Broken Strings. escrita por Natty Lightwood


Capítulo 22
Epilogo.


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer o carinho de todos, principalmente aqueles que me apoiaram até aqui, eu amei escrever essa historia. Foram tantas coisas que aconteceram para mim desistir, mas eu consegui chegar até aqui, sou mais forte do que pareço, minha beta Bev me incentivou a continuar e esperou paciente longas semanas por um capitulo pronto, e minha sister Ray Smoak me apoiou do início até o fim. Então obrigado a todos por terem participados nessa longa jornada de BS, e perdoe-me por qualquer erro, por qualquer falha. Ótima leitura.

Musica: John Legend feat Brittany Howard Darkness and Light



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Nada pode parar esse amor.

Nunca teremos o suficiente dele.

 

Oliver Queen.

 

Olhei para a mulher que amo, a futura mãe dos meus filhos e dona do meu coração obscuro, suspirei, eu queria recomeçar sem nada entre nós, principalmente os segredos, mesmo aqueles mais sombrios, enquanto o silencio se estendia dentro do avião, eu chamei sua atenção notando que os meninos dormiam, menos Tommy ele seria sempre aquele que protegeria nossas costas, olhei para seus olhos azuis, ele assentiu com a cabeça. Tommy sabia que nada que sairia dos meus lábios era fácil admitir.

— Felicity? Está acordada? – Limpei a garganta, sentindo ela se mexer ao meu lado. Seu corpo quente me moldava maravilhosamente bem. Eu sempre me sentiria bem ao seu lado.

— Sim. – Disse com sua voz suave. – O que foi querido? – Ela ergueu a cabeça e me olhou nos olhos ainda sonolenta, por um longo momento eu pensei em desistir, sentindo-me covarde. Afastei a indecisão e resolvi falar. O que eu poderia temer? Ela sabe que todos nós temos um lado obscuro, aquele que mantemos trancados.

— Nós precisamos falar sobre Helena... – Comecei.

— Não, eu sei que esse assunto machuca você, então eu.... – Cortei com aceno simples.

— Sim, eu preciso falar. Se vamos fazer isso você precisa saber quem é o homem com quem dorme todas noites, o mesmo que quer ser pai dos seus filhos, e que está dividindo uma nova vida com você. – Respiro fundo, ela permanece em silencio me olhando nos olhos. – Eu e Helena éramos dois inconsequentes, ao sair da faculdade, resolvemos viajar pelo mundo, sem dizer nada a ninguém, era só eu e ela, com aventuras absurdas.

Lembrar disso, é como uma faca sendo pressionada no meu peito, saber que Helena morreu porque não fui capaz de pôr fim às suas loucuras, deixa um gosto amargo na boca.

— Viajamos para Cuba, Dubai entre outras grandes cidades, e acabamos na Rússia, em uma das nossas viagens. – Continuo com a voz grave. – Ela gostava do perigo, primeiro ela me puxou para uma das lutas ilegais, eu sempre gostei de praticar boxe, e outros tipos de lutas, então ela me desafiou a lutar com um cara grande, eu não queria inicialmente... não por ser fraco, mas porque aquela merda era ilegal e não era para nenhum de nós está ali.

— E o que você fez? – Questiona baixo.

— Eu aceitei como um idiota e resolvi lutar para mostrar meu potencial, acabei ganhando duas lutas e isso chamou atenção de muitas pessoas, foi aí que conheci Tommy. – Respondo voltando ao passado. Olhei para meu velho amigo, que tinha um brilho escuro nos olhos.

Flashback on.

— Agora precisamos ir embora. – Rosnei para Helena, sentindo meu lado esquerdo do rosto dormente devido ao soco que levei, o cara era bom.

— Oliver...

— Não, suas aventuras de princesa acabaram. – Cortei lhe puxando pelo braço em direção a saída do clube. – Não percebe que estamos ficando presos aqui! Faz mais de duas semanas Helena, e essa merda já foi longe demais... comece a se mover calada.

— É apenas mais uma luta, tudo que você tem que fazer é ganhar e vamos embora, eu prometo. – Ela protesta ainda sendo quase arrastada por mim. – Ollie...

— Não. – Tenho que por fim nisso tudo. Essa loucura já foi longe demais. – Somos pessoas normais, não podemos simplesmente fazer isso.

