Like I'm gonna lose you escrita por bells


Capítulo 12
CAPÍTulo 12


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!



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Faltam apenas 4 dias para o casamento de Kate, e há, exatamente, uma semana Christian e eu decidimos ser amigos. E tem sido... interessante. Quando Mia e Kate ficaram sabendo da história, tive que contar, não dá pra esconder nada de Mia, elas fizeram um escândalo por, pelo menos, vinte minutos seguidos de um milhão de perguntas. Eu expliquei que não sabia bem o que iria acontecer, mas estava gostando de ter Christian como amigo. Elas sabiam que eu não falaria mais nada, por isso pararam de perguntar e eu agradeci por isso.

Depois de ter aparecido no meu apartamento, Christian a agir de forma diferente. Falava comigo abertamente, não parecia se sentir desconfortável na minha presença, e eu me sentia da mesma forma. Quando nos encontrávamos, nossas conversas fluíam e até fazíamos brincadeiras um com outro.

Hoje seria o jantar de ensaio para o casamento. Eu não entendia muito bem a necessidade disso, mas fazia parte da lista de Mia, assim como me lavar para comprar um vestido “adequado”. Passamos horas no shopping e saímos de lá carregadas com sacolas. Enquanto estávamos comprando, Christian me ligou, assim como fazia todos os dias depois da nossa conversa. Tive que aguentar Mia me zoando por horas, falando que logo ela teria que organizar outro casamento. Antes esse comentário teria me deixado destruída, lembrar do casamento que nunca aconteceu entre Nick e eu não me causa mais tanta dor.

Meu telefone tocou e eu já sabia quem era.

—Oi Christian.

— Olá Anastasia. Só queria confirmar o horário.

—Já falei que não preciso de uma carona, posso ir sozinha. – Respondi. Ele estava insistindo em me dar uma carona desde ontem.

—E eu já falei para deixar de ser teimosa, seu apartamento está no caminho. – Mentira, ele tinha que desviar 3 quadras.

—Nós dois sabemos que isso não é verdade e posso muito bem ir de taxi.

—Passo às seis, Anastasia. – Disse e desligou o telefone sem ouvir minha resposta.

Cada vez ficava mais difícil dizer não para ele. A parte difícil disso tudo foi apenas abrir as portas pra ele, mas agora tudo parece fluir facilmente entre nós, não sei quanto tempo mais eu consigo resistir.

“Por que eu estou resistindo mesmo?” Merda!

Já eram quase seis da tarde, estava pronta esperando Christian chegar e estava me sentindo ansiosa. Desde nossa conversa não me sentia assim, mas hoje sentia algo diferente. A campainha tocou, me tirando dos meus pensamentos, abri a porta, ainda me sentindo um pouco nervosa.

—Boa tarde, Anastasia.

—Olá Christian. – Disse pegando minha bolsa que estava em cima do sofá.

—Você esta linda. – Disse com um sorriso no rosto. Pude sentir minhas bochechas ficaram quentes e imagino que ele notou a súbita vermelhidão no meu rosto.

—Obrigada. Podemos ir. – Disse empurrando-o pela porta e fechando-a atrás de mim.

—Quanta pressa. – Brincou.

—Você sabe o que vai acontecer se a gente chegar atrasado.

—Sim eu sei. Mia vai nos matar. Mas tenho certeza que se falarmos que estávamos nos pegando e por isso chegamos atrasados, ela nos perdoa.

O que deu nele hoje?! Veio com vontade de me provocar.

—Deixa de brincadeiras e vamos logo! – Andei rapidamente na frente dele e pude ouvi-lo rir.

Estar dentro do carro com ele foi ainda pior, podia sentir seu perfume e estava quase certa de que podia escutar seu coração batendo. Passamos muito tempo sem falar um com outro. Um silencio que, se não fosse pela musica que tocava no fundo, seria insuportável.

—Você está calada hoje. – Comentou Christian.

—E você não faz ideia do porquê, não é? – Christian soltou uma pequena risada.

—Se foi pelo que falei mais cedo, peço desculpas. Estava apenas brincando.

—Eu sei. – Mesmo sabendo que ele tinha feito de proposito, eu sabia que não foi por mal.

—Prometo não te incomodar mais.... hoje. – Ele soltou a ultima palavra, sabendo que não demoraria muito para me perturbar de novo.

—Engraçadinho.

—Apenas para seu deleite. – Disse brincando, mas me fez pensar que ele não era assim com outras pessoas. Mesmo com a família dele, eram pouco os momentos em que ele fazia brincadeiras e ria. Mas comigo era algo recorrente. As brincadeiras, os sorrisos, eram parte de nossas conversas diárias.

Chegamos à casa dos Grey, que estava lindo como sempre. O jardim dianteiro estava bem iluminado, ressaltando as arvores e flores que o decoravam. Na entrada podíamos ver vários carros estacionado, o que indicava que a casa estava cheia. Por isso odiava chegar atrasada, ao entrar todas as pessoas presentes olhariam para mim. Christian abriu minha porta e ofereceu seu braço.

—Senhorita.

—Obrigada. – Respondi seguindo a brincadeira.

