Stepping on Roses escrita por Any Queen


Capítulo 2
Not Today


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas lindas, obrigada pelo feedback no capitulo anterior, foi muito importante para eu continua.
Para os que leem minha outra fic, não se preocupem, vou atualizá-la ainda essa semana, ok?
Espero que gostem desse, ele dá uma visão maior de como a história vai se desenrolar, então espero seus comentários, ok?
Boa leitura ♥



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We finally fall apart and we break each other's hearts
If we wanna live young love we better start today
It's gotta get easier, oh easier somehow
Cause I'm falling, I'm falling
Oh easier and easier somehow
Oh I'm calling, I'm calling
And when is it over?
Unless it is over
I don't wanna wait for that

— Not Today, Imagine Dragons

 

— O quê? – me afastei e acabei esbarrando no outro homem que tinha me agarrado segundos antes.

                - Saí fora, engomadinho, eu cheguei primeiro. – o homem me agarrou novamente, apertando meu pescoço.

                - Você não estava disposto a pagar o que ela queria – disse Oliver calmamente, eu estava ficando sem ar e não conseguia me afastar – Sugiro que solte minha mercadoria antes que a machuque, preciso dela impecável.

                - Arrume outra. – Oliver encarou o homem com um olhar calculista, como se estivesse prevendo o próximo movimento dele, comecei a tossir por falta de ar – Cai fora.

                - Acontece que você é um grande idiota, então simplesmente não tem como. – Queen pegou o braço que me apertava e puxou, eu caí no chão enquanto ele torcia o braço do homem para trás, como se não precisasse fazer força.

                - Me solta! – gritou o homem tentando chutar o loiro, o mesmo chutou seu joelho, fazendo-o cair no chão.

                - Que merda é essa acontecendo aqui? – olhei para o dono da voz, era um homem velho que vestia roupas pretas, as prostitutas começaram a se afastar na parede com medo dele, então é obvio que eu também fiquei, levantei às pressas e tentei não cair enquanto o fazia. – Não gosto de brigas com as minhas mercadorias.

                - Esse idiota – gritou o homem no chão – Não deixou que eu comprasse uma de suas garotas, Lúcios.

                Lúcios olhou para mim com curiosidade, dei alguns passos para trás e ele sorriu.

                - Ela não é uma das minhas. – ele olhou para Oliver – Mas infelizmente está causando muita confusão.

                Ele sacou uma arma e apontou para mim, congelei no meu lugar olhei para os lados tentando achar uma saída, mas não havia nenhuma. Oliver ainda prendia o homem no chão, ele olhou para a arma, mas não demonstrou medo.

                - Se ela não é uma das suas, então deixe que eu a leve sem problemas. – sugeriu Oliver.

                - Acontece, senhor Queen, que eu não posso deixar um cliente meu ser jogado no chão – Lúcios fez uma careta de inocente – Mas como você está fora de questão, a linda moreninha vai ter que dar um alô para os anjos.

                Ele puxou a trava da arma e eu fechei os olhos, esperando o tiro. Ele veio, mas eu não senti nada, abri o olho direito com medo do que veria, mas eu encontrei um Lúcios deitado no chão, com um tiro na cabeça. Olhei para frente para encontrar um homem alto e negro, apontando uma arma para frente.

                Olhei para Oliver, que socou a cabeça do homem que segurava no chão, deixando-o desacordado. Ele deu passos rápidos até mim e me puxou para o braço até o homem que ainda segurava uma arma.

                - Bem na hora, Diggle. – ele deu uma piscadela para Diggle.

                - Não temos muito tempo até os capangas dele aparecerem. Vamos!

                Oliver voltou a me puxar, mas meus pés se negavam a mover, olhei para o corpo morto no chão. Eu não acreditava que isso tudo tinha acontecido e nem fazia meia hora que eu havia saído de casa.

                - O que foi agora? – ele me olhou com irritação.

                - Eu não disse que aceitaria. – olhei para ele com determinação, Oliver não estava me pedindo algo fácil, não era possível que ele esperasse que eu aceitasse com tanta facilidade.

                - Você prefere ficar aqui e tentar a sorte? – Queen arqueou a sobrancelha com ar de superioridade.

                Suspirei, eu estava adiantando o inadiável, a proposta dele seria a melhor coisa que eu poderia ter o luxo de receber, melhor vender meu corpo para ele do que para outro maluco que me trataria mil vezes pior. Comecei a andar e deixei que ele me levasse até uma limusine preta que estava estacionada na esquina. Antes de entrar, eu parei e o encarei.

