O conto esquecido. escrita por Triz Quintal Dos Anjos


Capítulo 12
Eu odeio meu primeiro dia de trabalho.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoasss! Tenho uma boa notícia: a partir da próxima postagem vou voltar a atualizar semanalmente! Só preciso dessas duas semanas pra "engordar" meu estoque de capítulos, que está bem pequeno (tenho um cap na reserva).
Bom, não posso faar mais nada pq minha irmã está me perturbando pra apagar a luz do quarto :')
Espero que gostem!
Música: Bless myself - Lucy Hale



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  Acordei com a adorável e encantadora melodia dos pássaros.  Ao abrir os olhos toda a raiva do dia anterior se dissipou.

   Eu havia sonhado com esse dia tantas vezes. O dia que acordaria livre das paredes daquele quarto, que sentiria a relva úmida sob meus pés e o sol morno queimando minha pele.

  Era estranho o fato de que eu estava presa, pois não me sentia assim. Estar ali vendo o céu sem grades atrapalhando minha visão era tão libertador que as amarras e os ladrões perdiam toda a sua importância.

  Logo João reparou que eu já estava acordada. Quando fui dormir ele estava de pé me vigiando, e era exatamente assim que ele permanecia. Porém um pouco sonolento e lerdo. Provavelmente tinha ficado a noite inteira acordado.

—Bom dia. –Ele disse sem qualquer animação na voz.

—Bom dia!

—Você é uma prisioneira sabia?

  Dei de ombros.

—Não me sinto como uma. Não por enquanto.

—Ainda bem que você acrescentou o “por enquanto”.

  Ele agachou-se á minha frente e se pôs a desamarrar meus pés. Eu estava pronta para perguntar o que o fizera mudar de ideia sobre confiar em minha palavra quanto João disse:

—Arthur acha que você deve começar hoje, nos observando e aprendendo como se faz.

  Franzi a testa

—Desculpe, não entendi.

  João jogou a corda longe e partiu para os nós que me prendiam á árvore.

—Você faz parte do bando agora. Bem, pelo menos até que Arthur tenha o dinheiro que acha que você o deve.

—E ele quer que eu faça isso roubando pessoas?

  Senti a corda cair e pus-me a tentar desamarrar minhas mãos, mas João logo veio concluir seu trabalho.

—De que outra forma poderia ser?

  Arregalei os olhos.

—Eu nã-não sei. Talvez com um trabalho digno?

  João riu e fez um sinal para que eu o seguisse até uma das tendas que estava em frente ao que havia sobrado da fogueira.

  Esfreguei meus pulsos tentando fazê-los parar de arder.

  Anotação mental: ficar longe de cordas.

  Assim que entramos na tenda tive a impressão de que alguém estava cozinhando ali, pois o cheiro de comida estava em todo o lugar. Senti meu estômago roncar, contudo não dei atenção, preferindo focar nos baús e estantes entulhados de coisas –Provavelmente roubadas.

  Havia todo o tipo de tralha ali. Desde engrenagens enferrujadas até botas de montaria. Dei alguns passos fugindo do que um dia poderia ter sido um pedaço de pão. Eca.

  João caminhou até um baú isolado e o abriu, retirando roupas que jogou para mim.

 Juro que tentei pegá-las, porém ninguém nunca arremessara algo para mim, e, apesar de minha tentativa afobada de pegar as roupas, acabei deixando-as cair no chão. Por sorte elas continuaram limpas. Que desperdício de sorte.

—Para que isso? –Tentei desviar a atenção de João que ria da minha cara.

—Bom, -Ele começou- não vai querer roubar alguém com o vestido de uma criança de dez anos, quer?

—Realmente, não estou com a mínima vontade de roubar alguém, muito menos com a ajuda de um vestido.  –Rebati corando.

  João riu alto e caminhou para fora. Antes de sair disse que eu poderia me trocar ali, pois ele me esperaria na árvore onde estávamos antes.

  Desdobrei as roupas. Uma calça marrom de couro, uma blusa branca com mangas de cigana e um corpete marrom. Aquilo, com certeza, não fazia o meu estilo.