— Oliver Queen. – Uma voz arrastada chamou ao longe, no fundo, eu precisava ignorar, era um dos homens que com certeza era da máfia Rússia, eles tinham me observado por dias, e sem querer eu acabei cutucando a onça. – Preciso que volte para a luta, garoto.

Olhei sobre o ombro para um homem alto, forte com algumas cicatrizes no pescoço, ele poderia ser assustador para muitos, mas não para mim. Vamos lá Oliver, saia logo daí! Minha consciência gritava a todo instante. Tentei caminhar para a porta, mas outro cara armado acabou nos barrando com sorriso esticado no rosto.

— Merda! – Xinguei lançando o olhar afiado para Helena que apenas deu de ombros.

Mesmo sem querer, voltei para onde uma luta tinha acabado e outro cara magro estava limpando o chão. Um homem baixo, com uma barba bem cortada, e olhos escuros se aproximou, seu semblante dizia que nada de bom vinha dali.

— Olá, mr. Queen. – Cumprimentou com sotaque forte. – Sou Anatoly.

Pelo o olhar dos outros caras ao redor, ele era no mínimo o chefe de todos, ou o bem próximo a isso.

— Sim. – Disse entre dentes. Quanto menos eu falasse seria melhor.

— Ao longo dos dias notei que você é um garoto valioso, então temos uma luta divertida para você. – Sorrio mostrando dentes brancos. – Se ganhar poderá ir para casa sem dividas entre nós.

— Dividas? – Ergui uma sobrancelha em questão. – Desculpe-me mas...

Um cara cortou-me com um soco no estômago, senti o ar parar de circular em meus pulmões, e minha visão embaçar por um momento, tentei me concentrar, mas meu estômago latejou em resposta, acabei caindo no chão em um joelho.

— Filho da puta. – Cuspi o sangue no chão. Escutei um grito agudo, ao ver o mesmo cara puxando Helena para longe de mim, fazendo-a sentar em uma cadeira velha. – Não toque...

— É simples. – Anatoly disse chamando minha atenção para ele. – Ganhe a luta e poderá ir para casa.

— Tudo que tenho que fazer é lutar? Porque acho isso fácil demais para ser verdade. – Lato me pondo de pé novamente. – Como quiser, mestre. – Zombei.

Ele me lançou um olhar desafiador, então permaneci em silencio, eu tinha que levar Helena para casa, e esquecer tudo isso. Dificilmente eu me casaria ainda com essa mulher, ela não é mais apta para ser mãe dos meus filhos. Gemi esperando sua resposta.

— No círculo. – Ele apontou com desdém para o centro do galpão, outros homens saíram das sombras e ficaram em um grande círculo, esperando. Olhei para Helena que não disse nada só balançou a cabeça para mim, ela sabia que estava ferrada tanto quanto eu.

Me direcionei ao centro do círculo, e esperei, ninguém disse nada, o que me deixou alerta, afinal eu era apenas um turista tirando onda de herói ou outra coisa. Um cara dois centímetros mais baixo se aproximou, ele não era forte, mas tinha um corpo atleta, cabelos negros, sem barba e olhos azuis profundo. Ele me lançou um sorriso zombeteiro, mostrando dentes brancos e bem alinhados, ele mais parecia um CEO capa de revista do que um lutador ilegal.

— Regras: sem nada cortante, apenas corpo a corpo, o homem que sobreviver ganha a luta. – Anatoly sorriu e sentou-se ao lado de Helena que me fitou confiante, eu sei que no fundo ela não estava com medo, mas sim achando tudo aquilo divertido.

— Que merda é essa? Eu não vou matar ninguém! – Protestei tentando ir em direção ao mesmo, porém não cheguei longe.

O cara acabou me chutando entre as pernas me levando ao chão. Senti minhas costelas estralarem e tudo a minha volta embaçar, mas antes notei o soco vindo, ele era bom... mas meu lado obscuro me disse que eu seria melhor ainda, desvivei e o chutei em sua barriga fazendo-o gritar e cair para trás, nisso entramos em uma luta justa, socos, chutes e tudo aquilo que podíamos fazer, até o momento em que éramos dois homens cansados, ele tinha um olho roxo, e lábio cortado. Eu tinha uma costela fraturada, e um maxilar inchado. Mais alguns minutos e um de nós saíra de fato morto, mas eu não era um assassino. Eu não poderia continuar com aquilo.

