Uma garota mais que incrível escrita por Uma ideia bonita


Capítulo 15
Mais conflitos


Notas iniciais do capítulo

Quando você pensa que ficar de repouso sem fazer nada é legal, mas ai sente saudades da escola e tenta fazer de tudo pra melhorar.
Te odeio mosquito da zika!!



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—Tá tudo bem mãe!- Clara dizia hoje pela quarta vez a sua mãe.

—Não está tudo bem Clara!- Sandra andava de um lado para o outro na frente da cama da filha.- Você está deprimida.

Sandra parou de andar olhando diretamente para a filha com uma expressão preocupada.

—Não estou deprimida.- Disse a morena deitada na cama, embrulhada com um edredom e mexendo na orelha do coelho de pelúcia.

—Você não sai há quatro dias dessa casa, exceto para ir a escola, que por cima ao chegar em casa, se tranca nesse quarto. Nem mais o Daniel consegue te tirar de casa, eu estou muito preocupada.

—Mãe já faz quatro dias que eu levei advertência de trabalhar na escola, eu só estou cansada, me da um tempo.

—Clara, eu sei o que aconteceu, eu sei do vídeo, sei da briga, sei da bolsa da faculdade, eu sei de tudo que se passa sobre você naquela escola, então não me venha esconder mimi que eu não sou essas mãe de 40 anos que se exclui da vida das filhas.

—Oi mãe, eu tenho 17 anos e eu já sei me virar sozinha.- Clara levantou da cama.

—Não se trata de você saber se virar sozinha, Clara. Se trata que eu ainda sou sua mãe, você ainda é minha criação e eu ainda me preocupo com você, por isso você vai agora na casa da Alison e vai resolver tudo isso.- Sandra se retirou do cômodo.

—Fecha a porta!- Clara disse alto o suficiente para Sandra voltar e fechar a porta junto de si.

A morena bufou jogando o lençol no chão e entrando no banheiro.

Clara desceu a escada enorme da sala chamando a atenção de quem estava sentado no sofá.

—Oi.- Daniel cumprimentou logo após a cutucada de Stuart.

—Oi.- Clara respondeu sem graça.- O que estão fazendo aqui?

A morena perguntou andando em direção aos dois que agora estavam em pé.

—Viemos te vê.- Respondeu Stuart se metendo na frente do amigo.

—Ahn, obrigada... mas eu já estava de saída.

—Eu te dou carona, eu to com o carro da minha mãe.- Daniel sorriu pra namorada que não mostrava reação alguma.

Clara suspirou vendo que não teria brecha pra fugir daquilo.

—Ta bom, vamos na casa da Alison.- A morena sorriu.

Os três saíram do casarão caminhando até onde se encontrava um Daewoo Matiz de cor amarela.

—Carro novo?- Clara perguntou animada entrando no carro.

—Não tão novo, minha mãe trocou o outro por esse usado.

—Mas ele é legal.

—Também achei.- Stuart se pronunciou.

O carro partiu rumo a casa de uma loira nada de bem com vida, já que supostamente foi traída pela melhor amiga, almoçava todos os dias no banheiro, e soube que seu irmão passou pra uma faculdade e estava se mudando pro Canadá, exatamente 4.234,2 km de distância de San Francisco.

—Obrigada pela carona, vocês vão descer?- Perguntou Clara descendo do carro e reparando no namorado desligando o carro.- Sim.. eles vão descer.

—Tenho que vê como minha bebê está.- Disse Stuart se aproximando da porta.

—Mas você viu ela hoje.- Daniel comentou.

—Não preciso de desculpas pra vê minha amada.- Apertou a capainha.

—Mas você está usando o fato deu ter vindo falar com ela como desculpa pra vê sua amada.- Respondeu Clara agora abraçada com Daniel.

—Shiu vocês! Eu só quero vê a Alison, melhorou?- Os dois confirmaram com a cabeça rindo do amigo.

—Posso ajudá-los?- Um homem loiro apareceu na porta.

—Sim, viemos falar com a Alison.- Disse Clara se soltando de Daniel e se aproximando da porta.

—Eu sou o namorado.- Stuart se meteu na frente de Clara tirando a atenção do homem pra si.

