Stepping on Roses escrita por Any Queen


Capítulo 7
Collide


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiii pessoal, espero que tenham ido bem de natal, eu venho com mais esse presente para vocês e espero que tenham uma ótima virada de ano.
Desculpa novamente por ter demorado pra caramba (de novo), podem me xingar, mas aqui estou, espero que gostem desse cap e tenho um pedido especial que é recomendação, se o feedback for bom, vou me empenhar para postar novamente dentro de duas semanas, então fica na mão de vocês
Boa leitura

Obs: respondo os comentários amanhã, porque olha a hora ♥



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But I'm open, you're closed

Where I follow, you'll go

I worry I won't see your face

Light up again

 

Even the best fall down sometimes

Even the wrong words seem to rhyme

Out of the doubt that fills my mind

I somehow find, you and I collide

— Collide, Howie Day

(No capítulo anterior)

Quando acordei no dia seguinte Oliver não estava mais na cama, seu lado estava perfeitamente alinhado e não havia nenhum sinal dele. Fazia um lindo dia ensolarado e Diggle propôs que fossemos à praia, aceitei de bom grado e o acompanhei até uma pequena praia particular do condomínio. Andava tranquilamente na borda da água quando uma sombra entrou no meu caminho, levantei o rosto a tempo de ver Ray. Ele estava vestido com seu terno habitual, mas com a bainha da calça dobrada e sem o paletó.

                - Oi. – ele levantou a mão em forma de paz.

                - Oi. – respondi.

                - Fiquei preocupado com você.

                - Não precisa se preocupar comigo. – disse tentando manter a calma – Eu estou bem.

                - Não gostei de como Oliver falou com você da última vez que nos vimos.

                - Estamos nos dando bem, estou feliz com ele.

                Com isso o rosto de Palmer se contorceu, depois da noite passada eu tive certeza de que Oliver precisava de mim e que eu não poderia abandoná-lo por Ray, tinha que esquecer tudo o que eu sentia. Por isso, tirei o pequeno lenço no bolso do short e entreguei para Ray.

                - Acho que não devemos nos ver por um tempo.

                - O quê? – ele me encarou surpreso, desviando o olhar do lenço para mim – Você era a garota que eu ajudei, sabia que a conhecia.

                - Sim. – suspirei – E se você gosta tanto de mim quanto diz você não vai contar para ninguém.

                - Felicity... – ele chegou mais perto – Não vê? O destino arrumou um jeito de nos reencontrarmos, temos que ficar juntos!

                - Ray. – coloquei a mão no peito para afastá-lo, mas só serviu para que ele me puxasse para mais perto com muita força, ele não ia me soltar – Desculpe, mas estou com Oliver.

                - Você não o ama, você me ama. – sua voz era um pouco doentia agora.

                - Está enganado, eu não te amo, Ray. – ele gargalhou como um psicopata de um filme de terror.

                - Não precisa mentir, meu amor, ninguém está nos ouvindo.

                - Não estou mentindo. – disse cautelosamente – Me solta.

                - Nunca, meu amor, nunca. Agora vamos, temos que fugir antes que Diggle volte.

                - O quê? – tentei puxa a minha mão, mas era impossível ele era muito maior do que eu.

                - Tem um pequeno motel aqui perto, vamos nos esconder lá! – ele se exasperou – Vamos ficar juntos para sempre.

                - Para de brincadeira Ray, eu sou casada, Oliver vai procurar por mim.

                - Não é brincadeira, querida, e Queen não te ama, eu vi o jeito que ele te trata. Você vai ser amada por mim, vamos. – ele começou a me puxar, eu tentei hesitar, contudo ele era muito mais forte e não adiantaria gritar, não havia ninguém na praia.

                - Ray! – gritei – Me solta.

                - Não lute, meu amor, não temos tempo.

                Percebi que só havia uma forma de fugir e não seria naquele momento, eu teria que deixar ele me puxar para aquele tal motel e foi isso que eu fiz. Entrei no carro e fugi com Ray Palmer.

***

                Ray dirigiu como louco até chegarmos em um motel na beira de uma estrada.

                Meu coração estava acelerado, não havia como eu pular do carro ou me livrar do aperto no meu pulso quando Palmer abriu a porta do quarto para mim. Não tive escolha a não ser segui-lo até o estabelecimento.

                - Bom-dia, em que posso ajudá-los? – Perguntou a moça da recepção.  

                - Um quarto de casal, por favor. – o aperto em meu pulso ainda era forte e a mulher não dava indícios que percebia meu medo.

                Ray logo pegou uma chave e nos conduziu para o quarto a qual nos foi designado, o local era pequeno, porém limpo, não era possível escutar som no corredor. Assim que chegamos no quarto, Ray entrou dando um suspiro e trancou o cômodo.

                - Assim podemos ficar à sós.

