A vida comum de uma menina sem graça escrita por Mayce


Capítulo 2
O sedutor e misterioso rapaz


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho, saindo do forno. Boa leitura! :D



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Nina começou a ficar nervosa, suas bochechas ganharam um tom vermelho tomate e ela falou:

— S-sai de cima de mim! -  E empurrou-o para o lado. O rapaz caiu e soltou um gemido de dor, o que fez Nina sentir um pouco de culpa mas ele fora muito ousado! Após se recuperar do susto, ajudo-o a se sentar. Primeiro precisava arrumar uma forma de estancar o sangue, pegou uma blusa extra que ficava em sua bolsa e amarrou-a no ferimento, ele estava febril provavelmente por causa de seu ferimento. Levantou-o com muito cuidado.

— Precisamos ir para um hospital... -  O rapaz pegou sua mão e com a voz fraca disse:

— Não... Me leve para casa... Al, me leve para casa...

Al? Quem era Al? Ele estava delirando. Nina soltou um suspiro, não havia outro jeito ele estava delirando e se não fosse cuidado imediatamente seria bem pior. Por fim resolveu que levaria ele para sua casa, sua mãe certamente saberia o que fazer e por sorte estavam bem próximos. Nina praguejou baixinho:

— Por que é que essas coisas estranhas sempre acontecem comigo? Só porque resolvi pegar um atalho, olha o que me acontece... -  Soltou um longo suspiro. Após alguns minutos chegaram a sua casa, ao abrir a porta e chamar sua mãe, nada aconteceu. Ela colocou o rapaz no sofá, e foi em busca de ajuda, até que um bilhete na mesa da cozinha chamou sua atenção. Dizia:

“Oi filha! Como foi o colégio? Muitos amigos novos?

Bom, eu e seu pai fomos para a casa da vovó, ela parece que pegou um resfriado. Seu irmão disse que ia dormir na casa de um amigo que estudaram no colégio anterior. Então por hoje você ficará sozinha, mas amanhã antes do almoço espero estar em casa.

Com amor, Mamãe.

Ps.: Seu prato está no micro-ondas, beijinhos.”

Nina se sentiu completamente perdida, depois refletiu e chegou à conclusão que talvez tenha sido melhor assim. Ficou imaginando o interrogatório que receberia de seu pai por andar nesses becos e as mais diversas hipóteses criadas por sua mãe. Ela não sabia quem o garoto era, ele podia ser perigoso ou talvez não... E milhões de perguntas brotaram em sua cabeça: “Por que ele estava naquele beco? E aquelas vozes esquisitas, de quem será que estavam falando? Será que era aquele garoto, em sua sala de estar, que procuravam? Onde estariam os pais dele?”. Por fim, independente do que ele era, precisava de cuidados e pra ontem! Pegou uma toalha e umedeceu-a e sentou ao lado do menino que agora suava em bicas. Passou o pano em seu pescoço e testa, colocou um cobertor sobre ele, depois rasgou o resto da calça e esterilizou seu machucado, sentou no chão com as costas apoiadas no sofá fitando a sala.

— Espero que você fique bem... – E caiu no sono, foi um dia agitado. Acordou com uma mão fria tocando-lhe o rosto, com a vista um pouco embaçada viu um lindo par de olhos cor de âmbar bem próximos de seu rosto, quando percebeu que era uma pessoa levantou rápido demais e deu com a testa no nariz do rapaz que gemeu de dor e tratou logo de colocar as mãos em forma de proteção.

— Ai! Isso doeu...

— Quem mandou você colocar a sua cara na frente! Não sabe acordar as pessoas com delicadeza não? -  Disse isso enquanto massageava a testa. – Espero que não fique roxo.

— HAHAHA ! Você quase quebra o meu nariz e espera que sua testa não fique roxa? E afinal de contas quem é você?

Nina fitou-o com um misto de raiva e incredulidade, como poderia existir uma pessoa tão arrogante. Por fim levantou-se e foi sentar no sofá mais distante possível do rapaz.

— Pensava que as pessoas agradeciam quando eram salvas, mas pelo visto nem todas... – E soltou um olhar de raiva.

— Salvo? ... – Olhou ao redor e ficou quieto como se buscasse em sua me memória o que havia acontecido e após longos minutos em silêncio o rapaz começou.

— Ah... Desculpe meus modos. Bom, eu não me lembro direito o que aconteceu... Só lembro que me feri, alguém caía em cima de mim e depois disso tudo é um borrão. -  E olhou para o chão como se estivesse perdido em pensamentos. Era óbvio que ele escondia alguma coisa.

