Stepping on Roses escrita por Any Queen


Capítulo 1
Kiss from a Rose


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem pessoa, como sempre, só vou continuar se receber pelo menos um comentário e reforço meu pedido de alguma alma boa fazer uma capa pra mim.
Boa leitura ♥



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There used to be a greying tower alone on the sea
You, became the light on the dark side of me
Love remains, a drug that's the high and not the pill
But did you know that when it snows
My eyes become larger
And the light that you shine can be seen?

Baby, I compare you to a kiss from a rose on the gray
Ooh, the more I get of you, the stranger it feels yeah
Now that your rose is in bloom
A light hits the gloom on the gray

— Kiss from a rose, Seal

— Thomas Merlyn, eu não acredito que você nos trouxe outra criança!

                Gritei enquanto jogava a vassoura no chão. Era a terceira criança que Tommy trazia para casa, algo que eu achava altruísta de sua parte, mas o que ele não entendia era que não tínhamos condições de cuidar nem de nós mesmos.

                Nossos pais morreram quando eu tinha quatorze anos e Tommy dezoito, não tínhamos família ou bens, somente o apartamento que alugávamos de um casal no Glades. Não tínhamos muitas coisas que podíamos chamar de nosso, tudo de valor do apartamento foi vendido para pagar comida ou dividas que Tommy arrumava.

                Ele não arrumava um trabalho fixo, vivia fora de casa apostando e de vez em quando ele trazia uma criança que ele achava na rua. Tommy não era uma má pessoa, eu sabia que ele sentia pena por essas crianças quando as tirava da rua, só eu sei o quanto ele temeu que uma dessas crianças fosse eu. Contudo, ele largava a criança comigo e sumia por semanas, quando voltava, estávamos sempre quase a ser despejados e sem comida na despensa.

                Dependíamos sempre da sorte, nunca sabíamos o que íamos comer ou ter para o outro dia, não sabíamos o que faríamos se um de nós ficasse doente ou se um dia Tommy não voltaria para casa com o dinheiro do aluguel. O que aconteceu várias vezes, nessas situações de desespero, eu ia para os casinos da cidade jogar pôquer para sanar nossas dividas. Eu era muito boa nisso, conseguia bastante dinheiro – que Tommy roubava depois, para comprar roupas chiques, ele era acompanhante de mulheres ricas – , contudo, depois de ganhar sempre e sem perder nunca, me expulsaram dos casinos por me acusarem de trapacear.

                Com isso, agora só me restaria uma única opção caso Tommy nos deixasse sozinhos: eu teria que vender meu corpo. Era algo comum no Glades, tão comum que essa proposta já apareceu para mim inúmeras vezes, mas eu sempre tive o pequeno luxo de recusar por causa do dinheiro que ganhava no pôquer, o que agora era um luxo.

                Parei de vaguear sobre como seria de agora em diante e olhei para a pequena criança encolhida nos braços de Tommy. Não deveria ter mais de dois anos, era negra e com grandes olhos castanhos, usava uma roupa rasgada rosa e tinha olhos vermelhos de tanto choro. Eu a aceitaria é claro, mesmo não podendo sustenta-la.

                - Pensei em Sara. – Tommy me entregou a criança e se jogou no sofá.

                - Combina com ela. – olhei para a pequena menina e afaguei sua cabeça – Você deve estar com fome.

                - Estou sim, o que temos para comer? – perguntou meu irmão do velho sofá e única mobilha da sala.

                - Para você? Nada. Para as crianças? Sopa. – dei de costas para ele e levei Sara até a cozinha, onde Willian e Roy estavam sentados.

                Roy era o mais velho, tinham quinze anos e me ajudava sempre que era possível. Tínhamos o encontrado na chuva e todo machucado em um beco há três anos, ele era teimoso e com raiva do mundo na época, agora era um garoto muito carinhoso comigo e Willian e sempre discutia com Tommy.

                Willian tinha sete anos, encontramos um ano depois de Roy, tinha sido abandonado perto de um Big Belly Burguer, não queríamos dar um lar para ele na época, apenas queríamos que ele comesse alguma coisa e tomasse um banho, porém Tommy insistiu e o pobrezinho acabou ficando e fazendo parte da família.

                - Quem é essa? – perguntou Roy.

                - Pelo visto, Sara. – entregueia a Roy e afaguei a cabeça de Willian, estava prestes a ir lavar a louça quando senti algo estranho e voltei para encarar a criança. – Willian, querido, você está se sentindo bem?

                Ele negou e eu abaixei para ficar da sua altura, envolta de seus olhos estavam vermelhos e seu cabelo loiro escuro suado. Coloquei novamente minha mão em sua testa para sentir sua temperatura, estava pelando.

