Like I'm gonna lose you escrita por bells


Capítulo 13
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora! Tive varios problemas no ultimo mês e não consigui postar. Espero que ainda estejam por aqui e que gostem do capítulo.
Este capítulo é o ponto de vista do Christian desde o que aconteceu na boate até o final do capitulo anterior.



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PONTO DE VISTA DE CHRISTIAN

            Depois de ter confessado o que sentia à Anastasia ela desmaiou ao meu lado. Não sabia se era por conta do álcool ou ela simplesmente estava fingindo para não ter que falar comigo. Não importava o motivo, nós teríamos essa conversa de qualquer forma.

            Depois que achei suas chaves em sua bolsa, Taylor me ajudou a levá-la até seu apartamento. Quando chegamos ao se quarto ela acordou, mas ainda não parecia estar 100% consciente. A ajudei a deitar em sua cama, ela apenas sorriu e agradeceu. Hesitei um pouco ao sair do apartamento, estava preocupado em deixá-la sozinha, mas achei melhor ir embora e falar com ela no dia seguinte.

            Cheguei em casa agitado, certamente não conseguiria dormir. Milhares de coisas passavam pela minha cabeça. No que eu estava pensando quando falei essas coisas para ela? Certo, eu não estava pensando. Eu sabia que não demoraria muito para confessar meus sentimentos por ela, mas queria esperar até depois do casamento, quando as coisas estivessem mais calmas. Mas agora que tinha falado tudo eu queria seguir em frente, eu queria ter Anastasia em meus braços e não a soltaria nunca mais. Eu sabia que não seria fácil, mas eu não desistiria facilmente.

            No dia seguinte acordei me sento como se alguém tivesse passado um trator em cima de mim, devido a falta de sono e o estresse da noite anterior. Mas eu já estava acostumado com esse sentimento, já que meu trabalho exige muito de mim e eu, raramente, tenho mais do que 4 horas de sono por noite. Levantei da cama e tomou um banho frio para acordar completamente e eliminar a sensação de cansaço do corpo. Desci indo em direção à cozinha, precisava de café e comer alguma coisa. Na verdade, a única coisa que queria fazer no momento era ligar para Ana, mas era cedo demais, e, considerando a quanto ela bebeu no dia anterior ela ainda deveria estar dormindo.

            Passei grande parte da manhã tentando me distrair com o trabalho, mas quando vi que eram as 11h da manhã, achei que estava na hora de ligar. Peguei meu celular e liguei, mas a ligação caiu imediatamente na caixa de mensagens, me deixando intrigado. Será que o celular dela ficou sem bateria e ela ainda não acordou? Pensei inicialmente. Decidi esperar um pouco mais e ligar de novo, ela deve acordar e perceber que o celular dela está desligado a qualquer momento.

            Quatro horas e vinte tentativas frustradas de ligação depois, eu estava começando a ficar nervoso. Meu pensamento de que ela ainda não tinha acordado tinham desaparecido e agora começava a considerar uma invasão em seu apartamento ou um coma alcoólico, e o arrependimento por tê-la deixado sozinha estava me esmagando. Sem conseguir me segurar mais, peguei as chaves do meu carro e decidi ir até o apartamento dela. Dirigi mais rápido, podendo ser considerado negligente, mas não me importava eu queria chegar rápido. Cheguei em menos de 10 minutos, subi até seu andar e bati na porta. Anastasia abriu quase que imediatamente, o que foi uma surpresa e um alivio ao mesmo tempo. Ela vestia roupas leves, levava o cabelo preso em um coque solto e tinha um sorriso lindo no rosto. Tudo que tinha me deixado aliviado antes, agora me enchei de raiva. Ela estava bem, acordada e, claramente, esperando alguém. Por que o celular dela continuava desligado? Era impossível que ela não tivesse percebido até agora. Eu queria gritar, pedir explicações! Mas eu sabia que não era uma boa opção, eu tinha um objetivo, conversar sobre o que tinha acontecido no dia anterior e seu eu perdesse o controlo logo no começo essa conversa não aconteceria.

            No começo da conversa Ana tentou fingir que não lembrava do que tinha acontecido, mas isso mudou rapidamente quando ameacei contar o que aconteceu em detalhes. Nossa conversa foi interrompida momentaneamente pelo entregador de pizza, que me pareceu amigável demais pra ser um simples entregador. Então decidi deixar bem claro que o posto já estava ocupado. Assim que me livrei do entregador decidi ir direto ao ponto, eu sabia que se dependesse dela, não chegaríamos a lugar algum. Quando falei que gostava dela, Ana ficou chocada. Devo admitir que achei a reação dela adorável, mas precisava me manter firme se queria alcançar meu objetivo.

