Uma garota mais que incrível escrita por Uma ideia bonita


Capítulo 17
Parece que teu nude vazou mano


Notas iniciais do capítulo

Olha elaaaa!
Sinto que depois de meses muitos já teriam deixado as esperanças de um novo capitulo, e eu sinto muito, de verdade.
Minhas ferias acabando e pra não deixar de lado meu ultimo dia, aqui está mais um capitulo ♥

Boa Leitura!



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— Atenção garotos!!- O treinador, sr Stevens, clamava por atenção no vestiário. – Por favor, peço a atenção de todos.

—Oh Stuart, cala a boca, deixa o nosso velho falar.- Bryan bateu na cabeça de Stuart.

—O que você está fazendo aqui Parker? Nem jogador você é.- Stevens questionou olhando para o menino que tinha um olhar divertido no rosto.

—Daniel não pode ficar sozinho treinador, estou apenas cumprindo minhas funções de melhor amigo.- Stuart respondeu abraçando Daniel que continuava sentado rindo da situação.

—Ou de babá.- Albert, outro jogador, disse sarcástico tirando risada da turma.

—Há há há, que engraçadinho.- Daniel ironizou tirando os braços de Stuart do seu pescoço.

—Como todos sabem, a confusão que ocorreu no primeiro dia de festival atrasou um pouco nosso campeonato.- O treinador começou.

—Atrasou uns três meses, isso sim.- Albert comentou limpando o rosto de suor.

—Continuando, mesmo com o campeonato em dia, não teríamos um dos nossos melhores jogadores, pode entrar Colin.- Treinador Stevens apontou para a porta onde um loiro entrava sendo recebido pelos companheiros gritando.

—Cara, que saudade.- Bryan abraçou o amigo.- Que bom que voltou.

—Pois é, a viagem foi boa, o tratamento da minha mãe também. Mas agora vamos ganhar esse campeonato dos Loskis.- E todos os garotos gritaram.

—O campeonato será amanhã, começando das 17hs, e logo após terá uma festinha de vitória.- O treinador caminhou com a sua querida prancheta para a porta do vestiário, sendo seguido pelos olhos de todos os presentes. – O que estão fazendo parados? Não podemos perder tempo, que inclusive temos pouco.- E libertou o lindo som daquele pedaço de plástico barulhento.

O tempo não vai acabar?, pensou Clara olhando para o papel rabiscado de números. Coçou a cabeça e mordeu a caneta tentando raspar as ultimas lembranças das anotações do seu caderno, que havia no seu cérebro, olhou para Susana, a nerd da sala, tentando enxergar qual a alternativa havia marcado e assim poder ter uma base de como fazer.

—O tempo acabou pessoal.- Sr Willians anunciou.- Todos entreguem os papeis na minha mesa e pode sair.

Clara suspirou e tampou a caneta a jogando em algum canto na mochila. Levantou-se e pôs-se a caminhar em direção ao professor que agradeceu e desejou um belo dia.

A morena saiu da sala e se encostou na parede perto dos armários pedindo para ter acertado pelo ou menos uma.

—Clara?- Um loiro apareceu tampando um pedaço do corredor da vista da morena.

—Colin.- Clara soltou um sorriso.

—Feliz em me ver?

—É, claro. Como vai a sua mãe?- Clara passou a mão pelo rosto.

—O tratamento foi bom, graças a Deus.- Colin assentiu sorrindo.

—Que bom, fico muito feliz.

—Oi, namorada!- Daniel apareceu selando seus lábios aos da menina a sua frente.

—Vocês estão namorando?- Colin perguntou desmanchando o sorrido.

—Sim.- Disse Daniel.

—Mas como?- Perguntou o loiro.

—Depois na festa, eu tive sentimentos por ele, ele por mim, e assim... rolou.- Clara disse animada.

—Sempre pensei que você era gamado pela Bryanna.- Disse Colin com uma voz cínica.

—Pensou errado.

