Broken Strings. escrita por Natty Lightwood


Capítulo 1
Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer especialmente todas aquelas leitoras e leitores que estão sempre acompanhando minhas histórias, acreditem o carinho que sinto por vocês é maior do que qualquer outra coisa.
Esse prólogo em especial vai para May Braga por estar sempre me apoiando a continuar a escrever mesmo quando eu desejo desistir, para Bev minha então beta que também está sempre com seu apoio incondicional, especialmente para Ray Allen que não possui conta no nyah mais sempre está lendo e comentando no wpp sobre minhas histórias com toda a sua animação. Simone e Lissy Queen, como eu disse para ambas no privado, minha próxima fic seria uma dedicatória especial para ambas, por ter recomendado AS e Afar, onde não tenho como presenteá-las com atualização, pois as Fics já estão finalizadas. Espero de coração que gostem dessa história!
Bom essa nova história não possui arqueiro, apenas Oliver como Capitão Bratva, inicialmente se passará apenas na Rússia. Solicitaram uma fic da minha autoria com esse tipo de enredo, então resolvi fazer a vontade de ambas. Boa leitura !



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Eu comecei a correr no meio da noite.

 A lei nunca foi minha amiga.

 Eu mataria novamente para passar o tempo.

Você nunca deve confiar no meu tipo.

Eu sou um homem procurado.

Eu tenho sangue em minhas mãos.

Você não entende que eu sou um homem procurado.  

I'm a wanted man – Royal Deluxe

 

Olho para o céu estrelado com uma fina aflição causando arrepios por todo meu corpo, minha vida se resume em cuidar do meu pai, um jogador compulsivo de pôquer, que empenhou nossa própria casa como garantia em sua última aposta anos atrás, onde eu sabia claramente que ele não ganharia e nos levaria para a falência em seguida. Minha mãe morreu quando eu tinha apenas cinco anos de idade depois de um acidente trágico, onde o motorista estava bêbado e ultrapassou o sinal fechado, enquanto ela passava pela a faixa de pedestre como qualquer outra pessoa faria, desde esse dia meu pai cuida de mim, mas seus cuidados tem sido menos do que eu mereço, a cada ano ele se supera e nos leva ao fundo do poço. No último ano fugimos de Las Vegas, para que o mesmo não fosse morto depois de bater em um dos filhos do dono de um cassino, mas o caso acaba se repetindo aqui, na Rússia, temo que ele esteja devendo para pessoas perigosas, como a máfia, fazendo tudo a nossa volta terminar de maneira trágica.

— Felicity o que está fazendo? – questiona Emma uma amiga que conheci assim que cheguei na Rússia.

Emma acabou me salvando de um assalto onde o assaltante queria me matar porque eu não tinha nada para lhe oferecer em troca, se não fosse ela falar algo em russo em uma ameaça fria e cortante, eu estaria morta por nada, mas ainda me questiono o que ela realmente disse para o assaltante ter saído correndo como o flash sem olhar para trás.

— Estou apenas pensando em como sair dessa situação catastrófica onde meu pai está sempre nos metendo – respondo passando as mãos pelos cabelos em movimentos um pouco ásperos. – Meu pai está cada vez mais descontrolado e eu? Bom não sei o que fazer para fazê-lo parar.

— Sabe que estou aqui para o que precisar – afirma com sorriso torto.

Emma é uma mulher muito bonita, de cabelos negros em cachos sobre os ombros, pele pálida e um pouco gelada, olhos verdes tão chamativos que faz você se encantar em questão de segundos.

— Obrigado – devolvo o sorriso acolhedor apertando sua mão com leveza sobre a minha, a verdade é que a Emma não é só uma amiga, a considero como uma irmã, talvez a que eu não tive, sempre fui sozinha sem um lado feminino para me proteger, principalmente dos homens.

— Precisa ir agora – chama minha atenção retocando seu batom vinho sobre seus lábios carnudos, ela sempre se destaca com maquiagens chamativas, sinto inveja ao saber que não posso me vestir ou agir assim, como uma bela mulher. – Mr. Queen me aguarda – pisca com sorriso insano.

— Você tem um namorado muito bonito – murmuro corando, soando um pouco maliciosa para ela que revira os olhos e acena com o indicador negativamente para mim guardando o batom na bolsa.

— Mr. Queen não é meu namorado – discorda com um bufado entediado. – Apenas sexo selvagem, você sempre soube disso.

— Ele me parece um cara legal – murmuro ignorando suas referências sobre sua relação intima com ele.

