Black Pearl escrita por smoakouat


Capítulo 8
"Red Like A Cape"


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!
Eu quero novamente pedir mil desculpas pelo atraso do capitulo 07 e dar um aviso muito importante.
O aviso é sobre a regularidade das postagens daqui em diante. Como já comentamos com vocês, estamos tendo alguns problemas já que grande parte do trabalho "braçal" acaba ficando só com uma de nós e não temos como dividi-lo durante o "processamento" do capitulo; por isso estou deixando este aviso. Nós tentaremos ao máximo trazer capítulos novos todas as semanas (geralmente domingo) para vocês, contudo caso tenhamos que adiar para a semana seguinte, não se preocupem, pois não passaremos mais de mais de uma semana sem posts ok?
Valeu por estarem nós acompanhando e aproveitem o capitulo!!

P.s: Um dos nossos preferidos até agora!! ♥

Boa leitura!



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Storybrooke/ Time: Presente

3 Days Later…

(Vallery Pov/On)

As portas de metal se abriram e eu andei até o centro da biblioteca procurando-a com os olhos. (N/A: Eu quando chego na escola e fico procurando o crush)

— Belle! – Ouvi um baque a minha direita e alguns livros caindo no chão.

— Ai! – Eu estava rindo internamente quando a encontrei no chão, com as mãos na cabeça, entre pilhas de livros. - Eu sei que você está rindo de mim. Por que eu nunca escuto você chegar? 

— Sua cidade parece bem organizada, vocês mantem algum registro de quem mora ou morou aqui? – Belle ficou de joelhos e começou a reorganizar os livros.

— Você não faz ideia. – Ela sussurrou.

— Hum, talvez tenham alguns, mas eles devem ficar na prefeitura. – Ela me olhou pensativa. 

— Você não acha que deveria sair um pouco? Já está quase na hora do almoço, por que não vamos almoçar no Granny’s juntas? – Eu a encarei por dois segundos antes de começar a andar em direção à porta. 

— Ei! Aonde você vai? – Virei-me para responder e ela andava atrás de mim. 

— Vou sair. 

— Então, o que você vai querer comer? 

— Ahn... Eu não vou comer. Vou para a prefeitura. 

— Você... Não. Nada disso, nós vamos para o Granny’s. 

— Mas eu não... – Ela pegou sua bolsa e andou em minha direção.

— Sem mas. Nós estamos indo almoçar. – Belle começou a me arrastar para fora da biblioteca.

(Vallery Pov/Off)

(Ruby Pov/On)

— Ruby! Hambúrguer com fritas para a mesa 4!  

— Já estou indo! 

Terminei de recolher os pratos da bancada bufando, entreguei-os para a Granny e ouvi o sino da porta de entrada. Não olhei para ver quem era, mas mesmo assim gritei “Boa tarde!” enquanto levava os dois pratos da mesa 4. Então ouvi.

— Por que eu deixei você me trazer aqui? – Ouvi o som de cadeiras sendo arrastadas na mesa próxima a janela. (N/A: Foco no casal de velhas)

— Pare de resmungar, você fez isso o caminho todo.  

— Eu não resmungo! 

— Certo, certo. Mas você... 

— RUBY! O que você está esperando?! Os pratos da mesa 7! – “Ouch!” Meus ouvidos começaram a zumbir de dor.

— Já tô indo, não precisa gritar! – Andei para pegar os novos pratos e leva-los as mesas.

— Lugar bem barulhento esse, não? – Perguntou a menina nova.

— Um pouco, mas é até divertido. – Andei até elas para anotar seus pedidos.

 Só é divertido para vocês, eu que tenho de ouvi-la gritar o dia todo. Oi Belle. – Sorri para ela e depois encarei a outra garota.

 Olá, meu nome é Ruby, muito prazer. – Estendi-lhe a mão; ela, porém, apenas olhou da minha mão para os meus olhos algumas vezes e me encarou.

 Você é um lobo. – Meu sorriso vacilou um pouco e retirei a mão. (N/A: Um gorila teria sido mais sutil) 

 É, eu sou. – Me sentei, o que a fez se recostar na cadeira. Meio rude da sua parte dizer isso de cara. 

