No te Quiero más escrita por Rebeca Sidle Grissom


Capítulo 3
Capítulo 3




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Anteriormente em NO TE QUIERO MÁS

— Então digo não às empresas San Roman?

— O que você disse? - Ela não estava acreditando.

— É isso mesmo, parece que o destino está ao seu favor.

~~~~

III

 

Rodrigo insistia para estar junto nessa reunião, mas Maria queria fazer isso sozinha, precisava enfrentar a sua dor, ela se arrumava, uma combinação social de calça e blazer preto, camiseta branca e saltos. Maquiagem discreta e um batom vermelho.

— É hoje que o seu pesadelo começa querido Estevão.

Estevão San Roman elegantemente sentado em um restaurante para tratar de negócios, por mais que tentasse se concentrar não conseguiria por conta do pesadelo que o assombrava há alguns dias.

— Maria! Como você deve estar?

O telefone toca.

— Oi meu amor, aonde você está? - Perguntava sua noiva Ana Rosa pelo telefone.

— Estou em um almoço de negócios minha querida.

— Hum… Soube que é com uma mulher. - Diz como quem não queria nada.

— Sim. - Revirou os olhos. - Ana Rosa você sabe que não temos mais idade para ciúmes infantis, estou aqui a negócios.

— Eu sei meu amor, mas eu me preocupo com o meu ursinho.

— Okey Ana Rosa, vou desligar.

— Te amo.

— Beijos.

 

Ele suspirou, não que não gostasse de Ana Rosa, ela era uma garota doce, linda, mas mesmo assim faltava algo nela, talvez alguém nela.

— Sr. San Roman? - Disse uma voz atrás dele.

— Sim? - Se virou. - Ma...ma..ma..ma

— O que foi querido? Viu um fantasma? - Seu olhar era duro, por fim todo rancor poderia vir pra fora.

— Mas como? - Afrouxava a gravata. - Você está presa.

— Corrigindo, estava. - Ela o olhava de cima a baixo. - Posso me sentar? - Já se sentando.

— Tenho uma reunião. - Não conseguia raciocinar direito.

— Reunião com a dona da Maria's Prataria suponho, pois não, sou eu!

Ele não podia acreditar tinha a certeza que nunca mais a veria, e como estava linda, mas havia algo diferente nela. Com certeza não era a Maria com a qual havia se casado.

— Você? - Pegou o copo de água em cima da mesa e bebeu tudo em um gole.

— Eu vou resumir os últimos anos enquanto você se acalma, aliás para um homem de negócios você se desencontrola fácil. - Lhe deu um olhar cínico. - Depois que fui inocentada, recebi a ajuda do meu advogado que se tornou um grande amigo, com o nome limpo perante a justiça consegui um emprego na Cheer Prataria, aonde em pouco tempo já estava como sócia, tentei procurar os meus filhos, você não tem ideia o que se pode achar na internet, curiosa encontrei sua bibliografia em um desses sites e nele estava escrito que a sua “amada esposa Sra. Maria San Roman havia morrido”. Interessante né Estevão por que eu estou bem aqui. - O ódio queria domina-la, porém precisava manter o controle. - Resolvi ter uma base financeira antes de procura-los, e consegui. Eu quero TUDO o que é meu, TUDO, principalmente o amor dos meus filhos.

— Sua história é muito comovente Maria, mas não me impressiona em nada. Você acha que vou deixar uma assassina conviver com os MEUS filhos? NUNCA. - Ele se alterou.

— Olha aqui Estevão, demorou mas a justiça em fim foi feita, nunca matei a Patrícia, foi uma idiotice sim pegar aquela arma, poderia esfregar o meu processo na sua cara de canalha, mas tenho coisas mais importantes do que isso. Quero as minhas ações, a minha mansão e os meus filhos.

— Você está louca? - Ele dizia tão alto que todo o restaurante parou para olha-los.

— Você querendo ou não tenho sim direito, afinal a casa está no MEU nome, tenho ações da sua empresa também no MEU nome e os seus filhos são os MEUS filhos.

— Você não faria isso.

— Faria sem pensar duas vezes, posso ter errado em pegar aquela arma que estava na mão da Patrícia já morta, mas eu nunca menti, sobre nada, todas aquelas súplicas eram verdadeiras Estevão, nunca te dei um motivo se quer pra duvidar de mim, mas já você, como dorme sabendo que mentiu para os seus filhos? Que quando eles sonhavam comigo a noite e você dizia que eu havia morrido quando na verdade me largou sozinha em um país estrangeiro dentro de uma cela fria que todas as noites pensava em vocês? - Ela não queria chorar, não na frente dele. - Pode ter certeza Estevão o seu erro sempre vai ser pior do que o meu.

— Eu não sei o que pensar.

— Semana que vem apareço no seu escritório, Segunda-feira ás 10hrs em ponto. - Ela já havia levantado quando. - Esqueci de uma coisa.

Ele levantou os seus olhos e a olhou.

— Sempre quis fazer isso depois que eu saí daquele inferno. - Ela lhe deu um tapa no rosto. - Tenha uma ótima tarde. - E foi embora.

— Filha da mãe. - Resmungou passando a mão no seu rosto.

Ele pagou a conta, e foi para o seu refúgio, ligou para Heitor e disse que o encontraria em casa, precisava pensar em tudo isso, como manteria Maria longe dos seus filhos e longe do seu coração novamente.

 


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Notas finais do capítulo

Aceito sugestões, críticas e opiniões..

hehe



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