L Lawliet, my dear.

[flashback]
- Pessoal, o shini... - L não completa sua frase. Seu coração parara.
- Ryuzaki! Ryuzaki!
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Raito agora assumia o título de L, mas as mortes eram Misa quem executava. Ele havia perdido toda a vontade de prosseguir. Se odiava por nunca ter notado o quanto amava L Lawliet. Sim, era esse seu nome. O nome mais doce já usado. Kira entrara em profundo estado de depressão, andava pelo apartamento como um zumbi.

- Raito-kuuun, - Misa chega em casa, tirando as sandálias de salto - como foi seu dia?

- Razoável.

Desde a morte de L, ele não respondia outra coisa. E faziam dois meses. O pai de Raito e todos os outros detetives se preocupavam, mas ele nunca dizia nada sobre isso. As noite de kira eram um tormento. Sonhava com seu amado, desejava-o perto.

- Yagami-san, as mortes continuam! O que devemos fazer agora? - Matsuda se aproxima, gaguejando.

- Pergunte a L.

- M-mas, Yagami-san...

- Deixe-o Matsuda. Venha comigo, vamos pensar nos fatos que já temos. - Soichiro faz uma cara decepcionada.

- Raito... Eu te amo. Não fique tão triste pelo Ryuzaki.

- Cale a boca, Misa. E não esqueça de falar o nome dele acompanhado de um "sama".

- A-ahn...

A moça sai correndo para o quarto, chorosa. Raito se senta pra ver televisão, exatamente como L sentava, puxando doces para perto. Ryuku aparece para ele, puxando conversa.

- Não era você que queria matar aquele detetive? - Ele sussurrava.

- Sem comentários.

- Ora, mas agora você pode reinar...

- Suma daqui.

- Meu filho, eu sinto muito ter que obrigar você desse jeito, mas vá dar uma volta.

- Não quero, pai.

- Agora não tem mais 'querer'. Se a tua atitude será infantil assim, te tratarei como uma criança.

Sr. Yagami então empurra Raito até a porta, colocando a carteira em seu bolso de trás. O rapaz olha para trás para argumentar, mas a porta se fecha.

- Droga.

Ele anda até o elevador e em pouco tempo ganha a rua. Faziam semanas que não colocava um pé pra fora do prédio. Anda até uma padaria e compra um doce qualquer, seguindo pelas ruas, sem rumo algum. Haviam congestionamentos e carros passando em uma velocidade relativamente alta.

De repente, Ele vê algo estranho do outro lado da rua. "MAS, PARECE O... PARECE O L!". Era uma estranha figura exatamente como seu amado, blusa branca, calça jeans, cabelos iguais, descalço. Acredita ser alucinação, mas vê uma moça de vestido branco segurando um caderno de mesma cor puxá-lo pela mão. Raito podia jurar que a figura sorrira pra ele.

- Vou segui-lo!

Raito espera alguns carros passarem, mas de repente vem um ônibus enorme e lento, que passa demoradamente. Quando consegue avistar o
outro lado da rua novamente a moça e o rapaz já haviam sumido.

- L...?