These broken hearts escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 7
So we meet again


Notas iniciais do capítulo

mais um porque eu já tinha escrito. Esse tá menos focado em Romanogers e mais na relação Tony-Steve, pra dar um sentido pro resto. Espero que gostem! Leiam as notas finais.



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O café terminava de ser coado, e Stark não parava de falar. Visão, Happy e Stark estavam em uma calorosa discussão sobre uma festa que seria dada na mansão. Os dois primeiros se opunham às ideais descabidas de Stark. O homem estava novamente fora de controle. Me perguntei onde estaria Pepper.

Servi uma xícara para cada, tentando ser cortesã. Wanda chegou esfregando os olhos e bocejando. Serviu-se de uma xícara e encostou a cabeça em meu ombro, apoiada na pia.

— Tem certeza que uma festa agora é uma boa ideia? Com tudo que tem rolado? — foi ela quem disse o que todos pensávamos.

— Não existe hora pra festa, bruxinha. Não aqui! — Stark riu.

— Isso não é verdade. — Visão corrigiu. — Não temos uma festa boa de verdade desde que Pepper deixou a mansão. — o silêncio constrangedor pairou sobre nós.

— Droga. — murmurei.

No final, todos se dispersaram e restamos apenas eu e Stark. Enquanto o homem lavava as louças, encostei uma mão em seu ombro, apertando-o carinhosamente.

— Onde está a Pepper? — a pergunta o desconcertou.

— Disse que precisávamos de um tempo.

— E há quanto tempo disse isso? — Ele coçou a cabeça, chateado.

— Eu sei lá, uns seis meses?

— Alguma vez já ligou pra ela?

— Óbvio que não. Foi ela quem pediu o tempo, e é ela quem tem que ligar.

— Ah pelo amor de Deus! — exasperei-me. — Por que vocês são assim?

— O quê...?

— Liga! Liga pra ela. Não tem que ficar esperando o outro agir, deixe de ser idiota e aja você mesmo! — não consegui conter o que já tentara dizer a Steve tantas vezes. Por que homens tinham que ter egos tão inflados?

— De onde veio tudo isso...? — deixei Stark desnorteado enquanto me afastava.

Caminhei pelos vastos corredores da mansão, rodopiando pelos cômodos, o tédio total invadindo-me por completo. Passei pelo antigo quarto de Steve, e senti-me tentada a entrar. O cheiro de lavanda e açúcar que tanto lhe era característico impregnou minhas narinas e me arrancou um sorriso. Queria tanto que ele voltasse...

Então, o barulho de uma explosão me despertou dos devaneios. Instintivamente, catei minhas armas e corri na direção do som. Deparei-me com um exército de homens robustos, atacando àqueles que antes tomavam café da manhã comigo. Happy foi o primeiro a ser nocauteado. A cena estava uma bagunça. Stark e Wanda destruíam a casa inteira. Vidro estilhaçado, pilares rachados...

Eu não precisava pensar muito para saber que eram homens da HIDRA. Abri fogo contra alguns, e logo me alcançaram para a luta corpo a corpo. Acertei um murro em um enquanto rodopiava e acertava um chute duplo em outro. Um deles me atirou contra a parede, e me levantei com um mortal. Nocauteei mais três, quatro, e fui perdendo as contas. Um deles bateu sua cabeça com tanta força contra a minha que atônita por um segundo, antes de acertá-lo com os cotovelos e desmaiá-lo com um golpe na nuca.

Observei de soslaio Stark sendo arremessado pela parede de vidro no que parecia uma explosão, quebrando-a em pedacinhos. Estávamos em grande desvantagem, e eu não via Wanda em lugar algum. Mas continuei, derrotando um por um, até que Visão abre uma cratera no chão e jogou os que restavam ali. Limpo o suor da testa com a manga do moletom.

— Que porra foi essa? — exclamei, deixando-me escorar na parede para recuperar o fôlego.

— Onde é que está a Wanda? — Visão indagou.

Um clarão vermelho vindo lá de fora nos respondeu, e eu e Visão corremos na direção dele. Uma dezena de homens vestidos com fardas, exatamente aos que invadiram a casa, estavam estatelados no chão ao redor da Feiticeira.

