Eterna paixão. escrita por Katiana


Capítulo 14
Batimentos fortes.


Notas iniciais do capítulo

Uhhhh as coisas vão começar a esquentar entre Elena e Rodolfo.



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Depois daquela noite que Rodolfo rejeitou Rosa, a nossa relação está cada vez melhor, nós dois estamos conseguindo conversar sem brigar, sem desavenças. Rodolfo sempre compra um botão de rosa vermelha, ele sempre diz que quer comprar um buquê mas eu não aceito. O importante para mim não é a quantidade de rosas que ele me da, e sim o significado o sentimento que tem por de trás dela. 

 

Observando o teto de madeira do meu quarto, o lado direito da minha cama está tão vazio, frio, não a nada sobre esse lugar para esquentar, se eu tivesse algo, alguém... Meu... Marido... 

 

Por Deus, porque estou desejando o meu marido sobre a minha cama? Nossa, meus batimentos cardíacos estão a mil, sinto como se... O meu coração fosse sair pela boca. Mas eu não posso me enganar, não posso ver algo onde não tem. Meu marido é como qualquer outro marido, acha que é dono de tudo, acha que pode mandar em tudo e em todos, e...usa do ideal de ser homem ao seu favor para obter o que quer principalmente mulheres, por mais que... Nesses dias ele recusou mulheres, ate mesmo a Rosa. Eu senti uma pontada de felicidade, uma pontada pequena, pois assim que vejo que ele esta começando a me respeitar e com isso eu estou passando a respeita-lo. Isso é bom. 

Escuto Severina me chamar e bater três vezes na porta suavemente. 

 

— Sra. Elena, já estás acordada? 

 

— Sim Severina, pode entrar. - Sento-me na cama e ajeito a minha coberta sobre o meu colo. 

 

Ela entra toda sorridente, um sorriso se felicidade. 

 

— Nossa, que felicidade é essa? - Pergunto confusa. 

 

— Ah Sra. Elena, o Sr. Rodolfo é um bom homem. 

 

— Como assim? - Pergunto mais confusa ainda. 

 

Será que ele levou ela para cama e em troca esta ajudando ela com algo? 

 

— Eu tenho um filho, meu Jose, ele é muito doentinho, é o Sr. Rodolfo me disse que passará a pagar os remédios dele. 

 

Fico surpresa. 

 

— Nossa, que bom Severina. 

 

— Sim, é mesmo. A senhora tem um bom marido 

 

Suspiro. 

 

— Não sei se é tão bom assim, se fosse não dormiria com amantes. 

 

Ela suspira também. 

— Rosa me contou. 

 

— contou o que? 

— Que a senhora não se entregou para o senhor seu marido. 

 

Fico com raiva. 

— Como ela ousa expor a minha vida assim? Eu sei que você não é qualquer um mas... Se ela disse para você, deve ter dito para outras pessoas. 

 

— Sinto muito por isso. Mas... Se me permite perguntar, porque a senhora não se entregou a ele? 

 

Suspiro. Não gosto muito de falar sobre a minha vida pessoal com as pessoas que eu não conheço, mas... Severina é de confiança, eu sinto isso, ela é uma amiga para mim, algo que Rosa nunca será, e isso é porque eu não quero. Malema eu quero ela aqui dentro, só esta aqui por causa do filho dela. 

 

— Eu... Eu sempre tive os meus sonhos de me casar com o homem que eu amasse, de me entregar com o homem que eu amasse, e... Rodolfo não é esse homem. 

 

Ela suspira. 

 

— Eu sei que isso não é da minha conta mas... Agora a senhora não é mais uma menininha solteira e sonhadora meu anjo, não que... Mesmo adulta você não possa sonhar, mas... Agora você é casada, tem um marido que mesmo que faça coisas erradas ele... É uma boa pessoa no fundo, ele cuida do filho da Rosa, ate demais, e agora... Vai pagar os remédios do meu filho, se ele fosse um homem ruim, ele não se importaria com os filhos das empregadas. Porque a senhora não tenta... Ama-lo?

 

— Como? - Pergunto surpresa. 

 

— Sim, ama-lo, ou... Se aproximar mais dele, tornar-se amiga dele, ter uma amizade que no futuro poderá se tornar amor. A senhora nunca tentou se aproximar dele, tentou? 

Nego com a cabeça. 

 

— Não. 

 

— Então, porque a senhora não tenta. Não precisa se apaixonar, se a senhora tem receio pelas coisas que ele fez, você pode tentar ser amiga dele agora, ter uma amizade com ele, e aos poucos vocês podem ir... 

 

— Se apaixonando? - Completo. 

— Sim. 

 

Suspiro. 

— Obrigada pelo Conselho, Severina. 

— De nada. Não fique brava comigo. 

 

— Eu não estou, não se preocupe. 

Sorrimos uma para a outra. 

Severina me ajudou a me trocar e me pentear. Descemos as escadas juntas e quando piso na sala eu vejo o filho da Rosa correndo pela sala com um avião de papel. Eu encaro aquele menino, e uma coisa ruim surge dentro de mim. Tem algo naquele menino, nessa situação toda entre ele, meu marido e Rosa que me intriga. 

Severina se pronuncia. 

— Menino, o que faz aqui? Este lugar não é lugar para você brincar. - Ela o repreende. 

O menino então se pronuncia acoado. 

— Minha mãe deixou. 

Vejo Rosa entrar na sala com um nariz empinado. 

 

— É, eu deixei. 

 

Eu encaro aquela mulher mais superior ainda. 

 

— E quem deu a ordem para você deixar seu... Filho, correr na minha sala? 

Rodolfo sai da sala de jantar. 

— Eu. - Ele me encara. 

