Diário de Isabela.. escrita por Wanda Barker


Capítulo 22
No hospital.


Notas iniciais do capítulo

leiam...



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Parecia que finalmente estava dando tudo certo, eu estava com minha família, o Téo tinha aceitado fazer a operação, e eu estava muito feliz.

Com a ajuda do meu padrinho, conseguimos um quarto ótimo no hospital, só pra ele, assim nós poderíamos ficar com ele depois da operação, porque ele ficaria um tempo no hospital, e  precisava ficar confortável.

A data estava marcada, e estávamos ansiosos, eu estava muito preocupada, queria que desse certo, o padre fez uma missa, pedindo que todos os fieis rezassem pelo Téo, o pastor também, ele juntou um grupo de fieis, para fazer orações pelo Téo, eu notei como  todos no vilarejo gostavam do Téo.

O vilarejo não era muito grande, todos se conheciam, então todos estavam preocupados com o que pudesse acontecer, estávamos todos ansiosos.

Chegou o dia que ele iria pro hospital, nós fomos pra cidade, no carro o Téo passou o tempo todo segurando a minha mão, ele estava tremendo.

— você tá com medo Téo.

— um pouco.....eu não sei viver de outro jeito.......não sei como vai ser depois.

— vai ser incrível....eu vou mostrar todas as coisas bonitas que existem.

— a primeira,  quero que seja você.

Eu sorri, depois de um tempo, chegamos ao hospital, os enfermeiros ajudaram a acomodar o Téo no quarto, ele estava com muito medo, e eu também, eu fiquei com ele no quarto, os pais do Téo foram resolver os papeis para a operação.

— Isa.

— sim.

— eu não consegui dormir a noite toda.

— eu também não dormi.

— eu estou com medo.

— vai dar tudo certo.....e eu estarei aqui quando você acordar.

Ele sorriu.

— obrigado Isa.

Ele estava deitado na cama, esperando que viessem busca-lo, eu fiquei do lado dele, segurando sua mão. Os pais do Téo chegaram e ficaram com a gente, tentando acalmar o Téo, mas na verdade todos estavam nervosos.

Ele estava agitado, não parava de se mexer, eu estava aflita, não conseguia acalma-lo, meu padrinho chegou e pediu pra conversar com os pais do Téo, eles foram para o corredor, e eu fiquei sozinha de novo com o Téo, então eu me aproximei, e dei um beijo nele.

— Isa, eu posso fazer uma pergunta.

— sim.

— e se não der certo, e se eu continuar cego......você vai continuar comigo.

— eu me apaixonei por você assim....e se você continuar cego, eu vou continuar te amando do mesmo jeito.

— é que você insistiu tanto que eu fizesse essa operação, que eu pensei....que você não.....

— o tempo que eu passei sem ver, eu pude sentir um pouquinho de como você sempre se sentiu, eu já falei isso, eu insisti na operação porque eu quero o melhor pra você.

— mas....

Eu me aproximei e beijei ele, de um jeito que eu ainda não tinha feito, quando nos separamos , eu fiquei um pouco envergonhada, mas comecei a rir da expressão no rosto dele, afinal eu peguei ele de surpresa, mas consegui que ele ficasse quieto pelo menos, parou de ficar me perguntando se eu iria deixar dele, se a operação não desse resultado, ele também ficou envergonhado com o beijão que eu dei nele, mas ele gostou, era tímido de mais pra falar, mas eu vi no rosto dele.

Ele acabou sorrindo, estava mais calmo, começou a me falar o que gostaria de fazer depois que pudesse ver, depois ficou em silencio por tanto tempo que eu pensei que tivesse adormecido, mas na verdade ele estava reunindo coragem de me pedir outro beijo igual o que eu tinha acabado de dar nele.

Nós demos outro beijão, daqueles de perder o folego, mas ouvimos a voz da Manu no corredor, então nos separamos, eu me sentei em um sofá ao lado da cama.

A Manu entrou, seguida da nossa mãe, dos pais do Téo, e do meu padrinho, e de um outro medico, que começou a explicar como seria a operação, e de como seria o pós operatório, ficamos mais um pouco no quarto, até que os enfermeiros vieram e buscaram o Téo.

Os pais do Téo estavam muito nervosos, a dona Fiorina andava de um lado pro outro no quarto, o Mateus e a Dóris vieram pro hospital, e ficaram esperando noticias junto com a gente.

A operação durou umas cinco horas, e eu já estava tão nervosa que eu acho que eu iria invadir a sala de operação a qualquer momento, eles não falavam como Téo estava.

Mas de repente a porta do quarto se abre, e o medico entra, nos corremos ao encontro dele, o medico estava cansado, mas feliz.

— O Téo está bem, ocorreu tudo bem na operação, ele está na observação, mas logo virá pro quarto.

— e ele vai poder ver, doutor.  -  Perguntou a dona Fiorina.

— só vamos ter certeza quando tirarmos os curativos, o que vai demorar um pouco, precisamos ver se os olhos do Téo, não vão rejeitar a nova retina, o caso do Téo era mais complicado, mas eu acredito que sim, que ele vai ver.

Os pais do Téo começaram a chorar e abraçaram o medico, depois a dona Fiorina, me abraçou e disse que se não fosse por mim, nada disso seria possível, e que nunca esqueceria a minha atitude.

Depois de mais uma hora, os enfermeiros apareceram com o Téo, eles acomodaram ele na cama, mas ele ainda estava inconsciente, devido a anestesia, estava com os olhos enfaixados, mas parecia bem.


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Notas finais do capítulo

estão gostando....



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