I never told you .... Goodbye escrita por Belle Swan Cullen


Capítulo 10
Cap. 9 - Tomando as rédeas da situação


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas, tudo bem? Sei que faz um tempinho que não me dou o trabalho de aparecer e terminar minhas fics e me perdoem por isso se ainda tiver alguém acompanhando, vou tentar finalizar essa fic, ainda essa semana, por que como já havia dito, não quero me alongar e perder a ideia central da estória, se é que me entendem. Eu amo estar aqui e escrever, mais infelizmente não posso me dedicar a isso sempre. Por isso sumo por tanto tempo. Mas fica aqui o antepenúltimo capitulo dessa fic.



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Mas uma vez estávamos onde paramos, não sabia dizer se isso naquele momento era algo bom. Quando abri meus olhos naquela manhã foi como se nada tivesse mudado, exceto que tudo estava mudado, eu estava com a cabeça no peito de Edward inspirando seu cheiro que eu sentia tanta falta e suas mãos me apertavam levemente, eu me movi minimamente revelando que estava acordada e senti um beijo em meus cabelos.

 

— Bom dia. - disse sem me afastar e sem levantar minha cabeça de seu peito.

— Bom dia. - ele disse no mesmo tom, mais me apertando em seus braços. - Estamos quase atrasados.

 

Com isso eu levantei e me desenrosquei de seu abraço, olhando as horas no meu relógio que estava sobre o criado mudo. Olhei por uns instantes para Edward e ele segurou meu olhar até eu desviar e suspirar.

 

— Edward, não vou a aula hoje, tenho assuntos a resolver. Avise a mamãe e papai por mim por favor. - Eu não esperei uma resposta, só me virei e fui pegar uma roupa de frio.

 

— Pra onde você vai? - ele havia levantado agora e estava atrás de mim, sentia seu olhar queimar em minhas costas.

— Vou sair com o vovó. Eu preciso resolver assuntos pessoais com ele – Eu não podia encará-lo agora, então continuando fingindo procurar algo no guarda-roupa, mas sabia que se eu queria que ele fosse, teria que fazê-lo acreditar em mim.

 

Me virei lentamente e olhei no fundo dos olhos verdes que eu tanto amava e em um impulso o beijei. Esse beijo não era como os outros, eu podia sentir minhas lágrimas enquanto o beijava, eu sabia que estava me despedindo e eu sentia que ele também sabia disso, por isso que no instante que seus braços se apertaram a minha volta como se quisesse me prender, eu me deixei ser presa por ele alguns segundos, apenas apreciando o contato e o amor que emanava de ambos. O beijo foi quebrado por mim e quando olhei em seus olhos, ali estava exatamente o que eu não queria ver, ele parecia esperançoso e aflito, feliz e triste, resignado mas consciente do que iria acontecer. Seus olhos também tinham lágrimas não derramadas e eu devia estar igual, mas eu sabia que isso não seria uma adeus, eu faria com que não fosse, isso era apenas um até breve.

 

— Por favor Edward, agora vá, eles já devem estar querendo te matar, por fazer todos esperarem. - Acariciei seu rosto perfeito e seus olhos nunca deixavam o meu.

— Me promete que vai voltar? - seus olhos se tornaram suplicantes e eu precisei mentir novamente, pelo menos por hora.

— É claro que eu prometo Edward, não iria me afastar de vocês assim, agora deixe de ser dramático e vá! - Eu dei um sorriso o mais verdadeiro que pude pra ele e vi seus olhos mudarem e criarem vida novamente.

— Obrigada Bella. - seu sorriso em resposta foi brilhante, mais não chegava aos olhos.

