Uma garota mais que incrível escrita por Uma ideia bonita


Capítulo 18
Algumas coisas parecem inexplicáveis


Notas iniciais do capítulo

Tendo em conta que amanhã a Fic faz 1 ano e 2 meses, preparei esse capitulo extremamente bombástico para a sexta feira de vocês.
Vale lembrar que aceito opiniões de ambos os lados, e que comentar, favoritar e recomentar cai muito bem para a minha pessoa.
Agradeço desde sempre a todos por lerem essa história.
Boa leitura! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/695246/chapter/18

—Algumas coisas parecem inexplicáveis. Teus pensamentos te sufocam e quando você se depara que a realidade é pior, você está se afogando na parte mais funda da piscina.

Clara olhou para o lado procurando o copo com água que a secretária havia deixado ali, quando chegou para a consulta. Bebeu um gole daquela água que já não estava mais gelada, por conta das horas passadas naquela sala em frente a um homem que se vestia formalmente com um bloquinho na mão que parecia anotar tudo que era dito pela morena de 17 anos.

—Sei que minha mãe está preocupada comigo, doutor. Mas eu não preciso disso, eu estou bem. – Disse ela forçando um sorriso.

—Srta. Hope em todos os meus 30 anos de carreira toda pessoa que entra por essa porta e senta nesse mesmo lugar que você está, diz a mesma coisa, sem mudar uma só palavra.

A expressão facial da menina logo mudou deixando-a fechada e contraída como se estivesse gemendo de dor e fosse quase impossível abrir a boca e deixar sair um só grunhido.

—Eu só estou cansada. Tudo que tem acontecido ultimamente é tão estressante e frustrante que deixa qualquer um com um aspecto horrível. – Explicou. –Está vendo essas olheiras? Elas não são resultado de uma boa noite de sono no paraíso.

—É por isso que está aqui Srta. Hope. Você precisa falar do que está causando tudo isso, para eu poder te ajudar.

—Mas que droga! Eu já falei eu só estou cansada. – Resmungou Clara socando a mesa de leve. – Não é porque a meses atrás soltaram um vídeo que se tornou viral não só na minha escola, mas em outras ali perto, o que me fez perder a minha melhor amiga e todo mundo começar a me encher, fazendo vídeos, montando fotos e outras coisas, que eu vou parar em um psicólogo falando sobre meus problemas como se eu não tivesse capacidade de controlar... –Disse ela se alterando e ficando de pé. – Olha. – Acrescentou mais calma. –Minha melhor amiga me odeia sem mais nem menos, meu namorado me traiu, minha outra amiga teve um bebe lindo e não pode cuidar porque os pais o deram para a adoção. Não sei o que está acontecendo, estou cansada.

—Você já pensou em suicídio?

Clara observou o homem deixando a caneta entre duas páginas cheias de escritas e esticando os braços para pegar um copo com água que estava a sua direita.

—Se eu pensei em tirar a minha própria vida? – Dr. Heigl balançou a cabeça em confirmação enquanto a água fazia caminho pela sua garganta refrescando-a.

—Não acha que essa seria uma ótima saída para os seus problemas? – Questionou.

—Espera ai, você está aconselhando que eu me mate? Que tipo de medico é você?

—Não disse para você se matar, apenas fiz uma pergunta e irei repetir: você já pensou em suicídio?

Ela franziu o cenho respirando fundo e deixando aquela pergunta escoar pelos seus pensamentos deixando minutos de silencio na sala.

Dr. Heigl o psicólogo mais respeitado da cidade a olhou paciente mesmo já sabendo a resposta.

Em três meses muitas coisas acontecem, muitas coisas mudam. Três meses após o “acidente” com o celular que foi parar dentro de um balde com água suja levando Clara à mais duas semanas e meia de detenção. Não podemos contra a vida, porque sempre que estamos ali enfrentando, chega um outro batalhão para te derrubar e impedir que se levante.

O ônibus escolar fez sua ultima parada em frente á aconchegante construção que Clara se permitiu considerar o pior lugar para se estar na vida. Os alunos começaram a descer entrando diretamente na escola, enquanto outros desciam e ficavam ali pela grama conversando.

