…:Amu POV:…
Ao acordar de manhã reparo que eu e o Ikuto estamos abraçados, ele com as mãos na minha anca encostada a ele e eu com as mãos no peito do Ikuto, fez-me corar bastante por causa daquela posição como nós estamos. Afastei-me muito devagar sem acordar o Ikuto para pedir o pequeno-almoço pela primeira vez ele não me agarrou ou algo assim, apenas se virou para o outro lado, ele a dormir parecia um pequenino gatinho inofensivo mas quando acorda transforma-se num monstro pervertido.

Desço as escadas e viro para ir para o escritório para pegar no telefone e pedir o nosso pequeno-almoço marco o número da recepção “Bom dia, em que posso ajudá-la?” diz uma voz feminina com muita cortesia “Bom dia… Era para pedir o pequeno-almoço” disse um bocadinho embaraçada “E o que deseja?” perguntou outra vez a senhora “Dois croissants, um com manteiga e outro com chocolate de barrar, dois sumos de laranja naturais e um café e outro descafeinado, se faz favor” pedi com gentileza “Muito bem, podia-me dizer qual é o número do seu quarto para levarmos o seu pequeno-almoço?” perguntou a senhora “Hum, é o quarto 1910” (A/N: Quem leu o mangá irá perceber o significado deste número AHAHAHA! xD capítulo 42) respondi-lhe um bocadinho nervosa, eu não sou muito de conversar e assim. “O seu pequeno-almoço deve chegar dentro de poucos minutos madame” disse a recepcionista com ainda mais cortesia “Hum, Obrigada” agradeci e desliguei o telefone quando me virei vejo um Ikuto ensonado a esfregar o olho e a espreguiçar-se “Ohayo Ikuto” disse-lhe com tom simpático na minha voz “Estavas a falar com quem, Amu?” perguntou o Ikuto, ele às vezes consegue ser bem controlador “E bom dia, não? Estava a pedir o nosso pequeno-almoço” respondi-lhe enquanto me dirigia para a sala e quando senti o Ikuto a agarrar-me pela cintura “Bonjour Amu” sussurrou numa voz sedutora no meu ouvido o que me fez corar até ficar completamente vermelha “I-I-Ikuto! V-Vai-te v-vestir!!” ordenei-lhe enquanto metia as minha mãos a esconder o vermelho das minhas bochechas “Amu, não me queres ajudar?” perguntou-me com um smirk na cara e se ria “I-I-Ikuto, v-v-vai!!” gritei-lhe enquanto me sentava na sofá.

…:Utau POV:…
“SOUMA! Vamos!!” gritei com o Souma que estava mesmo atrás de mim, eu sabia que ele estava ali, mas apenas quis irritá-lo um bocadinho “Utau, eu estou mesmo atrás de ti…” disse o Souma “Eu sei Souma, vamos que eu tenho uma entrevista hoje!” despachei-o agarrando pela mão dele e correndo pela porta fora “Utau, será que temos tempo para ir ali à suite do Ikuto? Preciso de falar com ele.” Perguntou ele enquanto parei o ritmo e virei-me para ele “Ok, assim aproveito e falo também um pouco com a Amu” respondi-lhe com um sorriso na cara e nos dirigíamos para a suite da Amu e do Ikuto.

Quando lá chegamos, batemos à porta e apareceu a Amu “Amuu!” gritei enquanto a abraçava num abraço forte “Utau! Kukai! Entrem, o Ikuto deve estar quase pronto” disse a Amu com um grande sorriso na cara. A Amu sentou-nos no sofá enorme da suite, quando meu irmão queria impressionar ele sabia o que haveria de fazer, sinceramente achava o meu irmão e a Amu fofinhos juntos, era um par não normal, por causa das personalidades é claro “Desculpem, mas se tocarem à porta é o senhor que nos vêm trazer o pequeno-almoço” desculpou-se a Amu, enquanto o Ikuto, eu, o Souma e a Amu tivemos a falar de tudo que se pode imaginar, rimos, ficamos espantados de tudo até que o meu irmão entrou na sala “Utau? Ah! Kukai, precisavas de falar comigo não era?” perguntou o Ikuto dirigindo o olhar para o Souma que estava ao meu lado “Sim, bora?” perguntou o Souma que se ponha em pé “Bem, até já meninas” despediu-se e seguiu o Ikuto. Quando nenhum deles se encontrava na sala comecei a falar com a Amu.