   Mas o que fazia o meu estilo? Eu passara a vida toda usando um uniforme. Bom, era algo no qual eu poderia pensar.

  Vesti as peças, surpreendendo-me com o quão bem ficaram em mim.

—Vocês, meninas, sempre acham os espelhos. –Ouvi alguém murmurar da entrada da tenda. Não gostei da forme como “meninas”  foi pronunciada.

  Sim, eu havia achado um espelho. Bem no finalzinho da tenda, entre algumas estantes entulhadas de comida podre, moedas de prata e livros mofados.

   Arthur olhava-me de braços cruzados na entrada do lugar, mais uma vez sua sobrancelha esquerda estava erguida.

—Bom, estava bem ali no canto. – Apontei para o espelho atrás de mim, enquanto andava até meu mais novo chefe. - Então eu pensei “por que não usar?”.

  Ele revirou os olhos e saiu. Fiz o mesmo.

  Vai ser um longo dia.

  Logo nos juntamos á João que não deu a mínima para mim, como todos os outros que nos acompanharam. O grupo que estava saindo não era tão grande, na verdade poderia ser considerado, no máximo, médio.

  Olhei ao redor procurando um rosto amigável, porém não encontrei nenhum. Todos ali tinham a mesma expressão facial, parecia que não tinham a mínima vontade de levantar pela manhã, que preferiam estar mortos.

  Sacudi a cabeça tentando me livrar daquele pensamento, foi quando vi, esgueirando-se através das árvores, uma garotinha de longos fios acobreados. Ela tinha um ar de superioridade e exalava audácia. Percebi que usava uma camisola branca meio estranha quando ela parou, jogando os fios lisos para trás e levando o dedo indicador aos lábios num pedido de que eu não dissesse nada.

  Assenti e voltei a olhar para frente, improvisando um rabo de cavalo que tive de prender com uma mecha de meu cabelo.

  Arthur e João discutiam, aproximei-me dos dois. Mais para fugir do homem “cheinho” ao meu lado que havia tentado nos atacar no dia anterior do que para escutar a conversa.

—Podemos entrar pela porta dos fundos e engatinhar até o balcão. –Sugeriu João.

—Não acho que eles iriam ser tão burros e cegos a ponto de não nos ver. –Arthur contestou.

—O senhor tem razão. Mas o que poderíamos fazer então? Não trouxemos Safira desta vez.

  Pareciam estar planejando invadir algum lugar. Rezei para que não me obrigassem a ajudar nisso.

—Está pensando o mesmo que eu?

—Acho que sim!- João respondeu animadamente. – Lilly pode distraí-los enquanto roubamos!

—Genial!

  Estufei os olhos, intervindo.

—Ei! Poderiam me perguntar se eu estou a fim de participar?!

  Os dois abriram espaço para que eu ficasse entre eles. João parecia que ia ter um ataque de riso a qualquer momento, enquanto Arthur tinha sua mão pousada na cintura, onde eu sabia que estava sua faca.

—Desculpe Lilly Cat, mas você não tem escolha.

  Vi Arthur olhar para seu companheiro sem entender o que estava acontecendo.

—Claro que tenho, vocês não podem simplesmente planejar algo para mim sem que eu ao menos saiba o que é!

—Pelo visto alguém nunca terá uma festa surpresa... –João disse com falsa indiferença.

  Dei um chute em sua canela.

—Ei, vocês dois! Podem parar! –Arthur repreendeu-nos, depois focou seus olhos azuis em mim. –Quanto a você, a menos que queira sua irmã morta, terá que ajudar.

  Tive vontade de bater os pés, de dar um soco nele, de fazer qualquer coisa para descontar aquela raiva que estava sentindo. Porém Arthur se afastou comandando o grupo pela floresta.

—Se você der um chute desses em Arthur aposto que consegue sua irmã de volta. – João brincou, fazendo-me gargalhar, mesmo que por pouco tempo.