            Ana pareceu confusa com toda a situação, de repente ela não sabia mais o que ela queria. Minha vontade era de faze-la mudar de ideia aí mesmo, mas eu sabia que isso poderia terminar muito mal, por isso decidi manter a calma e dar a ela o tempo necessário para pensar e esclarecer seus pensamentos. Quando chegamos ao acordo de ser amigos, senti que tinha tirado um peso de minhas costas, mesmo não tendo alcançado meu verdadeiro objetivo, eu sabia que tinha dado um grande passo, Ana parecia mais confortável perto de mim e eu sabia que não demoraria muito até ela perceber que queria o mesmo que eu.

[...]

            Os dias de passaram rapidamente depois disso, eu tentava ligar para Ana todos os dias, não queria que ela se esquecesse de mim nem por um minuto. Eu sabia que isso era idiota, mas eu estava desesperado. Ter que esperar Ana esclarecer seus sentimentos por mim estava sendo pior do que eu esperava. Não tinha contado pra ninguém o que tinha acontecido e não queria faze-lo, mas isso mudou na quarta depois de uma visita de Mia.

            _Olá irmãozinho! – Disse entrando no meu escritório.

            _Mia, já falei que você não pode entrar na minha sala sem avisar. Eu poderia estar em uma reunião importante.

            _Mas você não está! – Disse cinicamente. Eu queria, mas não podia ficar chateado com ela.

            _Não vou perder meu tempo discutindo isso, porque sei que vou perder. O que você está fazendo aqui? – Perguntei desistindo de faze-la entender que meu escritório não era seu parquinho de diversões.

            _Vim te convidar para almoçar. Eu tenho certeza que você ainda não almoçou. – Disse sorrindo. Eu sabia que ela queria algo mais. Mia nunca faz nada sem ter um motivo por trás.

            _O que você realmente quer, Mia. – Perguntei desconfiado.

            _Nossa... Assim você me ofende. Eu só quero almoçar com meu irmão mais velho. Conversar sobre nossas vidas... – Disse inocentemente. Então eu soube exatamente o que ela queria.

            _O que ela te falou? – Perguntei.

            _Não sei do que você está falando.

            _O que a Ana te contou? – Perguntei sendo mais direto e ela abriu um sorriso brincalhão no rosto.

            _Nada! Ela não me disse nada! Mas eu sei que alguma coisa aconteceu... Ela está diferente.

            _Diferente como?! - Perguntei curioso. Eu tinha caído no joguinho dela.

            _Se você quiser saber vem almoçar comigo. – Disse sorrindo.

            Não tive opção, me senti ridículo em cair nos joguinhos de Mia, mas eu realmente queria saber o ponto de vista dela, no final das contas, elas eram melhores amigas. Falar com ela poderia me ajudar.  Chegamos ao restaurante e pedi uma mesa na área privada, não queria ninguém por perto quando estivesse falando com Mia.

            _Adoro este restaurante! – Disse Mia pegando o cardápio. _O que você acha que eu deveria pedir? O salmão parece uma boa ideia...

            _Mia para de me enrolar e começa a falar! – Disse irritado, eu sabia que ela estava fazendo isso de propósito.

            _Nossa... quanta grosseria. Eu achando que você queria almoçar comigo porque sentia saudades de mim.

            _Nós dois sabemos que você está aqui por que está curiosa sobre o que aconteceu depois da festa.

            _Então algo realmente aconteceu entre vocês! – Disse emocionada.

            Eu sabia que Mia não pararia até saber o que aconteceu, então aceitei a realidade e decidi me aproveitar um pouco disso. Mia conhecia Ana bem mais do que eu, talvez ela pudesse me ajudar. – Pensei. Expliquei tudo o que tinha acontecido, sem dar detalhes, e Mia escutou tudo calada. Algo incrível para alguém como Mia.

            _Uau... – Foi o único que ela disse quando eu terminei de falar.

            _É só isso que você vai me falar? Depois de tudo que falei, pensava que você teria milhões de coisas para falar.

            _Eu realmente não sei o que falar. Eu imaginei que vocês tivessem transado. – Disse simplesmente. Por que ela pensaria isso? _ Uma semana atrás convencia Ana a começar a sair e viver a vida dela e me surpreendi quando ela falou que só queria alguém para transar e não queria nada sério. 

            Considerando o que Ana tinha me falado no carro, escutar isso não foi uma grande surpresa, mas me senti um pouco mal ao pensar que poderia ter sido outro cara no meu lugar.

