Stepping on Roses escrita por Any Queen


Capítulo 8
Mercy


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeee, eu sei que tinha prometido tentar postar em duas semanas, mas meu computador tinha ficado ruim, deu vários problemas, tive que comprar outro, mas o importante é que eu estou aqui postando mais um capitulo. Muito obrigada pelo feedback, ainda quero uma recomendação pessoal, espero os comentários e que gostem desse cap.
Como varias pessoas me pediram (e eu já estava pensando em fazer mesmo) vamos ver a visão do Oliver dos acontecimentos hahaha

XOXO



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You've got a hold of me
Don't even know your power
I stand a hundred feet
But I fall when I'm around you

Show me an open door
Then you go and slam it on me
I can't take anymore
I'm saying baby

Please have mercy on me
Take it easy on my heart
Even though you don't mean to hurt me
You keep tearing me apart
Would you please have mercy

— Mercy, Shawn Mendes

 

O quarto começava a ganhar as cores claras da manhã.

            Eu não tinha conseguido dormir, primeiro pelo medo de um Ray vingativo voltar pela janela e todo aquele pesadelo começar novamente. Depois, meus pensamentos foram dominados pelas cenas no banheiro, o que tinha acontecido? Eu tinha realmente me jogado para cima dele ou Oliver tinha começado? E independentemente disso, por algum motivo eu sabia que ele não queria ter dito aquelas coisas, mas isso não podia ser motivo para que eu o perdoasse, desde o começo eu tentei melhorar as coisas entre nós, agora não faria isso. Oliver iria experimentar na pele o que era ser ignorado e só falaríamos de assuntos importantes.

            A porta do quarto de hóspedes em que eu estava deitada começou a se abrir, pelo visto alguém tinha me denunciado.

            Oliver entrou com cuidado, estava usando uma calça de moletom e uma blusa cinza, seu braço estava imobilizado e a algo ameaçou ceder ao lembrar que ele havia me salvado.

            - Eu... – ele começou – Eu não queria te acordar.

            Não respondi, apenas levantei meu olhar até o dele.

            - Certo, eu só vim avisar que... – Oliver suspirou e passou a mão pelo cabelo – Ray vai se casar hoje e eu sei que você não quer ir, mas eu sou seu melhor amigo e todos vão suspeitar se eu não for, então quero que arrume algo bonito, nós vamos na cerimônia.

            Apertei os olhos para esconder as lágrimas, não dava para entender o que Oliver sentia ou o que ele estava pensando, ele ia manter a promessa de me proteger?

            - Pode pelo menos dizer um sim ou não para ver se você entendeu o que eu estou dizendo?

            - Eu vou.

            - Felicity, eu...  – abri os olhos novamente, ele estava mais perto, talvez tenha pensado em se sentar – Sinto muito.

            - Eu também, agora vá, por favor.

            - Você não vai me ignorar completamente, os empregados vão notar. – apenas o encarei – Felicity, aquilo no banheiro...

            Foi a gota d’água, troquei a posição na cama e fiquei de costas para ele.

            - Eu mereço isso.

            “Ainda bem que você sabe”

            - Mas ainda quero que sejamos amigos.

            “Para você falar que eu estou me jogando para cima de você?”

            - Você disse que não queria se sentir sozinha.

            “Você não faz ideia do quanto estou me sentindo sozinha agora”

            - Eu...

            - Saia, Oliver, não vou pedir novamente.

            Dessa vez ele não voltou a falar, apenas escutei a porta se fechando. Deitei de costas para a cama e deixei uma lágrima cair, se ao menos eu pudesse saber o que ele estava pensando.

Oliver, 34 horas antes.

            - Tudo ocorreu de acordo com o planejado, Dig? – me joguei no sofá com um copo do meu melhor uísque.

            - Sim, senhor, ela e o senhor Palmer fugiram como dois apaixonados.

            - Ótimo. – sorri – Os dois foram tão fáceis de manipular que eu sinto pena da ingenuidade dos dois.

            - Oliver – encarei Diggle e vi que, mesmo tendo que obedecer às minhas ordens, ele estava preocupado com alguma coisa – Eu sei que era o que queria desde o começo, mas tem certeza que não quer ir atrás da Felicity?                     

            - Claro que não Diggle, eu fiz tudo para ela fosse embora. – tentei achar convicção nas minhas palavras – Não queria ela aqui desde o começo e eu ainda dei a ela o que ela queria, que era Ray.

            - Se não se importa, eu acho que Felicity não queria Ray, eu acho que ela queria que você a aceitasse.

