Always escrita por Mizinha2


Capítulo 9
Nine


Notas iniciais do capítulo

EU PREPAREI UM TEXTÃO AQUI MAS APAGOU.
ESSE CAPÍTULO TA ENORRRRRRRRRRRRRMEEEEEEEEEE, LEVEI UM TEMPÃO (DESDE ONTEM) PARA ESCREVE-LO.
BJUS ♥



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 Um estranho movimento me fez abrir os olhos de forma violenta. O ambiente, embora já gravado em minha mente de forma que eu pudesse declarar o devido lugar de cada objeto, me pareceu estranho por alguns segundos, segundos que levei a adaptar-me com a tamanha claridade que provinha do lado exterior e invadia a casa por conta das paredes de vidro. 

 Esforcei-me para levantar, mas a verdade é que até respirar me parecia uma tarefa deafiadora. Assim que consegui me pôr sentada, a voz de meu avô ecoou pelo cômodo, originando-se em algum lugar. Ainda atordoada demais, sem noção do tempo, deduzi que ele estava lendo mais um de seus inúmeros livros.

— Evite se movimentar muito- eu concordei acenando sem saber para quem e para onde, exatamente- Daqui a uma semana você já vai estar recuperada, graças ao seu lado vampiro. Renesmee- sua figura tornou-se clara para mim. Ele caminhou com calma e se pôs a minha frente- feliz aniversário!

 Eu agradeci enquanto ele me dava um beijo no topo da testa. Eu o amo tanto!

 Bem, da noite anterior, somente a sensação de sentir os dedos de Benjamin deslizando pela minha pele era nítida em minha memória. Bocejei e esfreguei os olhos. Novamente, com dificuldade, conseguir me por de pé e a caminhar até o inicio da escada. Cada passo dado, era uma pontada de dor horrorosa.

— Vou precisar subir a escada- falei encostando-me no guarda-corpo de vidro que ficava entre o corrimão e os degraus da escada.

— Deixa- Tia Rosalie apareceu- Feliz aniversário, meu amor- ela beijou-me na bochecha- Vem! Eu te ajudo!

 Sorri agradecida para ela, que pôs uma de suas mãos ao redor da minha cintura e a outra serviu de apoio a medida que eu subia cada um dos degraus. Evitando respirar profundamente, consegui chegar ao andar de cima. Ainda com a ajuda de tia Rosalie, segui direto para o quarto.

— Imagino que queira tomar um banho, né? – eu acenei que sim- Vou ajuda-la. Bella e eu ficamos responsáveis por cuidar de você.

 Com ajuda, de novo, eu tirei a blusa praguejando mentalmente por estar sentindo as dores da maldita queda. Com sua ajuda, tirei o short que utilizei durante a noite. Fiquei apenas de roupas íntimas.

 Ao passar pela frene do espelho, tonei que o hematoma adquiriu um tom mais escuro. Quando cheguei ao box, um banquinho estava posicionado bem debaixo do chuveiro. A água que começou a jorrar estava tão gelada quando o tempo do lado de fora. Tentei sair, mas tia rosalie segurou-me.

— Segundo Carlisle- meus dentes de cima e de baixo batiam uns contra cos outros- Te dar banho com água gelada é ótimo, pois  a baixa temperatura ajuda na circulação do sangue que está causando essa enorme marca colorida e ainda oferece efeito analgésico. Você vai se recuperar mais rápido. E o frio ainda deixa a pele mais bonita.

Com movimentos delicados, tia Rosalie começou a lavar-me.

  Ao terminar, sentei-me na beirada da cama enquanto apertava mais a toalha contra o corpo. Tia Rosalie voltou com um enorme tecido do closet. Ela vestiu-me com uma camisola preta longa, que possuía bojo e detalhes dourados na região dos seios. Ela explicou-me que não deveria usar roupas coladas que pressionassem ainda mais a região. Bufei. [...] Sentia-me desconfortável. Horas e outras eu me remexi tentando encontrar uma posição confortável. Tia Rosalie estendeu a mão e pegou minha escova de cabelo, e com movimentos calmos passou a penteá-lo.

 E então, as memórias da noite anterior logo após a constatação de Benjamin vieram como um deslizamento.

