Diário de Isabela.. escrita por Wanda Barker


Capítulo 21
Não é por pena, é porque eu amo você..


Notas iniciais do capítulo

leiam....



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Tudo estava perfeito, a Manu e o Joaquim estavam namorando, estavam tão melosos, bem eu confesso que quando estava com o Téo, eu tambem ficava meio boba, mas eu acho que é assim que pessoas que se amam se sentem.

Depois do tempo que passei no hospital, eu comecei a gostar do Téo mais ainda, ele ficou do meu lado, me ajudou no momento que eu mais precisei, se não fosse por ele, não teria sido tão fácil passar por tudo aquilo.

O Téo e o Joaquim, juntos fizeram uma serenata pra mim e pra Manu, eu confesso achei lindo. O Joaquim não saia mais da minha casa, a Manu estava feliz, e eu estava feliz por ela, não sentia mais ciúmes, nem inveja da Manu, não precisava mais, eu tinha o Téo, tinha uma família, eu me sentia amada, e eu e a Manu, além de irmãs nos tornamos melhores amigas, confidentes, unidas.

As vezes saiamos juntos, o Téo e o Joaquim ficaram muito amigos, a família do Téo gostou de mim, todos no vilarejo me aceitaram muito bem, não era comparada com a Manu, ela tinha um jeito e eu tinha outro. A Manu voltou a usar as roupas e o cabelo de antes, e eu pude ter o meu estilo de novo, voltei a ter mechas roxas, a única coisa que foi complicado de resolver foi qual banda que a Manu ia cantar, a cumplices de um resgate ou Manuela e seus amigos, eu não podia ajudar, eu desisti de cantar, resolvi investir no que eu sabia fazer, roupas, moda, isso sim era comigo. Eles pensaram em juntar as bandas, ainda não tinham decidido.

Depois de um tempo, eu resolvi falar com os pais do Téo, sobre a operação.

Esperei um dia que o Téo não estivesse em casa, fui ate lá, eles estavam na sala, eu me aproximei.

— posso entrar.

— claro Isa, mas o Téo não tá.

— eu sei eu quero falar com vocês, é importante.

— o que foi.

— já faz um tempo, eu escutei vocês conversando , eu sei sobre a operação do Téo, e eu posso ajudar.

A dona Fiorina, começou a chorar, eles estavam emocionados.

— Isa, é muito caro.

— pelo Téo, eu faço qualquer coisa, por favor deixa eu ajudar, o tempo que eu passei sem ver, eu entendi como o Téo se sente, eu quero que ele veja.

— mas pode não adiantar, e você gastaria uma fortuna.

— se o Téo tem chance de ver, mesmo que seja mínima, eu quero ajudar.

A dona Fiorina me abraçou.

— Isa, eu podia dizer não, mas pelo meu filho, eu deixo o orgulho de lado, eu sonho com essa operação desde que o medico nos disse.

— então vocês aceitam que eu pague a operação.

— sim, pelo meu Téo, eu aceito, mas temos que falar com ele.

Ficamos esperando o Téo chegar, os pais do Téo ficaram muito emocionados , a dona Fiorina, me abraçava o tempo todo.

Depois de um tempo Téo chegou.

— mama.

— Téo, a Isa esta aqui.

— o que esta acontecendo, a sua voz esta estranha mama.

Ele se aproximou.

— o assunto é serio Téo.  - Eu disse.

— eu já estou ficando preocupado.

— filho, já faz um tempo..... nós não tivemos coragem de contar pra você, aqueles exames que você fez, é porque tem um cirurgião que é especialista em olhos, e ele se especializou em retina artificial, muitas pessoas que ficaram cegas voltaram a ver , e ate teve alguns casos de pessoas que nasceram cegas, como você, que começaram a ver.

— como assim... mama....  – o Téo estava emocionado.

— seus exames Téo, o medico disse que você tem chance.....poucas.....mas tem......só que...

— só que??

— ela é muito cara.

O rosto do Téo foi de felicidade a tristeza, ele estava tão animado, agora estava decepcionado.

— calma, filho, a Isa disse que ela paga a sua operação.

Ele não sorriu, ficou pensativo.

— Isa, eu jamais pediria isso pra você, não é justo você gastar o dinheiro da sua herança comigo.

— Téo.

— não Isa, eu nasci assim, é claro que eu tenho curiosidade, mas eu não sinto falta de uma coisa que eu não sei como é, eu nunca me importei, não precisa......

— Téo, por favor, aceita, eu quero ajudar você.

— mas se não adiantar, eu não quero deixar vocês decepcionados.

— o medico disse que você tem chance de......

— mínimas.

— mas tem, ah....que saber de uma coisa......o que você prefere....ir por vontade própria ou levado a força.

— você esta fazendo isso por pena.

— não.....não é por pena.... é porque eu amo você.

Ele sorriu.

— Téo, o tempo que eu passei sem ver, eu senti um pouco do que você sente, e eu decidi que eu faço qualquer coisa por você.

— mas.

— Téo.

— ta bom.....eu aceito.

Os pais do Téo começaram a chorar, o Téo tambem estava emocionado, ele disse que jamais esqueceria o que eu estava fazendo por ele, e que quando pudesse ver, ele disse que me faria feliz.

— Isa, você promete que vai me visitar no hospital.

— eu vou ficar ao seu lado o tempo todo......e quando você abrir os olhos, eu estarei do seu lado, pra você poder me ver...... e só você procurar a garota mais bonita que estiver no quarto....vai ser eu.

Ele sorriu, levantou a mão e tocou o meu rosto, passou os dedos delicadamente pelo meu rosto.

— eu quero muito ver você.......também quero ver meus pais, quero me ver.

— você vai conseguir, Téo.

— obrigado, Isa, isso significa muito pra mim.

Ele me abraçou, eu estava emocionada, ele também.

Quando voltei pra casa, eu contei a minha família, sobre a operação do Téo, a Manu ficou muito feliz, e começou a chorar, ela me disse que como ela cresceu junto com o Téo, ela sabia tudo o que ele passou.


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Notas finais do capítulo

gostaram...



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