  Tive medo por Helena. Mal havíamos nos conhecido e ela já estava encrencada por minha causa.

  De repente todos paramos. Não entendi de imediato, mas quando Arthur começou a gesticular e falar com cada ladrão ficou claro que estavam planejando o roubo.

  Bufei virando-me para João.

—Posso ao menos saber o que vamos roubar?

  Ele me olhou como se eu fosse uma idiota.

—Dinheiro.

  Revirei os olhos segurando uma risada.

—Uma casa, uma loja... Foi isso que eu quis dizer.

  João riu de si mesmo enquanto respondia.

—Uma taberna. –Ele riu mais um pouco. – Você devia aprender a se expressar melhor.

—Bom, eu não tinha como me expressar por muito tempo. Agora que isso mudou é estranho e eu não sei como fazer corretamente. Acho que é algo que terei que aprimorar.

—Como assim não tinha como se expressar? –Quis saber.

  Engoli em seco. Tinha que aprender a tomar mais cuidado com as palavras.

  Por sorte Arthur se aproximou, ele estava meio vermelho por causa do calor e tinha uma expressão fechada que estava me apavorando.

—Certo, você vai entrar na taberna e distrair o dono. Só isso. É simples.

—Ooooookay. –Falei fazendo uma careta e cruzando os braços. – Como eu faço isso?

  Arthur olhou para mim incrédulo e impaciente. Agradeci aos céus quando João interveio.

—Pode deixar que eu explico para ela senhor.

  Ouvi o ladrão resmungar alguma coisa, para depois voltar ao grupinho onde estava antes.

—Certo. Que tipo de pessoa não sabe fazer algo simples como distrair alguém?

  Fuzilei-o com os olhos.

—Tudo bem, já parei.

—Diga logo como, exatamente, devo distrair uma pessoa.

—Só puxe assunto.

  Anui enquanto ele se afastava. Eu, puxando assunto? Isso ia ser um desastre completo.

                             ❀✿❀

  Respirei fundo, preparando meus nervos para o que estava por vir. Ainda não conseguia acreditar no que estava prestes a fazer. Colaborar para com um roubo. Céus, onde eu estava me metendo?!

  Sebastião, o ladrão que quis atacar a mim e a Helena no dia anterior, fez um sinal para que eu entrasse. Todos já estavam em suas posições.

  Empurrei a porta, que rangeu mais alto do que eu gostaria, e entrei no local.

  Era sujo, escuro e fedia. Essas foram as três coisas que eu percebi de imediato, e que não me agradaram nem um pouco.

  Havia várias mesas de madeira rústica compridíssimas que iam de um canto a outro, rodeadas por várias cadeiras, todas ocupadas por homens bêbados.

  Claro, havia uma mulher decente aqui e ali, mas eu poderia contar nos dedos quantas eram. Sem falar nas prostitutas –sim havia prostitutas. – que se jogavam em cima dos homens, oferecendo-se tão vulgarmente que tive vontade de vomitar.

  Pisquei os olhos com força e caminhei para o balcão, desviando de alguns homens que tentaram me agarrar, para a infelicidade das prostitutas.

—O que deseja? –O dono da taberna, um homem de barba branca e bafo de cerveja, perguntou de uma forma nada receptiva. Se ele estava a fim de vender seus produtos podia, ao menos, ser gentil.

—Ahn...

  O que eu devia falar? Por que não pensei nisso antes?

  Puxe assunto, dissera João.

—Aqui vende... érrr... tecidos?

  O homem me olhou como se estivesse pronto para me perguntar por que raios eu imaginara que ali vendia tecidos. Eu me perguntava exatamente o que deduzi que ele queria me perguntar. Coincidência? Acho que não.

—Não, senhorita. –Respondeu-me como se eu fosse uma criança de dois anos.

—Ah! O que o senhor vende aqui, então?

  Vislumbrei João engatinhando até o caixa e senti meu coração batendo rapidamente por causa do medo de algo dar errado.

  O homem continuava tagarelando sobre as várias bebidas alcoólicas que tinha ali. Perguntei-me se ninguém sentia fome enquanto visitava este lugar.

