A vida comum de uma menina sem graça escrita por Mayce


Capítulo 1
O menino do beco


Notas iniciais do capítulo

Esse primeiro capítulo ficou maior do que eu esperava rs Espero que se divirtam e boa leitura! Ah, não se esqueçam de comentar o que acharam, preciso saber se estão curtindo ou não :'(



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O relógio despertará marcando 4:45 am., ao seu lado um amontoado de cobertores se espreguiçava e uma voz baixinha sussurrou “Hum, mais 5 minutos”. Então uma segunda voz surgiu mais alta e forte.

— Monstrinha, anda, levanta! AGORA! Mamãe disse que se não sair dessa cama agora não vai ganhar pão de mel...

— Opa! Quem disse que eu não ia levantar! E quem você chamou de monstrinha?. – A menina se jogou na direção do irmão e começou a fazer cosquinhas no seu pé. O menino caiu na gargalhando fazendo com que seu pai aparecesse na porta do quarto e olhando-os com a maior cara de sono, como quem diz “Mas que animação toda é essa aqui ? E nem são 5h da manhã!”, bocejou e fez gestos com as mãos dizendo para descerem logo.

— Caleb acho melhor você descer primeiro, vou me arrumar pro colégio. -  E se espreguiçou preguiçosamente.

— Está bem, mas é melhor você não voltar a deitar, se não vou te jogar um balde de água fria! Hum. -  E saiu rindo.

A menina foi até seu banheiro particular, tomou um banho rápido, vestiu seu jeans, a blusa do colégio, calçou seu  all star preto, partiu seu cabelo castanho para o lado de modo que seu franjão lhe caísse sobre o rosto. Uma das coisas boas do seu colégio era a possibilidade de ir do jeito que quisesse desde que usasse o uniforme e nada acima do joelho. Pegou sua mochila cheia de rostos do filme que ela mais amava “O estranho mundo de jack”, e desceu as escadas apressada.

Chegando à cozinha, seu pai ainda estava de pijama lendo um jornal onde na capa estava escrito em letras garrafais “A CHEGADA DO PRÍNCIPE ARTHUR II AO PAÍS FOI UM ALVOROÇO “, mas não conseguiu terminar de ler pois seu pai fechará o jornal e olhava ansioso para o pedaço de rosquinha que estava em seu prato. Nina foi até sua mãe e deu-lhe um beijo na bochecha.

— Bom dia minha filha, o que você quer pedir?

— Argh! Como assim? Uma filha não pode dar um beijo de bom dia sem que pareça que precisa de algo.  -  E deu um risinho.

— Aham, sei. Agora se sente e vamos tomar o café e ... Céus! Olha para as horas, não podemos deixar vocês chegarem atrasados no primeiro dia de aula!

Todos tomaram seu café. Marta, a mãe de Nina, estava ansiosa que quando todos estavam do lado de fora de casa esperando na porta o carro que ela se tocará que as chaves ficaram em cima da mesa, voltou depressa. Quando por fim botaram o pé na estrada perceberam como o dia amanhecerá especialmente frio, o céu estava coberto por nuvens cinza, as ruas estavam húmidas e quando eles falavam saiam pequenas fumaças de suas bocas.

O pai de Nina, Carlos, era alto, magro, tinha cabelos negros e lisos, na sua adolescência ele era bem popular. Além de tudo ele tocava numa banda do colégio, o nome era “Os Bastardos”, e ainda por cima era o vocalista. Olhando agora ele ainda era bem bonito, seus olhos eram castanhos claros a ponto de parecerem verdes. Ele olhava para o relógio e voltava-se para Caleb, dando conselhos.

— Filho, preste atenção, quando for se apresentar é normal ficar nervoso, então encare todo mundo como se fosse um hambúrguer! – Marta riu de quase perder o ar. Ela era um pouco mais baixa que Carlos, seus cabelos eram loiros e lisos, seus olhos eram azuis da cor do céu, era morena e magra. Após se acabar de tanto rir ela comentou:

— Não ligue para seu pai! Lembro-me de que quando ele foi fazer sua apresentação olhou para todo mundo como se quisesse arrumar confusão, só depois de uma semana, quando ele já estava menos nervoso, começou a se enturmar. Fora que depois as meninas começaram a perceber como ele era bonito, o que chovia de garotas atrás dele....humpf. -  Dessa vez quem riu foi Carlos.

— E você sempre me ignorava! – e Deu-lhe um beijinho na bochecha.

— Uuuuh -  Caleb e Nina fizeram coro. Deixando-os corados.

Finalmente chegaram ao colégio, Nina mal saiu do carro e uma menina magricela e pálida, vestindo um casaco rosa chiclete, os cabelos loiros voando e o rosto com as bochechas rosadas destacando as lindas sardas.