  - Conheço uma ótima receita de um chá- ele falou- Se quiser posso preparar.

— Tudo bem- respondi suspirando.

Benjamin se levantou e seguiu em direção à cozinha. Encostei minha cabeça no encosto do sofá e peguei o controle, coloquei em uma séria até então desconhecida cujo nome era Shadowhunters. Quando Benjamin voltou, estava segurando uma xícara com uma mistura semelhante a uma gelatina um pouco aguada. Tive receio em beber aquilo.

— Pode ser um pouco ruim de e ver- ele falou enquanto sentava ao meu lado- Mas garanto que tem um gosto bom. É uma receita muito antiga.

— Tipo... do seu tempo? – perguntei, mas assim que ele se virou para mim com os olhos brilhando eu xinguei-me mentalmente por ter perguntado- Desculpe.

 Benjamin gargalhou ajeitando sua postura.

— É... Do meu tempo, Renesmee- ele virou sua atenção para a tv.

  À medida que bebia a mistura, ficava cada vez mais sonolenta, até que decidi me render. Tombei a cabeça para o lado, no ombro de Benjamin.

 Deixei um suspiro de surpresa escapar, mas tia Rosalie não notou. Estava bastante concentrada em pentear meu longo e claro cabelo, que fora clareando com o tempo.

 A camisola que ela me dera caíra bem em meu corpo; declarei ao passar pelo espelho.

— Onde está minha mãe? – perguntei.

— Estou aqui- a voz suave de minha mãe invadiu o quarto. Ela se pôs ao meu lado, olhando-me pelo espelho- Eu estava preparando uma pequena surpresa para você- ela sorriu.

— A partir do momento que você anuncia a surpresa antes do tempo ela deixa de ser surpresa- Eu sorri pegando um dos grampos de cabelo.

 - Eu anunciei, mas não disse o que é e você não sabe, Ou seja, ela continua sendo uma surpresa.

Concordei rindo de sua careta. Ao olhar o espelho novamente, além de tia Rosalie e minha mãe, lá atrás estava meu pai. Com suas diárias calças e blusas com manga. Estava apoiado no batente da porta com o sorriso que eu já vira nas memórias de minha mãe; O mesmo sorriso do dia em que se casaram.

— Não! Não é um cachorro! - Meu pai caminhou até nós- É uma coisa melhor!

 Eu abaixei a cabeça obviamente sem graça.

— Vou deixa-los a sós- Tia Rosalie despejou a escova na penteadeira e saiu rapidamente.

— Renesmee- minha mãe falou tirando do bolso uma pequena caixinha- Acho que sabe não podemos mudar o tempo, embora já tenhamos querido isso. Eu só queria dizer que... As coisas ruins da vida sempre vêm com um propósito e servem para nos fazer aprender e ensinar. Sempre devemos nos manter calmos para acreditar que podemos cada vez mais...vencer! Isso é da sua avó- ela abriu a cainha tirando de lá um lindo cordão com uma pedra branca que pareceu brilhar- Renée.

 Meus olhos fitaram a joia por um período de tempo curto. Por que você está me dando isso?- Quis perguntar.

— Quero que fique com você- ela beijou-me na bochecha- Bem, vamos?

— Vão para onde?- perguntei ao ver meu pai acenar que sim-.

— Preparar sua surpresa- ele falou por cima do ombro. Revirei os olhos enquanto meus pais se dirigiam a saída.

  Ao se afastar, um cartão de um pequeno tamanho caiu de seu bolço. Assim que o peguei, a porta foi fechada, e depois foi aberta. Não aberta, e sim quase derrubada! Oue entrou como um verdadeiro furacão e correu direto para mim. Tentei avisa-la de que estava parcialmente quebrada, mas de nada adiantou. Ela envolveu-me em um abraço que arrancou caretas e caretas minhas.

— Oue- tentei falar a procura de ar- minha...costela.

— Ah- ela soltou-me rapidamente- Desculpa!

 Eu encarei a anotação do cartão. A letra que dizia de quem era estava tão irreconhecível que demorei um bom tempo para decifrara-la. Então, relacionei mentalmente o que havia acabdo de encontrar.