                Afastei-me o máximo que podia dele, não queria ter que ficar perto dele enquanto não achava um jeito de sair dali. Estávamos no segundo andar, seria a distância letal? Não era fã de altura, mas naquelas circunstâncias eu não queria arriscar ficar com Ray em um mesmo quarto.

                - Acho que preciso de um banho. – foi única coisa que consegui dizer.

                - Claro, meu amor, vou buscar algo para comermos.

                Ray deu um sorriso e ameaçou se aproximar, mas eu aproveitei a deixa para correr para o banheiro. Assim que escutei a porta se fechando, corri para tentar abri-la, mas estava trancada, corri para a janela, mas estava com grades. Procurei desesperada por um computador, algo que pudesse usar para contatar alguém, mas o quarto estava limpo e eu estava sozinha.

                Decidi ir até o banheiro e acabei encontrando um alicate de unha, aquilo era o mais perto que eu tinha de uma arma. Segurei forte o objeto e escutei a porta ser aberta, Ray entrou com uma garrafa de água.

                - O almoço ainda não está pronto. – disse o moreno, mas assim que me viu na porta do banheiro, sua expressão se transformou para uma diabolicamente furiosa – Achei que ia tomar banho.           

                - E-eu... Percebi que não tenho outras roupas.

                - Não gosta que mintam para mim, Felicity.

                Ele começou a chegar mais perto, largando a garrafa de água no chão, tentei me afastar, mas não sabia para onde, agarrei o alicate atrás do corpo e sufoquei um gemido.

                - Está mentindo para mim?

                - Não... – choraminguei.

                - Ótimo, porque eu não sou benevolente com quem mente para mim e eu detestaria ser mau com você.

                - Ray, você entendeu tudo errado. – tentei chegar mais perto para ter oportunidade de enfiar o alicate no olho dele – Eu realmente amo Oliver.

                - Não! – gritou, eu pulei para trás com o susto – Não ouse falar no nome dele aqui.

                Tentei respirar fundo, precisava chegar mais perto, mas a cada palavra, Ray parecia mais psicótico e menos normal.

                - Desculpe.

                - Somos só nós dois.

                Faltavam três passos.   

                - Claro que sim. – concordei.

                Dois.

                - Tem que prometer, Felicity, que vamos ficar juntos para sempre.

                Um.

                - Prometo que vou ficar longe de você! – tentei executar meu plano, mas Ray era muito mais alto e forte do que eu e rapidamente segurou meu braço com tamanha força que eu me obrigou a deixar o alicate cair.

                Eu dei um grito de dor enquanto ele virava meu braço, Ray me jogou no chão e se afastou.

                - Me deixe ir, por favor. – implorei – Eu não falarei com Oliver sobre isso.           

                - Eu disse que não queria ouvir o nome dele! – gritou.

                Com essa última frase, senti uma pancada forte na cabeça e tudo escureceu.

                Quando meus olhos se abriam estava escuro.

                Por um momento, penei ter perdido a visão, mas logo consegui enxergar uma luz por debaixo da porta, tentei gritar, mas algo tampava a minha boca. Meu coração ficou ainda mais acelerado quando percebi que minhas mãos estavam atadas em algo atrás de mim e que eu estava deitada na cama que tinha visto mais cedo.

                Comecei a me debater, eu tinha que tentar fugir, mas não adiantava a força que eu usava, o nó estava muito bem feito.

                - Não adianta gritar, meu amor, estamos em um motel, vão pensar que estamos nos divertindo. – a voz de Ray veio ao longe, baixa e estranhamente calma – Você fica linda enquanto dorme.

                Puxei minha perna de encontro ao meu corpo, tentando me proteger ao máximo do homem nas trevas, eu não conseguia vê-lo, apenas ouvir a sua respiração ecoando pelo quarto. Quando ele começou a andar, prendi a respiração, como se isso de algum modo fosse mantê-lo longe de mim, mas Ray não estava perto. Quando ascendeu uma vela, vi que estava do outro lado do quarto, usando apenas uma calça jeans e uma blusa preta, seus olhos estavam mais escuros que o normal e nada me inspirava esperança de sair dali viva.

                - Acabou a luz enquanto você dormia. – disse calmamente, ligando mais velas, o quarto ganhou uma estranha iluminação. – Sente esse cheiro?

                Assim que ele disse aquelas palavras, o cheiro de algo queimando invadiu meus sentidos, não era forte, porém me preocupava.

                - Sabe, a minha vida foi vazia, Felicity, aí eu encontrei você. Você me deu algo para ficar focado, para correr atrás e quando você tentou me atacar mais cedo... – Ray sacudiu a cabeça como se eu fosse uma criança que acabara de fazer algo errado – Acabou com meus sonhos, meu amor, então eu percebi algo muito importante. – Ele novamente se afastou, pegando uma garrafa de Vodca de algum canto e começou a jogar no chão – Percebi que você e eu não vamos ficar juntos nesse mundo. E se não vamos ficar junto nesse mundo, quero ficar junto com você em qualquer mundo possível.