  Vi Arthur fazer um sinal para mim da pequena janela do que parecia ser uma cozinha, para que eu parasse de olhar para João.

  Foquei minha visão no dono do lugar, como se estivesse super interessada no que ele falava.

—Qual dessas a senhorita vai querer? –O homem perguntou impaciente.

  Amaldiçoei-me por não ter prestado atenção á sua listagem d bebidas.

—O que? –Fingi-me de desentendida.

—Qual vai querer? A bebida.

  Olhei para João que fez um gesto para que eu continuasse.

—Não tem nada de comer? Sabe, bata, arroz. Algo assim.

—Temos chourisso.

  Fiz uma careta.

—Certo. Quero água.

  O homem já ia se virar e pegar João no flagra, porém, graças a minha inteligência, isso não aconteceu.

ESPERA!—Gritei um pouco mais alto do que pretendia. Agora todos olhavam para mim. Pigarreei antes de continuar. –O senhor gosta de oxigênio? Por que eu detesto! Nossa, não sei para que isso existe!

  O homem me olhou sem entender absolutamente nada, mas eu não me importei, pois vi João saindo.

—Desculpe-me? –Ele perguntou, depois do que pareceu uma eternidade.

  Arthur fez sinal para que eu saísse.

 Fingi uma risada.

—Deixa para lá.

  Quando o velho pançudo virou-se para buscar minha água me apressei em sair dali. Graças aos céus deu tempo. Procurei por João, ou qualquer um dos homens, porém não havia ninguém ali. Em lugar algum.

  Avistei um borrão laranja correr de pequeno um arbusto para a floresta.

  Isso era outro fato estranho, a floresta se abria de repente, formando uma pequena clareira onde se encontrava a taberna.

  Seguindo o caminho do pequeno borrão encontrei o bando de ladrões, mas não em uma cena agradável.

  A menininha ruiva que eu vira mais cedo estava com a cara amarrada, olhando desafiadoramente para Arthur, que a segurava de forma bruta.

—O que está fazendo aqui?! –Ele berrou, fazendo-me pular com o susto.

  A menina permaneceu calada e o modo como ela não parecia nem ao menos ter se assustado me impressionou.

—Me responda sua menininha desobediente!

  Tive vontade de pegar a menina e protegê-la daquele ser violento que estava bem na minha frente. O que ela podia ter feito de tão grave? Com aquela carinha bochechuda e aqueles olhinhos verdes eu jamais conseguiria brigar com ela! Parecia até uma bonequinha.

  De acordo com os meus cálculos já tinham se passado três segundos e nada da criança responder meu chefe. Isso era perigosamente ruim.

  Pensei que ele fosse gritar mais uma vez com ela, em vez disso vi Arthur arrastá-la para um canto e pude escutar o estalo de um tapa.

—Você está bem? –João perguntou ao se aproximar.

  Olhei-o sem saber o que dizer.

— Quem é aquela menina? O que ela fez para merecer isso? –Despejei minhas dúvidas, atordoada.

—Você acaba de conhecer Ariana, a irmã caçula do líder do bando de ladrões mais perigosos de todo o arquipélago floreano.

  Meu queixo caiu.

—Ela não tem absolutamente nada a ver com ele. –Comentei pasma.

—E não é só na aparência. –João confirmou minhas suspeitas.

  O modo como Ariana era mais controlada, como parecia superior até enquanto se esgueirava usando uma roupa de dormir, isso era algo que eu ainda não tinha visto em Arthur. Pelo visto ninguém nunca iria ver.

—Ela nos seguiu até aqui de alguma forma. –João continuou. –Isso sempre faz Arthur explodir. Ele acha que não é seguro.

—E ficar em um acampamento cercada por homens adultos e de caráter duvidoso é seguro?

  Ele me repreendeu com o olhar.

—Há mais capítulos nessa história que não estou autorizado a lhe contar, mas pode ter certeza que Arthur se dedica ao máximo á irmã.

  Estou vendo, respondi mentalmente.