            _Eu não acredito no que ela falou e acho que nem ela acredita. – Às vezes acho que Mia pode ler a mente das pessoas. _Ana é do tipo que se apaixona e se ela disse tudo aquilo é porque sente algo por você, ela só pode não ter percebido ainda. – Essas palavras ascenderam uma faísca de esperança dentro de mim. Talvez Mia estivesse certa.

            _O que eu deveria fazer? – Não acreditava que eu estava realmente pergunta isso. Nunca pensei que fosse precisar de dicas de amor de Mia Grey.

            _Você precisa pressioná-la um pouco.

            _Você tem certeza? – Não acreditava que essa fosse a melhor ideia.

            _Não estou falando pra você correr atrás dela ou coloca-la contra a parede. Mas Ana precisa de empurrãozinho nessas coisas, caso contrário ela nunca tomará a iniciativa. Mesmo com Nick, o pobre precisou insistir muito pra que ela lhe desse uma oportunidade. – Pensar no ex-namorado da Ana me deixava ansioso, eu sabia o quanto ela o tinha amado e ele ser motivo de ela não ter tido nenhum relacionamento até agora. _ Eu só quero dizer que se você ficar sentado esperando ela tomar uma decisão e definir seus sentimentos, ambos vão morrer sozinhos.

            Eu entendia o que a Mia estava tentando dizer, eu precisava estar presente na vida dela, um constante recordatório de que estou esperando. Precisava empurra-la até a borda para que ela pudesse tomar uma decisão, mesmo essa decisão podendo não ser o que eu esperava.

            Depois da minha conversa com Mia eu decidi mudar a minha estratégia. Agora falava com ela todos os dias, as vezes mais de uma vez por dia. Buscava qualquer desculpa para estar perto dela e ela não parecia se incomodar com isso. Mesmo reclamando e falando que não era necessário ela sempre aceitava minha ajuda. Bom, não que eu desse opção.

            O dia do jantar de ensaio estava chegando e eu sabia que essa era minha oportunidade de dar o ultimo empurrão. Depois disso eu saberia se Ana queria realmente, ter algo comigo ou não. Busquei Ana no apartamento dela para irmos juntos até a casa dos meus pais.  

—Boa tarde, Anastasia. – Disse sorrindo.

—Olá Christian. – Ana pegou sua bolsa e andou em direção da porta. Ela estava fantástica.  

—Você está linda. – Disse apenas, não querendo assusta-la, mas foi o bastante para deixa-la constrangida.

—Obrigada. Podemos ir. – Ela tentou dissimular me empurrando e fechando a porta.

—Quanta pressa. – Disse rindo enquanto andava atrás dela.  

—Você sabe o que vai acontecer se a gente chegar atrasado. – Ela estava certa.

—Sim eu sei. Mia vai nos matar. Mas tenho certeza que se falarmos que estávamos nos pegando, ela nos perdoa. – Disse tentando parecer seguro, mas na verdade tinha medo dela não gostar e eu estragar tudo.

—Deixa de brincadeiras e vamos logo! – Disse andando mais rápido, mas ela não parecia chateada, para minha sorte.

Dentro do carro ela parecia nervosa, podia ver que ele estava evitando olhar pra mim, então pensei em chamar sua atenção.

—Você está calada hoje. – Falei.

—E você não faz ideia do porquê, não é? – Disse querendo parecer chateada, mas acabou sendo engraçado.  

—Se foi pelo que falei mais cedo, peço desculpas. Estava apenas brincando.

—Eu sei. – Disse ainda olhando para a janela.

—Prometo não te incomodar mais... hoje. – Brinquei.  

—Engraçadinho.

—Apenas para seu deleite. – Era fácil me sentir relaxado o bastante para brincar quando estava com ela. Esse lado meu aparecia apenas com a minha família, e nem é tão comum assim, com ela tudo parece mais fácil.

Chegamos à casa dos meus pais, que estava incrível como sempre, minha mãe não perdia para nenhuma decoradora estrela. Já haviam vários carros estacionados ao redor da casa, o que indicava que estávamos atrasados. Saí rapidamente do carro e corri até a porta de Ana, abrindo-a.

—Senhorita.

—Obrigada. – Agradeceu ficando vermelha.

Andamos juntos até a porta da casa, onde fomos recebidos por uma das empregadas. Ela pegou nossos casacos levando-os embora.

—Ana! Que bom que vocês chegaram! – Mia apareceu correndo por uma das portas.

—Desculpa o atraso. – Disse sorrindo de lado, a verdade era que não me importava.