                Antes que eu pudesse emitir qualquer som abafado, Ray jogou as velas no chão e correu para ficar do meu lado, tirando o que tampava minha boca e me abraçando. Comecei a me espernear, querendo fugir do seu toque, mas era forte demais. A fumaça começava a dominar o quarto e meus pulmões estavam queimando, eu não consegui gritar sem começar a tossir.

                - Ray – tentei chamar sua atenção – Vão perceber que você tacou fogo – tossi – E você vai acabar indo para a cadeia.

                - Não se preocupe, querida, metade desse motel já está pegando fogo. – então era essa a estranha iluminação que vinha debaixo da porta, todos já deviam ter saído, deixando eu e Ray para trás, sem lembrar que havia alguém naquele quarto.

                - Eu não quero morrer, Ray, se você me ama tanto quanto diz, me deixa ir!

                Esperneei mais uma vez, mas era tudo inútil, eu estava amarrada e com Ray me segurando, não havia saída, eu ia morrer queimada ou por inalação de gás carbônico em minutos se tivesse sorte. Tudo porque não consegui superar uma paixonite doida por alguém que tinha me ajudado na rua, as lágrimas começaram a escorrer, mas eu não emiti nenhum som, não queria que ele mi visse chorar, seria demais.

                - Estamos quase lá, meu amor. 

                Apertei os olhos e tossi furiosamente.

                - Felicity! – escutei um grito ao longe, Ray escutou também e se levantou da cama – FELICITY! – agora estava mais perto.

                - Aqui! – juntei todas as minhas forças para conseguir gritar – Aqui!

                Ray rapidamente voltou a tampar a minha boca e correu para a porta, tentei gritar novamente, mas só saiam sons abafados. Antes que ele conseguisse trancar a porta, Oliver chutou-a com força e a mesma se escancarou, levando Ray junto.

                Oliver me deu um olhar que era uma mistura de alivio com medo e depois voltou-se para Ray que já estava se levantando do chão. O moreno tentou atacar, mas o loiro era muito mais forte e rápido, nocauteando Palmer rapidamente, o corpo dele caiu no chão e Oliver começou a tossir.

                Mesmo com as chamas já altas, Oliver atravessou-as e me desamarrou, tirando o pano que me impedia de falar. Sentei na cama e Oliver rasgou o lençol.

                - Preciso que você coloque isso no rosto. – fiz o que ele mandou e me levantei, mas meu corpo estava fraco pela fumaça e quase desmeei, mas Oliver foi ágil e me segurou, me levantando sem dificuldade.

                Queen começou a correr, passando rapidamente pelos locais com mais fogos, eu enterrei meu rosto em seu peito e tentei inalar seu cheiro em vez da fumaça, só queria que todo aquele pesadelo acabasse.

                Assim que o ar frio da noite invadiu meu pulmão, comecei a tossir e a tentar buscar o máximo que podia de ar puro. A noite estava clara, várias vozes invadiam minha mente e sirenes de bombeiros também. Rapidamente Oliver me colocou em uma maca e os bombeiros começaram a me puxar para longe do fogo, mas o loiro estava voltando para o motel em chamas. Segurei sua blusa e ele me encarou transtornado.

                - Preciso ir. – ele tirou a minha mão e a segurou forte – Prometo para você que eu vou voltar.

                Não tive forças para argumentar, assim que ele soltou delicadamente a minha mão na maca, tudo ficou escuro.

                                                                               ***

                Oliver dormia sereno na cama de hospital.

                Depois de duas cirurgias para retirar o pedaço de madeira que entrou em seu ombro enquanto entrava para ajudar Ray, eu esperava que ele acordasse logo. Assim que acordei, perguntei desesperada para saber de Oliver e me disseram que em sua tentativa heroica de salvar o amigo, um pedaço do teto havia caído enquanto Ray saiu sem nenhum arranhão.

                Acabei recebendo alta algumas horas depois, não tinha nenhum ferimento e só precisava tirar toda a fumaça dos meus pulmões. Oliver ficou horas na cirurgia para retirar os pedaços de madeira, seu ferimento não era grave, mas precisava de cuidados. O médico disse que o corpo dele estava cansado e que precisava de descansar, que eu também precisava descansar, mas não consegui sair de perto dele.

                Minhas roupas ainda estavam sujas de fuligem, não tinha conseguido achar coragem para ir para casa, meus machucados ainda estavam com o curativo dos médicos, mas não tinha pressa para sair do lado dele. Achava que Oliver era indiferente a mim e que a minha morte seria a melhor coisa que ia acontecer para ele, estaria livre do acordo, mas nada disso era verdade. Ele tinha entrado em um prédio em chamas para me salvar, mesmo sendo fogo seu maior medo, com uma mera chama ele paralisava, mas foi capaz de enfrentar isso para me salvar.