— Pare. – Sussurrei para ele. – Não posso mais fazer isso.

— Não posso parar. – Admitiu com olhar nervoso. – Eles estão com minha garota.

— Porra! – Ofeguei.

Como poderíamos sair dessa? Todos vivos?

— Eu não quero mata-lo. – Afirmei encontrando seu olhar azul. – Eu não sou um monstro.

— Todos temos um monstro escondido, não é fácil dizer isso, ou admitir para si mesmo, mas é a única maneira de sair daqui. – Disse com pesar, baixando as mãos em punhos. – Enquanto você está na primeira luta para sobreviver, essa é minha terceira luta, matei homens olhando-os nos olhos, e sei que isso marcou minha alma para sempre.

Foda-se. Uma dor erradicou no meu peito até meu cérebro. Eu tinha que executar um plano, um que nós todos saíssemos vivos disso tudo. Eu acenei para ele que me olhou confuso, antes que ele pudesse dizer algo, eu girei e segurei seu pescoço com braço forte, ele gritou e se calou quando eu estalei seu pescoço, para todos, ele caiu sem vida no chão. Um silencio se estendeu no local, e apenas o suspiro de Helena me chamou atenção.

— Oliver. – Ela disse com a voz baixa. – Sinto muito.

Desviei o olhar dela, e me senti um lixo por um vasto momento.

— Parabéns Mr. Queen. – Disse Anatoly batendo palmas. – Você venceu....

— Eu quero minha liberdade, agora. – Disse entre dentes. – Por favor, você fez uma promessa, o que no seu mundo é lei.

— Você tem razão. – Ele me olhou em conflito. – Mesmo que tenha matado um dos meus melhores homens, poderia ficar no lugar dele.

— Não, obrigado. – Dispensei. Olhei para o cara que eu “matei” e respirei com dificuldade, eu precisaria acorda-lo em breve. Antes que ele estivesse de fato morto.

— Tudo bem, pode ir. – Anatoly acenou. Eu sei que ele me deixou ir porque eu seria problema para ele. Um cara americano, desaparecido chamaria atenção de muitos, principalmente quando minha família começasse uma caçada, arrastando todo seu poder.

Sem mais uma palavra eu arrastei Helena comigo para fora do lugar, ela me seguiu calada, mas eu podia escutar as rodas girando em sua cabeça, ela nunca ficaria satisfeita com isso. Eu estava calmo porque no fundo eu não o tinha matado.

— O que você está fazendo? – Ela me perguntou enquanto ficávamos atrás de uma lixeira em um beco escuro.

— Melhor você prender a língua e a respiração, eu não o matei e se eles descobrirem eles virão atrás de nós dois, com armas. – Lati para ela que se encolheu atrás de mim.

— E porque não fugimos?

— Porque eu preciso acha-lo e acorda-lo, antes que ele fique morto para sempre, e isso me persiga para sempre. – Respondi com pesar. Ela assentiu e ficou quieta.

Algum tempo depois um cara saiu levando sobre o ombro um saco preto, era possível dizer que o lutador estava ali dentro, aguardei mais alguns minutos enquanto ele o colava no porta malas. O cara fechou o porta malas e acendeu o cigarro, a noite estava muito fria, estremeci e esperei, quando o mesmo se virou para a ponte eu não pensei apenas agi, cheguei por trás e dei-lhe um golpe na nuca ele caiu com um baque no chão, chequei seu pulso e o mesmo estava apenas inconsciente. Antes que alguém saísse, eu rapidamente entrei no carro, com Helena do outro lado, sai pelas ruas com uma velocidade impressionante. Assim que estávamos muito longe, em um lugar vazio perto da floresta, parei o carro e abri o porta malas. Abri o saco e o mesmo rosto que lutei estava lá. Estalei seu pescoço novamente e o mesmo pulou ofegante.

— Mas que porra! – Gritou tomando folego.

— Que bom que você aguentou, mais alguns minutos e nada o traria de volta. – Helena forçou um sorriso para o mesmo que nos olhou como se tivéssemos duas cabeças.

— Como no inferno você....

— Eu tenho um amigo que me ensinou muitas coisas, uma delas é sair de um jogo fodido como o que estávamos, então sem pensar eu resolvi salva-lo. – Dei de ombros.

