Em busca de L Lawliet

Raito pega sua carteira e uma cópia da chave, saindo apressadamente com o shinigami acompanhando. Não tem paciência para o elevador, saltando os degraus de dois em dois. Era mais ou menos o mesmo horário que havia saído antes.

- Foi por essas ruas, Ryuku.

- Bah...

Andam por horas, sem qualquer sinal do suposto L. Quando estavam desistindo, Raito reconhece a moça que estava com ele naquele dia.

- VOCÊ!

A moça acelera o passo, mas ele corre o mais rápido que pode e a alcança. Ela era linda. Cabelos pretos, olhos verdes brilhantes, mas tinha olheiras como as de L.

- Me largue, senhor!

- Eu a vi ontem! Estava com um rapaz descalço! Quem era ele?

- Me deixe em paz ou eu vou gritar!

- ELE ERA L LAWLIET? ERA?

- Não sei do que está falando!

A moça olha diferente para Raito, fazendo a suspeita aumentar mais ainda. Ela se solta das mãos do rapaz e começa a correr.

- ESPERE! EU... POR FAVOR, ESPERE! - Raito a segue, com Ryuku atrás. - Eu só quero saber, se o L-sama está vivo!

A moça deu de ombros, saindo apressadamente e se misturando na multidão. Raito para bruscamente, sem fôlego.

- Merda! Ryuku, qual o nome dela?

- Estranho... Eu simplesmente não consegui ver.

- O que?!

- Ficou embaçado, eu não pude ler. Vamos embora, Raito. Amanhã voltamos.

- Está bem...

Os dois voltam para o apartamento, frustrados. Ryuku antes fazia somente para ter suas maçãs, mas agora estava realmente interessado. Aquela moça de olhos esmeralda não era humana? Como pode?

- Raito, posso te pedir uma coisa? Pra eu continuar com isso, trate Misa melhor. Essa garota é frágil. - Ryuku resmunga.

- Certo...

Raito segue até o quarto da moça, entrando sem bater. Ela estava executando presidiários com o Death Note, sentada no chão do banheiro da suíte.

- Raito?

- Sou eu, Misa.

Ele entra, beijando-a na cabeça. Ela sorri tristemente. Para ela, Raito estava começando a superar, o que seria ótimo. Ela planejava casamentos com ele e um futuro brilhante, mas ele rejeitava categoricamente. O amor dela por ele nunca mudou.

- Me desculpe.

- O que, Raito?

- Me desculpe por tudo. Por te fazer chorar. - E depois, lembrando-se que a mentira às vezes é o melhor remédio, diz para ela: Eu te amo.

- Tudo bem, Raito-kun. Eu sempre estarei aqui. Por você. Você sabe disso, não sabe? Não sabe, Raito?

- Sim...

Nos três dias seguintes, Raito repete a caminhada, mas não encontra mais ninguém. Ele ficava usando o notebook, buscando alguma pista, embora não tivesse nenhuma ideia do que procurar. A esperança dele ainda não havia morrido. Mas, o que ele faria se L estivesse vivo? Deixaria de ser kira? Se entregaria a polícia? O amaria pra sempre? O que faria?

- Que confusão você me criou, Ryuku. Por que deixou seu maldito caderno cair?

- Estava entediado.

- Mas sua brincadeira levou meu L.

- Sem ela, você nem o conheceria.

- E também não sofreria tanto.

- Agora a culpa é minha?

- Maldito seja o Death Note.