—Eu tenho que ir, sabe... cuidar da minha mãe.- O loiro acenou para o casal que o observou sair andando passando as mãos na nuca.

Quando raciocinamos bem, percebemos que amar é abrir mão de alguém para ela ser feliz com um outro alguém. Sendo assim os sentimentos coisas complicadas.

Clara soltou um sorrisinho vendo Colin indo embora e sabendo que estava bem. Tocou no braço de Daniel chamando sua atenção. Os dois caminharam no sentido oposto que o loiro, e foram para seu destino. Aula de biologia.

Sala de biologia. Laboratório. Duplas.

Daniel se posicionou ao lado de Stuart colocando o jaleco e recebendo do amigo um óculos. Em resposta lançou um obrigado seguido de um sorriso e um olhar para porta onde entrava uma loira que pelo olhar percebia que se recusava a sentar perto de sua namorada que não dava a mínima se tinha ou não uma presença ali.

A morena permanecia olhando para frente mesmo sentindo que para Alison era como se tivesse uma parede de vidro entre ela e a cadeira perto de Clara, já que tinham feito questão de serem duplas desde a primeira aula que tiveram juntas.

Era o segundo dia de aula e Clara e Alison já tinham virado amigas tão depressa que era de se assustar como já estavam praticamente intimas, aquela tal e rara sensação de terem uma amizade de anos. Elas falavam de suas vidas passadas, de ex namorados, paixões e meninos gatos da escola, o que permanecia na lista da loira apaixonada: Stuart.

A primeira aula de biologia do ano seria no laboratório e com as instruções que a professora daria, os alunos deveriam dissecar um sapo. Mas primeiramente deveriam se sentir confortável fazendo dupla com as pessoas que a professora escolheria aleatoriamente da chamada, e com sorte Clara e Alison caíram juntas. Depois da aula de dessecamento de um inocente (ou não) sapo, as duas questionaram a professora do porque tamanha crueldade com todos os 10 sapos mortos e abertos em cima das mesas dos alunos, e repetiam essa pergunta toda vez que avistavam a professora pelo corredor ou então pelas aulas, até serem ameaçadas de perderem dois pontos e meio de sua matéria, então as perguntas foram cessadas e a Srta. Marta nunca mais escutaria a voz das duas a não ser que fosse pedido.

Clara balançou a cabeça se afastando de todas essas memórias e pelo canto do olho observou que Alison já estava ao seu lado vestindo um jaleco e com óculos no rosto. Sem querer deixou escapar um sorrisinho despercebido pela loira que manteve a postura prestando atenção no que a professora falava sobre voltar na primeira aula do ano para dissecar novamente outro sapo. O que fez as memórias baterem agora na cabeça da loira.

A professora saiu distribuindo sapos por todas as duplas e quando chegou na mesa das garotas com hesitação entregou e disse:

— Pelo amor de Deus. Se vocês duas vierem atrás de mim novamente com esse papo de crueldade com os sapos, a ameaça dos dois pontos e meio voltará a valer.

E a professora foi embora deixando as duas numa situação de não muito alivio.

— Você se lembra como dissecar? Porque olhando pra esse pobre sapinho morto me passou o branco.- Clara soltou a voz segurando o bisturi.

— Primeiro não é sapinho, é fêmea. Ta vendo o polegar?

Clara balançou a cabeça confirmando e continuando a observar o polegar pequeno.

— Para diferenciar se é fêmea ou macho é só olhar pro polegar. Se o polegar for grande é macho e se for pequeno é fêmea. – Alison continuou.

— Legal. Mas você se lembra como dissecar?

Alison pegou o bisturi da mão de sua companheira de dissecação de animais e cortou a barriga do animal fazendo um “X” e depois cortando com uma tesoura. Depois de já cortado, Clara puxou a pela do animal o abrindo e deixando seus órgãos expostos na mesa. A companheira loira começou a retirar o fígado a procura do estomago, depois de encontrado passou para Clara que o abriu espirrando um pouco de sangue nas duas tirando um pouco de risada de ambas que logo se olharam e riram mais um pouco.