            - Ela sabia desde o começo que isso não era uma possibilidade, eu disse no dia em que nos conhecemos...

            - Preferencias podem mudar e se você me permite, Felicity parecia estar mudando alguma coisa em você.

            - Bobagem, como pode ver – Levantei e sorri – Estou melhor do que nunca.

            Coloquei o copo de uísque na mesa e saí da sala, eu tinha que me sentir feliz, esse era meu plano, casar com alguém e depois fazer ela ir embora. Felicity tinha facilitado tanto as coisas quando decidiu se apaixonar por Ray, agora eu era o marido abandonado que estaria sofrendo em algumas horas, não perderia a empresa e nem meu dinheiro e ainda voltaria a ficar sozinho. Porque era isso que eu precisava, ficar sozinho com meus demônios.

            Entrei no quarto e fechei a porta, tudo estava tão silencioso, o sol entrava pela janela como fazia todos os dias, mas alguma coisa não parecia certa. O cheiro de Felicity estava impregnado por todo o cômodo, era desconcertante. Abri a porta do closet e a imagem dela se arrumando me invadiu, o que estava acontecendo comigo? Culpa? Eu não sentia culpa pelas minhas ações, não podia ser culpa.

            Mas se não era culpa então era algo mais, algo que eu não sentia fazia muito tempo. Respirei fundo e decide que dormir era a melhor opção. Quando acordei, já era noite e Diggle me chamava para o jantar.

            Desci as escadas ainda sentido o que quer que fosse, o que só piorou quando eu percebi que iria sentar sozinho na mesa de jantar. Todas as imagens de quando eu era criança me invadiram, eu odiava a hora do jantar, era sempre o momento que eu me sentia mais sozinho. Porém, desde que Felicity chegou, eu não odiava jantar, ela amenizava a dor de algum modo e agora sem ela tudo voltava à tona.

            - Não vai se sentar? – perguntou Dig atrás de mim.

            - Não tem graça jantar sozinho.

            Saí da sala de jantar e fui para meu escritório, enchi um copo de uísque e me joguei na cadeira atrás da mesa, talvez se eu trabalhasse tudo melhoraria.

            Contudo, parecia que a palavra “Felicity” saltava da página cada vez que eu tentava ler alguma coisa. Comecei a pensar se ela estava bem, se Palmer não tinha feito nada com ela e que ela estivesse feliz, talvez se eu soubesse se ela estava feliz com ele eu pudesse me livrar desse sentimento. Era isso! Eu tinha que ir naquele motel para ver se ela estava bem, talvez dessa forma esse sentimento estranho me deixaria em paz.

            Pulei da cadeira e peguei meu casaco, Diggle estava no corredor e arqueou uma sobrancelha quando eu apareci.

            - Aonde vai?

            - Eu tenho um plano. – o ignorei e a adiantei o passo para a garagem.

            - Seus planos geralmente não correm bem. – disse Dig indo atrás de mim, mas eu não parei, fui escolher o carro.

            - Esse é bem simples, eu vou atrás da Felicity e vou ver se ela está bem. – Peguei uma chave e virei para encará-lo – Se ela estiver, eu vou deixar esse sentimento estranho para trás.

            - E se ela não estiver bem? – ele cruzou os braços e me lançou aquele olhar irritante que ele fazia quando sabia que estava ganhando a discussão.

            - Eu trago ela de volta e penso em outra coisa para mandá-la embora.

            - E com qual motivo? Você já está correndo atrás dela, não pode querer passar por tudo isso de novo só para perceber que está com saudade dela.

            - Eu não estou com saudade dela, eu estou me sentindo culpado.

            - Você finge ser uma pessoa por tanto tempo que até você está acreditando na sua mentira.  – Dig saiu da garagem e bateu a porta.

            Eu sei que não fazia sentindo dizer para mim mesmo que não era culpa e não conseguir admitir isso em voz alta. Entrei no carro e tentei lembrar onde era aquele maldito motel, eu só precisava vê-la, por um motivo, isso faria tudo ficar bem.

            Durante todo o caminho eu pensei no que diria para ela, mas nada veio à mente, depois eu pensei que seria melhor vê-la sem ela saber que eu estava lá, as duas opções eram horríveis de várias maneiras. Mas logo o motel entrou na minha visão e tudo o que eu estava pensando simplesmente sumiu.

            Eu não lembro de ter saído do carro, tudo o que eu conseguia pensar era no fogo que estava tomando conta do lugar. Faíscas enfeitando o céu e estava tão claro que parecia dia, de repente, eu não estava mais naquele motel, eu estava na minha casa, quando eu era um garoto.