— Foda-se. – Gemeu saindo do carro. – Eu acho que te devo um obrigado?

— Por enquanto sim, já que temos toda o Bratva possivelmente nos caçando agora. – Sorri com uma dor de cabeça se alastrando.

— Meu nome é Thomas. Thomas Merlyn, mas para todos sou Tommy. – Estendeu a mão com olhar aquecido.

— Sou Oliver Queen, e essa é minha namorada Helena Bertinelli. – Apresentei aceitando sua mão. Ele balançou a cabeça.

— O que fazemos agora? – Questionou olhando para o céu escuro. Segui seu exemplo e suspirei.

— Sobrevivemos.

Flashback off.

Saí da lembrança com os pensamentos me sufocando.

— Deus, Oliver... – Felicity murmurou com emoção, seus olhos azuis mostravam que ela poderia sentir o que eu estava sentindo todos esses anos.

— Depois disso nós fugimos por meses, mas não conseguimos sair do país, eu ligava para minha mãe e dizia que estava tudo bem, até que um dia a máfia nós achou. – Eu disse sombriamente. – Os italianos sabiam que eu e Tommy éramos os melhores lutadores da cidade, então capturaram Helena, acabou sendo uma bagunça do caralho, eu não podia contra eles, então vendi minha alma para o diabo, eu pedi que Tommy fugisse mais ele ficou comigo e não desistiu.

— Você resolveu se uniu com os Bratva para salva-la? – Ela questiona massageando meu bíceps.  

— Sim.

— O que aconteceu?

— Chegamos tarde demais... Helena foi encontrada morta com dois tiros no peito, ela foi torturada por muito tempo, eles não tiveram pena... – Cerro os dentes me sentindo agitado.

— E o que você....

— Eu os matei... todos eles... eu também não tive piedade, eles pagaram com sangue, Helena não foi a melhor mulher, ela tinha sua loucura, mas eu a amei por um longo tempo. – Respondo com suspiro. – Depois disso Anatoly disse que tinha uma dívida comigo por ter se livrados dos seus inimigos, então me tornei um dos seus capitães de grande influência, e aqui estamos.

— Você passou por muitas coisas. – Ela sussurra chamando minha atenção, olho dentro dos seus olhos notando seu amor se refletir. – Eu amo quem você é, e antes que você possa dizer ao contrário, eu sei quem é o homem por quem me apaixonei, você não é um monstro, um monstro não teria tentado salvar Emma, me salvado e tentado chegar até Helena. Você é a melhor coisa que me aconteceu em todos esses anos.

Eu respirei fundo e tentei deixar o passado para trás, eu fiz tudo que podia para proteger aqueles que amo, eu nunca seria um homem completamente bom, mas eu trabalharia por isso, eu me tornaria uma outra pessoa, por ela, sempre por Felicity.

— Eu amo você pequena. – Abri meu coração.

— E eu te amo mais um pouco por isso. – Ela sorriu se aninhando a mim. Coloquei meu queixo sobre o topo de sua cabeça, deixando nossas emoções fluírem livremente. Tommy sorriu mostrando todos os dentes e fechou os olhos agradecido. Olhei para os outros encontrando um Xavier babando em sua poltrona e um Marcus pensativo olhando pela janela.

Um mês depois.

— Jesus que mausoléu é esse? – Xavier engasga ao abrir a enorme porta da mansão.

Lanço um olhar ameaçador para ele que passa por mim rapidamente.

— Não! – Felicity grita mais é tarde demais.

Marcus puxa a cortina fazendo várias aves voarem por nós, e a poeira quase nos sufocar.

— Mas que merda, Marcus! – Xavier tosse empurrando-o para longe.

— Bem-vindos a nossa humilde casa, crianças. – Tommy sorri indo em direção as escadas. – Sigam-me.

Entre protestos subimos os lances da escada em fila. Chegamos a um enorme corredor, com várias portas.

— O primeiro quarto é de Marcus, afinal ele tem um sono leve, pode manter nossa retaguarda para qualquer invasão indesejada. – Tommy informa com aceno.

— Eu irei instalar o alarme. – Felicity e Marcus dizem. Ambos se olham com uma careta sendo ignorados pelo restante.