                - O dinheiro. – pedi.

                - Você ainda não fez sua parte do acordo. – ele empurrou meu ombro para dentro do carro.

                - Isso não é justo! – ele entrou logo depois e Diggle deu a partida.

                - Você mesma poderá enviar o dinheiro depois que estivermos casados. – Oliver pegou o telefone e começou a digitar.

                - Vocês vão deixar aquele corpo morto no meio da rua? – fiz uma careta de nojo.

                - Eu ainda não ouvi um obrigado, garota ingrata.

                - E nem vai ouvir – soltei ficando com raiva – Se não fosse por você não teria briga e o homem não teria aparecido.

                - Por que eu fui escolher logo uma que fala demais? – Oliver massageou as têmporas – Se não fosse por mim, você estaria sendo abusada por um cara que pagaria bem menos do que você precisava.

                - E agora você espera que eu te ponha em um pedestal? – comecei a apertar o botão de abaixar o vidro da janela.

                - Não, só quero que fique quieta, vamos ter que treinar isso também.

                - Treinar? Você não quer que eu apenas assine alguns papeis, não?

                - E o jeito que você fala.

                - Não tem nada de errado com o jeito que eu falo! – apertei freneticamente o botão, sabendo que ele logo se irritaria com o barulho, contudo, senti o cheiro de uma rosa.

                Eu odiava aquele cheiro, não sabia o porquê, mas era só sentir a fragrância que meu estomago embrulhava e minha vista começava a ficar turva. Tommy sempre disse que era algo da minha cabeça, porém eu tinha certeza que havia algo de errado com ela. Apertei o botão para fechar toda a janela e fechei os olhos.

                - Teve a decência de para com isso.

                - Eu nunca andei de carro antes, senhor Queen.

                - Oliver – corrigiu me dando um olhar coercitivo – Se vou ser seu marido, temos que parecer íntimos.

                - Estou surpresa – disse com uma falsa indignação – Já que até agora você não me perguntou o meu nome.

                - Nisso nós podemos concordar.

                - A única coisa. – ficamos quietos por um tempo, mesmo não conhecendo Oliver deu para ver que ele não gostava de ser contrariado, muito menos de usar as palavras dele contra ele mesmo – Felicity.

                - O quê?

                - Meu nome, imbecil.

                Ele olhou para mim com raiva, jogou o corpo para frente e bravejou:

                - Se me chamar assim de novo eu te jogo no fundo do oceano onde ninguém poderá te encontrar.

                - Como quiser, Oliver. – voltei a encarar a janela quando vi que entravámos no jardim de uma mansão gigante.

                Era maior do que qualquer uma que eu já tinha visto, Diggle parou o carro na entrada e saiu para abria a porta para mim, mas eu já estava saindo e acabei batendo a porta nele.

                - Desculpa, senhor Diggle. – ele fez uma careta de dor e sorriu.

                - Só Diggle está bom, ou Dig se quiser. – ele fechou a porta e colocou a mão nas minhas costas, guiando-me para a porta.

                - De agora em diante, você nunca mais abra a porta. – disse Oliver distante – Tem pessoas para fazer isso por você.

                - Por quê? Sou bem capaz de fazer isso sozinha.

                - Todos são, Felicity. – se irritou – Mas nós não precisamos.

                Dig abriu a porta, mostrando que o interior da casa era igualmente luxuoso e caro como o lado de fora. Oliver entrou tirando o terno e jogando na mesinha de centro que tinha no hall. Segundos depois, apareceu uma empregada que cumprimentou os dois homens e depois sorriu para mim.

                - E quem é essa?

                - Essa é Felicity, Raisa, minha noiva. – Oliver explicou preguiçosamente e começou a subir as escadas. – Dig, já sabe o que fazer.

                - O quê? – gritei – E o dinheiro?

                - Fundo do oceano. – avisou ele antes de sumir.

                - Não se preocupe, senhorita Felicity. – interveio Diggle – Eu mesmo vou levar o dinheiro depois do casamento.

                - E quando será esse maldito casamento? Não podemos acabar com isso logo?

                - Vamos começar a prepará-la. – disse Raisa.

                - Agora? Mas são – procurei um relógio, mas não achei nenhum – Duas da manhã.