Eu o encaro. Nem parece aquele homem que comprava rosas para mim. O que Severina me disse para fazer talvez nunca aconteça. 

— E posso saber o porque? Pelo o que eu sei, o que a minha mãe me ensinou, filhos de empregados não podem vagar pela casa dos patrões.

Rodolfo suspira. 

 

— Rosa, pede para ele ir para a cozinha. 

 

Rosa o encara indignado. 

— Mas... 

 

— Faça o que eu estou mandando. - Ordena. 

 

Rosa me fuzilou e tirou o seu filho da sala. 

 

— Ainda não entendo essa sua... Importância com esse menino. Ele não é o seu filho. - Digo ríspida. 

 

Ele suspira de cabeça baixa. 

 

— Um filho que você não quer me dar. 

— Você sabe os motivos. 

Passo por ele e vou para a cozinha, sento-me e começo a tomar o meu café quieta ao lado do meu marido. 

 

*** 

 

Eu passei o dia inteiro pensando no que Severina me disse. Ela tem um pouco de razão, eu preciso tentar ter pelo menos uma amizade com o meu marido. Ama-lo ainda não esta nos meus planos, mas tentar ter uma amizade com ele para termos una convivência boa, essa sim esta nos meus planos. 

 

Depois do meu banho, eu saio do meu quarto e vou para o quarto do Rodolfo. Vejo que a porta esta entre aberta, bato levemente mais não escuto ninguém me permitir entrar, mas eu entro mesmo assim. Meus pés não me obedecerem e meus olhos queriam ver se ele estava com Rosa na cama, e para a minha felicidade ele não estava. Fico ali observando o seu quarto, eu escuto a porta do banheiro se abrir, Rodolfo sai por ela apenas de toalha. Eu me envergonho na hora por vê-lo daquela maneira. 

 

— MEU Deus, me desculpe. - Viro-me de costas para ele. 

 

— Tudo bem Elena, somos casados. 

 

— Casados sim, mas não tão ínfimos assim. 

— Isso é verdade, mas não é por escolha minha. 

 

Suspiro. 

 

— Rodolfo, não vim discutir com você sobre isso, eu vim conversar com você. Apenas isso. 

— Tudo bem, vamos conversar. 

— Vou sair para você se trocar. - Digo já saindo e fechando a porta. 

 

Por deus, ver aquele homem apenas de toalha me deixou...lasciva. O que houve comigo? 

Minutos depois, a porta se abre e ele me chama. Entro. 

— O que quer conversar? - Ele se senta na sua cama. 

— eu... Hoje, eu tive um Conselho e... Esse Conselho me fez pensar em varias coisas. 

— Conselho? De quem? Sua mãe veio aqui? 

 

— Não, foi da Severina. Tudo aconteceu porque ela me perguntou... Enfim, se a Rosa tivesse ficado de boca fechado e não ter comentado com a Severina sobre a nossa não intimidade sobre a cama, nada disso teria acontecido. O fato é que... Severina me fez perceber uma coisa. 

— O que? 

— Que... Todo esse tempo, eu não tentei me aproximar de você, nem se quer tentei ser a sua amiga. 

— Deixe-me se eu entendi. Você quer ser a minha amiga? 

 

Sorri. 

 

— podemos tentar. O que acha? 

Ele se levanta e com um olhar intenso se aproxima de mim. 

— Eu não quero ser o seu amigo, Elena. 

— Não? Porque não? - Pergunto chateada. 

 

— Por que eu quero é ser o seu marido. 

— Mas você já é. 

— Não estou falando do marido que eu sou neste momento para você, eu estou falando do marido que eu quero ser. 

 

— Qual Marido? 

— Esse... - Ele me envolve em seus braços e me beija. 

 

O clima entre nós dois foi cada vez mais esquentando, sentia o meu corpos ferver de desejo. Sinto ele me colocar sobre a cama e descer a alça da minha camisola para baixo. Sinto os seus beijos no meu pescoço.Eu fecho os meus olhos e sinto os seus beijos sobre mim ate... Pensar no que ele já fez com Rosa sobre essa cama. Jogo Rodolfo para longe e me levanto as presas. 

— Não faça mais isso. - Ordeno ofegante. 

— Porque não? Elena, você queria tanto quanto eu. 

— Esta errado, eu não queria. 

— Mentira. Eu sentia como estava entregue a mim. 

— Eu... Eu... Olha, não importa. Eu não vou me entregar a você. Eu já disse. 

— Eu sei que já disse, mas eu desejo você. Como eu faço? 

— Eu... Eu... Não sei, porque... Porque... - Droga, não sei o que dizer. 

— Esta bem Elena, vamos na amizade mesmo, como você deseja. E já que seremos amigos, então... Você não se importa se eu ter... Um romance com outra mulher. 

Eu o encaro. 

— Rosa? - Era a mais obvia. 

— Sim. 

— Não, eu não me importo. Alias, você já tem esse romance com ela não é mesmo? 

— Eu... Sim, tenho. 

 

— Ótimo. Nos tornaremos amigos então. Só quero conviver ao seu lado em harmonia, só isso. 

 

— É, eu também. Se era só isso que queria tratar comigo, acho que pode ir dormir. 

— Eu irei. Boa noite Rodolfo. 

— Boa noite Elena. 

 

Eu passei a noite inteira pensando no que aconteceu naquele quarto e tentando escutar se ruídos ou gemidos vinham do quarto dele, mas não veio nada. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Nossa, depois de tanto tempo que estou aqui de volta, mas quero terminar essa historia. Eu estou com historias no wattpad e eu estou fazendo uma trilogia O Anjo para postar na amazon. É um romance entre anjo e humano. Meu perfil la é @kathy_oficial.



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