These broken hearts escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 6
You can Always come back home


Notas iniciais do capítulo

então, eu sei que eu sumi por quase dois anos kkkkkkk, e me desculpem por isso. Mas tava tudo muito corrido, e acabou que abandonei as histórias. Mas aí eu assisti Guerra Infinita e meu Deus do céu vei! Senti que precisava voltar a escrever sobre esses personagens que eu amo tanto. Voltei a postar nessa história em específico porque ela é a mais recente, e quis fazer uma conexão entre os capítulos já postados e os novos. Isso aqui se passa antes de Guerra Infinita, mas logo eu vou escrever como se fosse depois também. Enfim, espero que vocês voltem a ler!



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— бежать! (Corra!) — a voz do Soldado retumbava pelos meus ouvidos, mas minhas pernas sentiam-se incapazes de seguir seu comando.

— Я не могу оставить тебя.. (não posso deixar você...) — sussurrei baixinho, tentando fazer com que minhas mãos alcançassem as dele, mas ele se afasta, e então... Me empurra. E estou caindo, caindo, caindo...

Acordei com um sobressalto, o ar retido em meus pulmões. Não percebi que estava gritando até ouvir passos apressados na minha direção e uma vela iluminar o semblante perturbado de Bucky me encarando.

— Pesadelo? — ele indaga, como se conhecesse bem do assunto.

É, com você.

Penso, mas apenas aquiesço com a cabeça.

— Descanse, amanhã partiremos cedo.

— Partiremos? Partiremos para onde?

— Longe.

— E por que?

— Somos criminosos, o governo está atrás da gente,  acha mesmo que podemos ficar parados?

— Eu não sou criminosa. Aliás, sou, mas isso não é novidade. Eu já disse e repito: se quiserem me prender, vão em frente, sabem onde me encontrar. — lembrei-me da minha audiência pública em que eu praticamente disse ao governo para se danar.

— Isso foi antes de você abrir fogo em uma escola. Isso foi antes de você trair Tony Stark e salvar minha vida e a de Steve.

Não trai. — rosnei. — Eu não entendo. Não sei o que houve, parecia que...

— Que estava sob o controle de alguém. Eu sei. Já estive em seu lugar.

— Você não entende! Estou livre há  anos, se eles tivessem qualquer poder sobre mim, por que esperar tanto para demonstrá-lo?

Bucky deu de ombros, cansado. Então se retirou, sem uma palavra. Fiquei sozinha com meus pensamentos outra vez, e pensei que nunca vou adormecer com o turbilhão de coisas na minha mente, mas acordei no dia seguinte com um feixe de luz solar esgueirando-se pela cortina mofada do quarto.

Ouvi vozes no andar de baixo, e calcei meus sapatos em segundos para verificar. Eram Steve, Sam e Wanda. Capitão foi o primeiro a me avistar, lançando um sorriso tenro com um olhar complacente. Os olhares eram todos os mesmos. Pena. Nada me desconcertou mais que isso. Me olhavam de cima.

— Conversamos com o Secretário, entramos em um acordo. — foi Steve quem quebrou o silêncio arrebatador.

— E? — Bucky incitou-o a continuar.

— E eles querem deixá-la... bem, sob observação, até terem certeza que você não é uma ameaça. Vocês dois.

— E não vou responder pelo crime de homicídio de menores? — fiz o possível para que minha voz não fraquejasse.

— Você não matou ninguém. — quando ele pronunciou essas palavras,não consegui conter o suspiro de alívio que escapou pela minha boca. As lágrimas ameaçaram cair e minhas pernas tremeram. Sam colocou um braço protetor em volta dos meus ombros.

— Isso não exclui o fato de que ela tentou. — Bucky retrucou, atraindo um olhar reprovador de Wanda.

— Não. Mas as devidas... Indenizações... Já foram pagas. Só foi exigido que ela fosse tratada antes de ser... Bem, reinserida na sociedade. Conseguimos um bom acordo, ela pode ficar na Torre enquanto isso e...