                - Está assim há muito tempo? – ele negou fracamente.

                Minha respiração sumiu, não precisava saber muito de ciência para reconhecer que Will não estava bem, seu rosto estava pálido e isso eu tinha certeza que não era algo bom.

                - Roy – chamei – Pegue Will, vamos ao hospital.

                - Mas, Felicity, não temos dinheiro. – Ele se ergueu e começou a protestar.

                - Temos que tentar! – Corri para a cozinha e comecei a balançar Tommy para que ele acordasse, demorou um pouco, mas ele sacudiu a cabeça e me fuzilou com o olhar.

                - Está maluca? – Tommy passou a mão pelo cabelo e bocejou.

                - Conseguiu algum dinheiro hoje? – Perguntei desesperada.

                - Sim. – Mas sua feição logo se tornou de culpa – Só que eu o perdi em um jogo.

                - Você é um idiota completo ou ainda existe alguma coisa boa em você? Seu grande filho da... – me controlei, não ia xingar minha falecida mãe.

                - Você disse que tinha comida. – Ele voltou a relaxar no sofá – E, além disso, os Bertinelli ainda não vieram cobrar o aluguel.

                - Não é sobre o aluguel, imbecil.

                - Olha o jeito que fala comigo, eu que te sustento.

                - Você é tão cego assim? – Joguei os braços para alto – Você perde tudo o que ganha e nem vem me dizer que é mentira, senão teria algum dinheiro agora.

                - Ótimo. – Ele pulou do sofá e foi com passos rápidos até a porta – Faça sua mágica Smoak e eu faço a minha. – Com isso ele bateu a porta, me deixando sozinha na sala boquiaberta.

                - Bastardo! – Enfureci.

                Corri até o quarto e peguei um casaco para mim e um para Will, voltei para cozinha e o enrolei com a peça grande demais.

                - Roy, você leva o Will e eu levo a Sara.

***

                Pegamos um trem até o centro da cidade onde ficava o único hospital de Starling. Sara começou a chorar no meio do caminho e Will estava de olhos fechados, não queria nem pensar no que de pior estava passando.

                Quando chegamos ao hospital, Roy correu com Willian para dentro e eu corri até a bancada da emergência.

                - Precisamos de ajuda. – desesperei-me.

                - Você e todo mundo que chega aqui, querida. – disse a recepcionista sem nem olhar no meu rosto.

                - Ele desmaiou faz dez minutos. – aumentei o tom de voz – É apenas uma criança.

                - Ele tem plano de saúde? – perguntou sem ainda olhar no meu rosto.

                - Não. – comecei a ficar irritada, não precisava de tantas perguntas par ver que o menino estava mal – Só chame algum médico.

                - Estamos com falta de pediatras aqui. – ela finalmente olhou para mim e fez uma careta.

                Eu não era arrumada ou bonita, isso eu sabia, mas era de se esperar que em pleno século XXI as pessoas não julgassem o outro pela aparência. Eu tinha cabelos longos e pretos, sempre abusava no lápis e nas roupas escuras, não que eu tivesse que me preocupar com a minha aparência.

                - Não ligo! – gritei – Eu vou processar essa porcaria de hospital senão me arrumarem uma porcaria de médico para cuidar de uma criança!

                - Vou chamar os seguranças se continuar com essa gritaria, garota. – continuou com sua voz enojada.

                - Agora você sabe usar o telefone? –

                - Um minuto. – disse com um suspiro, ela pegou o telefone – Doutor Paul, emergência na entrada 2. – a recepcionista disse com tanta calma que não parecia que tinha uma criança quase morrendo. – Ele está a caminho.

                - Foi difícil, Gertrude? – bati na bancada e fui ao encontro de Roy. – Tem um doutor vindo.

                - Ele está resmungando coisas sem sentindo. – disse o loiro, Sara começou a chorar e eu tive que colocá-la no chão, ela começou a correr por toda a recepção.

                Assim que o doutor levou Will, nós sentamos na recepção derrotados, Sara estava dormindo e Roy tentava manter os olhos abertos. Não poderíamos mantê-lo no hospital, não tínhamos como pagar e nem como comprar remédios, e eu sabia que ele precisaria de remédios. Não fazia ideia onde Tommy estava e nem se ele voltaria algum dia, e o pior era que uma hora ou outra, os Bertinelli viriam cobrar o aluguel.

                - Felicity Smoak, certo? – perguntou o velho médico a minha frente, entreguei Sara a Roy e me levantei, temendo o pior.

                - Sou eu.

                - O menininho está bem, foi uma virose das terríveis. – ele sorriu e eu suspirei, o pequeno Willian ficaria bem – Mas precisará de cuidados.