Carlos alberg- Documentos

+1827392830

320 S Forks Ave,Forks, WA 98331,Estados Unidos

Sua mãe esteve lá em casa hoje pela tarde [...] Estava apressada.”

“Bella veio me informar sobre os passaportes[...] Não sei quantos”

  Agarrei o antebraço de Oue e ela parou de tagarelar, olhando-me curiosa. Entreguei o cartão a ela e expliquei-lhe brevemente o que eu estava querendo; A mesma pessoa cujo nome estava no papel saberia me explica o por quê de minha mãe ter encomendado dois passaportes e para quem eles realmente são.

— Quer dizer que sua mãe encomendou passaportes falsos. Tipo; ilegalmente- eu acenei que sim enquanto vestia com gemidos a calça- E que você vai até esse desconhecido para saber qual o motivo? Não é mais fácil perguntar para sua mãe?

— Se quisesse que eu soubesse disso- eu falei enquanto calçava a pequena bota- Já teria contado.

 Oue tentou explicar-me que não era uma boa ideia, mas eu já estava no closet escolhendo uma blusa adequada que me deixasse mais seria.

[...]

— Eu esperava ver você muito depois- falou o homem moreno enquanto eu me dirigia à cadeira- O que te trás aqui?

— Quero que me responda uma coisa; O que minha mãe veio fazer aqui, exatamente?

— Achei que soubesse ler o cartão- ele falou indiferente. Oue me olhou- O que acha?

— Acho que não temos tempo, então trate de falar logo- Oue respondeu por mim.

— Se ela não te contou provavelmente não quer que saiba, não é? – Ele gargalhou e passou a digitar alguma coisa no computador- Saber demais as vezes é um problema!

— Então você é cheio deles, não é? – perguntei; O moreno calou-se e passou novamente a digitar alo no PC.

Renesmee Cullen, dezoito anos. — Ele tirou da gaveta um pequeno cartãozinho. Minha foto estava colada e ao lado minhas informações básicas.

— Só tem esse? – perguntei.

— Não! Ela me mandou conseguir um para Jacob Blake.

— E dos meus pais?- perguntei receosa.

— Só me mandaram conseguir esses. Nenhum a mais e nem a menos!- ele respondeu e meu coração disparou.

Se eu tivesse um futuro depois do encontro com os Volturi, meus pais não estariam nele.

[...]

 Ao voltar para casa, inventei a primeira desculpa que vira a minha cabeça. As dores diminuíram bastante e agora eu podia andar com mais facilidade.

 Tomei o banho quente que não havia sido da manhã e deitei-me na cama.

 Quando novamente acordei, dei-me conta de que anoitecera e que lá fora estava chovendo. Surpresa, me dirigi para mais perto da janela. Minha mãe, minha tia e minha vó entraram subitamente.

— Ainda bem que está acordada- minha tia suspirou- Vou preparar uma roupa.

— Roupa?

— Preparamos uma simples festa para você- minha avó falou- Venha, vamos fazer um penteado.

 Sem perceber eu já estava sentada frente ao espelho enquanto minha avó separava de forma lenta e delicada algumas mechas de meu cabelo. Então, ao processar tudo aquilo em minha mente um medo anormal se apoderou de mim. Festas exigem atenção, e atenção não é uma das palavras que mais definiria meus gostos. Tia Rosalie voltou do closet com um vestido simples, que se não estivesse em minha frente, podia jurar tê-lo doado.

 Ao colocar a peça de roupa na cama, eu voltei minha atenção novamente para o espelho. Imperceptivelmente, meus dedos começaram a chocarem-se uns contras os outros. Reparei em cada uma das mulheres ali, todas concentradas em suas ações. Infelizmente, minha cabeça virara abrigo para pensamentos e perguntas não respondidas, e isso dificultava minha concentração.

 Não pude deixar de encarar, através do espelho, minha mãe. Ela pareceu tão despreocupada que em certo momento cheguei a pensar que eu mesma já estava ficando um tanto paranoica. Não pude deixar de notar que estava um pouco chateada com ela.

— O que achou? - Minha mãe perguntou referindo-se ao penteado.

 - Está bonito- respondi com um certo sorriso no canto dos lábios. Era uma trança grega que não se completava ao terminar o comprimento do cabelo.