— Está tudo bem? — agarrei-a antes que ela desmaiasse. — O que houve?

— Stark... — ela balbuciou.

— Senhor Stark! — Visão tentava reanimar a figura deitada no chão. Havia fogo ao redor dele, e por algum motivo, ele não usava a armadura. Havia queimaduras por diversas partes de seu corpo, e um filete de sangue escorria de sua testa.

— Stark! — ajoelhei-me ao seu lado, conferindo sua pulsação. — Tony, qual é! Reage! — estapeei seu rosto, desesperada. — Precisamos levá-lo a um hospital.

...

Wanda adormeceu no ombro de Visão nas desconfortáveis cadeiras da sala de espera do hospital. Eu não devia ter saído da mansão, mas não me importava agora. Zanzava de um lado para o outro, aguardando o retorno do médico com informações sobre o estado de Tony.

Fui pegar um doce na máquina, e quando estou colocando o dinheiro, no reflexo, vejo a imagem de Steve Rogers se formar. A princípio pensei que estava alucinando, mas quando me virei, topei de frente com seu peitoral.

— Onde está ele? — sua voz estava firme, no entanto carregada de pesar.

— No quarto. Sob observação.

— Por que estava sem a armadura?

— Eu não sei, Steve, eu... Estava ocupada demais impedindo que minha cabeça fosse arrancada.

— Por que atacaram vocês? Quem eram eles?

— Agentes da HIDRA... Não é nenhuma novidade. — ele engoliu em seco, evitando meu olhar. — Steve... você veio.

— É claro que vim. Eu... Não sei o que fazer, Natasha.

— Ele vai ficar bem, Cap. Vai ficar tudo bem. — afirmei, aninhando a cabeça em seu ombro. Ele afagou meus cabelos.

— Romanoff! — a voz de Happy nos afastou.

— Ele acordou. Quando entrei no quarto, com Steve em meu encalço, observei Tony boquiabrir-se.

— Não diga nada. — eu me intrometi. — Não estraguem tudo de novo.

Os dois se encaram mutualmente perturbados.

— Não esperava te ver nessa situação, Stark. — Steve foi o primeiro a dizer.

— De fato, nem eu, picolé. Sempre acreditei que nos veríamos no fim do mundo, em uma batalha que nenhum dos dois pudesse se dar ao luxo de ignorar o outro. — arqueei as sobrancelhas, certa de que essa situação ainda poderia vir a ocorrer.

— O que houve com a armadura? Já enfrentou chitauri antes e não ficou chamuscado. Por que com meros agentes? — era uma pergunta válida. Tony não era exatamente do tipo que caía em batalha, e aquilo tinha sido... estranhamente fácil.

— Eles contaram com a sorte de me encontrar em um dia ruim. Estou trabalhando na armadura, modificando-a. Nanotecnologia, conhece?

— Não me contou sobre isso. — eu disse. — Estava desprotegido, Tony. Poderia ter sido pior.

— Não, não poderia. Não com vocês lá. O lado bom de abrigar tantos desajustados é sempre ter cobertura. — uma ponta de um sorriso brotou em meus lábios, mas o reprimi.

— E em quanto tempo essa armadura nova estará pronta? — Steve perguntou.

— Pouco.

— Senhores, o horário de visistas acabou. — uma enfermeira coreana nos avisou da porta.

Steve aproximou-se da maca, com passos hesitantes. Eu mesma encontrava-me petrificada. Tony o observou, curioso. Então, ele repousou uma mão no ombro de Stark, seu semblante amolecendo um pouco.

— É bom vê-lo de novo. Se cuide melhor, Stark.

— Fique esperto, Cap, a próxima vez que me ver pode não ser prostrado em uma maca. — os dois riram, e eu quase não pude conter a felicidade dentro de mim em ver os dois no início do que parecia ser um acordo de paz.

— Espero que não.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do reencontro? Eu fiquei dividida entre fazer algo assim ou numa batalha, mas achei melhor assim porque é mais melancólico kkkk. Eu sei que em guerra infinita eles ainda não se reencontraram mas eu tava tão ansiosa pra isso que precisei escrever sobre. Vocês acham que eles devem se reunir todos de novo? Beijinhos