— Bom, de fato eu achei você caído em um beco e te trouxe para minha casa, cuidei do seu ferimento e febre. – Logo em seguida um estomago roncou alto o suficiente para que Nina abafasse um pequeno riso, o rapaz estava um pouco envergonhando, suas roupas estava ensopadas de suor e coladas no corpo. Nina meio que adivinhou o que o rapaz queria dizer com seu olhar e disse:

— Bom vou pegar umas roupas do meu irmão, devem servir, vocês tem quase o mesmo corpo. Espere aqui! -  Saiu e em menos de dois minutos trazia um uma calça jeans, uma camiseta e uma toalha. Entregou-lhe, informou que poderia usar o banheiro dos fundos e que sabonete novo tinha no armário atrás do espelho. Enquanto o menino se dirigia para o banho, ela foi para a cozinha preparar um café e torradas. Pensou em Babi e como ela surtaria quando lhe conta-se tudo que acontecerá, chegou a pegar o celular mas ainda eram 4:25 da manhã e amiga seria capaz de surgir ali na sua porta assim que recebesse a noticia, o que fez a menina abrir um sorriso.

Depois de um tempo ouviu a porta do banheiro abrir, quando foi se virar quase jogou a xícara de café pro alto, o rapaz havia saído com a toalha presa na cintura, os cabelos molhados jogados para trás e com uma expressão divertida no rosto após ver a cena. Nina virou-se rapidamente e disse, quase gritando:

— O-o que está fazendo?? Cadê as roupas que eu te dei? -  Ela podia sentir suas bochechas queimarem.

— Ah, eu sem querer deixei que caíssem no box e elas estão molhadas agora. Desculpe mas teria outra para me emprestar?

— Ok! Agora volte pro banheiro e espere lá! -  Nina tapou os olhos e correu em direção ao quarto. Na sua cabeça estavam “Mas que menino é esse! Eu o odeio! Devia ter o deixado morrer naquele beco! Babi teria adorado isso...”, após alguns segundos ela foi até o banheiro e pediu que apanhasse as roupas que estavam penduradas na maçaneta. Correu em direção à sala e esperou.

O rapaz surgiu no canto, ele estava mais bonito agora que estava limpo, as roupas não lhe caíram mal. Ele parecia extremamente charmoso, mas cortou logo qualquer que fosse seu pensamento pois ele a aborrecerá o suficiente para que ela desejasse que fosse embora logo.

— Olha eu não sei quem é você e nem o que quer, mas agora que já está bem melhor pode ir embora!

— Erick.

— Oi?

— Meu nome é Erick. Você estuda no mesmo colégio que eu. -  Disse apontando para a blusa amarrotada da menina.

—Hum, então você também é de lá. Então, o que fazia no beco?

— Bom, isso é uma longa história e... Você poderia me emprestar seu telefone? – A menina passou o celular. O rapaz se distanciou e começou a falar mais baixo, quase não se podia ouvir:

— Al? Oi, sou eu o prin... Erick. Estou bem, calma. Bem você poderia me buscar? Eu estou... – Virou para a menina que lhe deu o endereço. Após um tempo o menino virou-se e devolveu o celular para a garota, lhe dando um sorriso de gratidão.

Não demorou muito e finalmente ouviu-se uma batida suave na porta. Nina abriu a porta e um senhor alto, vestido de smoking, estava com uma aparência impecável.

— Olá! Desculpe-me incomodá-la a essa hora senhorita. Vim buscar o príncipe, seus esforços serão recompensados! Obrigado por tudo que fez. -  Nina deixou o queixo cair num O perfeito.

— Como assim, príncipe? – O rapaz surgiu atrás da menina, deu um riso e disse-lhe:

— Al, Al! Você precisa aprender a disfarçar as coisas. Desculpe por não ter dito antes, sim eu sou o príncipe.

— Mas o nome do príncipe é Arthur, não?

— Ah isso é só um título que meu pai achou melhor manter, meu nome de verdade é Erick. Bom, preciso ir, obrigada e desculpe-me qualquer coisa. Nos vemos no colégio. – E foi embora.

Nina estava perplexa, ela salvará e brigará com o príncipe! A primeira coisa que foi fazer era buscar o celular e ligar pra Babi.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Príncipe meio metido né haha Mas muitas coisas vão acontecer de agora em diante. Nina e Erick terão muitas histórias ♥



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