            A fumaça entrava por debaixo da porta, eu não conseguia respirar direito e o som dos gritos invadiam o quarto, não eram meus gritos, eram delas. Elas não estavam no mesmo lado da casa, mas eu podia senti-los nos meus ossos, eu sabia que todos íamos morrer e eu sabia que era tudo minha culpa. Thea ia morrer, a única pessoa que eu tinha amado de verdade iria embora da minha vida, como minha mãe fez, como meu pai estava fazendo. Eu não queria sentir pena de Moira, mas não queria que ela morresse, eu tinha esperança de que algum momento ela gostaria de mim, não precisava me amar, mas me deixar participar dos jantares de família. Eu tinha ficado tão feliz quando meu pai me trouxe para morar com ele, agora tudo virava chamas, tudo virava chamas porque eu não tinha conseguido fazer ele me amar, o que tinha errado comigo? O que eu fazia para merecer ficar sozinho?

            “Eu estou tendo compaixão por você, ok? Me doeu muito saber da sua história e não quero que passe por isso sozinho mais”. A voz de Felicity invadiu meus pensamentos e novamente eu tinha me tele transportado, agora eu estava no quarto na noite anterior, com ela me abraçando e por algum motivo, o medo do fogo passou por completo.

            “Foi a muito tempo, Felicity”, eu respondi, querendo acreditar nas minhas próprias palavras.

            “Não tempo suficiente. Não precisa passar por isso sozinho”.

            Era isso, não era saudade o sentimento que me incomodava desde o momento que ela tinha saído da minha vida. Desde que Moira e Thea morreram eu me sentia sozinho, sentia pena de mim mesmo, pena da minha vida patética. Com ela, tudo sumia e só havia ela no meu mundo, era meu conforto. Não fazia ideia do que eu sentia por ela, mas uma coisa eu tinha certeza, era a luz que me livrava das trevas. Por mais que isso soasse clichê, parecia ser o único jeito que eu conseguia explicar o que me fez deixar meu medo naquela casa e naquela noite e salvar a única coisa que me impedia de desmoronar.

Felicity, atualmente

            O carro tinha andado rápido, mais rápido do que eu queria. Dig estava de folga, por isso eu estava no banco do carona, com Oliver dirigindo uma Ferrari que compraria o Glades inteiro. Ele parecia calmo, não carrancudo, o que era uma novidade, queria poder estar tão calma, mas eu tremia, tremia tanto que eu tinha certeza que ele já tinha notado, mas não falava comigo, estava respeitando minha decisão.

            Quando descemos do carro, eu respirei fundo, mas minha mão ainda tremia descontroladamente. Oliver apareceu no meu campo de visão e entrelaçou sua mão na minha, apertou forte e começou a andar para a igreja. Eu não disse, mas queria agradecer, não queria que Ray me visse com medo e Oliver sabia disso.

            A cerimônia foi rápida, Ray acabou se casando com Sara Lance, irmã de Laurel que Oliver tinha namorado uma vez, o que acabei descobrindo por uma Laurel bêbada na festa de casamento. Ela não parecia aprovar nada do que estava acontecendo, Laurel disse que sua irmã sempre foi apaixonada por Ray, mas ele não queria saber dela e no dia anterior, estranhamente, ela chegou em casa dizendo que iria casar com Ray ou iria fugir. Laurel tinha certeza que isso tinha sido uma armação para esconder algo que Ray tinha feito e prometeu que iria descobrir, eu rezava para que ela não fizesse isso.

            Estávamos quase indo embora quando Simons nos gritou, agarrei o paletó de Oliver e respirei fundo. Ele parecia um pouco bêbado também e eu tinha certeza que ele sabia o que tinha acontecido.

            - Oliver! Indo embora tão cedo? Bem, só queria dizer que a Palmer Tech decidiu doar alguns milhões para a QC!

            - Por quê?

            - Vocês merecem, como somos parceiros e também possuímos algumas ações, creio que beneficiará ambos.

            - Claro, muito obrigado, Simons.

            - De nada, aproveitem o dia, está lindo.

            Assim que entramos no carro, eu bufei.

            - Ele está se sentindo culpado.

            - Está falando comigo agora? – ele me encarou e eu virei para frente.

            - É um assunto importante.

            - Certo. – Oliver ficou em silencio por alguns segundos – A QC precisa do dinheiro e eu não tenho nada contra Simons.

            - Mas a empresa não é só dele e eu tenho certeza que ele sabe o que Palmer fez.