                - Com cuidados você diz... Remédios. – ele assentiu e eu comecei a sentir as lagrimas quererem descer pelo rosto, olhei para luz e tentei me controlar, eu estava esperando por isso.

                - Aqui está a lista. – o doutor me entregou um pequeno laudo e se afastou com um sorriso terno.

                - Roy, fique aqui com Sara e Will. – sequei uma lagrima que caiu e respirei fundo, e precisava ser forte, pelas minhas crianças, eu precisava ser forte – Vou atrás desses remédios.

                - Como que você vai conseguir isso, Felicity? – ele se levantou – Não faça o que eu estou pensando que você vai fazer.

                - Ainda não. – tranquilizei-o, tentando fazer o mesmo comigo – Vou tentar a fé na humanidade primeiro.

                Sai pelas ruas e vi que tinha começado a chover, entrei na primeira farmácia que encontrei e tentei fazer com que me desse o remédio, mas é claro que não acreditaram em mim. Fiz isso com todas as outras dez que eu encontrei, mesmo sabendo que nenhuma delas iria me ajudar, eu me recusei a perder a esperança.

                Entrei na décima primeira farmácia, sabendo que ela era a última, já tinha chegado na parte mais rica da cidade, onde ficavam as empresas de luxo de Starling. Estava praticamente vazia, então eu fiz um barulho horrível quando entrei toda molhada no estabelecimento. Segui vergonhosamente até o balcão e esperei pacientemente alguém me atender.

                - Não temos esmolas. – soltou o homem.

                - Primeiro, eu não sou mendiga, tenha mais respeito. Segundo, eu quero apenas que seja um bom ser humano e me ajude a salvar a vida de um menininho no hospital.

                - Eu não vou cair nessa, garotinha.

                - Não é mentira! – adiantei-me, desesperada – Você é minha última opção, ele precisa dos remédios e eu não tenho dinheiro para pagar.

                - Vá tentar a sorte em outro estabelecimento. – ele estava prestes a me deixar sozinha, eu segurei o seu pulso e ele fez uma cara de repulsa. – Se não me soltar eu vou chamar o segurança, pestinha.

                - O senhor pode vir comigo se quiser até o hospital, vai ver que é verdade. Por favor, se você acredita em algum tipo de deus.      

                - Segurança! – ele puxou o braço e volta e me encarou com nojo.

                - Você não vai ajudar uma criança! Seu cretino! – o segurança segurou pela minha barriga e começou a me despachar – E se fossem suas filhas? Você as deixaria morrer no leito de hospital.

                O segurança me jogou para fora da loja e eu cai no asfalto molhado, enquanto a chuva me pegava mais uma vez.

                - Isso não pode ser justo! – gritei sem saber com quem falava – Willian não pode morrer, tem apenas sete anos! Não é justo – comecei a diminuir o tom de voz, uma vez que as lagrimas começaram a jorrar – Só não tivemos a mesma sorte.

                - Eu concordo com você. – olhei para cima, uma figura alta e morena surgiu em cima de mim, oferecendo a mão para me ajudar a levantar, aceitei de bom grado e deixei que me puxasse para debaixo de um toldo – Não desista – disse ele novamente com sua voz forte – Salve o menininho – seus olhos alcançaram o meu ele me entregou um lenço fechado, acariciou a minha bochecha e saiu.

                Eu não consegui processar o que estava acontecendo, o homem alto estava vestindo um terno preto caro e andou até se encontrar com outro homem que também vestia roupas caras. Eu não tinha conseguido agradecer, apenas fiquei boquiaberta com aquele gesto, ele tinha sido meu príncipe de armadura brilhante. Passei a mão onde a sua tinha tocado meu rosto e suspirei. Lembrei que ele tinha me entregado um lenço e olhei para minha mão que pendia no ar.

                O lenço tinha um volume, assim que abri, vi que possuía um maço de dinheiro cuidadosamente dobrado, não consegui segurar o riso de felicidade. Corri para dentro da farmácia e depois de muitos protestos do homem que havia me atendido, consegui os remédios e corri de volta para o hospital.

                                                                               ***

                Assim que chegamos em casa, Roy levou Willian e Sara para o quarto, guardei os remédios cuidadosamente no armário da cozinha e escondi o resto do dinheiro do Príncipe Misterioso para Tommy não gastasse se ele fosse voltar. Levei a mão no bolso e encontrei, também cuidadosamente dobrado, o lenço dele, tirei vagarosamente e o acariciei, era de ceda cara, com bordados finos e cuidadosos, além de estar escrito as iniciais do meu Príncipe Misterioso: RP.

                Uma batida na porta me fez acordar, guardei o lenço de volta e fui atender. Helena Bertinelli me encarava do outro lado da porta com sua cabeça erguida e aura mesquinha. Respirei fundo e tentei não ficar nervosa.

