Reboot escrita por Bruno hulliger


Capítulo 5
Flashback


Notas iniciais do capítulo

Agora, vou seguir o ritmo de postar um capítulo à cada dois dias. Assim, a fic "Reboot" não vai acabar tão cedo, e nem tão tarde.
Espero que gostem!



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  Zack estava sentado em um banco que jazia ao lado de fora do consultório. Ele observava aquela cena, e se lembrava...

  “Vou estar com você para sempre!”

  “Você promete...?” perguntou Helena.

  Helena estava deitada em sua velha cama branca. Os móveis ao redor desta eram simples, nada muito exuberante. A mãe dela limpava os outros cômodos da casa enquanto isso.

  A pobre mãe tinha acabado de descobrir da doença da filha há pouco tempo... Isso aconteceu como um acaso do destino. Naquele dia, o garoto e sua “futura esposa” estavam conversando sobre coisas aleatórias. A menina em especial parecia muito abatida... Mais até do que o normal...

  Ambos estavam sentados em um balanço de madeira (enorme) que ficava ao lado da escolinha. Folhas e galhos se desprendiam das pobres e velhas árvores que os rodeavam. A grama se mexia constantemente e parecia dançar ao som do vento. Era uma linda tarde de outono em que o frio começava a chegar e os vizinhos já preparavam seus casacos de lã.

  Zack achou que era melhor irem embora, o vento estava ficando forte e logo anoiteceria. Ele puxou o braço de Helena para chamar sua atenção. Ela não se moveu. Estava pálida; seus olhos estavam abertos, mas não demonstravam o mesmo brilho de antes. O menino se desesperou...

  E depois? Bom... O garoto tentou reanimá-la, mas quase não teve efeito. Ele a levou para sua mãe que se desesperou ao ver a filha daquele jeito. Pálida. Sem vida. Sem o mesmo sorriso que antes ela esbanjava...

  A mãe chamou uma ambulância, e tentou reanimar a filha, e diferente de antes, dessa vez deu certo! Mas ela ainda estava desmaiada, a diferença era que agora seu coração batia, seus pulmões trabalhavam e ela não estava mais tão pálida.

  A ambulância finalmente chegou. O barulho irritante que sua sirene fazia alertou todos os vizinhos que algo de ruim estava acontecendo. Foi pedido a Zack que ele voltasse para sua casa. Ele obedeceu um pouco hesitante, mas o fez assim mesmo. Ele queria saber se sua amada ficaria bem.

  À noite, os piores pesadelos o assombraram, e por muitas vezes ele acordou assustado. A falta de notícias sobre o estado de saúde de Helena era agonizante.

  No dia seguinte ela retornou à pequena vila. Zack foi imediatamente vê-la, mas foi impedido pela mãe da garota de entrar no quarto em que ela descansava.

  “Olhe aqui garoto, eu não quero ver você chamando minha filha para brincar, ouviu? NUNCA MAIS!!!” temerosa, a mãe abriu a porta do quarto da filha. Ela ainda dormia tranquilamente; pelo menos seu grito não a acordou...

  “Mas por quê?...” perguntou o jovem, inocente.

  Os olhos da mulher continham um olhar angustiante e medroso ao mesmo tempo. Ela parecia estar doida, ou no mínimo possuída. O garoto não se esqueceria daquele olhar horrível tão fácil...

  “Minha filha... Ela... Ela...” a mulher aparentava ser mais velha por causa das rugas criadas pelo seu sofrimento “ela vai morrer logo...”

  “...Não! isso é mentira! Ela não... Ela não pode morrer!!!” ele começou a chorar, assim como qualquer outra criança faria “Eu... Eu vou me casar com ela!”

  A mulher sorriu. Parecia não notar o sofrimento do garoto com aquela situação. A mãe simplesmente o expulsou da velha casa aos gritos. Xingando-o, e atormentando sua pobre cabeça com frases pessimistas, como: “se ela morrer, as despesas da minha casa vão diminuir!...” “Se ela morrer você vai poder arranjar outra que realmente te ame...” “Se ela morrer... Talvez fiquemos felizes com isso!...”

  Não... Não foi uma mãe que disse isso. Aquela não era a senhora Hugway... Não. Já basta o sobrenome ser estranho, ela não precisava ser louca também...

  Naquele dia, aquela pobre mãe descobriu que sua filha tinha leucemia em estado avançado. A saúde de Helena já estava completamente comprometida. A mãe não tinha dinheiro para o tratamento, sem contar que já era tarde demais... Ela iria morrer em questão de dias... E Zack não deu importância a isso. Ele só queria aproveitar seus últimos momentos com a namorada. Mas nem isso ele pôde...

  Três dias depois. Helena sentiu um grande mal estar que a fez desmaiar no meio de uma estrada de comércios, onde vários caminhões faziam entregas e transportes de alimentos. O motorista não pôde desviar do corpo que jazia desmaiado no chão. Ela foi atropelada... Helena morreria em pouco tempo, não havia uma cura para sua doença. Mas mesmo assim, Deus quis tirar a vida dela mais cedo... “Por quê? POR QUE, DEUS?! Por que tinha que ser ela?... Por quê?...” pensou Zack.

                                                       ***

  -- Ei, trapaceiro? Acorde – disse uma voz familiar.

  Zack acordou. Sua cabeça doía, e não era à toa. Aqueles pensamentos sobre o passado já eram muito dolorosos por si sós.

  -- Helena?... – perguntou meio atordoado.

  -- Helena? Quem é essa Helena? Sou eu, a Isadora. Nós estamos no hospital, lembra?

  O rapaz olhou ao redor. Algumas pacientes conversavam ao seu lado, enquanto outros estavam entretidos com jogos de celular. Vez ou outra, um médico ou uma enfermeira passavam no corredor.

  -- Você dormiu demais... – continuou Isadora. – Veja só que horas são!!

  O celular do rapaz marcava exatas 19h: 09 mim. Isso quer dizer que... Uau! Ele dormiu por quase seis horas inteiras!

  -- Como... Como está a Fabiana?

  -- Os sedativos fizeram efeito. Ela está dormindo agora.

  -- Sedativos...?

  -- Sim, ela começou a se agitar demais depois de um tempo. Aos médicos, não restou outra opção senão usar os sedativos.

  Zack, com seu olho sonolento tentou ver onde estavam Jonas e Sabrina. Eles não estavam lá.

  --... Onde estão os outros dois?

  -- Eles foram comprar um lanche. Logo, logo eles já voltam – Isadora esbanjou um enorme sorriso malicioso na cara, e disse: -- Então... Você está pronto pra ficar aqui a noite inteira?

  -- O quê?!

  -- Não grite. Isso aqui é um hospital. E também, Fabiana vai precisar de muito apoio quando acordar.

  -- Sim, mas...

  --... Mas nada. Você concordou em nos acompanhar até aqui!! Agora pague o preço.


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