 

Ele me abraçou apertado novamente e beijou minha testa antes de sair pela porta em sua velocidade normal. Assim que Edward saiu pela porta eu senti minha ruptura, mais eu não podia romper agora, não agora. Respirei fundo eu precisava fazer isso, peguei a roupa de frio que tinha escolhido e a vesti rapidamente, foi quando eu senti. Minha cabeça girou por um segundo antes que a visão finalmente ficasse clara o suficiente. “estava caminhando de mãos dados com vovô pelo grande palácio em Volterra, ele tinha um lindo sorriso no rosto, mas suas mãos apertavam as minhas a todo momento, afinal tinha chegado a hora. Vovó estava atrás daquela porta, aquela pesada porta de carvalho branco que havia sido encantada a muito tempo atrás por mim, mas antes que pudéssemos chegar até ela, uma voz rugiu no inicio do corredor por onde andávamos. Foi com prazer que vi o vampiro cair a meus pés sem eu tivesse feito nenhum movimento….” Assim como veio a visão foi embora e eu sabia que isso aconteceria dentro de alguns poucos dias, mas não podia deixar que Alice a visse também, por isso escondi a visão parcialmente dela, ela apenas veria vovô sorrindo ao lado de alguém, andando por um corredor e mais nada. Sim eu podia fazer isso, podia controlar e manipular as visões de Alice, mas ninguém mais precisava saber disso.

Saí daquela pequena casa que um dia foi minha, meu lar, onde me sentia protegida e amada, mesmo quando apenas humana. Eu suspirei pesadamente e passei a correr em minha velocidade normal pela floresta, eu sabia que não havia por perto, por isso o fiz. Levou menos de minutos para estar em frente a minha outra casa, só que foi ali que minha vida realmente começou, pensar nisso trouxe um nova onda de dor e eu a ignorei prontamente, coloquei meu melhor sorriso no rosto e continue andando agora a passos humanos para a casa, eu podia ver vovó já na porta me esperando com a expressão estranha, ele parecia quase sufocado.

— O que houve? - o alcancei antes que ele pudesse piscar e segurei suas mãos nas minhas, elas pareciam trêmulas e mais geladas que o normal. - Vovô? - Finalmente ele pareceu me enxergar em sua frente.

— Onde você esteve? - sua voz era somente um fio e se eu não tivesse uma audição ampliada mesmo tão perto, não o ouviria. - Onde esteve minha Didyme?

 

Com essa eu não pude deixar de ficar dividida entre o que ele via e o que ele sabia. Ele me olhava, mas não me via de verdade, delicadamente eu o levei pra dentro, não havia ninguém na casa o que era bom. Eu o sentei no sofá e o vi suspirar e seus olhos ganharam foco finalmente. Ele olhava firmemente para além da janela, eu sabia que ele já tinha me notado ali, afinal ele apertava minha mão e quando fiz menção de iria me soltar, ele as apertou firme entre as suas.

 

— Me conte o que viu? Ou melhor, qual parte você lembrou? - minha voz era pequena e baixa e me sentia estranhamente febria sobre seu toque gelado.

— Eu sei como salvou sua avó. - Senti um frio na espinha e continuei esperando que ele falasse. - Como você conseguiu dividir sua alma desse jeito? Você se sacrificou demais, por pessoas demais, você tem noção de que sua alma esta quebrada? Você sequer tem noção do que isso significa? - ele tinha a voz baixa e um tanto contida, mas eu podia sentir cada grama de tristeza, aceitação e até raiva que tinha ali.

— Eu sei o que eu fiz e o que isso me custou, eu sei o que significa pra mim. Mas eu faria tudo de novo. Entenda, só eu podia salva-la naquele momento e eu sabia como, então o fiz. Mas agora está na hora de pegar de volta e te devolver o que te pertence. E antes que pergunte, eu sei o que vai me custar e não tem nada que o senhor diga ou faça que mudará minha decisão. - meus olhos eram um aviso e um pedido silencioso que ele apenas me entendesse e apoiasse.

— Tudo bem Bella, você tem razão, vamos fazer isso. - seus olhos eram firmes, mais sua voz continuava contida e baixa e eu sabia que ele procurava não explodir. - Partiremos agora não é? Por isso aquela cena com Edward ontem, você queria deixar todos bem. Sempre me sacrificando não é mesmo meu pequeno raio de sol? - apenas assenti e me abraçou apertado.