                - Temos bastante trabalho para fazer, senhorita Felicity. – Diggle tirou o paletó.

                - Isso é realmente o jeito de tratar a noiva no dia do seu casamento. – olhei para Raisa e que ria – Não posso ser tão feia assim.

                - Não é, querida, só estou feliz que Oliver tenha finalmente escolhido alguém.

                - Não sei se você percebeu, Raisa, mas ele me odeia.

                - Ele te trouxe até aqui. – ela chegou perto de mim e passou a mão em uma mecha do meu cabelo – E você é bonita, senhorita Felicity.

                - Só Felicity. – suspirei – Antes de começarmos, eu posso pedir alguma coisa para comer? Não como faz umas... – contei mentalmente – 32 horas.

                - Pobrecita. – ela apertou meu braço – Vamos, vou fazer um banquete para você.

                - Posso entrar no jantar também? – perguntou Diggle, demorei para perceber que ele estava se dirigindo a mim.

                - Claro. – sorri – Se Raisa não se importar de fazer mais um pouco.

                - É uma pessoinha particular, senhorita Felicity. – constatou a empregada.

                - Meu ponto forte.

                Raisa acabou fazendo comida para um batalhão. Enquanto ela fazia, Diggle me informou que o casamento seria amanhã às oito e teria apenas os amigos mais íntimos de Oliver, já que ele não tinha família, fato que Dig me alertou intrinsicamente de nunca comentar com Oliver. Quando terminamos de comer, me sentia mais gorda do que o cantor de “Somewhere over the Rainbow”, Raisa retirou um pouco para Oliver e foi levar para ele, sobrando mais da metade do jantar.

                - Como eu queria que as crianças estivessem aqui, teriam adorado a comida de Raisa. – acabei de tomar a água e soltei um arroto culpado.

                - Se fizer isso na frente de Oliver ele te joga no fundo do oceano – nós rimos e eu arrotei novamente.

                - Esse é meu estomago feliz.

                - Por que não fazemos o seguinte: você me passa o endereço da sua casa, eu levo essa comida para seus irmãos e durante esse tempo, Raisa te leva para tomar um banho e começar os preparativos.

                - Você faria isso? – sorri verdadeiramente pela primeira vez no dia.

                - Não vai dar trabalho nenhum.

                - Muito obrigada.

                Raisa entrou na cozinha enquanto Dig saia, ela colocou a louça no lava-louça e me levou para o andar de cima. Passamos por várias portas fechadas até entrarmos em um quarto onde havia um vestido escondido por uma capa protetora jogado em cima da cama. Ela me guiou direto para o banheiro e abriu a torneira da banheira.

                - Vamos ter que jogar essa roupa fora. – constatou.

                Me olhei no espelho instantaneamente, minha roupa era velha, meu cabelo estava bagunçado e meus olhos vermelhos, tinha que mudar tudo aquilo para casar com um bilionário em cinco horas. Alcancei meu sutiã onde estava escondido o lenço do Príncipe Misterioso e suspirei, ele ficaria na minha memória e só nela.

                - Será que poderia guardar isso para mim? – perguntei entregando para Raisa.

                - Algum namorado? – ela colocou no bolso e mediu a temperatura água.

                - Não. Só uma pessoa que me ajudou quando ninguém mais olhou para mim.

                - Essas são as melhores.

                Tirei o vestido, o sapato e as roupas de baixo, entrei na água e suspirei aliviada, nunca tinha tomado um banho como aquele. Raisa começou a massagear meu cabelo, lavando-o e passando alguns produtos. Deixei-me descansar durante aquele tempo, repassando o dia na cabeça, eu me casaria em algumas horas. Isso não era algo bizarro? Nunca imaginei que ia casar na vida, ainda mais com um bilionário. Nunca imaginei que teria uma mansão, um motorista e uma empregada, nunca mais teria que me preocupar com contas e, por causa disso, as crianças também não precisariam.

                Pensar nelas me fizeram ficar triste, a ideia de que nunca mais fosse vê-las me deixou nauseada, eu amava aquelas pestinhas, não podia nunca mais vê-las, daria um jeito de fugir por algumas horas. Contudo, precisava lidar com um casamento com um playboy irritado com o mundo primeiro.

                - Vamos, senhorita Felicity.

