Like I'm gonna lose you escrita por bells


Capítulo 14
CAPÍTulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá! Desculpem a demora, mas rescrevi o capitulo umas 20 e mesmo assim não fiquei sadisfeta. Mesmo achando que ficou faltando algo decidi postar para não deixa-las esperando mais.
Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/695862/chapter/14

O beijo que começou calmo ficou mais intenso. No começo pensei em me afastar, mas eu não conseguia. Meu corpo tinha vida própria, eu tinha perdido o controle, mas de repente senti nossos lábios se desgrudando e Christian se afastando de mim.

A primeira coisa que pensei foi: Por que?

            _Desculpa, eu... – Disse passando as mãos pelo cabelo. Ela parecia arrependido pelo que tinha acontecido. Mas por quê? _ Eu não queria... bem eu queria, mas... – Era engraçado vê-lo assim. O poderoso Christian Grey sem saber o que ou falar.

            Não sei de onde veio a coragem, ou talvez eu só queria que ele parasse de falar, mas segurei seu pescoço e o beijei de novo. Ele não pareceu entender o que estava acontecendo no começo, já que ficou imóvel por alguns segundo, mas logo em seguida começou a mexer os lábios comigo. Se antes deste beijo eu não sabia o que fazer nem o que eu realmente queria, neste momento tudo estava muito claro. Christian era o que eu queria e estava cansada de nega-lo.

            Com um leve empurrão, Christian nos separou de novo.

            _Por que?! – Disse expressando minha frustração desta vez.

            _Eu não tenho certeza. – disse sorrindo. _E eu realmente aprecio sua empolgação, mas se demorarmos muito, você já sabe quem vai vir nos procurar. – Christian falava enquanto segurava meu rosto com uma mão. _ Acredito que você não quer ter que explicar isto agora.

            _Não mesmo. – Respondi envergonhada. Era melhor voltar logo.

            _Mas Ana... – Christian segurou a minha mão me impedindo de andar. _Isto significa que...

            _Significa que você tem muita sorte Grey. – Falei sorrindo com uma segurança que não sabia que existia dentro de mim. Christian abriu o maior sorriso que tinha visto, parecia uma criança na noite de natal. Isso fez minha vergonha voltar. _Mas acho que podemos falar sobre isso depois. – Falei e comecei a andar de volta à sala de jantar. Christian soltou uma risada atrás de mim.

            Quando voltamos à sala de jantar, chamamos a atenção de algumas pessoas, principalmente Mia, que tinha um grande sorriso no rosto. Christian mudou seu comportamento completamente, estava sorrindo e conversando com todos ao seu redor. Olhava pra mim de vez quando e sorria, não estava sendo nada discreto.

            _Hei! – Mia me chamou baixinho. _ Eu não sei o que aconteceu entre vocês agora pouco, mas parece que vou ter que planejar outro casamento logo. – Disse brincando.

            _Ah? – Soltei tentando dissimular. _Não sei do que você está falando.

            _Você não pode mentir pra mim Aninha. Os dois estão sorrindo que nem dois idiotas. – Foi nesse momento que percebi que eu também estava sorrindo. Christian não era a única pessoa feliz no momento. _Quero todos os detalhes depois. – Concluiu e continuou comendo.  

            Eu estava feliz. Eu estava feliz pela primeira vez em anos. E nesse momento o remorso me atingiu. Eu não podia ser feliz. Eu não merecia ser feliz, não quando Nick morreu por minha causa.

            O jantar terminou pouco alguns minutos depois, com uma maravilhosa sobremesa.  As pessoas começaram a se despedir e a casa foi ficando vazia. Eu queria sair correndo junto com os outros convidados, mas, infelizmente, tinha vindo com Christian. No final só restava a família de Christian e eu. Estávamos sentados na sala conversando sobre o jantar e detalhes finais do casamento. Kate parecia nervosa e cansada, planejar um casamento no meio de uma gravidez não deve ser fácil. Por outro lado, Mia parecia ter um suprimento de energia ilimitado e já estava planejando o passo a passo do dia do casamento. Todas nos arrumaríamos na casa dos pais dela, teríamos que chagar cedo, muito cedo. Um dia inteiro de preparação.

            Christian permaneceu ao meu lado o tempo todo, eu sabia que todos tinham reparado nesse pequeno detalhe e estava ficando desconfortável. Tentava me manter concentrada na conversa, mas estava sendo difícil. Eu queria sair correndo.

            _Bom acho que está na hora. – Disse Christian levantando do sofá.

            _Ainda é cedo, filho. Fica mais um pouquinho. – Pediu Grace.

            _Desculpa mãe, mas eu ainda tenho algumas coisas para resolver. – Disse olhando pra mim discretamente. _ Quer que eu te deixe em casa, Ana? – Perguntou olhando pra mim, mas eu sabia que não era uma pergunta.