—Aí menina, só falta você. Precisa descer. – O homem moreno de barba grisalha que era responsável por comandar aquele automóvel e pela proteção dos alunos naquele curto tempo, despertou a morena de um curto transe.

—Preciso mesmo? Quer dizer, não pode me esconder aqui ou você me levar de volta para casa? – A morena levantou ajeitando a bolsa no ombro e se direcionando a porta do ônibus.

—Você chegou até aqui, não vai desperdiçar todo seu esforço amarelando, vai? – Perguntou apoiado com o braço em cima do volante direcionando o olhar total para a menina que permanecia petrificada em frente a porta do ônibus escolar.

Clara respirou fundo repetindo em sua mente “só alguns passos” quando um moreno atravessou sua visão cumprimentando meio time de futebol inteiro e depois recebendo um beijo na bochecha de uma menina morena com mechas loiras acompanhada de Alison.

—Vou! – Respondeu ela virando pro motorista.

—Você consegue, e se eu não sair daqui em 5 minutos eu sou altamente demitido, e não é isso que você quer né?

—Parece que quebrei a cara.

Agarrou a bolsa de pano – ultimo presente que havia ganhado de seu pai – e desceu os dois degraus que a separava do terreno da escola. Visto que a adolescente já estava alguns centímetros afastada do ônibus, o motorista partiu dali pronto pra estacionar e garantir seu emprego.

Já estava prestes a bater o sinal do primeiro tempo quando Clara entrou na sala de aula, de cabeça erguida. Como sempre sentou-se em seu lugar ao lado esquerdo de Alison e duas cadeiras a frente de Daniel. Considerando sua expressão de quase sufoco e sentimento de substituição quando Alison entrou toda animada conversando com a nova amiga, Rose Shapiro, continuou sendo apenas ela, Clara Hope a novata e agora a sem amigos da escola. Logo em seguida Daniel e o time todo de futebol adentrou a sala chamando atenção total dos alunos e sentando-se no fundão onde de primeira sempre fora seus lugares.

A professora Angelina de literatura fechou a porta e jogou sua bolsa com os livros na mesa, ocasionando um estrondo e fazendo todos ficarem em silêncio olhando espantados para a frente, onde a mesma escrevia no quadro: modernismo.

—Quero que façam duplas e me entreguem até o final da aula um poema com as características da Primeira Fase do Modernismo valendo 2 pontos para o as notas finais.

Todos começaram a se mutuar e a arrastar cadeiras para a formação das duplas, Meredith correu até onde a professora permanecia vidrada em um livro de como sobreviver cuidando de bebês, e a disse que não havia outra pessoa para fazer dupla com ela. O olhar de Angelina foi cruzado com o de Clara que sem entender observou a colega de classe a olhar com desgosto e dizer em voz alta:

—Não posso professora, meus amigos nunca me perdoariam por sentar ao lado dela. Ela é a pessoa mais odiada da escola, ninguém quer ser amigo dela. A senhora soube o que ela fez com a melhor miga? – Pausou não esperando resposta da professora e acrescentou. – Eu não posso professora, seria acusada de ser amiga dela.

Angelina olhava de boca aberta e incrédula com tudo que escutava.

—Isso é um absurdo! Clara defenda-se. – A professora agora de pé ordenava.

—As pessoas me odeiam por algo que eu não fiz, não tem como eu me defender professora. – Disse calmamente.

—Ah coitadinha, ela está sendo culpada injustamente, que triste gente. – Debochou a loira que constantemente dormia na casa de Clara.

—Eu faço dupla com ela. Nossa, que pecado. – Bryanna se levantou da cadeira ao lado de Charlotte, e caminhou até a morena sobre o olhar de toda a classe.

—Você não precisa fazer isso Bryanna. – Disse Clara.

—Cala a boca. – Retrucou a loira puxando uma folha do caderno da meia irmã.

Olhando para tudo aquilo Clara pensou em como tudo acabou ficando aquele jeito.