— Xavier fica no de frente a Marcus. – Tommy continua sua excussão pelo corredor. – Eu ficarei no segundo e o casal no último, o mais afastado, para... vocês sabem. – Ele balança as sobrancelhas fazendo Felicity corar, e arrancando um rosnado baixo de mim.

— Não por muito tempo. – Zombo. – Ficaremos com o chalé.

— Uhuu. – Xavier canta sorrindo maliciosamente.

Quero saber que diabos de ideia foi essa de resolver adota-los e traze-los comigo para essa nova vida? Ah sim sou um novo homem. Que merda.

— Ficaremos bem, querido. – Felicity puxa-me para o fim do corredor. Escutamos os assovios mais ignoramos os três cretinos.

— Sem quebrar nada, precisamos reformar tudo antes de comprar móveis novos. – Xavier grita. Bato a porta antes que eu volte e o acerte com um soco.

Olhei em volta, notando uma cama grande, moldado com uma madeira mogno, uma poltrona e uma cômoda, um closet mais afastado e um banheiro próximo. Depois de viajar por um mês, resolvemos nos estabelecer em Central City, eu ainda não estou pronto para ir para casa, sei que minha mãe está ansiosa por nosso retorno, mas eu não sou mais o menino dos seus olhos, sou um homem marcado, talvez para sempre.

— ..... assim quando estivermos no chalé. – Felicity murmura ao longe. 

— Desculpe. – Eu disse puxando-a para mim.

— Você está longe. – Ela acusa com beicinho. Beijo seus lábios, sentindo o gosto de hortelã passar para minha boca assim que nossas línguas se entrelaçam. – Eu estou dizendo que precisamos apenas de lençóis novos até que nosso chalé esteja reformado, depois compraremos os moveis novos. – Ela ofega alisando meus cabelos para trás.

— Acho uma ótima ideia, mas antes preciso sentir um gosto seu. – Sorrio contra seus lábios.

Ergo seu corpo e a prendo contra a parede, ela solta um suspiro de prazer e começa a retirar minhas roupas, suas unhas arranham minhas costas, e todo o fogo do nosso amor se acende, mordo seu lábio inferior, nosso beijo se aprofunda ardentemente.

— Oliver... – Ela geme em meus braços. Sem mais roupas coloco um dedo entre suas dobras lisas e sinto o quão ela está pronta para mim, sem aviso a penetro profundamente, engulo seu grito beijando-a apaixonadamente, ela se move com lentidão se acostumando com a sensação de estar completamente preenchida.

Nossos corpos pegam a velocidade, e quando percebemos estamos em um mundo de completo êxtase, nosso próprio mundo.

— Minha. – Gemo com suor percorrendo nossos corpos.

— Sua. – Ela geme alto, jogando a cabeça para trás entrega a paixão.

Chegamos ao clímax com corpos suados e grudados. Fodidamente melhor lugar do mundo.

— Será que nesse mausoléu tem água? – Solto uma risada.

— Vamos descobrir. – Ela rir alegremente e me puxa para o banheiro.

 

Três meses depois.

Felicity Smoak.

Olho em volto, sentindo-me aliviada por estar tudo em seu devido lugar. Meu novo lar! Dou um gritinho animado, fazendo minha empolgação ecoar por todo espaço. Três meses atrás os meninos compraram uma mansão com vários hectares de terra, um pouco afastada da cidade, um lugar completamente tranquilo, o que traria paz para cada um de nós, mas no fundo sei que é para que as pessoas não saibam o que eles fazem quando estão entediados, como lutas quase homicidas e treinos de tiro ao alvo com balas de verdade. Tento não me sentir sozinha enquanto eles estão fora resolvendo suas coisas.

Bang. Bang.

Escuto duas batidas na porta o que me assusta um pouco geralmente Xavier chega gritando como um sabiá. Marcus quase nunca chama e quando faz, ele sempre usa nosso comunicador digital que fica na cozinha e outro no quarto. E Tommy... bom esse quase não chama, há dois meses ele está no centro da cidade tentando fazer negócios para comprar uma empresa, não pergunte como eles possuem tanto dinheiro pois eu mesma não quero nem imaginar.

— Estou indo. – Grito soltando a coberta no sofá.

Ao abrir a porta sinto meu corpo tremer. Olho para seus olhos negros como o vi pela primeira vez na Rússia.