            _Sim, por favor. – Respondi levantando do sofá. _Obrigada por me receber senhor e senhora Grey.

            _Já falei para me chamar de Grace. – Disse com um lindo sorriso. Eu sorri de volta e agradeci novamente.

            Christian se despediu de todos e saímos juntos. O caminho de volta foi feito em silencio, eu não sabia o que falar. Tinha esgotado toda a coragem existente no meu corpo com aquele beijo e agora eu queria apenas correr para meu apartamento e me trancar lá para sempre. Eu não sabia o que estava passando na cabeça de Christian, mas mesmo em silêncio ele parecia tranquilo.

            _Chegamos! – Disso Christian me tirando dos meus pensamentos.

            _Foi rápido... – Comentei. Christian soltou uma pequena risada.

            _Para mim pareceu uma eternidade.

            Eu fiquei sem graça com o que ele falou, não sei exatamente o porquê, mas sentia que a sessão ficaria ainda pior.

            _Posso subir com você? – Perguntou me olhando. Eu evitava olhar diretamente pra ele, tinha medo do que podia ver. _Olha, eu não quero te forçar à nada e muito menos te deixar desconfortável... – “Tarde demais pra isso”. _... mas acho que precisamos conversar.

            _Eu sei... – Queria dizer que não, mas eu sabia que precisávamos ter essa conversa, eu precisava ser sincera com ele. _Ok. – Disse finalmente.

            Christian estacionou o carro ao lado da calçada, ambos descemos do carro e fomos até meu apartamento.

            _Me dá uns minutos, preciso alimentar o Gus. – Falei vendo meu gato andando em nossa direção. Fui até a cozinha e enchi o pote do Gus, ele agradeceu se esfregando da minha perda e se dedicou a comer. Em quanto levantava pude sentir Christian entrando na cozinha.

            _Você quer alguma coisa para beber? – Ofereci.

            _Um copo de água é suficiente. – Respondeu sentando em uma das cadeiras. Peguei dois copos do armário e os enchi de água.

            _Obrigado. – Christian agradeceu quando lhe entreguei o copo. Eu sentei na cadeira da frente e ficamos em silencio.

            _Eu gostei do beijo... – Falei sem sequer perceber. _E realmente gostei do beijo.  Christian me olhou com um sorriso vencedor no rosto. _Mas não sei se estou pronta. – Conclui.

            _Como você vai saber se está pronta se não nos der uma chance?! – Disse Christian um pouco alterado. _Ana, eu quero muito derrubar essa parede que você criou para se esconder, mas não adianta se eu for o único tentando. Você precisa viver, seguir em frente...

            _NÃO POSSO! OK? EU NÃO POSSO. – Gritei. _Eu o amava mais do que nada neste mundo, ele era tudo pra mim. Mas ele morreu, ele levou um tiro que era pra mim. Eu deveria ter morrido esse dia, mas ele levou aquele tiro no meu lugar... – Podia sentir meus olhos ardendo e as lagrimas descendo pelo meu rosto. _Se eu seguir em frente, se eu o esquecer... – Eu não podia. _ Eu não posso fazer isso, não quando ele morreu por mim, eu não posso...

            Minhas pernas fraquejaram e logo eu consegui sentir o chão frio sob meu corpo.

            _Ana? – Christian se aproximou de mim cuidadosamente, ficando na minha altura. _Você sabe que isso não verdade. Se ele te amava da mesma forma que você o amou, tenho certeza que ele gostaria que você continuasse com a sua vida.

            Eu sabia que ele estava certo, eu sabia que Nick só queria que eu fosse feliz. Então por que eu sentia que estava o traindo? Por que não me permita amar outra pessoa?

            _Eu não quero esquece-lo. – Respondi chorosa.

            _Você não precisa. Ele sempre vai fazer parte de você, mas ele se foi Ana. Nick morreu, mas você continua viva e está na hora de começar a agir como tal. – Christian estava tentando com todas as suas forças, eu sabia disso, mas era tão difícil entender. _Eu não o conheci, apenas sei o que Mia contou, mas quero que você pense nele. Se pergunte se ele gostaria de te ver assim, se ele gostaria que você ficasse sozinha.

            Apesar de ainda doer, lembranças de Nick foram surgindo em minha cabeça. Lembranças de quando nos conhecemos:

“  —Peço desculpas por ter invadido seu ensaio, mas não por ter ouvido sua música. Você tem talento. – Disse se aproximando.

—Eu sei, por isso tenho uma bolsa. – Respondi e ele riu.

—Confiante, gostei disso. Sei que você é a pianista número um do segundo ano, mas estava falando da letra e da sua voz, é linda. Faz aula de canto? – Perguntou agora mais perto de mim. Como ele sabia isso de mim? _Fiquei curioso depois de você ficar me espiando, então decidi investigar. É muito fácil descobrir coisas aqui, principalmente quando quem se procura é uma estrela. – Falou com um meio sorriso sedutor.