Sem dar atenção ao tempo, o barulho do sinal avisando ser o fim da aula foi escutado por toda a escola, fazendo todos os alunos se manifestarem sem ligar se o professor ainda estava falando e saindo as pressas da sala.

No laboratório Srta. Marta passava pelas mesas parabenizando os alunos pelo trabalho e os desejando um ótimo dia.

— É... foi legal fazer dupla com você. – Saiu de Clara enquanto retirava o jaleco.

— Foi. Mas não confunde as coisas. Ainda não somos amigas.

Foram as únicas palavras, quando Clara olhou pra frente não havia mais ninguém na sala, nem mesmo seu namorado.

Um grande suspiro foi liberado e a morena logo deixou a sala caminhando pelo corredor, que já não parecia ter fim e imaginando que teria de ficar depois das aulas para lavar louça com as tias da cantina.

— Maldito vídeo que acaba com a vida das pessoas. – Resmungou.

Abriu a porta do banheiro e foi o alvo de vários olhares de meninas que conversavam e maquiavam-se na qual pareciam decorar cada passo que a morena dava até sentar no vaso.

— Melhor irmos embora antes que a Clara trame algo contra a gente.

Uma das garotas disse com a voz mais fina que de um esquilo, tirando uma revirada de olho de Clara sentada no vaso.

— Ei Bryanna a Clara ainda está sendo vitima?

Clara colocou os ouvidos na porta do Box.

— Vitima Charlotte? Aquela nunca foi vitima. – Bryanna entrou no Box ao lado da morena que manteve os ouvidos grudados na porta.

— Bryanna ela ficou sem a melhor amiga dela, metade da escola se não a escola toda odeia a garota e você diz que ela não foi vitima? – Charlotte ligou a torneira lavando a escova de dente e colando na boca lavando os dentes.

— Eu fiquei sem a minha mãe, sem meu pai e sem o Daniel, e ela é a vitima? – A porta do Box da loira abriu e Bryanna saiu ajeitando a saia.

Charlotte tentou dizer algo como “você acha que vai conseguir o Daniel se passando por Clara naquele vídeo?” mas o que saiu foram vários “kjsadnkaejrbfkjwbfkjrnf”

— Charlotte cospe isso que eu não to entendendo nada.

Clara apertou a descarga de propósito chamando a atenção das garotas para a porta enquanto a morena saia e deixando ambas com uma cara de “ela estava aqui”.

— Então... tem algo que queiram me contar?

— Clara. Oi, você tava aqui. – Charlotte cuspiu na pia logo levantando a cabeça e olhando pra morena que exigia resposta.

— O que você acha Clara? – Perguntou Bryanna parada perto da pia mirando Clara com uma bolsa no ombro e o celular na mão.

— Eu acho que você tem mesmo algo que queira me contar Bryanna, começando pelo vídeo.

— O que tem o vídeo? – Perguntou Charlotte entrando na conversa.

— Cala boca Charlotte. – Ordenou a loira sem tirar os olhos da morena. – O que tem o vídeo?

— A Charlotte disse algo sobre o vídeo enquanto escovava os dentes.

— Você entendeu o que eu disse? – A menina parecia muito surpresa.

Bryanna soltou um riso irônico pelo ar e pensou que se contasse para Clara, não teria como a mesma provar que ela tinha dito tal coisa, então continuaria 1-0 para Bryanna.

— Como eu posso te contar isso irmãzinha. Acontece que eu acredito que não era você no vídeo de sabotagem.

Por um segundo o subconsciente de Clara tinha se arrependido de ter ligado para Nina correr pro banheiro e gravar tudo, já que pelo visto o que seria gravado estaria mais para uma Bryanna sendo solidaria e dizendo que confia na filha da esposa de seu pai, mas tudo foi cedo demais até Bryanna continuar.