                Uma mão carinhosa encostou no meu ombro, virei-me devagar para encontrar um Diggle preocupado com um maço de roupas em mão.

                - Você nos deixou muito preocupados, mocinha.             

                - Desculpe. – funguei – Eu queria apagar tudo isso. – Encarei Oliver que ainda dormia como se nada tivesse acontecido – Tudo isso é minha culpa.

                - Nada disso é culpa sua, ninguém imaginou que Ray fosse um psicopata.           

                - Eu me sinto tão idiota – uma lágrima escorreu pelo meu rosto – Eu contei para Ray a verdade e agora não podemos acusa-lo de nada.

                - Oliver não se importaria.          

                - Claro que se importaria! – me levantei secando as lágrimas – Eu estraguei tudo!

                - Você está cansada, acabou de passar por um trauma. – Diggle deu alguns passos e me deu um abraço carinhoso – Vá se trocar e comprar um café, tenho certeza que não vou conseguir convencer você a ir embora.

                - Obrigada – disse pegando as roupas – Quero estar aqui quando ele acordar.

                Rapidamente troquei o vestido por calças jeans e uma blusa moletom confortável, Diggle tinha lindo meus pensamentos mais profundos, joguei a roupa suja fora e fui até a máquina de café. Minhas mãos estavam machucadas por causa da corda, puxei a manga da blusa e peguei o café. Quando chegava no quarto, escutei a voz de Oliver.            

                - Felicity. Como ela está, Diggle? – sua voz era um misto de preocupação e cansaço.

                - Está bem, foi pegar um café.

                - Tenho que certeza que ela não pode estar bem depois de ser sequestrada por Ray. – ele bufou – Não acredito que não percebi que ele poderia fazer isso com ela, nunca deixaria ele chegar perto dela se soubesse disso. – Oliver soava tão furioso que meu coração deu um salto, ele realmente se importava.    

                - Ela é uma mulher forte.

                Achei que essa era a minha deixa para entrar, empurrei a porta gentilmente e entrei no quarto. Meu olhar rapidamente se encontrou com o de Oliver, tentei sorrir, mas algo me impediu, ele me olhava tão intensamente que me deixou sem saber como reagir. Sua expressão demonstrava alívio, mas era somado a algo que eu não sabia dizer o que era, algo que eu nunca tinha visto em seu rosto.

                Diggle foi o primeiro a se manifestar, levantando da cadeira e dando tapinhas amigáveis no ombro do loiro.

                - Vou deixar vocês conversarem. – com isso, eu e Oliver ficamos sozinhos no quarto.     

                Deixei o café em uma mesa, não precisava de mais energia, meu coração estava batendo tão forte que eu tinha certeza que ele poderia escutar. Respirei fundo e me concentrei, eu precisava agradecer e me explicar para Oliver.

                Andei calmamente e senti na cadeira, inclinando levemente para frente, para que pudesse ficar perto do seu rosto.

                - Como está se sentindo? – perguntei.

                - Como se tivesse sido atacado por um teto de um motel em chamas.

                Sorri.

                - Ainda bem que não foi isso que aconteceu. – Oliver também sorriu, mas rapidamente ficou sério novamente, me analisando com cuidado.

                - Como você está? – a preocupação em sua voz impediu qualquer tentativa de dizer que estava bem, porque eu não estava e queria que ele se importasse.

                - Honestamente? – sacudi a cabeça – Envergonhada, com medo e cansada.

                - Eu estou dopado com morfina, acho que pode se explicar melhor.

                - Eu... – respirei fundo – Eu conhecia Ray antes de nos casarmos. – Oliver arqueou a sobrancelha, mas não me interrompeu – Não conhecia de verdade, mas ele tinha me ajudado quando Willian estava quase morrendo e eu meio que... Meio que acabei criando algo por ele. Eu juro que não sabia que ele era seu amigo, só descobri no casamento e depois disso eu tentei evitá-lo, mas as minhas tentativas foram tristemente falhas. Mesmo depois que ele falou que sentia algo por mim, eu prometo que tentei me afastar, só que você me tratava mal e... Desculpa, você salvou a minha vida e eu aqui falando mal de você.

                - Continua. – sua voz estava rouca e seus olhos mais escuros do que o normal.

                - Depois daquela noite, a noite do incidente do aquecedor, eu tive esperança que talvez a nossa situação mudasse. – desviei o olhar, não queria que ele visse a esperança no meu olhar, é claro que ele não sentia nada por mim o que eu esperava que sentisse, estava sendo idiota – Então tentei cortar pela raiz toda a história com Ray, mas ele ficou psicótico, começou a me puxar e eu não conseguia encontrar Diggle, achei que a minha melhor chance era fugir no motel. Mas foi inútil e Ray me nocauteou e me amarrou.

