Diário de Isabela.. escrita por Wanda Barker
Notas iniciais do capítulo
Isa descobre que o Téo tem uma chance de poder ver.
Me arrumei cedo para escola, não sei o porquê , mas hoje queria estar linda, quando cheguei na escola, acabei chamando a atenção de alguns meninos, o Mateus e o Téo vieram ao meu encontro.
— nossa Manu, você ta linda hoje. – disse o Mateus.
— obrigada.
Téo apenas sorriu, ele apertou forte a bengala, acho que ele desejava poder me ver tambem.
— eu queria poder ver você.....mas eu sei que você é linda.
— e como você sabe.
— eu posso não ver você com os olhos....mas eu sinto você com o meu coração....e eu tenho certeza que alguém como você , com o coração como o seu....só pode ser linda.
Eu fiquei sem chão, com as palavras do Téo, fiquei emocionada, mas não sabia se ele estava se referindo a Manuela de antes, ou a Manuela que eu fingia ser.
Nesse instante, Omar chegou, me olhou dos pés a cabeça, me olhou de um jeito que me deixou sem graça.
—você esta linda Manuela, eu queria te fazer um convite.
— nem perca seu tempo, a resposta é não.
— eu quero ser seu amigo.
—se mudar o seu jeito, eu posso ate pensar em ser sua amiga, mas enquanto você continuar a agir como um idiota com todos aqui, nem pensar.
— então se eu tentar mudar você seria minha amiga.
— talvez.
Ele sorriu, eu olhei para os meninos, Mateus estava indignado e Téo estava sério, o Omar foi embora, e o Mateus olhou pra mim.
— você seria amiga dele, Manu.
— não sei, as vezes eu acho que ele só precisava de um amigo, pra mudar.....eu sei o que ficar sempre sozinha.
— mas Manu, você sempre teve a gente.
— ah....a sim ....eu sei.....
Eu sabia o que era solidão, sabia o que era não ter amigos, ser deixada de lado.
— Manu, eu acho que o Omar gosta de você. – disse o Mateus.
— mas eu aceito a amizade dele, só isso, não posso aceitar mais nada porque eu gosto de outro garoto. – eu disse sem pensar.
Téo ficou estranho, o Mateus olhou pra mim e depois pro Téo e sorriu.
— por quem Manu. – disse Mateus.
— eu....eu.....
Téo estava tenso esperando a minha resposta.
— eu acho melhor a gente entrar , vai começar a aula. – disse, fugindo do assunto.
Sentei do lado do Téo, a aula era muito fácil, depois da aula fui pra casa , e como não tinha nada pra fazer, resolvi ir no Téo, chegando lá a porta estava entreaberta, os pais do Téo estavam conversando.
— a sapataria não vai nada bem, esta difícil pagar as contas, e a sorveteria também não vai nada bem, esta difícil guardar dinheiro pra operação do Téo.
Eu fiquei em estado de choque, com a mão erguida para bater na porta, mas não bati.
— eu sei marido, queria tanto poder juntar a quantia necessária para a operação, agora que os médicos disseram que tem uma chance do Téo poder ver.
— eu nem contei para o Téo, disse que os exames que ele fez eram de rotina, não queria dar esperanças e acabar com elas depois.
— depois de tantos anos ,........ o Téo nasceu assim, eu sei que ele nunca reclama, mas eu sei que ele fica triste quando aquele maledito daquele menino Omar ofende ele.
— eu não sei se vou conseguir dizer ao Téo que surgiu um medico que se especializou nesse tipo de operação, que ele teria a chance de ver tudo pela primeira vez, e depois dizer que como essa tipo de operação ainda é experimental , é caríssimo.
— ai marido, nem se vendêssemos tudo, não teríamos nem 10 % do valor.
Eu fiquei parada na frente da porta com a mão estendida, sem saber o que fazer, o Téo tem uma chance de ver, ELE TEM UMA CHANCE......eu podia ajudar, eu podia pagar, mas como eu faria isso, sem dizer a verdade.
Eu desisti de procurar pelo Téo, fui ate a praça e me sentei num banco, fiquei pensando em como eu poderia ajuda-lo.
Marina se aproximou de mim, para me dizer que tinha conseguido contato com a Manuela, e que ela estava bem, e que a Manuela e o Joaquim estavam apaixonados, mas que a Regina não deixava os dois se aproximarem.
Fiquei triste pela Manuela, agora que sabia o que era estar apaixonada, eu imaginei como ela estaria se sentindo longe do Joaquim.
Voltei para casa me sentindo péssima , chegando lá tinha um buque de flores, perto do sofá, e Téo estava no sofá, por um minuto achei que fosse do Téo pra mim.
— oi Téo.
— oi Manu.
— pra quem são essas flores. – eu disse sorrindo.
— flores.....eu bem que senti cheiro de flores, quando eu cheguei.
— ah........ - fui ate o buque e peguei o cartão, era pra mim.
— é pra mim. - eu disse, o Téo ficou serio na hora.
— quem mandou pra você.
— o Omar....esta escrito que é pelo começo da nossa amizade..... - bem o cartão dizia mais, porem achei melhor não falar.
— são bonitas.
— sim...são vermelhas....
—eu não conheço as cores......só sinto seu perfume.
Ele disse isso de um jeito meio irritado, será que o Téo pensava que eu poderia começar a gostar do Omar. Achei melhor mudar de assunto.
— você queria falar comigo.....
— sim, é que eu queria te convidar pra dar uma volta.
— claro.
Nos fomos ate a praça e ficamos horas conversando, quando percebi já tinha anoitecido, então nos despedimos e eu fui pra casa..
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espero que tenham gostado..