.

—Se eu disser a você que já percebera isto, ficaria surpresa? – eu afirmei que sim- Você é péssima fingindo! – ela gargalhou-  Seu pai também- eu realmente comecei a ficar apavorada- Mas sabíamos que você um dia gostaria de alguém. Só que benjamin não era a pessoa que havíamos pensado. Mas eu fico feliz, por você estar feliz...

 Tentei explicar que não sabia realmente se estava feliz, mas ela lera meus pensamentos.

— Você está feliz... Só que seu sentimento de felicidade está por baixo do medo, da curiosidade e do próprio amor.

 Concordei. Minha mãe se levantou e caminhou até mim, passando a mexer em algumas mechas de meu cabelo.

— Eu estou feliz por você. Benjamin é uma boa pessoa, mas peço que tome cuidado; Benjamin está a bastante tempo com Tia. 

 Ela me abraçou quando os primeiros indícios de lágrima surgiram. 

[...]

 Com a consciência e os sentidos retomados, encontro-me sentada na cama, pensando no que minha mãe havia dito. A minha frente, o celular estava ligado tocando uma música.

 Oue estava ao meu lado, deitada lendo uma revista comum.

— Se eu te contar uma coisa- comecei a falar- Promete que não vai fazer nada?

— Hum?

— Eu...Nós...Na verdade, o Benjamin....me beijou- eu despejei tudo de uma vez, gaguejando um pouco.

 Oue abaixou a revista, de modo que conseguira me olhar completamente. Seu olhar era de alguém confuso e realmente surpreso.

— Benjamin, quer dizer Benjamin do clã egípcio? – eu afirmei. Levantei e fui até a penteadeira, onde peguei a escova. Assim que voltei para cama, me pus a pentear o cabelo- Não vejo mal, ele parece ser legal.

— O problema não é esse Oue, o problema é que ele é praticamente namorado  da Tia, isso para não dizer algo mais sério.

 Ela se pôs sentada e encarou-me fixamente.

Nessie, eu te conheço há bastante tempo, e eu sei que o que está sentindo aqui- ela levou a ponta do dedo indicador até a direção do meu coração- Não é de agora e sei que está confusa e com medo. Eu não posso opinar em sua relação, pois não tenho direito de fazer isso; mas posso te apoiar. Posso sentir que o que VOCÊ está sentindo aqui- ela pressionou meu peito- É forte demais.  


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