            - Mais um motivo para aceitarmos o dinheiro.

            - Porque tudo é sempre uma questão de dinheiro.

            - Podemos voltar para o tratamento silencioso?

            Não respondi.

                                                           ***

            Na segunda o dia corria tão lentamente que parecia que Cronos havia decidido parar o tempo. Dig apareceu no jardim com algumas folhas e aquele era o acontecimento mais interessante do dia até o momento.

            - Onde está indo? – eu estava sentada na grama com um livro qualquer, mas que mal tinha tocado.

            - Até a QC, Oliver precisa desses documentos e do almoço ou ele acaba esquecendo que é humano.

            - Posso ir com você? – fiz a minha melhor cara do gatinho do Shrek, eu não ia conseguir passar o dia todo sem fazer nada.

            - Eu não sei.

            - Vai, por favor! – me levantei e peguei as pastas – Não posso mais ficar sem fazer nada.

            - Oliver não vai gostar.

            - E desde quando aquele mandão gosta de alguma coisa?

            - Não sei, Felicity... – mas eu já estava indo para o carro – Vou ser demitido desse jeito.

            - Pode falar que eu me joguei para dentro do carro.

            - Mas é isso que você está fazendo!

            Queria poder dizer que não me assustei com o tamanho da QC, mas não foi isso que aconteceu. Era um dos prédios mais incríveis da cidade, um prédio que em outras circunstancias eu só iria entrar pela porta de trás para entregar pizza. Subimos até o último andar de elevador, Diggle saiu para levar a papelada até Oliver e me mandou ir para a sua sala, já que ele estava em reunião. O computador de sua sala era incrível, eu podia acessar praticamente tudo dali, mas decidi não me arriscar e decidi ir até a janela ver se conseguia  ver os Glades.

            - Esse é um rosto novo por aqui. – me virei rapidamente para encarar a voz forte que vinha da porta de vidro.

            Um homem de quarenta e poucos anos estava me encarando com uma curiosidade assustadora, ele vestia um terno escuro e o que me chamava mais atenção era seu tapa-olho no olho direito.

            - Slade Wilson. – disse entrando mais na sala – É um prazer, senhora Queen.

            - Como me conhece, senhor Wilson?

            - Eu estava no seu casamento, não se lembra de mim? Sou bem memorável.

            - Foi um dia de grandes emoções, não me lembro de todas as pessoas que conheci aquele dia.

            Slade sorriu e me deu calafrios.

            - Vocês saíram tão rápido aquele dia.

            - Oliver queria encontrar o pai. – dei meu melhor sorriso inocente – Robert estava se sentindo mal.

            - Impressionante, Oliver nunca falou do seu pai, essa é a primeira vez que ouço o nome de Robert depois que ele saiu da empresa.

            - Oliver gosta de deixar o lado pessoal longe do trabalho.

            - O quão bem você conhece seu marido? – Slade cruzou o braço e deu mais um passo.

            - O suficiente. – olhei para a janela para que ele não percebesse que eu estava nervosa, talvez não tenha sido uma boa ideia ter vindo.

            - Não é uma resposta convincente.

            Respirei fundo.

            - Por que está tão interessado no quão bem eu conheço Oliver?

            - Felicity! – Oliver estava na porta, usando um impecável terno cinza, ele arqueou uma das sobrancelhas, isso não era algo bom – Vejo que conheceu Slade.

            - S-sim. – gaguejei.

            - É uma bela esposa.

            - Obrigada. – Oliver me encarou significantemente, entendi o aviso parar ficar quieta – Mas se permite, quero ficar um tempo sozinho com ela.

            - Claro.

            - O que você está fazendo aqui? – perguntou Oliver assim que Slade saiu.

            - Vim acompanhar Diggle, assim que ele sair, eu volto para a mansão.

            - Por que você saiu? Algo poderia dar errado.

            - Eu não aguento mais ficar lá sem fazer nada com a minha vida e, além disso, eu sou sua esposa, não prisioneira. – joguei os braços para o alto.

            - Não disse que era.

            - Mas age como tal. – respirei fundo – Agora que ele já entregou – disse apontando para a pasta em suas mãos – Vou encontra-lo para ir embora, vou sumir da sua vista. Pelo menos até chegar em casa, ai você terá que me aguentar.

            Oliver soltou o ar vagarosamente.

            - Eu não te odeio.

            - Eu sei. – olhei para a porta, sonhando com uma saída imediata – Mas isso não importa.

            - Dig saiu para comprar algo para mim, vai ter que esperar aqui.