— Talvez seja – confessou dando de ombros com desdém. – Mas Mr. Queen tem seus defeitos. – reflete mordendo o lábio inferior.

— Ele não me parece um cara com defeitos – sorri atônita.

— Você é tão ingênua meu amor – sorriu erguendo meu queixo para cima com seu indicador. – Cuidado com os homens Felicity, eles podem deixar você em pedaços em questão de segundos.

— Você fala... – engoli em seco com sua suposição sarcástica.

— Não. Não é isso. – gargalha notando minha cara incrédula. – Estou falando disso.... – indica pressionando seu indicador sobre meu peito sentindo meu coração bater um pouco acelerado. – Isso é aquilo que eles desejam para lhe ter aqui.... – mostra a palma da sua mão para cima em uma explicação mais lógica. – E depois descartam como lixo. – completa fitando o nada assoprando sobre a mão me fazendo arrepiar com o gesto um pouco tosco.

— Nunca vou amar alguém assim Emma. – explico chamando sua atenção um pouco confusa. – Olhe para mim. – ordeno puxando minha blusa de mangas em tom negro para baixo. – Sou uma garota que não tem como chamar atenção de um homem. – mordo o lábio observando minhas roupas velhas e quase rasgada assim como ela observa.

— Só se veste assim porque quer, eu lhe dou vários vestidos e você não usa nenhum – revira os olhos.

— Você diz aqueles pedaços de pano que não cobre nada? – sugiro com uma risada abafada fazendo ela sorrir juntamente. – Eu gosto do meu estilo assim. – suspiro cansada. – Simples.

— Você é uma bela mulher Felicity…. Acredite, qualquer homem se apaixonaria por você – sussurra encaixando seu braço envolta do meu pescoço e me guiando pelas ruas. O som dos seus saltos na calçada faz o silêncio das ruas ser quebrado. – Sua beleza é interior.... Na hora certa encontrará seu verdadeiro amor.

— E se eu não quiser encontra-lo? – brinco com uma risada baixa.

— Não podemos controlar os sentimentos – suspira um pouco distante. – Simplesmente acontece! – exclama dando de ombros. Paramos de frente a boate onde ela faz seus shows noturnos de sexy girl para pagar a faculdade. Olho para a placa onde possui o contorno de uma garota tirando a roupa de maneira explícita.

— Mr. Queen está hoje? – questiono olhando sobre seus ombros com uma curiosidade banal.

— Interessada Smoak? – pergunta com uma fina animação no olhar.

— Não. Não – gaguejo nervosa me afastando um pouco. – Só. Que.... Que quando estar com ele, você não volta cedo para casa – adianto mais nervosa.

— Não se preocupe Felicity, como eu disse trata-se apenas de um sexo prazeroso para os dois, afinal Mr. Queen tem várias garotas na boate para sua satisfação, eu sou apenas a mais especial entre elas. Ele me dá o que eu quero, assim como posso fazer qualquer coisa por ele. – explica com sorriso torto.

— Isso parece um pouco nojento Emma, me desculpa, mas transar apenas com um objetivo de satisfazer o próximo sem sentir algo a mais. – estalo os dedos com uma careta fechada, a forma como ela fala do seu relacionamento com ele, me deixa zonza. 

— O sexo é maravilhoso querida, qualquer garota nessa boate, tiraria a roupa para Mr. Queen sem precisar de nada em troca. Um dia você vai experimentar algo parecido, com ele mesmo ou com outra pessoa, de maneira intensamente e vai amar – piscou com cinismo apertando minhas bochechas com movimentos circulares. – Afaste esse lado ingênuo, e siga seu coração garotinha.

— Emma... – resmungo irritada, até parece que tenho quinze anos recebendo conselhos de uma irmã mais velha. – A maneira como você fala, me assusta um pouco.

— Os homens pode fazer loucuras com....

— Chega! – interrompo suas sandices lhe arrancando uma risada aguça. – Não quero e nem preciso saber. – suspiro um pouco ríspida. Mas ela apenas cai na gargalhada. Minha experiência sexual é misera, duas vezes com meu ex-namorado que na verdade não me ensinou o sentido verdadeiro sobre amar alguém.

— Sabe, Mr. Queen poderia ser um ótimo professor para você nesse quesito – sussurra olhando para os lados como se me contasse algum tipo de segredo. – Se ele não fosse um pouco direto demais e perigoso.... Seria a melhor opção para você.

— Emma eu não quero transar com aquele velho – retruco áspera.