Na tarde do dia em que o celular de Nina caiu no balde, Clara tinha ficado para a detenção, cuja a tarefa era arrumar todas as prateleiras da biblioteca. A escola já estava praticamente toda vazia tirando por alguns funcionários da limpeza e da administração. A morena arrumava os livros de acordo com a sua categoria, quando escutou passos de alguém se aproximando dando de cara com Alison.

—Preciso falar com você.

—Pra jogar coisas na minha cara, me xingar? Não, você não precisa falar comigo. – Clara continuava pegando os livros do carrinho e os encaixando na estante onde estava escrito suspense.

Eu descobri uma coisa e você foi a primeira pessoa em quem eu pensei. Então sim, eu preciso falar com você.

Após um breve silêncio de encorajamento, Clara soltou:

—Vai, conta. Porque diferente de você eu sei ouvir.

—Muito obrigada Clara, já até me arrependi de ter vindo até aqui.

—Ultimamente você vem se arrependendo muito não é mesmo.

—Do que você está falando? - Perguntou Alison tensa.

—Do áudio que foi me enviado por engano do número da Rachel. Na qual você contava para o seu namorado Stuart o quanto falsa você era comigo, que nunca gostou de mim...

—Isso daí não... – Clara a interrompeu.

—Talvez você seja falsa com o Stuart também. – Provocou ela. – Vamos Alison, eu não estou gravando nada, pode falar mal dele, não conto pra ninguém.

—Cara você é muito vaca mesmo... – Interrompeu-se e balançou a cabeça. – Não sou falsa com o meu namorado, mas parece que a sua história é outra com Daniel Hunter.

—Que? Eu não sou falsa com o Daniel. – Disse Clara franzindo o cenho voltando a colocar livro por livro na enorme estante.

—Daniel também acha que era você naquele vídeo.. – Explicou. – Cara, você está perdida, nem o próprio namorado acredita. Cretina.

A morena largou o livro na estante e virou para a loira que estava passando pela porta indo embora. Tentando ao mesmo tempo achar mentira, absurdo e idiotice, Clara se concentrou em terminar de arrumar o mais rápido a biblioteca e ir embora.

—Terminei Hope. Enquanto você estava ai sendo avoada como sempre, eu fiz o poema. – Contou Bryanna se levantando da cadeira e arrumando os cabelos loiros. – Só entrega para a professora que agora eu realmente preciso ir.

Clara ainda sentada observava a sala toda bagunçada, agora quase vazia, exceto por ela, pela professora e por outras duas pessoas. Ela se levantou jogando todos os matérias expostos na mesa, dentro da bolsa e pegou a folha que ainda estava na mesa de Bryanna Benson, aquela que a uns dias atrás, infernizava a sua vida. Estranhando, ela caminhou até a professora lhe entregando a folha e pedindo para a mesma não ficar pensando no que tinha acontecido ali. Afirmando que tentaria não pensar, a professora agradeceu e lhe desejou um ótimo dia que foi retribuído.

Clara percorria os corredores se sentindo do tamanho de uma formiga em seus 1,68m. Mas é como sua vó lhe dizia “Não sei qual é a chave para o sucesso, mas a chave para o fracasso é tentar agradar a todos” frase do comediante Bill Cosby.

Entrando na aula de história e já sabendo que não agüentaria o tédio insuportável de ouvir aquela professora falando mais uma vez sobre a Guerra Fria, e não tendo mais o seu tirador de tédio para mexer no seu cabelo durante as aulas e contar piadas escritas num papel, Clara de aconchegou na cadeira sentindo um olhar queimar em cima de si. Virando um pouco a cabeça pra esquerda e avistando o reflexo em uma jarra de vidro preta em uma estante, avistou Daniel sentado a umas duas cadeiras atrás mirando em sua pessoa, e Stuart jogando bolinhas de papel no mesmo que não demonstrava nenhuma expressão. O que a fez voltar a pensar no dia do jogo contra os Loskis.

Um dia após o acontecimento da chegada de Alison à biblioteca e a mini discussão com Clara, finalmente havia chegado o dia do campeonato de futebol. Já que desde do dia dos festivas, e por conta do pequeno drama incluindo Clara e Alison, o campeonato havia sido suspenso, o mesmo voltava com todo o vigor para os competidores.