“Amu, então o meu irmão tem se portado bem contigo?” perguntei olhando para os quadros todos que estavam na sala “Sim, o Ikuto pode ser uma pessoa detestável como alguém que podemos contar para tudo.” Respondeu-me com aquele sorriso só que ela sabia fazer “Hum… Sabias que tu e o meu irmão fazem um bonito par?” provoquei-a para ver como é que ela ficava “Huh?! U-U-Utau!” gritou ela e começou a corar e eu só me ria da reacção dela, quando tocaram à porta, eu e a Amu fomos à porta ver quem era, o empregado era um moreno alto de olhos azuis com um cabelo castanho-escuro despenteado com um ar provocador “Bom dia, era para entregar o pequeno-almoço à madame que pediu os croissants, os sumos e os cafés. Qual destas belas senhoras é?” disse o rapaz, diria que ele tinha uns 19, 20 anos não mais que isso “E-Eu… Muito obrigada…” disse a Amu com um vermelho que mal se notava na suas bochechas e eu só contemplava a cena quando ouvi passos a aproximar-se “Obrigado. Podes já ir embora.” Disse o Ikuto com uma voz fria e protectora metendo-se à frente da Amu e o Souma atrás de mim “Alguma coisa minhas senhoras, é só avisar” disse o rapaz com um gentileza mas eu não era fácil “Como o meu irmão disse, podes ir.” Disse eu arrogantemente mostrando que não estava nem interessada no que ele poderia dizer, notei que o Ikuto e a Amu estavam a olhar para nós e a rir-se mas não percebia porquê quando me apercebi que o Souma estava a agarrar-me na cintura de um modo protector que ninguém me podia tocar e corei um bocadinho pela situação.

“B-Bem! Que vamos fazer hoje?” propôs a eles “Que tal irmos ao spa?” perguntou o Ikuto, logo me apercebi das intenções dele “Ikuto, a Amu não é assim…” avisei-o, o Souma começou a rir e a Amu fez-me uma cara de quem não estava a perceber a conversa “E-E se fossemos ao shopping? Sempre é mais agradável” perguntou a Amu ultrapassando a conversa anterior “Acho uma boa ideia! Que tal rapazes?” questionei-os e eles mostraram uma cara de aborrecimento “Tem mesmo de ser?” perguntou o Souma com uma cara de quem não queria mesmo nada ir “Sim! Ah! Tinha-me esquecido! Tenho uma entrevista daqui a pouco. Até Já!!” despedi-me de todos e quando chegou à vez do Souma ao dar-lhe um beijo na bochecha não sei o que aconteceu e sem querer nós viramo-nos para o lado errado e beijamo-nos na boca, um pequeno beijo mas o bastante para me fazer corar e ficar com raiva “FIZESTE DE PROPÓSITO!” culpei-o pois não sabia o que haveria de fazer “O QUÊ?! TU É QUE… Porque é que estamos a discutir? Eu estou farto Utau! Sempre a discutir-mos, estou farto!” gritou o Souma “D-Desculpa Kukai…” murmurei muito baixinho “Utau… A sério estou farto de nós estarmos sempre a discutir…” disse o Kukai enquanto com um dedo elevava o meu queixo para que eu olhasse directamente nos olhos dele, não evitei estar a corar até que nos apercebemos que o Ikuto e a Amu estavam ali ao lado a olhar para nós com cara de parvos e não estarem a apanhar a conversa, passado uns 2 segundos o Ikuto começou-se a rir e a Amu também o que me fez corar ainda mais e sair pela porta fora em direcção ao hall do hotel onde iria encontrar com o jornalista.

…:Ikuto POV:…
Isto é um momento que não se vê todos os dias, a Utau e o Kukai mais íntimos? Não era nada deles, ou estão com febre ou ficaram mesmo mais íntimos.
“Amu-chan, ainda queres ir ao shopping?” perguntei virando a minha cara para ela e o Kukai ficando ali a pensar no que acabou de fazer “Huh? Ah, pode ser…” disse ela com uma cara séria “Kukai, vens?” perguntei a ele que continuava com a mesma reacção “Hum, acho que vou para o quarto descansar… Sim é isso…” disse o Kukai muito baixinho enquanto se dirigia para a porta, dava para perceber que este dia não ia ser fácil para ninguém.
Pego na Amu em estilo de noivos, com ela ao meu colo pego nas chaves do carro e nos casacos enquanto ela batia-me para lhe por no chão ‘A Amu nunca irá mudar’ sorriu para mim mesmo, pois a sabia que ela iria ser sempre assim e eu gostava dela assim mesmo. “Ne, Ikuto-kun, vamos a qual shopping?” disse a Amu no mesmo tom de voz que eu tinha utilizado antes para ela, por muito que fossemos diferentes iríamos ser sempre os melhores amigos mesmo parecendo impossível “Hum, onde queres tu ir?” perguntei-lhe enquanto a metia no chão (A/N: Neste momento eles estavam a entrar no elevador o.o) “P-Podemos ir o-onde e-eu e a U-Utau estávamos a comentar?” perguntou ela um bocadinho envergonhada “Claro, mas primeiro quero um beijo” ordenei aproximando cada vez mais da cara dela “I-I-Ikuto! P-P-Pára!” gritou ela com um vermelho cada vez mais forte nas bochechas dela e virou-me a cara para me dar um beijo na bochecha, pequeno mas foi o suficiente para saber que estava a ganhar confiança com a Amu.