                Sai dos meus pensamentos e mergulhei, tirando as coisas que ela tinha passado no meu cabelo e esfregando meu corpo. Assim que me senti limpa, levantei e deixei que Raisa me envolvesse em uma toalha branca.

                Quando abri os olhos, acabei dando um grito.

                - Que merda é essa? – passei a mão freneticamente no cabelo não acreditando que ele estava daquele jeito – O que você fez com ele?

                - Achei que seria sua cor, senhorita, te deixou mais viva.

                - Parecendo uma patricinha, você quer dizer. – ela me entregou um roupão e eu o vesti com raiva.

                - Está linda! Bem melhor do que o preto.

                - Eu estou loira! – gritei – Loira! Que porcaria. Só falta querer me vestir de rosa.

                Raisa me levou para o quarto e começou uma série de depilações pelo meu corpo, depois de estar toda doída, ela começou a secar e modelar meu cabelo. Quando tudo terminou, o sol já estava nascendo e meu sono estava me assombrando. Estava prestes a me levantar da cama que estava sentada a horas, mas a emprega me empurrou de volta e começou a me maquiar.

                - Está ficando a coisa mais linda. – cantarolou.

                - Estou ficando doída. – cantarolei, imitando-a.

                - Está quase acabando... – ela fez mais alguns retoques e se afastou – Perfeito.

                - Você não cogitou de se demitir e abrir um salão de beleza? Tenho certeza que você terá mais tempo.

                - Cuido da família Queen desde que o senhor e a senhora Queen se casaram, não posso deixar o menino Oliver.

                - Posso saber, pelo menos, quais eram os nomes dos pais dele? – levantei e deixei que Raisa pegasse o vestido – Alguém pode perguntar no casamento.

                - Moira e Robert Queen. – a emprega abriu o fecho do vestido branco e passou por cima da minha cabeça – Eram pessoas maravilhosas.

                - Diferente do filho. – murmurei.

                - Oliver é uma boa pessoa. – puxei meus  terríveis cabelos loiros para que Raisa puxasse o feixe, o vestido serviu perfeitamente, como ele poderia saber meu tamanho?

                - Já acabamos? Me sinto polida até a carne.

                - Sim, senhorita. E... – ela olhou no relógio de pulso – Bem na hora, vou chamar Oliver.

                Assim que Raisa saiu, fui até o espelho mais perto e levei um susto, tive que tocar meu próprio rosto para ter certeza que era eu quem estava nele. Estava maquiada perfeitamente, com as bochechas com um fraco rubor, um batom marcante e os cílios fortemente delineados. Meus cabelos loiros estavam soltos caindo nos ombros com ondas perfeitas e o vestido... O vestido tinha caído perfeitamente, era de ceda e tinha um decote que valorizava meus seios, eu realmente não era eu mesma. Essa era uma nova Felicity, a que eu teria que fingir.

                - Até que você está bonita. – disse um voz atrás de mim.

                Virei para trás, ele estava vestindo um smoking caro e tinha uma expressão séria. Não podia negar que ele também estava bonito.

                - Estou loira. – constatei com um careta.

                - Sua cor. – ele tirou uma caixa do bolso e eu prendi a respiração, o anel não era dado na hora? Não estava preparada para ver o anel, ele faria tudo ficar real, minha desistência do amor para ficar presa a uma vida de mentiras. – Era da minha mãe, acho melhor você usar.

                Oliver abriu a caixinha preta, revelando um par de brincos de cristal. Soltei o ar que estava prendendo maravilhada, era a coisa mais linda que eu já tinha visto. Ele me entrou a caixa e eu comecei a colocá-los.

                - De agora em diante você precisará se comportar como uma verdadeira dama. – disse – Terá aulas com Diggle todos os dias, sem exceções. Preciso que as pessoas pensem que você é rica e de berço, se você demonstrar algo diferente... Fundo...

                - Do oceano. – completei – Já entendi.

                - Temos que concertar isso também. – falou como se estivesse fazendo uma lista mental – Eu sou umas das pessoas mais famosas de Starling, qualquer coisa que você faça sairá nos jornais, por isso, não saíra dessa casa a menos que eu permita.

                - De noiva para prisioneira. – levantei a mão antes que ele falasse alguma coisa – Não estou reclamando.

                - Não falará a menos que necessário – ele ficou em silencio por uns segundos e depois começou a andar na minha direção, me prendendo na parede – Eu não vou te amar e nem você deve se apaixonar por mim. Entendido? Eu estou comprando a sua vida.