— Esse vestido foi o mais simples que encontrei- Tia Rosalie aproximou-se com as mãos no bolso da calça. Minha mãe e minha avó se afastaram para definir outra coisa- Não se preocupe- Ela virou-se para mim e falou baixo- Não há uma decoração estridente lá embaixo. Afinal, sua outra tia não está aqui- Notei um certo tom de um misto de decepção, preocupação e saudade- Ótimo! O cachorro Fedorento chegou.

 Tia Rosalie de afastou irritada e minha mãe anunciou que, se eu quisesse, podia vestir-me. Concordei e caminhei em direção à cama onde se encontrava minha roupa para a noite. Com uma certa falta de interesse, comecei a vestir a roupa separada. Ao terminar, deduzi que poderia ter uma livre escolha quanto ao sapato, então optei por calçar os habituais tênis all star; o longo vestido o esconderia. E em meu rosto, passei somente o básico; o pó.

 [...]

 Uma música de ritmo lento tocou seguida de mais duas do mesmo gênero antes de elevar-se. Haviam pessoas desconhecidas da tribo quileute e alguns amigos de meus pais. Os clãs estavam separados, e eu procurei por  impulso Benjamin, e não o encontrei. Deduzi que ele deveria não gostar de festas, e escolherá se ausentar. Uma pontada de desapontamento me fez revirar-me desconfortável na cadeira da cozinha. Sentada em minha própria festa de aniversário, passei a dobrar de diferentes formas o guardanapo que se encontrava em minha frente.

As pontadas de dor começaram a voltar, fazendo-me pressionar o local dolorido.

— Eu não faria isso se fosse você- não precisei virar para deduzir de quem era a tal voz. A sensação de ter borboletas no estômago surgiu de repente, e eu meus sentimentos e sentidos se embaraçaram- Se quiser diminuir a dor, remédios são o melhor, não acha?

— Não precisa- Eu o fitei paralisada- Já passou!

 Benjamin olhou-me fixamente e desviou sua atenção para minha mão que ainda pressionava a costela do lado direito. Ele pôs sua mão sobre a minha, e a afastou do local. E eu olhei cada movimento seu até que ele se pôs de pé.

 Benjamin era como uma droga, ou seu doce favorito; Quando você experimenta, torna-se um viciado. Era como seu melhor amigo; agia de uma forma em seu anterior, deixando-o ansioso para encontra-lo. Assemelhava-se a pessoa que você ama; tira seus sentidos e sua sanidade, fisga sua atenção e seus pensamentos, deixa-o fora da normalidade. Benjamin fazia do amor ser mais do que uma simples palavra.

 Abri a boca diversas vezes para falar algo, mas minha voz sumira.

 - Dance comigo?

 - Será uma honra- respondi.

Ao contrário do que eu esperava, Benjamin levou-me até a varanda, onde não havia quase ninguém, apenas alguns membros do clã irlandês. Não havia música, e a única iluminação vinha da enorme e brilhante lua. O ar gélido que entrava em contato com minha pele já não era o que me fazia estremecer. Benjamin virou-se para mim. Hipnotizada, eu correspondia aos primeiros sinais da dança. Ali, sem música, começávamos a dançar. A única coisa que atraía minha atenção eram seus olhos e seu sorriso.

 Meu coração palpitava como um tambor em escola de dança. As borboletas voavam em meu estômago. À medida que dançávamos íamos nos aproximando mais, até que "espaço" tornou-se uma simples palavra derivada. Benjamin não estava distante, estava o mais próximo possível. Minha respiração falhou, e eu passei a respirar mais profundamente em busca de ar. Minhas pernas ficaram bambas, e o tempo pareceu parar. As pessoas pareceram sumir. Senti-me em um buraco vazio e silencioso. Então, meus sentidos despencaram. Benjamin se aproximou com os olhos fixados nos meus, e em questão de segundos sua boca já estava junto a minha, iniciando um beijo delirante, cheio se sensações e explosões de sentimentos a cada movimento.

  Minha mente já não processou meus pensamentos.

Se isso é o amor; eu talvez esteja o amando.


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Notas finais do capítulo

DEU O MAIOR TRABALHO PRA POSTAR POIS UMA PARTE ESTA NO CELULAR E A OUTRA NO PC



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