—Acho que não foi uma boa idéia ter dito isso Stuart.- Daniel surrou no ouvido de Stuart vendo a expressão que o homem fez ao ouvir a frase.

—Desculpa, mas minha filha nunca comentou o fato de ter um namorado.

—Ah não?- O garoto coçou a cabeça.- Devo ter errado a casa então.

Stuart soltou um risinho abafado e pulou pra trás do amigo que mantia querendo esconder a vontade de gargalhar.

—Voltando.- Clara chamou a atenção do pai da ex amiga.- Podemos falar com ela, Sr.Cooper?

—Você deve ser a Clara, ela deu a alerta pra ninguém da casa atender uma Clara, mas vamos.. entrem.- O loiro abriu a porta dando passagem para os jovens.

A casa estava bem quieta tirando pelos latidos e miados dos animais da vizinhança.

A casa dos Cooper’s era bem...”expressada” a família toda ajudou a decorar, ou seja, têm gostos de todos. A cozinha decorada por Alison, sala pelo Andrew, banheiros pela mãe e o resto um pouco do pai.

—Alison, visita.- O homem loiro gritou, despertando barulhos de pegadas no andar de cima da casa.

 -Oi.- Disse a menina descendo as escadas olhando para o pai.

—Venham até aqui.- Sr.Cooper chamou os três que estavam mexendo em objetos pela sala.

Caminharam até o corredor onde Alison estava em pé na escada esperando enquanto mexia no celular.

—Oi.- Clara soltou a voz.

Alison moveu os olhos do celular para a morena que estava a uns metros de distância, bufou e olhou para o pai.

—Eu falei pra não deixar ela entrar.- A loira olhava com raiva para o pai.

—Alison, tenha bons modos.- O pai a repreendeu.

—Eu não quero vê-la.- Disse olhando pro pai.- Eu não quero vê você.- Disse pra morena.

—Qual é Alison.- Clara subiu as escada atrás da loira.

—Aceitam refrigerante e salgadinhos?- Sr.Cooper ofereceu aos garotos.

No andar de cima Clara seguia cada passo de Alison sem falar nada.

—O que você quer?- Perguntou ao entrarem no quarto.

—Conversar, não está evidente.

—Achei que fosse pra roubar mais alguma coisa de mim.- Disse irônica colocando o fone no ouvido e sentando na cadeira da escrivaninha de costas pra Clara.

—E o que eu roubei de você?- Clara se aproximou arrancando os fones da garota.

—Deixa eu vê... só a minha bolsa de entrar na melhor faculdade de culinária do país.- Respondeu irônica virando de frente pra ex amiga.

—Uma das melhores.- Corrigiu.- E mesmo assim, Alison pela quadragésima vez, não fui eu, não era eu no vídeo.

—Tente me prova o contrário.

—Não tenho como provar, mas achei que fosse acreditar em mim, somos amigas desde o primeiro dia de aula.- Clara se aproximou devagar.

—Não! Eu era sua amiga, eu fui verdadeira, você não passou de uma mentirosa sabotadora.- A loira observou uma lagrima cair do rosto da menina a sua frente.- Eu até te perdoaria Clara, mas a sua cara de pau de ficar mentindo na minha cara é o que me da mais raiva. Por favor vai embora!

—Alison, eu tenho a consciência TÃO limpa, que eu não tinha desistido de você até esse momento, porque a partir desse minuto todas as chances que eu tive uma vez de te respeitar acabaram, e sabe de uma coisa, eu vou embora, mas não porque você mandou, e sim porque eu tenho dignidade de não ficar me humilhando na frente de pessoas tão baixas.

 A morena soltou tudo limpando as lagrimas e se retirando do quarto, deixando a loira olhando para a parede com os fones no ouvido.

—Já?- Perguntou Stuart olhando pra Clara descendo depressa os degraus e saindo da casa sem olhar pra ninguém.- Deixa pelo ou menos eu vê minha...- O garoto foi interrompido pelo pai da namorada com o olhar.- Minha amiga que foi para aquele lado.- Stuart apontou pra porta da frente.

Stuart soltou um sorrisinho fraco colocando o copo de refrigerante na mesa e saindo devagar da casa.