                Tentei encará-lo, mas só de lembrar do meu desespero de morrer daquele jeito, minhas lágrimas ameaçaram a cair e eu tive que piscar para afastá-las.

                - Então sim, estou envergonhada que pela minha idiotice  e fiz você ir me salvar e ter que enfrentar seu medo. Estou com medo do que você vai fazer, estou com medo de Ray ir atrás de mim novamente... E cansada porque não durmo desde que isso tudo aconteceu e acho que não consigo fazer isso.

                Não consegui mais me conter, caí no choro e abaixei o rosto até minha testa encontrar a cama, não queria que ele me visse assim.

                - Felicity. – Oliver me chamou com a voz mais terna que eu poderia imaginar, levantei meu rosto, ainda apoiando o queixo no braço que estava cruzado na cama. Ele esticou a mão e passou pelo meu rosto, limpando as lágrimas que caiam, estremeci – Eu não culpo você.

                - Isso quer dizer – solucei – Quer dizer que não vai me jogar no fundo do oceano?

                - Eu acho que já provei que não posso fazer isso.

                - Então me perdoa?

                - Só se você me perdoar por ter sido um idiota com você.

                - Tudo bem. – sorri e Oliver também, seus olhos se fecharam, era claro que ele estava tão cansado quanto eu – Posso sair se quiser dormir.

                - Fica. – deitei minha cabeça e o encarei.

                - Tudo bem.

                Sua mão subiu até encontrar meu cabelo e começou massageá-los e passar gentilmente seus dedos por entre os fios.

                - Eu não vou deixar que ele encoste em você. – seus olhos ainda estava fechado, mas Oliver engoliu a seco, visivelmente com raiva.

                - Não podemos fazer uma denúncia, ele vai contar a verdade sobre mim.

                - Confia em mim?

                - Depois do que fez ontem? – ele abriu os olhos e suas lindas orbitas azuis me encararam ansiosos pela resposta, talvez houvesse esperança – Confio com a minha vida.

                - Então confie que não precisa se preocupar com ele.

                                                                               ***

                - Tem certeza que quer ir embora hoje, Oliver? – escutei Diggle falando, mas não conseguia abrir os olhos, a posição em que eu me encontrava era muito confortável.

                - Fale baixo – repreendeu a voz forte de Oliver perto de mim, senti uma mão segurando gentilmente meu rosto - Felicity finalmente conseguiu descansar.

                - Desculpe, mas não creio que seja uma boa ideia ir embora hoje.

                - Eu me sinto perfeitamente bem e eu posso me cuidar em casa.

                - Vou falar com o médico então.

                - Muito bem. – depois que Dig saiu, criei coragem para abrir os olhos, estava mais cansada do que eu imaginava, acabei pegando no sono na cadeira. Assim que focalizei minha visão, o rosto de Oliver entrou em foco – Oi.

                - Oi. – levantei a cabeça e me despreguicei, passando a mão pelo cabelo que deveria estar horrível – Por quanto tempo eu dormi?

                - Não muito. Sente-se melhor?

                - Sim, obrigada. – levantei da cadeira e peguei um maço de roupas que Diggle tinha trazido para chefe – Vou chamar um enfermeiro para te ajudar, também quero voltar logo para casa.

                Assim que estávamos saindo da sala em que Oliver estava, vi Ray no final do corredor, ele me encarava com tanta intensidade, mas não havia raiva neles e nem ódio, apenas o desejo que antes também havia. Ele estava um pouco machucado, mas fez menção de se aproximar, contanto, Oliver apareceu no corredor e seguiu o meu olhar amedrontado, passou seu braço pelo meu ombro e se apoiou em mim. Minhas mãos tremiam e imagens do incêndio invadiam a minha mente, Simons apareceu e puxou Ray de volta para o quarto.

                - Ei. – Oliver chamou e eu o encarei – Vamos embora.  

                - Sim, vamos.

                Quando já estávamos quase chegando a mansão Queen, dei um suspiro de alívio, nunca imaginei que seria tão bom voltar para aquele lugar.   

                - Pedi para Raisa preparar seu prato preferido. – disse animada – O que quer fazer quando chegar? Tomar banho, comer ou dormir? Eu tomaria um banho, não gosto de hospitais. – Quando encarei Oliver, ele tentava segurar um sorriso, parecia bem-humorado – Desculpa.

                - Tomar um banho.

                - Ótimo, vou pedir Dig para ajudar você, não tenho forças para te ajudar com a escada. E eu estava pensando... – mordi o lábio e o encarei, eu nunca sabia como ele iria reagir até as coisas mais pequenas – Estamos comemorando sua volta para casa...

                Oliver bufou me cortando.