— Olá, Princess. – Ele sorri mostrando dentes brancos perfeitos.

Seu cabelo loiro está com um corte diferente, raspado nas laterais e grande em cima puxado para trás com gel, dando-lhe ar de poderoso, seu terno preto bem cortado mostrando músculos que não tinha muito antes. Ele não mudou muito, mas mudou. Seu velho chapéu está em uma de suas mãos. Tento me controlar e não sair correndo. Afinal estou sozinha e com um dos mafiosos mais poderosos entre os subchefes da máfia russa.

— Tobias... – Engulo em seco, ele ainda tem aquele olhar de menino, que faria qualquer mulher derreter, não eu, porque eu já tenho meu homem. O único entre todos. – O que vo....

— Eu só precisava falar com você, eu sei que se eu a abordasse antes o Capitão....

— Capitão não mais. – Corto suavemente. – Oliver.

— Sim. – Sorriu. – Tudo bem, posso entrar?

— Por que devo confiar em você Tobias? – Pergunto nervosa.

Ele me olha nos olhos e eu me pergunto o que ele faria se eu o mandasse para o inferno e feche a porta.

— Eu nunca machucaria você, princess. – Ele sorriu e entrou sem pedir mais licença. Bufo e fecho a porta.

— Então o que devo a honra da sua visita? – Zombo cruzando os braços sobre o peito.

— Seu pai está morto. – Ele solta sentando no sofá, cruzando uma perna. – Acho que você deveria ter o direito de saber.

Engulo em seco, e todo o meu corpo treme, ele pode não ter sido o melhor pai do mundo, e por muitas vezes eu queria abandona-lo, mas ele ainda me criou, ele amou minha mãe. Sento ao lado dele fitando o chão.

— Ele foi torturado por dias, princess. – Tobias pega minha mão. – Mas agora ele descansa em paz, toda sua vingança morreu com ele. Sinto muito.

Aceno com a cabeça e aperto nossos dedos antes de soltar, respiro fundo sabendo que devo seguir em frente. Liam não foi o melhor homem, também como não foi o pior, e agora sei que ele pode ter sua paz, sem machucar mais ninguém. Volto meu olhar para Tobias, que me fita com emoção nos olhos, ele não tem cara de mafioso assim como Xavier, mas no fundo cada um tem seus demônios.

— Benette? Eu sei que ele sempre quis me matar, será que algum dia ele....

— Não. – Ele acena com a cabeça. – Ele também está morto, eu o matei. – Ele diz com tanta naturalidade que me faz engolir em seco. – Ele era um risco para todos, então foi a única maneira.

As palavras fogem de mim, e eu penso onde vamos chegar com essa conversa.

— Eu estou aqui para me despedir, princess. – Ele lê meus pensamentos. – Eu não estarei nunca mais em seu caminho.

— Para onde você vai?

— Eu sou o novo Capitão, como Oliver deixou a máfia, eu passei pelo processo e fiquei em seu lugar. – Ele dá de ombros sem tirar os olhos dos meus. - Eu passarei o resto da vida na máfia, o que faz de mim um risco, então eu não ficarei no caminho de nenhum de vocês, ficará segura assim.

Ele levanta-se e ajeita seu paletó, me ergo e fico na altura do seu queixo, pisco algumas lagrimas porque sei que eu estarei segura sem laços com a máfia para sempre.

— Eu tenho uma coisa para você. – Ele sorri puxando algo do bolso.

Franzo o cenho quando Tobias puxa minha mão colocando uma corrente fina, com um E como pingente, vejo que a joia é de ouro branco, tão simples e delicada, passo meus dedos sobre a letra e meu coração aperta no peito.

— Emma. – Suspiro sem conter as lagrimas. – Como...

— Ela era minha ex mulher. – Revela me deixando incrédula. – Nos casamos quando tínhamos vinte anos, mas ela se apaixonou pelo capitão alguns anos depois, então eu a deixei ir.

— Então....

— Oliver nunca soube, ele acha que salvou Emma e assim acaba a história. – Ele sorri e se afasta. – Ele tem um dom de tomar sempre o que é meu.

— Eu nunca fui sua, Tobias.

— Mesmo assim você entrou no meu coração. – Ele suspira. – Mas eu não posso tomar o que não é meu, eu jamais faria isso com você.