—O que aconteceu?- Perguntou Daniel ao vê Clara sentada na calçada chorando.

—Ela me odeia, eu tentei concertar uma coisa que eu não fiz Daniel, e sabe... acabei piorando tudo porque agora tenho certeza que ela me odeia.- A morena tentava equilibrar entre as lagrimas e as palavras.

—O que aconteceu foi sério Clara, deixa ela pensar mais.

—Você também acha que foi eu?- Clara olhou espantada pro namorado.

—E não foi você?- Stuart chegou mastigando um salgadinho.

—Ta de brincadeira né.

—Stuart!- Daniel jogou uma pedrinha no idiota do amigo.

—Vai se ferrar Stuart, você e sua namorada.- Clara levantou.- Eu vou te ônibus.

—Nada disso, você vai nesse carro amarelinho bem aqui.- Daniel segurou no braço da namorada.

—Olha Daniel eu to cansada, eu só quero ir pra casa.- Chovia pelos olhos da morena que foi puxada pra um abraço reconfortante.

—Faz o seguinte, eu te deixo em casa e amanhã você aceita ir lá pra casa pra ficarmos assistindo filmes. Topa?

—Vou sair tarde da escola, tenho que limpar a biblioteca.

—Não tem problema, te busco quando acabar.- O moreno sorriu arrancando um sorriso da menina.

                                                          [...]

É incrível quando amanhece em São Francisco, como se tivéssemos uma nova chance de concertar tudo, uma nova oportunidade para tudo, a ponte Golden Gate cheia de carros, e só cinco da manhã.

—Só mais cinco minutos.- Clara reclamou escutando o barulho do despertador.- EU DISSE SÓ MAIS CINCO MINUTOS.

—Calma Clara, o pobre do despertador não fez nada.- Bryanna abriu a porta do quatro da meia-irmã já pronta.- Devia fazer igual a mim, ficar pronta antes e não chegar atrasada na escola.

—Ninguém quer ser iguala você Bryanna.- Clara debochou se levantando.

—Cala boca e desce logo, sua mãe está se esgoelando te chamando.- A loira fechou a porta.

No andar de baixo Sandra servia café, John lia o jornal, e Bryanna aparecia na porta desejando bom dia pronta pra primeira refeição do dia.

—Bom dia, como sempre bem pontual.- Disse John se referindo a filha.

—Cadê a Clara.- Sussurrou Sandra nada quieta.

—Ela ainda tava na cama quando desci.- Bryanna colocou mamão na boca.

—Estou aqui.- Clara apareceu penteando os cabelos.

—Clara que horas você foi dormir? Seu despertador estava tocando faz horas, vocês duas estão quase atrasadas.

—Bryanna preciso de carona.- Clara jogou o pente no balcão.

—Lugares de pentes não são na cozinha, Clara.- Sandra reclamou.

—Desculpa, não da tempo, mãe.

—Como quiser madame.- Bryanna se levantou pegando a bolsa.

—Precisamos comprar um carro pra Clara.- John comentou com Sandra após as meninas se retirarem.

Sempre tem aquele ou aqueles momentos que estão tão bons,mas tem uma pessoa que sempre estraga.

—Clarinha, como se sente sabendo que a escola toda sabe que você traiu a pessoa que mais confiava em você?- Bryanna continuava com os olhos na rua.

—Eu estava tão bem na minha Bryanna.

—Vamos, responde.

—Como eu estou cansada de responder que NÃO fui eu, tenho direito de permanecer calada.

—Tá... mas como você fez isso?

—Já chega Bryanna.- Clara ajeitou a bolsa.- Para o carro!

Bryanna parou o carro querendo rir.

—Vou a pé, já está perto da escola.- A morena abriu a porta colocando o pé pra fora.- E tenta manter todo o veneno da sua língua dentro de si, ninguém precisa conviver com isso.

—No momento você é a mais venenosa da escola Clarinha.- A loira deu partida no carro.


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Notas finais do capítulo

Prometo TENTAR fazer o próximo capitulo um pouco mais suave, com conflitos porem um pouco mais suaves.
Acontece que a partir de agora as coisas não vão melhorar tão cedo.



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