Por algum motivo pareceu-me que ela estivesse sorrindo, mesmo que não demonstrasse nada.

 Ela é assim a maior parte do tempo. O nome dela é Vallery a propósito. – Vallery apenas encarou Belle, em silêncio, por alguns segundos.

— Ruby! Pare de enrolar! – Granny gritou do outro lado do balcão. Suspirei e me levantei.

— Já decidiram o que vão querer? 

— Uma lasanha e a salada do dia. Ah! E um chá gelado. – Belle sorriu de volta para mim.

— É para já.

O movimento tinha cessado quase completamente quando eu trouxe os pratos delas e o chá. Sentei-me na mesma cadeira de antes.

— Espero que gostem. 

Belle começou a comer sua salada e Vallery, que tinha comido sua primeira garfada, parecia tentar decidir se atacaria a lasanha ou se polidamente a comeria em pequenos pedaços. Eu ri, fazendo com que ela olhasse para mim e me inclinei para ela.

— Você pode comer. Não se preocupe, eu guardarei seu segredo. – Pisquei para ela que me deu um meio sorriso. Bom, já era um progresso.

— Do que estão falando? Que segredo? – Vallery e eu nos entreolhamos e começamos a rir quando Belle voltou a perguntar do que falávamos.

(Ruby Pov/Off)

(Vallery Pov/On)

Naqueles poucos minutos, eu não me senti como eu mesma. Rindo e me divertindo como se nada me preocupasse. Contudo, aquele momento acabou quando a avó de Ruby a chamou e lembrou-me da minha própria, assim como tudo que eu estava passando por causa dela.

Ruby se ofereceu para me ajudar com minhas roupas e eu apenas assenti sem realmente escuta-la. Belle e eu saímos do Granny’s e começamos a andar até a prefeitura

— Vallery? Você está bem? – 

— Hum? Sim, sim. – Tínhamos passado quase 10 minutos sem conversar depois de sairmos do restaurante, pelo que eu agradeci imensamente. Olhei para o céu.

— Parece que vai chover. – Belle também olhou para cima e depois para mim logo em seguida.

— O dia está claro, por que acha isso?

— É só um pressentimento. 

— Chegamos. – Ela disse quando dei um olhar cansado para o edifício a minha frente e comecei a subir os degraus.

— O que estamos procurando exatamente? – Olhei para ela de soslaio, sem saber o quanto poderia lhe dizer. Atravessamos as portas da prefeitura.

— Eu... – Parei no meio da frase, pois Regina estava parada a alguns metros de nós. Belle sorriu, dando um passo a frente.

— Olá Regina! Lindo dia não? – Regina levantou uma sobrancelha, inquisidoramente, para ela.

— Sim. – Falou com uma expressão desconfiada.

— Você está saindo agora? – Belle sorria tão naturalmente que chegava a ser assustador.

— É, combinei de comer como Henry hoje. 

— Ahn... Há quanto tempo o seu filho tem aquele caderno prateado? – As duas se viraram para mim como se eu fosse louca. Belle foi quem respondeu.

— Henry não tem nada como isso. O único livro que ele sempre carrega é o livro de contos. 

— Mas vocês não vieram falar sobre o meu filho não é? 

— Não. Eu estou procurando por uma pessoa e... - Contive-me antes que falasse mais. Selei meus lábios em uma linha fina.

— Sei. Bom, os arquivos públicos da cidade estão nos computadores. Segunda porta a direita. – Regina disse e passou por nós indo em direção a porta. 

Belle se virou agradecendo a ela pela informação, fazendo Regina virar-se e sorrir para nós. Mesmo sem entender por quê, eu senti-me quebrar por dentro. “O que há de errado comigo?” .

“Realmente. Você está amolecendo Vallery?”. Eu arregalei os olhos e parei de andar.

“O que você quer Jabberwocky?”.

— Vallery? Está tudo bem? – Belle parou bem na minha frente, preocupada.

“Sim Vallery, está tudo bem?”. Sua voz distorcida gargalhou na minha cabeça, que começou a latejar.

