Na manhã seguinte Estevão e Maria chegaram juntos à empresa. Os funcionários não conseguiam tirar os olhos do mais novo casal.

Estevão acompanhou Maria até a frente da sala dela. – Espero que o seu dia ocorra tão bem quanto a nossa noite. – Falou alto o suficiente para ver as recepcionistas vermelhas de vergonha do que tinham escutado.

— Poxa, como meu noivo deveria me desejar coisas boas. – O brilho da maldade era cristalino em seus olhos.

— Porque você vem aqui e me dá um beijo pra lembrar o quão maravilhoso foi a nossa noite. – Ela já a puxava e fazia bico com os lábios.

— Só vai merecer beijinho quando parar de broxar. – Ela já estava saindo quando ele a puxou e a beijou, no começo ela relutou tentando impedir de abrir a boca, mas Estevão era experiente quando se tratava dela e a puxou mais perto até que ela pode sentir a sua ereção.

— Até mais tarde amor. – Estevão saiu sorrindo e piscando para as recepcionistas.

Maria olhou pra elas e suspirou entrando na sua sala vermelha.

Ao entrar uma pessoa já a esperava dentro da sua sala.

— Bom dia senhora Fernandez ou deveria te chamar como San Roman?

— Leonel? – Estava branca pelo susto.

— Eu sabia que você me era familiar, mas não que fosse ser a esposa do Estevão. – Ele começou a andar de nervoso. – Agora tudo faz sentido, essa proximidade com o Estevão e a Empresa.

— Leonel. – Ela tentava acalma-lo. – Calma me deixa explicar.

— Então me explica essa carta que recebi hoje na minha sala. – Ele jogou em cima dela. – Me explica “madrinha”, já que é casada com o Estevão que foi como segundo pai pra mim, você que deveria ter cuidado de mim e dos seus filhos.

Maria abriu o pedaço de papel e nela continha a seguinte frase recortada de jornais e revistas:

Cuidado com ela, ela é uma assassina, já foi presa. Repito meu filho, cuidado com a Maria Fernandez, na verdade, Maria San Roman.

E junto havia uma foto a onde ela estava grávida e do lado estava Estevão e na sua frente Heitor e Leonel ainda crianças.

— Olha Leonel...

— Senhora eu só quero a verdade, isso é verdade? Você foi casada com o Estevão? É realmente pai dos meninos? Bom isso não se pode negar, afinal temos uma prova aqui. Mas o que eu quero mesmo saber, quem você matou?

— Sente-se Leonel. – Ela apontou para a cadeira. – Vou chamar o Estevão e explicamos tudo.

Ela pediu para que Lupita trazer um copo de água e que chamasse rapidamente Estevão.

Estevão chegou na sala quando Lupita já estava de saída.

— O que houve? – Sentiu a vibe da sala

— Senta Estevão, vou contar tudo ao Leonel.

— Como assim? – Suas mãos começaram a suar.

Ela simplesmente entregou a carta e a foto a ele. Enquanto ele lia assustado com o conteúdo ela olhou nos olhos de Leonel e tomou força pra começar.