                Aquela frase tinha me dado um frio na espinha, ela representava o que eu estava desistindo.

                - Entendido.

                - Que bom.

                Com isso, ele saiu do quarto, me deixando sozinha com meus medos. Alguns minutos depois, Diggle apareceu na porta e me levou para fora até a limusine, Oliver não estava lá dentro e eu não tive coragem de perguntar onde ele estava. Depois de poucos minutos dentro do carro, chegamos a uma pequena igreja no meio de um campo, ela estava toda decorada com flores e panos brancos. Eu continuava me perguntando como ele tivera tempo para organizar tudo aquilo.

                Quando Diggle parou o carro, comecei a abrir a porta, mas ele logo se adiantou e abriu primeiro, suspirei e sai do carro com medo de pisar no vestido. A porta da igreja que estaca fechada, foi aberta abruptamente, revelando um templo lotado de pessoas que eu nunca tinha visto na vida. Diggle me entregou um buquê e a música começou a tocar.

                Com o coração quase pulando do peito, comecei a andar em passos rápidos para que aquilo acabasse logo. Oliver estava no altar, sorrindo para mim como se eu realmente significasse alguma coisa, não me importei em sorrir, ele poderia dizer que eu estava nervosa. Quando cheguei no altar, ele me deu um beijo na bochecha, a qual quis passar um pano com alvejante e sussurrou:

                - Sorria... Fundo do Oceano.

                Sorri nervosa e me ajoelhei. A cerimonia passou como flashes, algumas palavras de um padre qualquer... Qual é, eu era judia. Quando finalmente veio a temível pergunta, Oliver respondeu com um sonoro sim, sem nem mesmo hesitar.

                - E senhorita Felicity Meghan Smoak, aceita Oliver Jonas Queen como seu digníssimo esposo? Para amá-lo, respeitá-lo, até o fim de suas vidas? – como ele tinha descoberto o meu nome completo?

                Olhei para o padre em nervosismo, a voz de Oliver veio na minha cabeça, assim como as crianças. Respirei fundo e soltei antes que me arrependesse:

                - Aceito.

                - Com o poder investido em mim, vos declaro: marido e mulher. Pode beijar a noiva.

                Espera, o quê? Ninguém tinha dito nada de beijo, eu não queria beijá-lo, não queria mesmo. Que merda, o rosto dele chegava cada vez mais perto, era como se estivesse em câmera lenta. No momento que os lábios dele encontraram os meus, o meu único extinto foi levantar a mão e dar um tapa nele.

                Oliver se afastou, afagando o rosto com uma expressão assassina. Depois ele começou a rir e se virou para a multidão.

                - Felicity é de uma família conservadora, odeia demonstração de afeto em público.

                A multidão começou a rir e Oliver começou a me puxar para a saída, apertando meu braço forte demais. Queria protestar, mas sabia que ele não arrumaria uma desculpa para aquilo, ele chegou perto do meu ouvido e sussurrou:

                - Vou falar com algumas pessoas, tente não falar nada.

                Na mesma hora, uma mulher muito bonita se aproximou, abraçou Oliver e sorriu para mim.

                - Felicity, essa é Laurel. – ela esticou a mão para mim e eu aceitei, não segurando por tempo mais que o necessário.

                - É maravilhoso te conhecer, nunca íamos imaginar que nosso Oliver aqui ia casar, ainda mais com uma mulher conservadora. – ela riu e piscou para mim – Eu e Ollie já fomos namorados, eu ficaria de olho.

                Somente sorri, percebendo que o aperto dele ficava mais forte.

                - Me desculpe, Laurel, tenho que ir procurar Ray, se eu for embora antes de falar com ele, já sabe...

                A loira sorriu e afagou o braço do meu... Marido. Eca.

                - Tome cuidado com Ray, Felicity. – disse a ex-namorada de Oliver – Esses dois são como irmãos, então ele sempre pode te deixar para sair com ele. Mesmo que agora Ray seja o solteiro mais cobiçado de Starling City, já que Ollie está fora de jogo.

                - Como se Ray não gostasse da atenção. Veja, lá está ele...

                Assim que me virei desejei nunca ter feito, o meu Príncipe Misterioso estava onde o melhor amigo de Oliver deveria estar... Isso não podia estar acontecendo.

                Meu Príncipe era Ray Palmer.


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Notas finais do capítulo

E ai?



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