 Sim Belle, eu já irei. Eu preciso de alguns minutos, por que não vai na frente? Não é como se eu soubesse como essas coisas funcionam mesmo. – Ela me deu um meio sorriso, alheia a minha discussão interna.

— Muito bem. – Ela falou se afastando e eu me apoiei contra a parede.

“Essas pessoas estão nós atrasando Vallery. Você não vai achar nada se continuar jogando pelas regras deles. Nós fazemos as regras! Eles estão te amolecendo, por que não jogamos como nos velhos tempos?”. 

“Os tempos mudaram”. Pensei com raiva, minha força se esvaindo. Ele estava se impondo sobre mim. Trinquei os dentes.

“Você quer alguma coisa? Pegue! Destruímos reinos por muito menos, essa pequena cidade não pode fazer nada contra nós!”. Sentei-me no chão, escorada à parede, com as mãos segurando minha cabeça.

“Deixe-me esclarecer algo que você parece ter esquecido. Não existe nós aqui! Existe eu e existe você, agora me deixe em paz!”

“Pare de ser dramática. Podemos começar pela menininha na outra sala, ela não está esperando e podemos surpreendê-la. Você terá todas as suas respostas logo mais ela...”. Encolhi-me próxima a parede.

 CALE A BOCA!! ME DEIXE EM PAZ!! – Eu tremia, recuperando o controle, enquanto Ele gargalhava se afastando da minha mente.

Uma mão tocou meu ombro e eu levantei rapidamente a cabeça para encontrar Regina me olhando, preocupada.

— Você está bem? – Eu continuei a olhar dentro dos seus olhos, as palavras do Jabberwocky afundando em minha mente, me perguntando se talvez ele estivesse certo e eu estivesse me deixando levar, querendo acreditar nessa cidade, nessas pessoas e que elas, por não saberem sobre mim, não me julgariam.

— Sim, eu estou bem. – Sussurrei.

— Você pode confiar em mim, Vallery. – Aquelas palavras foram como um choque. Eu me afastei de suas mãos instantaneamente. Ela suspirou.

— Vallery... 

— Vallery? Onde você está? – Eu e Regina nós viramos para ver BellE entrar no cômodo e nos encarar surpresa.

— Ah... Eu não sabia que você tinha voltado Regina. Eu... Só vim avisar que os sistemas estão ligados, Vallery. – Belle praticamente fugiu para dentro de uma das salas. Voltei meu rosto para encontrar Regina me olhando.

— Quando você estiver pronta, se você quiser, eu estarei aqui para ouvi-la. – Ela se levantou e me estendeu a mão.

— Você pode confiar em mim. – Hesitei por alguns instantes antes de segurar sua mão, ajudando-me a levantar. Encarei seus olhos tentando identificar a estranha emoção que via neles.

— Lembre-se Vallery, todo mundo tem seus demônios, você só precisa vencê-los. – Ela se virou para ir embora e eu disse.

— Eu escolhi unir-me a eles há muito tempo e não acho que minha decisão possa ser mudada agora. – Ela parou, contudo eu não esperei para ouvir sua resposta.     

Eu queria fugir. Nunca tinha sequer pensado em algo como isso em toda a minha vida, porém era tudo o que mais desejava no momento. Fugir de tudo, de todas aquelas emoções e sentimentos estranhos que me confundiam.

Mas a raiva se mostrou dominante quando eu senti que Ele, mesmo sem palavras, me dizia “eu bem que avisei”. Fiz daquele sentimento minha âncora e limpei minhas expressões. Abri a porta da sala de arquivos.

(Vallery Pov/Off)

(Regina Pov/On)

Virei-me para encarar a sala de espera da prefeitura, e o local onde ela havia estado, vazia e silenciosa. Suspirei. É claro que ela não se abriria assim tão fácil. Andei até a porta e saí do prédio.

Havia me preocupado com ela desde o primeiro momento em que seus olhos azuis emergiram, assustados, na frente do hospital e nossa conversa me dera o pressentimento de aquele incidente não ter sido inteiramente culpa dela.