                - A sua também.

                - A minha também. – tentei segurar o sorriso para ele não perceber o quanto aquilo me fazia feliz – Então o que acha de Dig e Raisa se sentarem à mesa conosco?

                O carro estacionou e Dig veio abrir a porta para nós, ajudou Oliver e continuou o segurando.    

                - Tudo bem.

                - Jura? – dei pulinhos como uma criança no natal e vi que ele também sorri para mim, eu queria aproveitar toda essa morfina e rezava para que dali para frente, nosso relacionamento fosse assim – Vou avisar Raisa.

                Depois de um tempo ajudando Raisa na cozinha, decidi subir para ver se Oliver precisava de ajuda. Abri a porta do quarto com cuidado e vi que a porta do banheiro estava aberta.           

                - Felicity? – a voz do loiro preencheu o quarto vinda do banheiro.

                - Sim?

                - Pode vi aqui.

                Apressei-me até o banheiro, quando cheguei até a porta eu congelei, Oliver estava apenas com uma cueca boxer preta e uma blusa igualmente preta de mangas curtas, seu braço ainda estava com o apoio para que ele não mexesse o ombro. Meu coração palpitava no meu peito, coloquei a mão na frente do olho e me virei, já não bastava todos esses novos sentimentos que me invadiam quando eu via Oliver, agora eu tinha vê-lo dessa forma.

                - Não seja boba, eu não estou pelado.

                - É bem perto para mim.

                - Vai ter que deixar de ser boba, preciso de ajuda com o banho porque não consigo mexer o braço.

                - O quê? – comecei a bater o pé no chão, eu não conseguiria ver Oliver nu, não ia dar certo, eu começava a ter pensamentos que nunca me imaginei tendo, eu queria que aqueles braços me tocasse. – Só se você estiver de cueca.

                - Somos marido e mulher, você sabe disso.

                - Minha condição, Oliver, ou chamarei Diggle.

                - Seria mais embaraçoso. – escutei ele suspirar – Tudo bem.

                Respirei fundo e me virei, usei todas as minhas forças para olhar para cima, mas eu nunca tinha estado tão perto de um homem daquele jeito, minha curiosidade era muito grande.

                - Não tenho o dia todo, Felicity.

                - Desculpa, vamos lá. – cheguei mais perto e tirei a tala, senti seu rosto contorcer um pouco, ele ainda estava com muita dor – Essa parte vai ser a pior.

                Agachei-me na sua frente e engoli a seco, seus olhos estavam negros e sua expressão era contida. Estiquei a mão e encontrei a barra da sua blusa, tomei o máximo de cuidado para não tocar na sua pele e tornar aquele momento mais estranho. Tirei a blusa por um ombro e depois, com o maior cuidado, pelo outro, quando terminei, estávamos cara a cara e ambos estavam sufocantes.

                Cheguei mais perto e coloquei a mão em seu ombro, tocando o de leve, senti que Oliver respirava descompassado e queria que aquela reação fosse causada por mim. Tirei o curativo e o encarei, seus olhos azuis também me encaravam, depois passando rapidamente pelos meus lábios. Não percebi que me inclinava substancialmente quando ele se levantou de súbito e foi até o box.

                Respirei fundo mais uma vez, eu tinha que me acalmar, só porque Oliver não era mais tão repulsivo, não significava que eu deveria ficar me jogando nele. Ele abriu o chuveiro e, pelo espelho, vi a água cair por todo seu corpo. Oliver realmente tinha um físico perfeito, tinha ombros largos, mas não como se malhasse horas para isso, parecia natural. Seus braços eram fortes e eu tinha certeza que conseguiria me levantar facilmente, era compreensível sua fama de mulherengo, afinal, todas as mulheres se jogariam nele. Tudo em seu corpo era perfeito, sua bunda firme, suas cochas, até a parte da frente de sua cueca tinha um volume bem considerável.

                Comecei a ficar vermelha e levantei o olhar, o que foi um grande erro, pois seus intensos olhos azuis estava me encarando pelo espelho, emoldurando seu lindo rosto rustico, eu queria que ele não fosse tão impenetrável, seria tão mais fácil me entregar, mas o que eu sentia era medo de esticar uma pequena parte que fosse.      

                - Não vai me ajudar? – sua voz estava mais grossa que o normal.

                - Sim.

                Agradeci por não ter gaguejado e agarrei a barra do moletom, puxei para cima de uma vez para que não ficasse com vergonha, Oliver precisava da minha ajudar e eu não podia deixar isso me atrapalhar. Cortei nossos olhares pelo espelho e puxei a calça para baixo, deixando as duas peças no chão ao lado da camisa de Oliver, ficando somente de calcinhas e sutiã. Cruzei os braços na frente do corpo e encarei o chão, andando de passos rápidos, entrei no box e fiquei de frente para Oliver.