A escola passara todos os horários de aula com a ajuda dos alunos, decorando o campo para a grande recepção de alunos de outra escola.

No final da tarde, todos voltaram a sua casas e se preparando para um dos grandes dias do ano, se os Duck’s ganhassem, seria a vitória de 10 anos seguidos, concluindo que era quase morte se eles perdessem. Contando com a chegada de pessoas importantes que de acordo com o histórico escolar e esportivo, seriam chamados para entrevistas em algumas das melhores faculdades do país, outro fator importante.

—Clara, está levando casaco? – Perguntou Sandra baixando os óculos e deixando o livro deitado no sofá.

—Pra que casaco mãe? – Perguntou a filha pisando o ultimo degrau da escada.

—De acordo com o jornal, está vindo uma frente fria hoje a noite. Melhor está preparada.

Sandra manteve o olhar no armário procurando algo bonito que pudesse combinar com a calça marrom de Clara e o cropped verde.. Surpreendendo-a o fato de um casado jeans azul claro que comprara alguns dias antes de se mudarem, ainda estar vivo, e não debaixo de chamas como imaginou que ficaria quando contou para a filha sobre o casamento.

—Obrigada mãe! – Agradeceu a menina feliz.

—Pronta Clarinha? – Perguntou a loira vestindo uma saia marrom florada e um top branco.

—Sim.... pronta.

Bryanna manteve o olhar na estrada, e por mais de vinte minutos nenhuma voz fora escutada de ambas as duas. Não por não quererem falar nada, mas por não terem assuntos que pudessem fluir por quase meia hora. Bryanna anunciou a chegada e ambas se retiraram vendo toda aquela multidão de alunos das duas escolas.

—Derek, você viu o Daniel? – Perguntou Clara se aproximando do seu colega de classe que se manteve sentado na grama comendo pipoca.

—Parece que todo o time está se aquecendo ou algo do tipo.- Disse Derek, um dos mais inteligentes da escola. Há boatos de que Derek Matthews quando tinha apenas cinco anos, ganhou um troféu de QI mirim mais alto da história.

—Obrigada. – Agradeceu a morena se retirando com passos curtos em direção a porta principal da escola.

—Espera. – Derek se levantou. – Quer pipoca?

—Quero.

O menino moreno de cabelos cacheados e sardinhas ocupando cada lugar de seu rosto, depositou o saquinho na mão de Clara que agradeceu e perguntou se queria lhe fazer companhia naquela noite. Visto que o namorado ficaria ocupado durante todas as horas programadas para o evento.

Poucos minutos se passaram e foi anunciado o inicio do Campeonato Duck’s VS Loski’s. Sem saber como narrar o que se passava sob aquele gramado, Clara apenas prestava atenção nos passos de quem dominava a bola e tentava atacar ao gol. E vibrava junto as arquibancadas quando um gol era realizado. 10 minutos antes do pequeno intervalo de 15 minutos o placar mostrava que os Duck’s ganhavam de 2x1, dois gols divididos entre Collin e Daniel respectivamente.

O barulho do apito anunciando um intervalo de 15 minutos, escoou por todo o campo. E logo as barraquinhas de comida foram preenchidas por filas desorganizadas.

—Derek, eu preciso ir falar com o Daniel. Guarda o meu lugar, por favor!

O moreno que comia seu quarto saquinho de pipoca, concordou com a cabeça sem tirar os olhos dos passos que as lideres de torcida faziam no gramado.

Percorrendo quase escola inteira, Clara avistou o namorado secando o rosto como da vez em que o conheceu.

—Que golaço meu amigo...

O moreno que até então secava o rosto melado de suor, virou o corpo em direção a voz e retirou aquele pedaço de pano sobre o rosto avistando a morena que falava para todos que era sua namorada. Alargou um sorriso no rosto e observou a namorada caminhando até ele ganhando um selinho de longo tempo.

—Primeira vez que estou vendo minha namorada hoje..

Daniel continuava selando os lábios em pequenos selinhos andando em direção ao pescoço da morena.