Andei pelas ruas em direção ao Granny’s, já que tinha combinado de jantar com o Henry. Pensar nele me fez questionar o estranho interesse de Vallery sobre ele. O sino da porta tocou quando a abri, anunciando minha chegada. Henry, que já estava sentado, sorriu e acenou para mim. Pedi o jantar para nós e fui me sentar, sorrindo de volta para ele.

— Oi mãe. Está vindo direto do trabalho? 

— Oi Henry. Sim, estou sim. – Hesitei por alguns instantes antes de perguntar.

— Henry, você já conversou com a garota nova, a Vallery? – Observei a surpresa e logo após a desconfiança moldar suas feições.

— Não, eu nunca falei com ela. Por quê? Ela disse alguma coisa? 

— Não realmente. Ela me perguntou sobre você quando foi a prefeitura hoje. 

— O que ela foi fazer lá? 

— Você parece bem interessado para quem não a conhece. – Eu lhe dei um meio sorriso e o almoço foi posto a mesa.

— Ah, ela é bem bonita. – Henry tentou parecer sério, mas eu via a diversão em seus olhos.

— Hum. Entendo. – Nossos olhos se encontraram e assim permanecemos por alguns instantes, antes do Granny’s se encher ao som das nossas risadas.

(Regina Pov/Off)

(Henry Pov/On)

— Boa noite mãe! – Corri escada acima e bati a porta do meu quarto.

“Porque ela perguntou sobre mim?” arregalei os olhos e jogando a mochila na cama, retirei o diário prateado. Mesmo depois de todo aquele tempo eu não tinha conseguido abri-lo e o espelho não formará mais nenhuma palavra. Eu preciso de respostas e sei quem as possui.

— Um pouco de coragem Henry. – Sussurrei para mim mesmo.

Coloquei rapidamente o diário de volta na mochila e deixando apenas o abajur da mesa ligado, comecei a procurar pelo livro de contos, o pondo junto ao diário. Comecei a fazer uma corda improvisada quando ouvi uma batida na porta.

— Henry? Ainda está acordado? – Joguei a corda em baixo da cama e me enfiei debaixo dos cobertores ouvindo, em seguida, novas batidas na porta.

— Henry? – Fechei os olhos quando a porta foi aberta.

Ouvi minha mãe suspirar e atravessar o quarto para apagar o abajur. Ela andou até mim sussurrando “boa noite” e fechando a porta devagar. Abri os olhos, rapidamente voltando para a corda. Joguei-a, já pronta, pela janela.

Cheguei ao chão sem muitos incidentes, quando ouvi trovoadas ao longe. Tinha que chegar a biblioteca, rápido, ou não voltaria seco para casa.

     

Com os trovões ficando mais altos e o vento mais forte, entrei pelas portas da biblioteca e suspirei. Tinha conseguido chegar a tempo. Olhei ao redor, o silêncio imperava o lugar; andei até o quarto dos fundos, porém ele não parecia estar sendo habitado por ninguém.

Voltei para a entrada principal e percebi que as portas do elevador estavam abertas. Tive um pressentimento que me impulsionou a subir por ele até a torre do relógio. Quando as portas se abriram um calafrio me percorreu a espinha, não era só o frio da noite, há algo aqui. Dei alguns passos para frente, olhando ao redor na escuridão, quando um relâmpago iluminou o cômodo, a luz refletiu em um espelho na parede.

Só podia ouvir minha própria respiração além da chuva que tinha começado a cair do lado de fora. Aproximei-me do espelho de corpo inteiro, oval e negro, vendo não a mim mesmo ou a torre escura, mas um quarto branco que parecia existir dentro do espelho.

Estiquei a mão para a imagem quando ela desapareceu, mostrando a mim mesmo e olhos azuis brilhantes que me encaravam de volta. Levei um susto e virei para ela, tropeçando na direção do espelho.

— Nunca te disseram que invadir é muito errado? – Com os braços cruzados e um meio sorriso no rosto, Vallery deu alguns passos na minha direção.

(Henry Pov/Off)


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Notas finais do capítulo

E é isso gente! Espero que tenham gostado do capitulo, tanto quanto nós gostamos de cria-lo! ^-^
Por favor comentem! Sua opinião é muito importante para nós!! Obrigada por nós acompanharem e até o próximo capitulo!! o/



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