—Não se preocupa irmãozinho, vocês devem ter tido seus motivos. – Disse piscando para mim.  Não pude me conter e soltei uma gargalhada.

Ana murmurou alguma coisa entre os dentes e saiu emburrada em direção à sala.

—Você vai acabar fazendo ela me odiar com isso. – Falei quando Ana não estava mais na sala.

—Não se preocupe é mais provável ela ficar chateada comigo, antes de odiar você irmãozinho. – Disse sorrindo.

—Vou tentar concertar o estrago que você fez.

—Fala pra ela que foi só uma brincadeira! – Falou minha irmã quando eu já estava na porta.

Antes de poder chegar até a Ana tive que cumprimentar varias pessoas, incluindo meus pais. Minha mãe reclamou por não visitar com mais frequência, como sempre, e meu pai me disse que preciso me distrair um pouco e não pensar tanto no trabalho, como se ele fosse diferente. Finalmente consegui chegar até Ana, ela estava em um canto da sala.

—Mia me pediu para te falar para não ficar chateada com ela, foi apenas uma brincadeira. – Falei por trás dela.

—Vocês dois estão cheios de brincadeira hoje. – Disse séria.

—A culpa é minha. – Disse falando baixo, porque era a verdade. Já estava me arrependendo de ter falado com Mia.  

—Ah sim?

—Sim, eu falei pra ela que estou apaixonado por você. – Minha sinceridade aflorava quando estava com Ana.

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, Kate começou a falar, chamando a atenção de todos na sala.

—Agora que estamos todos. Queria agradecer a todos pela sua presença, estão aqui apenas pessoas que eu e Elliot apreciamos muito.

—E queremos dizer também que este jantar é apenas uma desculpa para poder juntar todos vocês antes da loucura que será o casamento e pedir desculpas antecipadas por qualquer coisa que Mia possa fazer contra vocês durante a cerimônia. – Disse meu irmão idiota.  

—Você deveria estar me agradecendo! Sem mim este casamento seria um desastre. – Respondeu Mia irritada.

—Bom, antes que esta briga evolua, por favor vamos nos dirigir à mesa. O jantar está servido. – Minha mão decidiu acabar com a ridícula disputa.

O jantar foi uma tortura. Estava sentado na frente de Ana e o que mais queria era poder falar com ela. Tentei me concentrar em outras coisas, manter uma conversa com alguém, mas era impossível. A única coisa que eu podia fazer era olhar pra ela. Queria saber o que ela estava pensando. Será que ela já tinha tomado uma decisão? Será que gostaria dessa decisão? Enquanto me torturava com meus pensamentos não percebi que Ana tinha se levantado, seu lugar ao lado de Mia estava vazio. Mia me olhou e entendeu minha dúvida. Em seguida recebi uma mensagem dela: “Ela foi ao banheiro.

            Levantei rapidamente e fui atrás dela. Andei em direção ao banheiro, mas parei no meio do caminho quando vi que Ana estava no jardim. Era uma noite fria. O que ela estava fazendo do lado de fora?

—Achei que estivesse indo ao banheiro. – Falei chegando perto dela.

—Droga Christian! Você me assustou. – Disse batendo em meu ombro.

—Desculpa não foi minha intenção. – Realmente não era.  _Não está com frio? – Perguntei vendo que abraçava seu próprio corpo.  

—Um pouco, mas não pretendia ficar muito tempo, estava apenas tomando um ar. – Disse respirando fundo. Eu sabia que era mais do que isso.

—Ana sobre hoje, eu... – Comecei sentindo que precisava me explicar.

—Achei que você fosse respeitar meu tempo. – Disse claramente chateada. Merda! Sabia que seguir o conselho de Mia não era uma boa ideia.  

—Eu sei, e por isso eu queria te pedir desculpa. Estou sendo um idiota.

—Está.

—Mas eu não sabia que seria tão difícil. – Decidi falar. Esta era minha única oportunidade, se eu desse um passo atrás agora, não avançaríamos mais. _Eu realmente estou apaixonado por você e nunca me senti assim, achei que pudesse ser seu amigo e esperar você querer o mesmo, mas não está sendo fácil. Cada vez que eu te vejo tenho vontade de te puxar para meus braços e te beijar. – Merda! Eu realmente iria fazer isso? _ E eu sei que você sente o mesmo. Então o que está te detendo.

—Eu não sei. – Ela parecia estar pensando em um milhão de coisas ao mesmo tempo. Eu sabia que se a deixasse pensar por mais tempo ela se afastaria de mim. Então  sem pensar a puxei para meus braços e a beijei.

O que eu iria fazer agora?


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