— E eu até te ajudaria a provar que não foi você, porque uma pessoa com uma esperteza de fazer uma coisa dessa quase melhor que eu, deve ser entregue para a direção. Mas no caso já que fui eu, eu não posso me entregar, você me entende né Clara?

Bryanna dizia tudo sem pensar nas conseqüências que viriam depois.

Clara olhava intrigada pras duas na sua frente.

— Por que você está me contanto tudo isso?

— Sua menina boba. Não tem como você provar que fui eu, você pode até correr na diretoria e me acusar, mas não terá provas. E entre a palavra de alguém que aparece num vídeo sabotando uma colega de classe e a palavra da garota mais popular da escola, em quem você acha que vão acreditar?

Clara estava processando tudo e tentando entender o por quê de tudo isso, mas só conseguiu deixar sair um:

— Gravou tudo?

E uma voz saindo de trás da parede perto da porta respondia “sim, tudo gravado. Pegamos você Bryantula”

A loira arregalou os olhos observando Nina aparecendo do além e se sentiu diminuindo ao tamanho de uma puguinha observando Clara rindo e sua amiga, Charlotte, sem saber o que fazer.

— SUA RIDICULA. Me da isso aqui Nina. – Bryanna deu uns passos pra perto da morena que recuava para trás tocando na porta.

— Você quer Bryanna Benson? –Nina sacudia o celular no ar. – Vai pegar.- A morena jogou pra Clara.

A porta foi aberta na velocidade do som e Clara correu sendo perseguida por Bryanna gritando. Todos olhavam aquela cena um pouco fora do normal, enquanto uns riam, outros filmavam e outros chamavam aquilo de “que ridículas só estão fazendo isso pra chamar atenção.” Não ligando pra isso, a loucura continuou. Clara correu pro campo onde o time treinava chamando a atenção dos jogadores que cochichavam algo como:

“Aquelas não são a ex e a atual do Daniel?

“O bicho ferrou em Daniel!”

“Parece que teu nude vazou mano.”

“Que gatas, olhas essas pernas correndo.”

Sendo o ultimo levando um tapa na cabeça do moreno mais conhecido como Daniel ou namorada de Clara Hope.

— Clara eu to cansando, vamos parar um pouco. – Bryanna parou no meio do campo apoiando as mãos na coxa e respirando pesado.

— Tudo bem, tudo bem. Trégua por 5 minutos. – A morena se jogou na grama.

— Senhoritas posso saber o que está acontecendo aqui? – Sr. Steven chegou perto das duas soprando aquele maldito apito odiado por todos.

— Um nude do Daniel foi vazado e a Bryanna quer vê, mas a Clara não quer deixar porque é o namorado dela, treinador. – Albert chegou perto batendo de leve na costa de Bryanna que persistia com as mãos apoiadas na coxa.

— O que é nude garoto? Olha... vocês duas precisam sair, está rolando um treino pesado agora para o jogo de amanhã.

O treinador estendeu a mão pra garota deitada no chão que resmungou e aceitou a ajuda ficando de pé no gramado segurando firme o celular.

— Já pode voltar a correr Clara, já descansei. – Afirmou Bryanna ajeitando a postura.

Clara olhou sério para a menina que estava novamente disposta a pegar o celular e continuou a correr indo para o refeitório, agora sendo perseguida também pelo time de futebol todo. Toda a atenção voltada de novo para a correria quando Clara topou com Stuart e Bryanna pulou em cima da morena fazendo o celular voar e cair dentro de um balde com água que a cozinheira carregava no meio do refeitório.

— Não acredito.

Clara se levantou caminhando até a cozinheira que olhava assustada para o que tinha acontecido, sem entender observou a aluna colocar a mão dentro do balde com água suja e retirar um celular molhado. Bryanna já de pé se sentia aliviada e segurando-se para não rir da situação que tinha acabado de vivenciar.


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