                - O que quer que eu faça? – me concentrei em um ponto atrás dele e não levantei o olhar.

                - Esfregue as minhas costas e a parte da frente, o que eu não consigo fazer apenas com um braço. – ele estava tão perto, que sua voz saiu em um suspiro rouco, o que fez vibrar por todo meu corpo.

                - Ok.

                Peguei a esponja e passei no sabonete, segui para suas costas e comecei a fazer o trabalho, tentava pensar em como já tinha feito aquilo várias vezes com as crianças, mas com certeza não era a mesma coisa. Os músculos de Oliver eram fortes, sua pela era quente e assim que comecei a passar minha mão em suas costas, eu não quis parar, queria tocar cada pedaço de pele. Já estava toda molhada quando segui para frente, ainda bem que meu sutiã não era transparente e não era de renda.

                Arrisquei um olhar para cima e me arrependi, estranhamente Oliver me olhava com uma frustração que eu nunca tinha visto no seu olhar. Suas mãos estavam fechadas e sua respiração era pesada, tentei continuar meu trabalho, mas quando a mão da esponja subiu, a outra a seguiu, tocando o rosto de Oliver. Ele não se contraiu, mas entreabriu os lábios e inclinou a cabeça levemente.

                - Felicity... Eu não estava brincando quando eu disse que um dia teríamos que ter filhos.             

                Afastei-me bruscamente, como se tivesse levado um tapa da realidade e toda aquela história de “estou comprando a sua vida”, “você não deve se apaixonar por mim” e “nosso casamento de faixada” vieram à tona. Eu tinha me deixado levar pela sua coragem ao me salvar, como se isso significasse que ele se importava.

                - Eu sei disso, mas nós acabamos de casar.

                - Eu não estou falando agora, sua tonta... Só quero perguntar: o quão perto você já ficou de um homem?

                - Por que quer saber disso?        

                - Precisamos ser honestos, mesmo que isso tudo seja faixada – e ali estava a palavra novamente – Preciso saber o quanto vai significar para você.

                - Eu não estou entendendo.

                - Preciso saber que não ache que a nossa relação mudou só porque eu te salvei.

                - Mas ela mudou! – corei, não queria ter dito aquilo com tanta certeza, é claro que eu estava exagerando, mas o que eu podia fazer? Não era algo que eu  podia controlar, mas poderia fingir que não sentia – Você se importa comigo, você enfrentou seu medo pra me salvar.            

                - Isso não significa que vamos ter algum tipo de relacionamento que envolva sentimentos.

                - Eu não estou propondo amor aqui... Ou sexo. – corei novamente ao dizer aquela palavra, nada daquela situação me deixava confortável, mas cada palavra que saia da boca de Oliver murchava meu coração que tinha se inflamado quando eu o vi entrar naquela quarto do motel – Só estou querendo que a nossa relação seja melhor do que antes. Oliver, eu fico presa aqui o dia inteiro e só posso conversar com Raisa e Dig, porque quando você chega quer ficar sozinho ou eu tenho medo de que você se aborreça.

                - Não seja estúpida.

                Dei um passo para frente irritada.

                - Você sai e vê várias pessoas na sua empresa, seus amigos e sei lá se vê outras mulheres. – Oliver tinha acabado de invocar a Felicity raivosa – Eu fico aqui, sem poder sair porque você acha que eu vou estragar sua farsa. – cutuquei seu ombro bom – Por que nós não podemos conversar? Tentar nos suportar, você me conta sobre o seu dia e eu te conto sobre o meu. Ou apenas fala sobre o tempo, mas é horrível morar em uma mesma casa onde mal nos falamos. Eu sou tão repugnante assim?

                - Felicity...

                - Eu quero conhecer você, saber o que fez da vida e quero que me escute. – cheguei mais perto, até que nossos pés se tocassem – Por que não dá uma chance para que tudo isso seja mais prazeroso possível?

                - Prazeroso? – Oliver arqueou uma sobrancelha insinuando a palavra e como estávamos naquele momento, mas eu tive que ignorar – Eu disse que esse seria um casamento sem sentimentos.

                - Não estou pedindo sentimentos, mas eu sei que se importa comigo. – tentei captar algo no seu olhar, ele era tão mais alto do que eu que era difícil encará-lo quando olhava para frente, deixei a esponja cair e coloquei uma mão de cada lado do seu rosto e o forcei a olhar para mim – Por que tenta esconder?

                - Eu disse que eu não “não gosto de você”, mas isso não significa... – deixei minhas mãos caírem, era inútil tentar arrancar qualquer coisa dele, ameacei dar um passo para trás, mas Oliver me segurou pela cintura e me puxou de encontro ao seu corpo. – Eu fico feliz se você estiver bem e se você estiver bem conversando comigo sobre o seu dia, tudo bem.