— Mr. Queen velho? – ergue uma sobrancelha com animação. – Felicity.... Felicity.... – estala a língua. – Mr. Queen é um homem de trinta anos que sabe muitas coisas da vida principalmente como levar qualquer.... Eu disse qualquer mulher para cama.

Emma de fato tem razão, ouvi dizer uma vez que as mulheres pagariam para ter uma noite com ele se fosse preciso. Eu só o vi algumas vezes na porta dessa boate com um charme desnorteante, mesmo assim ele nunca me olhou como olha para Emma, para ele sou apenas a amiguinha nerd sem graça que ele nunca veria algo vantajoso para si. Mas devo admitir Mr. Queen é um homem muito bonito, seus encantos exalam do seu corpo como um efeito atraente. Ele gosta de vestir muitas roupas negras como; ternos caríssimos, além de lindo é completamente rico, nunca entendi o porquê das roupas negras em uma formalidade duvidosa, mas aquele corpo esculpido dentro de ternos perfeitos não me incomoda de maneira alguma, sua voz rouca em russo parece mais o inferno da própria perfeição, os músculos mesmo por debaixo daquelas camisas de botões são notáveis, queixo quadrado com uma barba rala dando-lhe um charme sexual, cabelos curtos em um tom caramelado quase loiro, os olhos? Bom, esses são predadores em um azul divino como o oceano onde eu com certeza me afogaria.

— Felicity – estala os dedos Emma na minha frente para chamar minha atenção desmanchando minha bolha magnifica chamada Mr. Queen. – Onde você se afogaria? – franze o cenho confusa.

— Hein? Ah! Desculpa eu pensei alto – murmuro balançando a cabeça em negativa para afastar meus pensamentos quentes sobre o homem de preto.

— Preciso entrar – avisa ainda desconfiada me analisando com atenção fazendo suas írises verdes brilharem. – Passo para vê-la assim que eu sair da boate, deixe a janela aberta como sempre, não quero encontrar o idiota do seu pai no sofá se pegando com algum tipo de vagabunda como ontem. – alerta com uma careta azeda me arrancando uma risada.

— Tudo bem – concordo ainda sorrindo. – Faça um belíssimo show hoje. – sorri incentivando-a.

— Obrigada querida – assente dando-me um abraço apertado. – Não se meta em confusões Felicity.... – pediu com carinho ao meu ouvido. – Caso aquele velho que você chama de pai se meta em alguma.... – reviro os olhos. – .... E você corra algum tipo de risco por isso, não hesite em me procurar.

— Pode deixar – afirmo soltando e deixando-a aliviada.

Por fim Emma se despede de mim, se afastando sobre os degraus a frente da boate, onde começa um acumulo de pessoas para entrar no local, ainda olhando para trás ela acena com simplicidade, aceno de volta com carinho observando um cara olhar para ela com desejo. Vestida com vestido vermelho sem mangas e curto, justo ao seu corpo volumoso. Ela é mais velha apenas alguns anos, eu tenho apenas vinte anos e ela vinte cinco, perdeu os pais quando era adolescente, desde cedo, para sobreviver fez coisas que eu não conseguiria fazer, como vender o próprio corpo para sobreviver. Olho uma última vez para a boate e sigo para casa em passos cansados. Queria chegar em casa e tombar na cama para dormi longamente, mas tenho a última tarefa da noite cuidar do meu humilde lar, como lavar e passar.

(....)

Depois de uma longa caminhada chego finalmente no meu doce lar, é simples e quase aconchegante, é tudo que tenho. Noto as luzes apagadas, então meu pai não se encontra no local? Como sempre! Maioria das noites ele sempre chega bêbado e com algum tipo de vadia ao seu lado, dou graças quando ele apenas desmaia no sofá e elas vão embora. Respiro fundo e entro na casa cantarolando, jogo meus sapatos para os lados olhando tudo envolta após acender as luzes. Checo o espaço e noto que está tudo como eu deixei; organizado e limpo, então chego à conclusão que ele não voltou desde que saiu ontem. No mínimo estranho e preocupante, ele nunca fez isso pelo menos até agora. Resolvo então sair a sua procura, pelos arredores.

— Com licença – pedi parando um cara que saia do bar. – Você pôr a caso viu um senhor alto de cabelos negros, olhos azuis e bêbado? – pergunto fazendo-lhe sorri instantaneamente.

— Não. Não, encontrei nenhum cara assim senhorita – respondeu ainda sorrindo desviando de mim e seguindo para outra rua.

