O trato com Ryuku

Raito chega em casa e toca a campainha. Quem atende é Misa, que estava com o rosto inchado de tanto chorar. Ela o abraça e o faz entrar.

- Misa... Eu vi uma coisa assustadora.

- O que?

- Alguém exatamente como o L.

Misa xinga qualquer coisa, dando um tapa no rosto do rapaz, que fica completamente paralisado pelo ato da garota.

- MAS QUE DIABOS, RAITO. O L MORREU. ELE MORREU. ESTÁ MORTO. MOR-TO. CRESÇA, ESQUEÇA ELE.

- ... Eu podia jurar que era ele.

- Idiota.

A moça sai batendo os pés, gritando histericamente. Todos se aproximam para saber o que havia acontecido, mas não tem sucesso, já que a briga havia sido desfeita. Olhavam para Raito como se ele a tivesse estuprado ou algo parecido.

- Yagami-kun, supere. Você está machucando a todos com suas paranóias.

- Eu era o único amigo de L.

- Sim. Mas kira o levou. Seu dever é pegá-lo e vingar L.

- Kira...

Raito engole em seco. Um dia já pensou em suicídio por ter sido a causa da morte da pessoa que amava, mas resolveu seguir em frente, embora seu espírito houvesse morrido junto com L.

- Sinceramente, Yagami-san, não esperava que você ficasse tão deprimido. Chega a ser patético.

- Patético? Matsuda, patético é você.

Todos se retiram. Não era útil ficar bajulando Raito, porque ele não saía do seu mundo de dor. A morte de L foi quase a morte do caso Kira, já que a cabeça por trás de tudo havia congelado. Ele se tranca no quarto para conversar com Ryuku.

- Você não estava comigo. Tinha que estar.

- Eu sei, mas eu estava com Misa-Misa.

- Eu vi, Ryuku. Era perfeitamente ele. Se você for comigo, pode ver o nome dele e me dizer quem é... Faria isso?

- Por que o faria?

- Por maçãs?

- Hmm... Depende de quantas.

- Todas que puder comer.

- Fechado.

- Sairemos todos os dias. Vasculharemos essas ruas.

- Você não está apaixonado pelo L, está?

- Ryuku, antes eu não sabia. Mas hoje tenho certeza. - Raito respira. - Eu amo o L.