Andamos juntos até a porta da casa, onde fomos recebidos por uma das empregadas. Ela pegou nossos casacos levando-os embora.

—Ana! Que bom que vocês chegaram! – Mia apareceu correndo por uma das portas.

—Desculpa o atraso.

—Não se preocupa irmãozinho, vocês devem ter tido seus motivos. – Disse piscando para Christian que soltou uma gargalhada. Eles eram irmãos no final das contas. Eu os ignorei e saí andando em direção da sala.

—Ana! – Kate se aproximou de mim e me deu um abraço.

A sala estava cheia de pessoas, espalhadas pelo cômodo. Cumprimentei as pessoas que conhecei e fui apresentada por Kate e Elliot à familiares e amigos que ainda não conhecia. Assim que terminei de cumprimentar todo mundo Christian apareceu ao meu lado.

—Mia me pediu para te falar para não ficar chateada com ela, foi apenas uma brincadeira.

—Vocês dois estão cheios de brincadeira hoje.

—A culpa é minha. – Disse falando baixo, parecendo culpado.

—Ah sim?

—Sim, eu falei pra ela que estou apaixonado por você. – Disse sem nenhuma cerimônia. Suas palavras me fizeram congelar no lugar. Ele tinha falado que gostava de mim, mas nunca tinha usado a palavra paixão. Eu não sabia o que responder.

—Agora que estamos todos. – Kate começou a falar, me salvando desse momento constrangedor. _ Queria agradecer a todos pela sua presença, estão aqui apenas pessoas que eu e Elliot apreciamos muito.

—E queremos dizer também que este jantar é apenas uma desculpa para poder juntar todos vocês antes da loucura que será o casamento e pedir desculpas antecipadas por qualquer coisa que Mia possa fazer contra vocês durante a cerimônia. – Disse Elliot fazendo todos rir. Menos eu, estava tensa demais para rir.

—Você deveria estar me agradecendo! Sem mim este casamento seria um desastre. – Respondeu Mia irritada, o que causou mais uma rodada de risada.

—Bom, antes que esta briga evolou, por favor vamos nos dirigir à mesa. O jantar está servido.

A mesa na sala de jantar estava lindamente decorada e cada um tinha seu lugar designada. Christian, para meu desespero, estava sentado na minha frente. Mas acho que preferia isso a ter ele sentado ao meu lado. O jantar correu perfeitamente, conversas amenas e comida muito boa. Mas par a mim foi uma tortura. Eu podia sentir o olhar de Christian em cima de mim o jantar inteiro. Fiz todo o possível para não olhar para ele, minha compostura dependia disso.

Como foi que as coisas mudaram em tão pouco tempo. Uma semana atrás pareciam termos chegado a um acordo, mas hoje ele pareceu não se importar com isso. Ele parecia desesperado, ansioso, possivelmente mais ansioso que eu.

Estávamos na sobremesa e, depois de quase uma hora, eu não estava mais aguentando a tensão entre Christian e eu. Pedi licença da mesa, falando para Mia, que estava sentada ao meu lado, que iria ao banheiro. Andei até o banheiro, mas não entre nele, decido virar na direção oposta e sair ao jardim, um pouco de ar fresco me faria bem. Estando no jardim respiro profundamente me apoiando em uma das arvores. Eu sabia que não podia ficar muito tempo, mas só precisava de alguns minutos para me acalmar.

—Achei que estivesse indo ao banheiro. – Disse Christian logo atrás de mim, me dando um susto.

—Droga Christian! Você me assustou. – Disse batendo em seu ombro.

—Desculpa não foi minha intenção. – Silencio... _Não está com frio? – Perguntou alguns segundo depois.

—Um pouco, mas não pretendia ficar muito tempo, estava apenas tomando um ar. – O que não era mentira, omiti apenas a parte de estar fugindo dele.

—Ana sobre hoje, eu...

—Achei que você fosse respeitar meu tempo. – Disse sem poder me segurar.

—Eu sei, e por isso eu queria te pedir desculpa. Estou sendo um idiota.

—Está.

—Mas eu não sabia que seria tão difícil. – Disse ignorando o que eu falei. _Eu realmente estou apaixonado por você e nunca me senti assim, achei que pudesse ser seu amigo e esperar você querer o mesmo, mas não está sendo fácil. Cada vez que eu te vejo tenho vontade de te puxar para meus braços e te beijar. – Disse se aproximando de mim. _ E eu sei que você sente o mesmo. Então o que está de detendo.

—Eu não sei. – Ele estava muito perto e sua proximidade me impedia de pensar corretamente. Mas a verdade é que eu sabia muito bem o que me deita, Nick. Me permitir sentir dessa forma por outra pessoa parecia uma traição. Minha parte racional sabia que era loucura, Nick estava morto! Eu precisava me apegar a essa parte precisa ser racional em relação a isso. Nick está morto!

Christian percebeu a duvida que rondava minha cabeça e fez algo que não estava esperando, mas que, no fundo, desejava. Christian segurou meu rosto entre suas mãos e me beijou.

O que eu iria fazer agora?


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Notas finais do capítulo

Esperp que tenham gostado! Próximo capitulo vai ser do ponto de vista do Christian. Tentarei não demorar tanto!



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