                - Sério? – apoiei minhas mãos no seu ombro e o abracei, suas mãos apertaram a minhas costas contra sua corpo e água continuava correndo entre nós, meu rosto estava colado no seu peito e eu sentia ele subir e descer desregulado.

                Afastei-me o suficiente para olhá-lo nos olhos, Oliver abaixou a cabeça e nossas testas se encontraram.

                - Isso. – sussurrei.           

                - Como?

                - É o mais perto que eu cheguei de um homem.

                - Então você é virgem. – não era uma pergunta.

                - Sim.

                - E você não teve ninguém? – neguei com a cabeça, Oliver desceu seus lábios e beijou meu maxilar – Ninguém que você quisesse? – neguei novamente, eu não estava pensando direito, não conseguia lembrar de nenhum garoto a qual já tinha beijado a não ser Oliver, ele desceu para meu pescoço, mordendo e lambendo, fazendo minhas pernas ficaram bambas – Ninguém que te beijasse de forma enlouquecedora? – neguei furiosamente enquanto sua mão descia provocante até a barra da minha calcinha – Ninguém que te tocasse sugestivamente?

                Neguei mais uma vez e apertei seu ombro. Oliver rapidamente me empurrou para a parede, levando uma mão até a minha cocha direita e a puxando para cima, passando a mão intimamente pela parte interior da cocha, tentei segurar um gemido, mas foi em vão. Lentamente, Oliver segurou meu quadril e me ergueu, fazendo com as minhas pernas evolvessem sua cintura, ele me segurava com apenas o braço bom, enquanto o outro passeava lentamente pela minha barriga nua, deixando um rastro de calor pela água fria que caia entre nós. Agarrei a sua nuca e apertei mais meu quadril contra o seu, sentindo mais do que devia.

                - Oliver... – sussurrei, ele voltou a me encarar, seus lábios chegaram perigosamente perto dos meus, eu fechei os olhos e esperei, mas nada aconteceu, quando voltei a abri-los, Oliver tinha voltado com sua expressão fechada e sem emoção, ele me colocou no chão e se afastou.

                - Você está praticamente nua na minha frente e se jogando para cima de mim, eu sou homem, Felicity, não ignorar mais um pedaço de carne.

                - Mais um pedaço de carne? – me abracei forte, tinha ficado repentinamente frio.

                - Não acha que eu ia fazer isso com você se não tivesse se jogando para cima de mim desde que entrou no banheiro?

                - Eu não estava me jogando, eu só queria ser gentil! – gritei, outro tapa na cara da realidade havia me atingindo, pisquei para afastar as lágrimas e funguei.

                - Se eu quisesse um consolo, arrumaria uma que falasse menos e gemesse mais baixo. – ele falou presunçosamente, enquanto pousava a mão na cintura – Não gosto do tipo que grita.

                - Você está sendo insensível. Para. – agora eu estava encarando o chão, queria ir embora, mas ele bloqueava a porta.

                - Quando eu fui diferente? Ah, quando eu te salvei da sua burrice? – ele riu amargamente.

                - Só para de falar e me deixa passar, pode terminar seu banho sozinho.

                - Como quiser!

                Ele abriu espaço e eu corri, agarrando a primeira toalha que vi pela frente, estava prestes a sair quando lembrei de algo. Quando virei para trás, Oliver estava com os braços esticados para na parede, seus membros estavam tencionados como se fizesse força.

                - Mais uma coisa – ele não se virou, a água escorria furiosamente por suas costas – Não precisa falar comigo, na verdade... Só se dirija a mim quando tivermos convidados.

                - Felicity... – havia algo na sua voz, ele parecia estar se segurando, mas eu não conseguia saber o porquê.

                - Quer saber, Oliver, vou dormir em outro quarto de agora em diante, não precisa se preocupar comigo me jogando para cima de você durante a noite.

                Oliver se virou, parecia derrotado, mas eu não podia ligar, ele desligou a água e parecia querer falar, mas eu não podia deixar.

                - Eu sou só mais um pedaço de carne, não é?

                - Desculpe, eu... – Oliver saiu do box e começou a andar até mim, eu estiquei a mão o parando, ele realmente parecia estar em uma batalha interna e um lado perdia feio.

                - Eu realmente tinha achado que algo havia mudado. – sacudi a cabeça laconicamente – Parece que eu sou uma “garota idiota” no final das contas.

                Ergui os olhos e o encarei, queria que ele visse tudo que estava lá dentro, a raiva que eu estava naquele momento por ter sido tão burra e tão ingênua, queria que visse que suas palavras tinham me magoado e queria que visse que eu estava tão vulnerável a ele que um gesto mudaria tudo. Mas Oliver não fez nada, abaixou o olhar lentamente enquanto eu saia do banheiro.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Se não leram as notas iniciais, leiam!

XOXO



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