— Sinto muito. – Apertando a joia na minha mão, sentindo minha pele queimar como brasa. – Emma foi como uma irmã para mim.

— Ela era uma mulher maravilhosa, é tudo que precisa saber. – Ele pisca e se aproxima, com suavidade deixando um beijo em minha testa. Seus lábios são macios, Tobias se afasta. – Adeus, princess.

— Adeus, Tobias. – Sussurro.

Nos olhamos e ele vai embora, sem fazer barulho como se nunca tivesse vindo até aqui, a única prova que ele esteve aqui era a joia queimando na minha mão. Emma e suas surpresas, sorrio e caminho em direção ao meu quarto.

Dez anos depois...

 

Um tempo tinha se passado, mas nosso amor continuava como sempre foi... especial e único. Oliver tornou-se meu marido no mesmo momento que descobriu que eu estava grávida, ele queria que nosso filho nascesse em uma união formal, eu estava mais que feliz com isso. Meses depois Sam veio ao mundo, todo risonho e lindo, eu me senti a mulher mais feliz do mundo, Oliver? Bom esse mimava nosso menino como um príncipe, nosso filho iria ser amado, não só por nós dois, mas por todo aqueles que sempre o cercaram. Oliver fez as pazes com sua mãe um tempo depois, eu a conheci depois disso e hoje temos uma amizade solida, sua irmã é uma das mulheres mais impressionantes que já deve ter andado pela terra, Thea pode ser durona e meiga ao mesmo tempo, basta ver qual seu humor e você saberá. Acabamos criando laços com o tempo, fazendo nossas próprias raízes, hoje eu sou uma mulher de trinta e um anos com dois filhos e uma menina igualzinha a mim. Nossos filhos são tudo o que mais amamos e cuidamos; Sam, Jesse e Emma, eu não poderia fazer homenagem melhor para minha amiga, aquela que me salvou muitas vezes e morreu por mim, sei que Emma está lá em cima em um lugar especial... seu paraíso. A máfia se foi de nossas vidas há muito tempo, mas sinto que as marcas jamais se apagarão de nossas vidas, sempre teremos um pedaço quebrado.

Meu olhar percorre meu jardim, onde vejo Oliver sorrindo segurando Emma em seu colo, Xavier está ao seu lado com seu garotinho Maycon, Marcus em pé falando ao telefone segurando a mão de Laysa sua filha, Tommy está ao longe com os meninos, seus dois filhos e os meus, jogando algum tipo de jogo. As mulheres de ambos são de personalidades magnificas, Xavier tem seu próprio par, você pode imaginar isso? Não, não vá lá você não vai gostar da resposta. Todos eles formaram sua família e recomeçaram do zero... essa é nossa casa agora, é tudo que sempre sonhamos e tudo que precisamos. Me perco em pensamentos sabendo o quão o universo foi generoso em nos juntar e formar essa grande família que somos hoje. Quem nos vê nunca saberia que já passamos pelas mãos de pessoas ruins, e que eles mesmos já foram criminosos um dia.

— Querida. – Oliver chama minha atenção com sorriso no rosto.

— Sim. – Retribuo o sorriso fitando seus olhos com amor.

Oliver mudou pouco, ele envelheceu um pouco, em seus quarenta e poucos anos, ele possui poucos cabelos brancos, com alguns linhas de expressões. Ele continua perfeito. Suspiro colocando meus braços em volta de sua cintura, seu corpo forte me envolve passando um calor agradável, eu o amo tanto.

— Você está feliz? – Ele sussurra em meu ouvido.

— Sim. – Admito com amor. – Conte todas as estrelas do céu e você saberá o quanto eu te amo. – Sorrio apertando-o forte.

— Eu te amo, babe.

— Eu sempre vou te amar perigosamente, Oliver Queen. – Olho em seus olhos e lhe arranco um beijo profundo.

Nosso amor será eterno... será para sempre.

 

The End.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Deixem seus últimos comentários no capitulo. Espero que tenham gostado do fechamento do nosso casal, e de ambos personagens. Obrigado pelo o carinho e não deixem de me acompanhar em Save My heart parceria com Ray Smoak e Elite Queen parceria com Lissy Queen. Voltarei com novas historias futuramente. Com carinho Natty!