Respiro mais uma vez contando até mil se for preciso para me acalmar internamente, onde esse homem se meteu? Por Deus! Ando mais um pouco até colidir com o mesmo que seguia um pouco apressado.

— Pai – resmungo quase caindo com o impacto bruto.

— Felicity. Felicity se apresse – informa em desespero, fito seus olhos azuis com tom avermelhado aos arredores, marcas sobre sua pele na altura das sobrancelhas. Eram hematomas de uma possível lutar.

— O que houve com você? – questiono preocupada.

— Preciso que desapareça – afirma me girando para frente empurrando-me pelos ombros abruptamente, franzi o cenho abismada.

— Que tipo de pai manda sua filha desaparecer? – pergunto incrédula me movendo mesmo sobre protestos.

— O tipo de pai que fez coisas horríveis e que pode sobrar para sua querida filha – responde entredentes me empurrando no sentido contrário da nossa casa. – Preciso que você se esconda por um tempo, não podemos ficar juntos – disse por fim me levando para as sombras de um beco sujo.

— O que você fez agora? – questiono com minha voz falhando olhando nos seus olhos. Liam Smoak, alto e magro, olhos tão azuis quanto os meus, pele clara e envelhecida mostrando o quanto ele já viveu em seus cinquenta e cinco anos de idade.

— Quase matei um homem – responde direto o que me faz engolir em seco. – Quer dizer.... Não matei exatamente.... Ele perdeu uma aposta e eu ganhei, ele não gostou e eu revidei, no caso ele é um dos Bratvas, onde sei que quando ele acordar, chamará os outros para me caçarem até os confins do inferno, por sorte ele estava sozinho! Consegui fugir depois que derrubei outros caras que não eram dos Bratvas, agradeço os anos que servi para o exército, mas agora preciso que fique longe de mim, para sua própria segurança. – explica nervoso voltando a me puxar pelas as ruas. Ele só pode estar brincando comigo.

— Máfia russa? Sabe, você só faz coisas erradas e que me levam ao extremo perigo. O que vai ser de mim se algo acontecer a você? – urro exaltada e ao mesmo tempo com uma tristeza encolhendo meu coração.

— Você sempre soube se virar sozinha, afinal quem sempre cuidou de nós dois, foi você – sorriu orgulhoso olhando envolta e parando de andar. – Sei que você gosta da Emma como sua irmã, assim como ela gosta de você, peça ajuda a ela e se esconda por alguns dias. Sempre que eu tiver a chance, mando notícias e farei de tudo para tira-la do país – alisa meu rosto se afastando um pouco. Escutamos sons de carros com arrancadas o que me deixa alarmada. – Corra Felicity! Corra o mais rápido que puder, eles não sabem sobre você, isso é uma vantagem para nós. – ordena.

Mesmo com o medo se fazendo presente, me mexi e comecei a correr no sentindo contrário ao seu, vou até meus limites sentindo meu corpo ficar exausto e tremer descontroladamente, mesmo assim permaneço no constante movimento até que volto para a boate, mas como vou entrar? Não tenho dinheiro para pagar a entrada. Me aproximo ainda cansada pela corrida até a porta onde tem umas garotas esperando por algo e um cara acenando impaciente para que elas entrem.

— Vamos. Vamos – ordenou ríspido. – Entrem rápido. – rosna secamente. Sinto meu braço ser puxado por ele com arrasto bruto. – Vamos garota não temos a noite toda – bufa balançando os cabelos para o lado. Eu deveria protestar por não ser quem ele pensa que eu sou, mas como preciso de fato entrar, assinto seguindo as garotas pelo o local, preciso apenas seguir até encontrar Emma no meio daquele tumulto de pessoas que se esfregam e fazem coisas absurdas com o corpo me deixando arrepiada. – Fiquem aqui, enquanto eu procuro o Douglas – ordenou secamente saindo com um rebolado exagerado. Olho envolta buscando por Emma, mas não a encontro o que me deixa angustiada, só apenas ela pode me ajudar nesse momento. Com longos minutos de pânico vejo ela sair de uma sala VIP, ajeitando sua peruca rosa, vestida com roupas que eu nunca vi nela antes, tão curtas que não cobre nada da sua pele.

— Emma – saio em meio as pessoas para encontrá-la.

— Felicity o que faz aqui? – questiona alarmada, posso sentir o cheiro do álcool e cigarro exalando dela o que inicialmente me causa náuseas.

— Meu pai....