 

Eu sabia que ali naquele abraço eu podia ruir a vontade, porque ele me ampararia e me entenderia, fosse qual fosse minha decisão, ele estaria lá ou não. O que eu teria que fazer para tentar fazer Aro ver a razão, me tiraria a razão e me fará ser somente poder bruto. O que significa que serei finalmente um anjo, um ser sem emoção e que obedece a busca constante por equilíbrio em que nosso mundo vive e pra isso acontecer, pra todos voltarem a ter equilíbrio, eu teria que trazer a razão a Aro, da única forma que ele a conhece, sua esposa Sulpicia.

Não demorou muito pra que eu me acalmasse e nos fizéssemos o que era preciso, deixei uma carta para todos na casa, eu prometia que voltaria. Não disse para onde iriamos, somente disse que vovô estaria comigo o caminho todo e que não deixaria que nada me acontecesse, pedi para cuidarem uns dos outros enquanto não voltássemos, deixam instruções claras para nós seguirem e também avisei que tomaria providências, para que ninguém o fizesse. Respirei fundo mais uma vez, tirei o anel do meu bolso e o coloquei em cima da carta que havia ali, senti uma única lágrima rolar e então vesti minha máscara de calma e tranquilidade, encontrando o olhar triste de meu Avô, que segundos depois se desfez e ele também pós sua máscara de calma e tranquilidade.

— Vamos? - Perguntei pegando as chaves do meu carro e minha pequena mala no chão. Eu ia tomar o que era meu por direito no caminho.

— Vamos princesa – seu olhar deixou clara a sua desaprovação ao meu ato. Mas eu apenas revirei os olhos pra ele.

— Eu sou a princesa e teria sido a rainha se não fosse a ganância de Aro, aquele castelo é minha casa, minhas primeiras memórias são dele e eu o quero de volta. - empinei meu nariz como uma boa adolescente birrenta.

— Tudo bem querida, vou fingir que acredito ser por isso que quer aquele maldito castelo. - Simplesmente o ignorei, jogando minha mala no banco de trás e entrando no carro no lado do motorista e meu avô apenas me seguiu, depois de um suspiro.

A viagem até Port Angeles foi relativamente rápida, a fizemos em um silêncio mortal eu podia sentir os olhos de Marcus em minha direção, ele simplesmente me encarava calado e eu agradecia aquilo, afinal eu precisava me manter fria. Chegamos ao aeroporto e compramos nossa passagem, mais não teriam voos para Itália até amanhã. Passava um pouco do meio dia e nós sabíamos que todos deviam estar em casa a essa altura, eu encobri nossa presença, era simplesmente como se não existíssemos. Eu e vovô não conversávamos mais, pelo contrário ele parecia que a qualquer momento iria chorar e eu me chutava mentalmente por isso, eu sabia que devia ser doloroso pra ele, mas ele simplesmente jogou tudo pro para me acompanhar. Os minutos viraram horas daquele silêncio e quando vimos já era de manhã de novo, estava na hora do nosso voo e assim que embarcamos deixei que sentissem nossa presença, eu sabia que nenhum deles chegaria a tempo de qualquer forma.

Soltei a respiração pesadamente sentindo meu coração se afogar naquele mar de emoções que me encontrava agora, nosso voo levaria umas 3hrs para pousar e eu precisava tentar dormir e foi o que fiz, me encostei contra o ombro de Vovô e deixei que o sono me levasse.

Dormi o que pareceu toda a viagem, porque quando senti mãos nos meus cabelos os acariando carinhosamente, percebi que o avião já pousaria. Levantei meu olhar para encontrar Vovô me encarando carinhosamente e retribui o olhar e então sorri. Finalmente estava tomando as rédeas da minha vida e eu mudaria meu destino e o de todos eles ou NÃO me chamaria mais Isabella Marie Swan Hale Cullen Volturi. Eu sei nome cumprido, mais fazer o que se eu teria que assumir meu trono novamente, seria com o nome certo e da forma certa. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que estejam acompanhando ainda.



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