            - Tudo bem. – me afastei de Oliver antes que ele chegasse mais perto e fui sentar na sua cadeira – Posso esperar aqui.

            - Na minha cadeira? – ele colocou a mão na cintura e parecia não saber o que fazer comigo durante aquele tempo, eu sorri por deixa-lo tão desconfortável.

            - Ela é bem confortável. – girei com a cadeira e sorri.

            Espera, eu não deveria sorrir para ele, não desde o incidente do banheiro, mas havia esses momentos, breves, mas que ele não parecia um total idiota.

            - Acho que pode ficar com ela então.

            - Todos seus empregados tem uma cadeira dessas?

            - Está falando comigo agora?

            - Não se engane, a cadeira é um assunto muito importante. – Oliver ameaçou dar um sorriso, mas disfarçou tossindo e sentando na ponta da mesa – Acho até que quero uma.

            - Posso providenciar. – ele me deu um olhar sério – Mais algum pedido, senhora Queen?

            - Eu tenho vários. – levantei meu olhar e apertei os lábios – Um deles é que você deixe de ser um babaca, mas não estamos no natal para um milagre desse tamanho.

            - Eu mereço isso. – Oliver passou a mão pelo cabelo, parecia um pouco nervoso – Mas eu nunca gostei de esperar até o natal.

            - Sou uma garota paciente, a maioria das vezes. E um pedaço de carne também.

            - Felicity...

            - Oliver? – outro homem desconhecido chamava Oliver na porta, nós nos levantamos e Oliver colocou uma mão na base das minhas costas e me incitou a ir mais perto.

            - Felicity, esse é Harrison Wells. Wells, essa é minha esposa.

            - É um prazer, senhor Wells.

            - O prazer é todo meu. Bem, já que temos uma convidada especial, acho que podemos fazer aquela partida de tudo ou nada agora. O que acha?

            - O que é isso? – perguntei.

            - Nós apostamos qualquer coisa que outro queira que não seja exagerado. – respondeu Wells – Jogando pôquer.

            - Pôquer? – as lembras de várias noites ganhando dinheiro para Tommy me vieram a cabeça, ele tinha me ensinado e me feito jogar em todos os lugares que ele tinha sido expulso, mas eu fui logo depois, não gostavam que eu ganhasse o tempo todo.

            - Joga? – perguntou Harrison.

            - Um pouco. – sorri – Não muito bem.

            - Vamos a partida então. – interrompeu Oliver – Estou querendo aquela exportadora de petróleo sua faz um bom tempo.

            - Não será hoje.

            Depois de começarem a partida, Oliver estava indo muito mal, mas conseguia driblar Harrison, mas eu tinha certeza de que ele não ia conseguir ganhar. Alguns segundos depois, Oliver teve que sair para resolver algo e Harrison insistiu que eu jogasse no lugar. Quando ele percebeu que tinha perdido todo sua dinheiro, ele largou as cartas e gargalhou.

            - Senhora Queen, a senhora mente muito mal.

            - Me desculpa. – abaixei o olhar.

            - Que isso! Eu aprecio seu talento e acho que você deveria nos acompanhar nas noites de quarta, sempre jogamos várias rodadas.

            - Acho que Oliver não seria muito a favor.

            - O que eu não seria a favor? – ele parou quando viu as fichas todas do meu lado – O que aconteceu?

            - Felicity ganhou a partida para você, praticamente te tirou do buraco.

            - Achei que você tinha dito que não sabia jogar muito bem.

            - Eufemismo. – disse Wells – Amanhã mando alguém com a papelada da exportadora. Foi um prazer, senhora Queen. – ele beijou a mão, deu um tapinha no ombro de Oliver e saiu.

            - Hum... – Oliver tossiu – Obrigada.

            Sorri comigo mesma e me levantei.

            - De nada. Acho que está na minha hora.

            - Um segundo. – me virei para ele e percebi que Oliver estava visivelmente preocupado – Slade está desconfiado de você.

            - Eu sei. – Oliver arqueou uma sobrancelha – Tivemos uma conversa estranha antes de você chegar.

            - Maravilha.

            - Devo me preocupar?

            - Sim.

 


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Notas finais do capítulo

Tam-tam-tammmmm
E aí gente?

(sobre Arrow)
Morrendo com aquele episódio, concordo com a Black Siren, Laurel é patética e chata, por mim já foi tarde, eu estou é feliz que teve cenas do OTP e morrendo de medo daquela Tina, que ela nem ouse dar em cima do Oliver.
XOXO



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