—Daniel.. você está suado. – Retrucou Clara afastando o namorado.

Seguindo os movimentos da namorada, Daniel se afastou terminando de enxugar o pescoço.

—Você viu aquele gol que eu fiz? – Perguntou o moreno animado. – Foi tão lindo. – Exclamou orgulhoso.

—Eu preciso te perguntar uma coisa super importante, que ficou martelando na minha cabeça a noite passada toda e o essa manhã toda. – Disse Clara. – Você acreditou em mim né quando eu disse que não fiz nada daquilo contra a Alison?

—Ainda nesse assunto Clara? Já faz tempo que isso aconteceu. – Daniel respondeu cauteloso.

—Sim Daniel, ainda nesse assunto.

Daniel retirou a toalha do rosto a posicionando sobre os ombros e bebendo água de uma garrafinha verde que havia deixado em cima do muro atrás de si.

—Olha, a gente não precisa ficar voltando nesse assunto o tempo todo. Aconteceu, mas já passou, você precisa esquecer Clara.

—A imagem foi exposta para a escola inteira Daniel, esse vídeo foi parar na internet e já tem mais de 5 mil visualizações e comentários que não farão da minha vida melhor. Sem contar que eu..

—Que você perdeu a amizade da Alison. É eu sei, você repete isso sempre.. – Interrompeu a namorada. – Olha, eu te amo. Mas vou repetir de novo. Você precisa deixar isso no passado.

—Tem certeza que me ama? – A morena questionou quase deixando a voz travar. – Daniel, você acreditou em mim quando eu disse que não fiz nada daquilo? – Repetiu com lagrimas ameaçando cair.

Um certo silencio tomou conta do pequeno ambiente em que se encontravam. Uma área aberta atrás do refeitório.

—Quem cala consente. – Retrucou passando o dedo pelo rosto retirando algumas lágrimas.

—Eu preciso voltar pro campo. – Ele sem olhar para a namorada foi se retirando. – Depois a gente conversa.

—Não tem mais nada pra conversar Daniel. – Ela disse fazendo o namorado sentir um cala frio percorrer pelo corpo e o fazer permanecer parado de costas.

—É claro que tem Clara. – Ele se virou para Clara sentindo a respiração pesada.

—Esse tempo todo foi mentira? – Perguntou ela com a voz falha. – Você nem acredita em mim.

—Como você quer que eu acredite Clara? – Questionou ele se aproximando da morena. – A menina do vídeo usava a sua roupa, tinha o seu cabelo. Não tem como olhar para você e dizer: não era você.

—V-você é tão inacreditável. Quando você pede alguém em namoro você cria um vinculo com a pessoa. Você precisa confiar nela. – Si interrompeu engolindo o seco. – POR QUE VOCÊ ME PEDIU EM NAMORO?

Daniel desviou o olhar de Clara que tentava controlar com as mãos a quantidade de lágrimas que caiam.

—Porque você... porque eu..

—Você precisa ir, já vão voltar pro campo. – Explicou ela com a voz tremula.

Observando o menino que havia acabado de partir seu coração se distanciando, um jato de lágrimas saiu de seus olhos, fazendo a mesma se sentir vazia e perder os 10 primeiros minutos de retorno do jogo.

—Clara! – Uma voz do além exclamava seu nome. – Clara Hope.

A dona do nome piscou algumas vezes saindo do enorme transe e seguindo com o olhar de onde vinha a voz.

—O sinal já bateu querida. Preciso que você saia para a faxineira limpar a sala.- Disse Alice, a nova professora de geografia.

—Ah me desculpe. – A morena lamentou.

—Tudo bem. – Respondeu a mulher.

Calara levantou-se e se concentrou em lembrar qual seria sua próxima aula. Percorreu a sala com o olhar a procura de um relógio que pudesse lhe informar as horas exatas daquele momento. Lembrou-se que havia um no corredor do banheiro, ao lado dos armários e em cima do bebedouro.

 - Você já pensou em suicídio? – Dr. Heigl repetiu pela terceira vez segurando o caderninho.

—Sim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma garota mais que incrível" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.