Quando o elevador abriu uma loira começou-me a piscar o olho e a falar comigo, claro que tive de dar conversa para ficar bem enquanto a Amu só olhava com raiva e impaciente para ela “Bem, desculpe. Vou ter de acompanhar a minha amiga ao centro comercial” desculpei-me formalmente enquanto lhe dava um beijo na mão, a Amu apenas ficou surpresa por causa daquele momento. “Amu-koi, vamos?” provoquei-a “Cala-te Tsukiyomi…” pela primeira vez em alguns dias ela chamou-me Tsukiyomi, quer dizer que ficou com ciúmes e isso é um bom sinal…

--- No Shopping ---

…:Amu POV:…
Entramos no shopping quase todas as raparigas viraram o olhar para o Ikuto, ser alvo das atenções não é para mim sinto-me desconfortável e ainda por cima estou com ele. “Ikuto, não podes dar pouco nas vistas?” perguntei-lhe puxando o casaco “A Amu fica com ciúmes é?” disse com uma voz sedutora, como sempre “Ikuto, primeiro, huh? E em segundo não gosto de ser alvo de atenção” desabafei um bocadinho baixo mas parece que ele percebeu.

Enquanto andávamos à procura de roupas e assim, tirando em todas as lojas que entrava com o Ikuto as raparigas quase que caiam aos pés dele, não percebo o que elas vêem nele. ‘Ele é um manipulador e pervertido mas com um bom ar, apenas isso! A outra parte da personalidade dele era bem melhor, um rapaz que sabe o que faz, sério e assim’ pensei para mim quando senti um braço no meu ombro que me mudava de direcção e me metia à frente de uma loja de… LINGERIE e o Ikuto com um smirk na cara como se tivesse algo pervertido em mente e eu poderia adivinhar mas não valia à pena pois ele já tinha agarrado no meu braço e correr, literalmente, para dentro da loja sentia as minhas bochechas a ficarem cada vez mais vermelhas cada vez que o Ikuto mexia nas lingeries das mulheres e tirava algumas muito provocantes “Amu-koi, que tal esta?” disse o Ikuto enquanto pegava numa lingerie vermelho escuro com preto, o soutien era sobretudo vermelho escuro com rendas pretas e depois a parte de baixo era preta com ligas vermelhas escuras, ou seja, tudo a combinar “I-I-Ikuto, l-l-larga i-isso j-j-já!!” gritei enquanto saia a correr da loja por causa da vergonha.

‘Porque é que ele tem de ser assim? Porquê?’ perguntei a mim mesma enquanto me sentava no banco que havia no centro comercial. “Amu…” disse uma voz masculina vinda atrás de mim “Que queres!?” perguntei com uma voz enervada, não queria nada que o Ikuto estivesse aqui “Toma, é um presente para ti… Espero que me desculpes” disse o Ikuto saltando o banco vindo para o meu lado e dando-me uma caixinha preta com um lacinho prateado, olhei para o Ikuto com uma cara de desprezo mas depois sorri “Ikuto… Eu não posso aceitar isto.” Disse enquanto lhe devolvia para as mãos “Amu, eu não aceito um não, e tu sabes como eu sou persistente” avisou o Ikuto com um smirk na cara que me fez corar um bocadinho, não tanto como costuma ser “Digamos que é uma prenda de Natal antecipada” desculpou-se enquanto metia a prenda nas minhas mãos. Sem mais lutas quando abri a caixinha revelou-se um colar com pedras azuis e no centro uma pedra cor-de-rosa muito brilhante “Posso colocar o colar na senhora?” disse ele numa voz de cavalheiro enquanto eu me virava de costas para ele meter o colar no meu pescoço “Já tá, vira-te para mim para ver como ficas” pediu o Ikuto enquanto me virava para ver como me ficava, não conseguia falar, algo me impedia de falar e a única coisa que conseguia fazer era corar à frente de toda a gente “Ficas linda Amu” disse o Ikuto com um sorriso genuíno, pela primeira vez vejo um sorriso genuíno do Ikuto. Ficamos assim durante algo tempo até que ele decidiu aproximar a cabeça dele à minha ficando as nossas testas a tocarem-se e ele aproximar os lábios dele dos meus “Ikuto…” respirei o nome dele até que ele pressionou os lábios nos meus e eu respondi com o mesmo, o meu corpo reagia sozinho, não o conseguia controlar, um beijo suave mas que me fazia borboletas no estômago, o Ikuto aprofundou o beijo, como eu não tinha muita experiência nisto deixei que o Ikuto me conduzisse até que ele quebrou o beijo por causa da falta de ar. Eu estava em estado choque não sabia o que fazer nem o que dizer apenas ficar a olhar para ele em estado de transe. “Amu…” suspirou o Ikuto numa voz baixinha “Huh?” foi apenas o que eu consegui dizer “Nada… É melhor irmos andando que já está a ficar tarde” terminou enquanto se ponha em pé e notei que toda a gente estava a olhar para nós, algumas raparigas com olhares mortíferos, outros com cara de espanto e outros com cara gentil. A viagem foi silenciosa, nenhum dos dois se atreveu a falar.

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