—Não sou uma estrela e não é da sua conta que aulas eu pego ou deixo de pegar. – Falei pegando minhas coisas e enfiando tudo dentro da mochila.

—Hey! Não precisa ficar chateada, já pedi desculpas por invadir. – Disse segundando meu braço de forma delicada.

—Eu ouvi. – Falei e continuei pegando minhas coisas, estava mais constrangida do que chateada, queria sair logo da lá.

—OK, vamos fingir que nada aconteceu. – Falou entrando na minha frente. _Prometo esquecer que ouvi a sua música, nem lembro mais dela. – Brincou. _E eu vou pagar um jantar, aposto que você não comeu nada desde o almoço. – Completou. Se não fossem por aqueles lindos olhos verdes eu provavelmente teria desviado dele e fugido daquele lugar, mas algo me manteve lá, olhando pra ele. _Por favor? – Pediu mais uma vez. Eu tentei negar, mas minha barriga respondeu antes de mim, com um grande ronquido. _Acho que isso foi uma resposta. Meu nome é Nicolas Conte, mas pode me chamar de Nick. – Disse sorrindo.

—Meu nome é Anastásia Steele, mas pode me chamar de Ana. – Ele apenas sorriu, segurou minha mão e me puxou para fora da sala.”

            Nossas manhãs juntos:

“_Amor! Você vai querer panquecas? – Gritou Nick da cozinha. As panquecas dele são as melhores.

—Sim! Já estou indo. – Gritei de volta. Me levantei rapidamente e fui para o banheiro tomar meu banho e me arrumar. Quando estive pronta fui até a cozinha e encontrei Nick cozinhando de avental, não me cansava de ver ele desse jeito. _Que cheiro maravilhoso!

            _É incrível como seu humor muda quando tem comida no meio. – Disse rindo de mim. Eu dei um tapa em seu ombro e ele riu.

            _Não tem como resistir a suas panquecas, elas são incríveis.

            _Claro que elas são, sou eu que estou fazendo e eu sou incrível.

            _Metido. – Nick riu mais uma vez, mas continuou fazendo as panquecas. Quando terminou, serviu nossos pratos e se sentou do meu lado. “

            Quando ele me pediu em casamento:

“_Eu sei que tínhamos combinado esperar até você se formar e nos estabelecer, mas por que? Porque temos que esperar? Eu te amo e espero que você me ame também, ou nada disso fará sentido... – Disse me fazendo rir. _Já moramos juntos há quase um ano e eu não quero mais esperar, se dependesse de mim já estaríamos casados. – Nick respirou fundo e continuou. _Anastásia Steele, você gostaria de casar comigo o mais rápido possível, amanhã seria um ótimo dia. – Não consegui me segurar e comecei a rir.

—Você está falando sério?

—Sim! Bom, não precisa ser amanhã, mesmo porque nossos pais vão nos matar, mas acho que conseguimos arrumar tudo pra mês que vem. – Disse sorrindo. _Sei que vai ser uma loucura e você provavelmente vai me odiar no final de tudo, mas....

—Eu aceito. – Respondi sem deixar que ele continuasse a tagarelar.

—É serio? – Perguntou.

—Sim! Mas você vai ter que contar aos nossos pais. – Nick fez uma careta e começou a rir.”

            Mas uma lembrança, a última lembrança, foi a que permaneceu:

“_Vai ficar tudo bem, a ambulância está chegando. – Falei para acalma-lo, mas na verdade estava tentando me acalmar.

—Eu te amo. – Disse, ainda mais fraco.

—Eu também te amo, agora fica calmo, a ambulância vai chegar e você vai ficar bem. – Minha visão estava turva por causa das lagrimas, mas pude ver um pequeno sorriso em seu rosto. Nick levantou sua mão e a passou por meu rosto.

—Você tem que me prometer... – Começou a falar engasgando, tentei detê-lo, mas ele continuou. _Você tem que seguir em frente, amor.

—Para! Você vai ficar bem, vamos casar mês que vem, lembra?

—Ana, promete. – Pediu de novo.”

            Nick queria que eu continuasse com minha vida, ele queria que eu fosse feliz mesmo que não fosse ao seu lado. Eu suprimi essa memoria porque tinha medo de uma vida sem ele, ainda tenho... mas esta na hora de fazer o que Nick me pediu. Está na hora de se feliz.

            Pela primeira vez em anos, senti meu peito leve e sem pensar duas vezes me joguei nos braços de Christian e o beijei como tinha feito no jardim, sem medo, sem remordimento. Apenas amor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No proximo capitulo teremos, finalmente, o casamento.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Like I'm gonna lose you" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.