                - O aluguel. – disse ela – Está atrasado três meses.

                - O quê? – senti o mundo sumir dos meus pés – Isso é impossível, entreguei o dinheiro à Tommy... – me cortei, aquele desgraçado não tinha pagado o aluguel fazia meses e ele nem fazia questão de me contar.

                - Desculpe, Felicity, mas vocês serão despejados senão pagarem a dívida.

                - Quanto é? – massageei a têmpora e comecei a andar para onde estava guardado o dinheiro que tinha sobrado.

                - Três mil.

                - Jura? – ela assentiu, eu segurei as lagrimas novamente para não me mostrar fraca na frente dela e estendi o dinheiro – Um adiantamento, para assegurar que não sejamos despejados durante as próximas quarenta e oito horas.

                Ela contou o dinheiro e bufou.

                - Tudo bem. – com isso, ela fechou a porte, me deixando com a meu terrível, mas inevitável, destino.

                Andei lentamente até o meu quarto e troquei a roupa que estava por um vestido curto e apertando, enojando cada movimento que eu fazia, mas não tinha escolha, as crianças precisavam de mim, não ia deixar que elas morassem na rua. Prendi o cabelo e guardei o lenço do Príncipe Misterioso no sutiã.

                Escrevi um bilhete para Roy e saí temerosa do apartamento.

                Não demorou muito para que eu achasse o ponto onde ficavam as prostituas de luxo, os Glades eram cheios delas e eu sabia exatamente qual era o ponto. Andei timidamente até elas, sentindo seus olhares pelas minhas costas, não deixei me abalar, continuei andando até ficar na esquina.

                Um carro logo parou e abaixou o vidro. Era um homem velho e asqueroso, me afastei correndo deixando que outra pegasse o cliente. Eu estava sendo medrosa, não podia me dar o luxo de escolher com quem seria, teria que me contentar com o que viesse. Só que uma parte de mim, a parte egoísta, queria que eu corresse de volta para casa, que não me vendesse daquele jeito, queria que eu vivesse a minha própria vida. Contudo, os rostos de Roy, Sara e o doente Will vieram na minha cabeça, nebulando qualquer pensamento individualista, eles contavam comigo.

                Respirei fundo tentando me acalmar e voltei para esquina, um homem de quarenta anos me agarrou pela cintura e começou a se apertar em mim, tentei me afastar, mas ele não deixou.

                - Nova por aqui? – sua voz estava um pouco embargada – Quanto custa?

                - Três mil. – disse com voz firme.

                - Três mil? – ironizou e começou a rir – Você não vale isso tudo, gostosa.

                - É três mil ou nada. – o empurrei forte – E ai?

                - Não tenta, querida. – disse uma das prostitutas – Ninguém vai pagar isso por você.

                - Eu já disse: três mil ou nada. – dei passos para trás para me afastar do homem que havia me agarrado e minhas costas encontram com um estrutura solida, olhei para trás para encarar um homem loiro e alto.

                - O quanto você está desesperada? – ele tinha uma voz grave, estava sério e não demonstrava nenhum tipo de sentimento, seus olhos eram de um azul gélido, porém, não tinha sentido nojo dele, o que era uma novidade.

                - Faço qualquer coisa por esse dinheiro. – tentei não deixar o meu medo transparecer.

                - Vou te pagar dez mil... – a prostituta que tinha me sacaneado se jogou nos ombros dele, ela era bem mais bonita do que eu, mas eu não podia perder essa chance, era muito dinheiro.

                - Oliver Queen... O que o bilionário mais gostoso da cidade quer com essa interesseira? – ela passou a mão pelo corpo dele, mas Oliver apenas tirou seus braços pegajosos de cima dele.

                - Você não serve para o trabalho, querida, saia. – a morena fez beicinho e saiu.

                - E eu sirvo? Tenho que adiantar que é a minha primeira vez aqui...

                - Isso é algo que todos percebem. – ele olhou para meu corpo de cima abaixo e ficou um minuto em silencio, ponderando – Você é bonita por baixo disso tudo.

                - Eu não quero elogios, eu quero o dinheiro. – irritei-me.

                Oliver era bonito, não tinha dúvidas que tinha todas as mulheres da cidade aos seus pés, não entendia o que ele queria comigo, mas não ia perder a chance.

                - Ótimo. Por que o que acontecerá entre nós será extremamente profissional, não espere nenhum tipo de sentimento por mim, porque nunca terá. Entendeu?

                 Um arrepio correu pela minha espinha e eu assenti.

                - Dez mil, certo?

                - E mais, dependendo de como você agir. Se for uma boa garota...

                - Qual é o trabalho? – o cortei.

                - Você vai se casar comigo.


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Notas finais do capítulo

Continuo?