— O que ele fez? – interrompe exaltada procurando vestígios de violência em mim.

— Comigo nada – aceno afastando seus toques preocupados. – Com ele – respondo encontrando em seu olhar esverdeado. – Ele bateu em um dos Bratvas e fugiu. – suspiro com tremor na voz. – Estamos como fugitivos agora e não podemos ficar juntos. – completo aflita.

— Filho da mãe, me desculpe, mas ele está morto depois dessa. – afirma deixando-me mais assustada, com suspiro ela puxa-me para um ponto qualquer, para se afastar das pessoas. – Não pode ficar aqui.

— Mas só você pode me ajudar – explico em pânico.

— Não posso sair do trabalho agora – murmura procurando algo em meio as pessoas. Noto seu decote com algo diferente como um arranhão ou uma queimadura.

— Emma o que foi isso? – sussurro olhando mais de perto.

— Não é nada – força um sorriso ajeitando seu decote para esconder o pequeno ferimento.

— Quem machucou você? – gaguejo.

— Ninguém – suspira. – Agora vamos para o que interessa.

— Posso ficar com você? – pergunto aflita.

— Não. Não pode ficar aqui. – nega prontamente. – E onde resido recebo alguns caras que podem trabalhar para o Anatoli Knyazev, líder da máfia russa, seria um alvo fácil demais para encontrá-la estando comigo. – morde o lábio pensativa.

— Para onde vou Emma? – questiono nervosa me arrepiando, só me resta a sarjeta ou ir para debaixo da ponte.

— Esse é o problema Felicity, não tem onde se esconder, os Bratvas estão em todo parte, não se pode brincar com a máfia russa – explica me deixando a ponto de ter um colapso nervoso. – Essa boate é um ponto obvio para eles, aqui está parte dos negócios. – suspira me puxando para um corredor empurrando algumas mulheres no percurso.

— O que vou fazer? Eles vão me matar para pegar meu pai – gaguejo com o medo deixando minhas pernas bambas. Antes mesmo que ela pudesse me responder escutamos uma voz grave, eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar do mundo.

— Emma – chama com voz grossa atrás de nós. Gelo no lugar com o coração disparado, parece que o fim me ronda de várias formas, uma delas é sempre causada pelo o meu pai. – Emma – repete mais entredentes. Ela fecha os olhos por um momento e fala algo para si antes de abrir os olhos e voltar a atenção para o mesmo se colocando a minha frente em proteção.

— Mr. Queen – cumprimenta com sorriso torto, a menção do nome dele me faz encolher, olho sobre os ombros de Emma ele nos fitar desconfiado. Arfo involuntariamente com a visão de vê-lo vestido com terno preto alinhado ao seu corpo forte, seus olhos azuis brilham sobre o jogo de luzes que estão acima de nós deixando-me desconfortável no lugar. – Chegou agora? – questiona firme.

— Algum tempo – responde um pouco cortante. Ele de fato é o mais bonito que eu possa ter visto em toda a minha vida, mas há algo naquele olhar que faz você estremecer. – Vamos, nossa sala está disponível. – chama ignorando minha presença.

— Sim estou indo – sorriu Emma voltando-se para mim preocupada. – Fuja e se esconda em minha casa mesmo, pegue um taxi, debaixo do meu tapete de frente para porta tem a chave extra. – cochicha em ordem. – Darei um jeito de ligar para você, não posso voltar para casa com você lá – ordena em um sussurrado baixo onde só eu poderia ouvir. – Não olhe para trás Felicity. – finaliza me entregando algum dinheiro e me empurrando indicando uma porta no fim do corredor onde possivelmente daria para a saída da boate.

 Olho sobre os ombros em uma caminhada lenta, observando Emma se afastar e guia-lo para então sala vip, Mr. Queen olha para mim como se tentasse decifrar algo, nem seu primeiro nome sei, Emma lhe chama apenas de Mr. Queen, de onde ele vem ou quem é de verdade nunca saberei, sempre vai ser um mistério para mim, talvez porque eu posso ser capturada ou morta a qualquer momento, nunca mais verei esses olhos azuis novamente que de maneira perigosa me atrai para si.


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Notas finais do capítulo

Bom espero profundamente que tenham gostado do prólogo, não demorarei muito para postar o capítulo um.... Não deixem de COMENTAR!

PS: Favoritos e recomendações faz parte de cada um onde não obrigados a nada, apenas se a historia for de agrado se sintam a vontade para isso, pois sempre serão bem-vindos para a criatividade e animação da autora.