— Então, o que achou do seu primeiro dia? –Ele mudou de assunto.

—Uma droga. Descobri que detesto viver perigosamente.

  João riu alto e eu o acompanhei. Os outros homens ficaram nos observando por algum tempo, até que Arthur voltou, carregando a irmã sobre os ombros. Ele fez um sinal indicando para que seguíssemos de volta para o acampamento e logo nos pusemos a andar.

  Olhei para Ariana. Ela permanecia com o mesmo semblante calmo de quando avistei-a pela manhã, porém parecia perdida em seus pensamentos.

  Logo que chegamos ao acampamento João me explicou que iria caçar com alguns homens, pois, provavelmente ainda não tinham conseguido nada para o jantar de hoje. Ele me explicou que tinha algumas frutas na tenda onde eles guardavam a comida e que eu poderia pedir a Arthur para que ele me deixasse pegar alguma.

—Ele me odeia. –Contestei.

—Ele te conhece a menos de um dia, Lilly Cat.

—Você também!

  João revirou os olhos.

—Não vou fazer isso por você Lilly! Sei que é muito capaz de falar com Arthur sem causar uma discussão.

—Eu não acho que ele vá querer me ouvir.

—Pare de drama. Tenho que ir.

—Tchau. –Despedi-me cabisbaixa quando ele virou-se e seguiu alguns dos caçadores.

  Suspirei dando meia volta e esquadrinhando o lugar, até encontra Arthur prendendo a própria irmã em uma árvore. A mesma árvore onde eu fora presa. Sabia disso, pois ela tinha um tronco mais grosso que as outras.

  Caminhei até os dois, logo reparando na corrente pesada que ia do tornozelo de Ariana até o tronco da árvore.

—O que quer aqui? –Arthur perguntou grosseiramente. Talvez fosse um indicativo de que queria que eu me afastasse. Não fiz isso.

—João me disse que poderia pedir para que pegasse uma fruta ou algo assim para eu comer. Se possível. –Acrescentei com medo de sua expressão fechada.

—No momento tenho que discutir algo sério com minha irmã.

—O senhor tem o resto do dia para fazer isso. Ela continuará aqui, esperando.  Ao contrário do meu corpo, que não vai esperar muito até apagar.

  Arthur bufou e saiu dali. Torci para que ele tivesse ido buscar minha comida.

  Olhei para Ariana, tão pequena e inocente para estar presa daquela forma.

—Hey, você é Ariana, não é? Me falaram de você. –Puxei assunto sentando-me em sua frente.

  Ela não me respondeu, nem pareceu ter interesse em demonstrar qualquer emoção.

—Certo, não estou aqui para brigar com você. –Atalhei. - Só procuro por uma amiga. Poderia ser minha amiga?

  Nada.

—Bom, vou encarar isso como um sim. –Dei de ombros. – Sou Líria Catarina Peterson, é um prazer conhecê-la. –Levantei-me limpando a sujeira invisível de minhas calças. – Ah! Pode me chamar de Lilly, ou Cat, ou os dois juntos, como João.

—Então seu sobrenome é Peterson? –Arthur perguntou atrás de mim.

  Estava prestes a jogar a maçã que tinha em mãos.

—Não jogue! –Caminhei até ele pegando a fruta de suas mãos. –Descobri que sou péssima nesse tipo de coisa.  E quanto á sua pergunta, sim, meu sobrenome é Peterson.

  Pelo visto essa mentira vai longe.

—Certo, Peterson, já peguei sua comida, agora vá fazer alguma coisa e me deixe em paz.

  Não discuti, apenas dei um aceno animado para Ariana e fui comer minha maçã debaixo de uma árvore mais afastada do acampamento. Pelo menos poderia imaginar que estava livre em uma floresta qualquer do meu mundo. Sem ladrões, sem viagem mágica, sem complicações.

                    ✽Continua...


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Notas finais do capítulo

Foi isso! O que acharam? Por favor me digam, vcs sabem que eu adoro respondê-los! ♥
Um beijão ♥