— Hey Nina! Que saudades de você! Hoje está tão frio. – E se jogou nos braços da menina. Apesar de ser um pouco exagerada e gostar de falar, era a pessoa mais carinhosa que Nina conhecia. – Ah, bom dia Sr. E Sra. Salin. Oi Caleb! -  disse o ultimo nome dando uma leve corada, apesar de não parecer Caleb era um rapaz muito bonito. Ombros largos, pele morena, olhos verdes, cabelo escuro e musculoso, pois fazia natação desde os cinco anos. Sem nem dar chances para que alguém a responde-se, ela arrastou Nina por entre o chão molhado. A menina só virou-se para os pais deu um sorriso divertido e acenou, Caleb despediu-se e saiu andando.

— Babi, calma! Estou feliz em saber que fomos para o mesmo colégio, mas aquieta o coração aí!

— Nina! Você leu o jornal hoje? Ai meu Deus!

— Não li, só o título de que um tal príncipe vai vir para cá, mas não consegui terminar de ler...

— Não é um “tal príncipe”! É “O” príncipe. Garota, ele vai estudar na nossa escola, ele é lindo, maravilhoso, ele é... Um Deus grego! -  Nina não pode conte o riso.

— Está bem, agora pode se acalmar. Eu não estou vendo o seu “Deus grego” por aí. Oh, será que ele vai faltar o primeiro dia de aula? -  E pôs a mão na boca em tom de reprovação, depois deu um riso abafada para a amiga que estava ficando com raiva.

— Ok, desculpe-me.  Já descobriu as nossas salas? Estamos juntas?

— Ah, quase me esqueci disso. Sim! Vamos estudar juntas quase todas as aulas, só a matéria de geografia e educação física estamos em turmas separadas. -  E fez um muxoxo.

Nina detestava essa matéria, até simpatizava por matemática, mas geografia era um Deus nos acuda! Após cantarem o hino e entrarem em suas respectivas salas, como sempre os primeiros dias de aula eram repletos de conversas animadas, pessoas novas se conhecendo e tudo mais. O príncipe que iria estudar com eles, não deu as caras. Mas afinal ninguém realmente sabia como ele era, pois fotos e reportagens sobre ele eram raras. Babi, estava um pouco desapontada, tinha se maquiado e arrumado toda, mas só conseguiu chamar atenção dos rapazes do primeiro ano.

Após horas e horas de aula, chegou o momento de voltar pra casa. Caleb fora liberado mais cedo porque a professora Sara, de história havia pegado um resfriado e não podia dar aulas aquela semana. Nina se despediu de Babi no ponto e seguiu para casa a pé. Ainda faltava um pouco para chegar a casa, decidiu pegar um atalho, entrou num beco, onde os muros eram baixos e havia pouco movimento, não era o melhor caminho para se pegar mas já estava acostumada a passar despercebida e por ali ela conseguia ver o melhor por do sol. Após alguns minutos ela ouviu um barulho alto e vozes masculinas gritavam umas duas ruas a frente.

— ONDE ELE ESTÁ? SEUS IMBECÍS ! DEIXARAM-NO ESCAPAR! -  Uma segunda voz surgiu um pouco amedrontada.

— M-mas senhor, nós conseguimos feri-lo! Ele não p-pode ter ido muito longe! – A primeira voz tornou a falar:

— O QUE ESTÃO ESPERANDO, VÃO ATRÁS DELE!

Nina se agachou atrás de um lata de lixo e ouviu os passos se distanciarem, nervosa e assustada começou a correr na direção oposta quando tropeçou e caiu no chão, ao virar-se percebeu que havia esbarrado em um rapaz. Ela pensou “Mas ele estava aqui o tempo todo? Eu passei minutos antes por aqui e ... AI MEU DEUS!”, ele tinha um ferimento na perna e sangue transbordava na sua calça, após o susto ela avaliou-o, tinha um corpo atlético, sua pela era morena jambo, tinha cabelos curtos e lisos da cor de cobre, usava uma blusa branca que agora estava encardida, uma calça jeans e tênis pretos, era tão lindo, parecia desarcodado. Quando Nina viu seu ferimento de novo ameaçou berrar por ajuda porém o rapaz sem força, se jogou na direção da menina, fazendo ela se desequilibrar e cair deitada no chão com o garoto em cima. Ele se aproximou dos ouvidos de nina e sussurrou:

— Por favor, me ajude...


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Notas finais do capítulo

He he Quem será esse menino, hum hum? Gostaram? Querem textos menores? Contem-me o que estão achando ♥ Beijinhos!



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