Diário de Isabela.. escrita por Wanda Barker


Capítulo 2
Confusão na casa do Téo


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem



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Acordei com a Rebeca me chamando, era sábado, eu queria dormir, mas essa gente do interior adora acordar cedo....aff. Tomei o café com a família da Manuela, e sai , não queria ficar perto deles. Fui para praça, e fiquei lá, ate que o Omar apareceu, que garoto mais chato.

— oi Manu.

— o que você quer.

— calma, eu só queria te convidar pra tomar um sorvete.

— não to afim.

Ele olhou pra mim, e segurou a minha mão, me deu muita raiva, mas antes que eu falasse alguma coisa, eu ouvi o Mateus falando.

— deixa  a Manu em paz, a gente não vai deixar você chateando ela.

— porque vocês estão de mãos dadas. – disse a Dóris, só nesse instante é que eu percebi que ainda segurava a mão do Omar, soltei da mão dele, olhei para os meninos, Téo estava com uma expressão estranha e não falava nada.

Omar se levantou com um sorrisinho debochado, e foi embora.

— o que ele queria com você, Manu?- disse o Mateus.

— ele só me convidou pra tomar um sorvete.

— será que ele gosta de você Manu. – disse a Dóris.

— não sei, mas ele toda hora vem falar comigo, ate que ele é bonitinho, mas o jeito dele não me agrada .

Téo continuava serio e calado, isso já estava me preocupando.

— a gente veio pra te convidar pra dar uma volta.

Sai com eles, caminhamos um pouco, Téo estava muito estranho, quase não falava, começou a anoitecer, então voltei pra casa, quando entrei em casa a Rebeca estava na sala e me chamou.

— oi filhinha, olha só o que eu achei, um álbum de fotos de quando você era bem pequeninha, vem olhar comigo.

— não to afim.- disse e já ia saindo mas ela me impediu.

— você, esta muito diferente, Manu, não estou gostando nada desse jeito com que você fala comigo, eu quero que você volte a ser a minha filhinha de antes.

— então quer dizer que você não gosta do jeito que eu sou agora.

— não filha, eu quero que você volte a ser a Manu de antes.

Nossa , isso magoou, eu não era a filhinha perfeita, a boazinha, que todos amavam, foi a primeira vez que senti ciúmes da Manuela, eu sabia que se todos soubessem a verdade, era bem capaz de me expulsarem do vilarejo.

— pois você pode esquecer isso.- eu falei aos gritos.

— Manu se acalma, me perdoa.

— eu nunca vou perdoar você,.... eu só vou  pegar umas roupas , a Dóris me convidou pra dormir lá na casa dela (menti).     - eu queria sair dali, não ia suportar ficar a noite com eles.

Arrumei uma mochila e sai, sentei no primeiro banco que achei, o que eu ia fazer agora, não podia voltar pra casa, não podia ficar sentada ali a noite toda, e não queria ir pra casa da Dóris, dai eu tive a ideia.

Corri ate a casa do Téo, mas estava tudo quieto, consegui dar um jeito de entrar na casa, quando entrei o Téo estava sozinho na sala, com um livro, não entendi o titulo porque estava em braile.

— Téo.

Ele se assustou.

— Manu, o que você esta fazendo aqui.

— eu posso dormir com você?

— O QUE????

— fala baixo Téo, não quero acordar seus pais, eu posso dormir aqui hoje, eu briguei com a Reb...com a minha mãe, e sai de casa e não tenho pra onde ir.

— porque você não fala com a sua mãe, ela é muito legal, você não devia discutir com ela.

—olha Téo, se você não quer que eu fique aqui, é só falar.

— não é isso, Manu, é claro que pode ficar aqui.

Acompanhei o Téo ate o quarto dele, era um quarto pequeno, tinha uma cama de solteiro, uma estante cheia de livros em braile, o cachorro do Téo estava dormindo num canto do quarto, próximo ao roupeiro.

— você pode dormir na minha cama, eu posso arrumar um lugar no chão.

— nem pensar Téo, não vou deixar você no chão.

—não Manu, eu não vou deixar você no chão.

— mas eu não disse que ia dormir no chão.

—mas....

— ai Téo, a gente dorme junto na sua cama.

Quando eu disse isso, o Téo ficou tão vermelho, que eu achei engraçado.

— você.....

— desculpa Téo, eu acho melhor eu ir embora.

— não.....fica....eu....divido a cama com você.....-  ele ainda estava com o rosto vermelho, e achei ele tão fofo.

Arrumamos a cama , eu deitei de um lado e ele do outro, mas a cama era meio pequena para os dois. Eu me ajeitei , estava bem tranquila, mas o Téo estava estranho, ele tentava ficar longe de mim, nem encostava em mim, mas a cama era pequena, não ia demorar muito pra ele cair da cama.

— Téo vem mais perto, se você continuar se afastando você vai cair da cama.

— eu to bem assim.

— vem Téo. – eu disse puxando ele.

Ele veio mais perto, e virou de costas pra mim, achei engraçado a timidez dele, eu dormi muito bem, fazia tempo que eu não dormia tão bem, mas desconfio que o Téo não dormiu a noite toda.

Acordamos  com um grito da mãe do Téo,  ela veio acordar ele, e me viu com ele, foi quando eu percebi que eu tinha abraçado o Téo enquanto eu dormia, ele levou um susto tão grande que eu tive que segurar ele pra que ele não caísse. O pai do Téo entrou correndo pelo quarto. O téo já estava em pé perto da parede com uma cara que eu não sei nem descrever, e eu continuava na cama.

— mas o que.....- o pai do Téo olhava pra mim, eu comecei a ficar envergonhada, o que será que eles estavam pensando.

— marido, eles tavam dormindo junto. – disse a mãe do Téo.

— calma mama, a Manu só precisava de um lugar pra dormir.

— e precisava ser com você.

— dona Fiorina, a gente só dormiu, não precisa tanto escândalo.

O Téo e eu, ficamos sentados no sofá, a Rebeca chegou, os pais do Téo e a Rebeca, nos deram uma bronca, o Téo não falava nada, e eu já estava irritada.

— calma.....pra que tanto escândalo.....- eu gritei.

— você não entendeu....filha ......os outros podem comentar.

— isso é simples de resolver.....se vocês não comentarem nada ninguém vai saber.

Voltamos pra casa, e todos combinaram de não contar pra ninguém o que tinha acontecido, levei mais uma bronca, mas no final ate que deu tudo certo.

Mais tarde naquele dia, fui a praça e vi o Téo sentado num banco, fui ate ele.

— oi Téo.

Ele ainda estava envergonhado.

— oi Manu.

— o que aconteceu depois que eu sai da sua casa.

— a minha mãe gritou umas duas horas comigo, mas no final ela entendeu.

Depois de alguns dias, todos pareciam que tinham esquecido, menos o Téo , que continuava estranho comigo, o que me deixava triste porque eu gostava da companhia dele.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado



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