— Um acordo de prisão domiciliar. — eu pigarreio, mantendo a postura. — E quem foi que contatou Stark? — mesmo que implícito nas palavras de Steve, era óbvio que o homem tinha pagado minha “fiança” e oferecido a Torre.

— Fui eu. — Wanda finalmente se pronunciou. — Sei que nós não seríamos de grande ajuda então... Precisávamos dele.Vejo a expressão de Steve se contorcer. Mas ele  não podia negar. Stark era de fato o melhor para lidar com o governo.

— E o senhor Stark permitiu que eu me hospedasse em sua residência? — Bucky riu-se.

Um clima tenso pairou sobre nós. Era óbvio que Stark abrigaria Barnes em sua casa só por cima de seu cadáver.

— Permitiu que todos nós voltássemos. — Wanda esclareceu, pesando o olhar em Steve mais longamente.

— Não. Você e Natasha retornam, eu, Bucky e Sam já temos uma casa.

— Você quer dizer Sam tem uma casa. — Bucky corrigiu.

— Steve, sabe que estou do seu lado, mas se preciso ficar trancafiada em um domicílio prefiro que seja na Torre do que em um apartamento com três caras. — brinquei, e ele sorriu, embora cansado e triste.

Mas a ideia de me separar de Steve doía. Ele tinha sido meu melhor amigo desde que, bem, nos conhecemos melhor quando descobrimos que a SHIELD estava cercada pela HIDRA. E os sentimentos entre nós estavam conturbados, a última coisa que eu queria agora era ficar longe dele.

— Por favor, não suma. — murmurei quando foi minha vez de despedir-me dele.

— Não vou. Prometo. — ele me abraçou forte.— Steve... Não seja orgulhoso. Tony precisa de você. Os Vingadores precisam de você. Eu preciso de você. — apertei suas mãos nas minhas, suplicando.

— Não posso, Tasha... Eu deixei claro que estaria aqui, agora... Tem que partir dele, sabe?

— Como eu disse, Steve: não seja tão orgulhoso. — a dureza na minha voz o assustou, e me afastei com passos largos.

Me irritava como o ego desses dois homens chegava a níveis tão extremos. A quase matar um ao outro. E Tony, por incrível que pareça, estava fazendo sua parte. Ao ajudar a mim e ao Soldado, ao dizer a Wanda que todos podíamos voltar... Ele precisava de nós. Mas Steve não tinha capacidade de engolir seu orgulho e redimir-se.

Eu e Wanda fomos as únicas a retornar a Torre, e a Feiticeira nunca tinha deixado de viver aqui, ao lado de Visão, que agora tornava-se íntimo dela. Mas eu... Sentia um pouco de culpa de estar ali novamente, e uma certa solidão também. Costumávamos ter a casa cheia... E agora, apenas eu, Wanda, Stark e Visão. Nem Pepper estava lá.

— Ora, ora, e não é que o bom filho a casa retorna? — a voz brincalhona de Tony fez com que um largo sorriso se abrisse em meu rosto. Eu e ele não éramos muito de afeto um com o outro, mas o ímpeto de abraçar-se foi mútuo. Ele beijou o topo da minha cabeça e depois me deu um tapinha nas costas, como se para retirar um pouco da calorosidade.

— Você fez falta aqui, ruivinha.

— Obrigada, Tony. Por tudo.

— Não tem que me agradecer. Eu não deixaria você ir presa, pois sem bem que você não ficaria lá. Antes sob nossa vigília do que recapturada pelos soviéticos.

Eu assenti.

— Cap? — ele perguntou, nervoso.Neguei com a cabeça, e ele aquiesceu em resposta. Pude ver por trás de sua máscara um semblante triste.

— É melhor assim. — ele mentiu, mais para si mesmo que para mim. 


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Notas finais do capítulo

e ai gente? gostaram? desculpa mais uma vez pela sumida, mas não sumam!