Anteriormente

— Sempre quis fazer isso depois que eu saí daquele inferno. - Ela lhe deu um tapa no rosto. - Tenha uma ótima tarde. - E foi embora.

— Filha da mãe. - Resmungou passando a mão no seu rosto.

Ele pagou a conta, e foi para o seu refúgio, ligou para Heitor e disse que o encontraria em casa, precisava pensar em tudo isso, como manteria Maria longe dos seus filhos e longe do seu coração novamente.

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IV

No fim de semana.

— Eu não acredito. - Ria Vivian – Você bateu nele?

— Sim, eu disse que iria fazer isso.

— Você é muito doida. Mas me conta ele está bonito?

— Que isso Vivian. - Ficou encabulada. - Nem prestei atenção nessas coisas.

— Sei, não prestou atenção se o seu ex estava gatão! Pra cima de mim Maria?

— Vai cagar menina, vamos logo esvaziar essas caixas, se não essa casa nunca ficará pronta.

— Não muda de assunto não, pelo seu tom de voz ele deve estar muito gato.

— Cala boca.

— kkkkkk Quero ir com você amanhã, só pra ter certeza que você não percebeu.

Mansão San Roman.

Todos estavam na mesa.

— Pai quando é que a Estrela vai trabalhar na Empresa? - Perguntava Heitor para chatear a irmã.

— Estava pensando isso essa semana meu filho.

— Nem vem pai. - Se exaltou. - Já falei pra vocês não quero trabalhar na empresa da família, quero ter outras experiências.

— Como o curso de advocacia? - Ria Angelo.

— Quero deixar bem claro que esse era o sonho do papai e do Heitor não o meu. Administração não é o que eu queria para a minha vida mas mesmo assim…

— Está na hora de crescer Estrela, parar de gastar em shopping, roupas e essas coisas, você já é uma mulher. - Falou Alba.

— O tia e quem te chamou?

— Olha a educação Menina. - Repreendeu Alba.

— Vamos fazer assim, você trabalha na empresa até conseguir emprego em outro lugar. - Disse Estevão esquecendo totalmente de que Maria estaria por perto. Mas quando lembrou já era tarde de mais, pois sua filha o abraçava e dizia que lhe amava.

— Quais dos meus sobrinhos lindos vai querer sobremesa. - Falou Carmem encerrando o assunto.

Chegava a noite Maria estava sentada na sua cama pensando como seria o dia de amanhã.

— Tanto tempo sem vê-lo e continua do mesmo jeito, arrogante, grosso e um mal negociador. Acho que posso usar isso ao meu favor. Ouvi dizer que ele tem uma noiva! Mas não vou deixar ele dar uma madrasta pros meus filhos.

Mansão San Roman

Estevão mirava o retrato da desconhecida que seus filhos chamavam de mãe.

— Queria que o seu retrato estivesse aqui, por mais que você insista que não matou a Patrícia não consigo acreditar, não sai da minha cabeça as palavras da Tia Alba e do Arthur dizendo que você me traiu. Acho que nunca vou conseguir te perdoar, por mais que você esteja mais bonita do que antes.

— Pensando na mamãe? - Disse Estrela interrompendo os pensamentos dele.

— De certo modo estou sim. - Respondeu doloso.

— As vezes fico imaginando se alguma mulher chegaria aos pés dela. Não me lembro de muita coisa, apenas da musica que ela cantava pra mim e pro Heitor antes de dormir, do cheiro. Se você pudesse traze-la de volta, você trazia né pai?

— Sim. - Mas em sua mente disse não.

— Eu não gosto da Ana Rosa como madrasta. - Falou por fim.

— Não vamos entrar nesse assunto de novo filha, mesmo que eu escolheria outra pessoa você não aceitaria.

— Claro que aceitaria, mas ela tem de ser muito fod…

— Ela é minha noiva e nada vai mudar isso. - A cortou antes de proferir o palavrão.

— Ok. Acho que sou muito madura pra discutir essas coisas com você. Prefiro tomar uma ação. - Seu olhar fez o mesmo de Maria, isso fez Estevão se arrepiar.

— O que pensa em fazer?

— Case com ela e você verá. - e se foi.

— Incrível o quanto que ela parece com você Maria. - Pensou.