Stepping on Roses escrita por Any Queen


Capítulo 12
Bad liar


Notas iniciais do capítulo

Gente, como eu não demorei, acho que eu poderia ganhar recomendações, né??
Bem, como prometido vamos ver um Ray mais doido e os planos para acabar com nosso OTP
Espero que gostos, babies

XOXO



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In my room there's a king size space
Bigger than it used to be
If you want, you can rent that place
Call me an amenity
Even if it's in my dreams

Ooh, you’re taking up a fraction of my mind

— Bad liar, Selena Gomez

*(NARRADOR ONISCIENTE)

~ Casa de Ray e Sara ~ 

 

Sara estava assustada.

Ray se mexia incontrolavelmente na cama, como se estivesse tendo um sonho ruim e isso estava acontecendo com frequência nas últimas semanas. A loira chamou o marido, ele acabou acordando com um pulo, olhando para os lados a procura de alguma coisa.

— Cadê ela?

Ray olhou para os lados, estava com Felicity há um segundo atrás e agora sentia um frio, queria voltar para ela, estava viciado nos pensamentos sobre ela, era quase doentio. Encontrou uma figura loira ao seu lado, não pensou, apertou o corpo na cama e começou a atacá-la com sua boca. Sara estranhou a aproximação do marido, ele nunca agia assim com ela, sempre a tratando com um frio congelante, como se ela fosse um quadro na parede que não merecia atenção. Contudo, ela não o rejeitou, deixou que a beijasse com fervor, sabia que tinha algo de errado em sua urgência, mas amava Ray e, por mais que doesse saber que ele não a imaginasse quando tinha esses momentos, ela correspondia. Ainda não sabia quem ele imaginava, mas já odiava quem quer fosse.

Ray parou por um momento, tinha algo de errado, aquela não era sua Felicity, ela não estava lutando. Quando ele a imaginava, pensava como seria agarrar seus pulsos e não deixar que ela se movesse, ela lutaria e tentaria se soltar dele, e isso fazia com que ele a desejasse mais. Ele queria que ela resistisse, queria ter que segurar seu quadril quando entrasse nela, queria que ela gritasse por ajuda. Queria sentir seu desespero.

Mas não era isso que estava acontecendo, a imagem loira a sua frente estava o beijando com bom gosto, não precisava forçar a nada e não era isso que queria. Levantou o olhar e seu olhar entrou em foco, certamente era um loiro parecido, mas não era Felicity, era sua esposa incompetente. Bufou e a empurrou, Sara soltou um grito, mas ele não se importou, apenas saiu da cama, não se importando com sua nudez, e seguiu até seu estúdio.

A casa que seu pai arrumara não era grande, ficava na cidade e o barulho dos carros o irritava. A noite ainda brilhava fora da janela, assim, seguiu até o pequeno quarto que deixava sempre trancado. Por mais que seus impulsos o mandassem ir atrás dela, Ray sabia que para um ganho de longo prazo, deveria seguir a lógica.

Seguir esse casamento arranjado para o mundo lá fora, dar espaço para Oliver e Felicity para que eles esquecessem dele com o tempo, tudo isso para ter tempo, tempo para arrumar um plano. Ray sabia que tinha algo estranho com o casamento repentino do herdeiro da Queen Consolidated, ele só precisava saber o que era.

Destrancou o estúdio, as sombras tomaram sua visão, mas ele não ligou a luz do cômodo, apenas abriu as cortinas e deixou que a luz da cidade clareasse os contornos do local. Preferia fazer isso no escuro, onde sua imaginação ia mais longe, onde suas mãos iam mais longe. Olhou para seus quadros, agora que sua visão estava se ajustando, conseguia ver as pinturas, o contorno de uma mulher nua, mas nunca era mulher desconhecida. Era ela, sempre ela.

Soltou um gemido e começou a se tocar, movendo suas mãos no local onde seu corpo mais doía por seus pensamentos. Queria Felicity e a teria, não importava como e nem quanto tempo fosse demorar, mas a tiraria de Oliver e o veria definhar aos poucos.

 

 ~ Banco Palmer, dia seguinte ~

Slade e estava começando a ficar impaciente, estava sentado na mesma cadeira há uma hora esperando Palmer decidir aparecer em sua própria empresa. Sebastian insistiu que tinha algo de estranho na forma que a relação entre os dois bilionários de Starling City tinha acabado, então fez com que Slade fosse atrás de Palmer e tirasse alguma coisa dele.

            Precisava descobrir todo o segredo daquele bastardo do Oliver Queen, ele era um playboy mimado que não sabia nada sobre a QC, mas por causa de um contrato estúpido, tinha ficado com tudo. E agora que seu pai tinha morrido, Oliver era dono legítimo de tudo, mas tinha que ter algo que o destruísse e Slade estava contando que fosse aquela esposa de mentira.

            Ray Palmer entrou com um estrondo, fazendo Slade levantar com um pulo, ele  fechou o paletó e esticou a mão para o homem que tinha acabado de entrar.

            - Senhor Palmer, sou Slade Wilson. – Palmer aceitou a mão com um aperto breve e se sentou do outro lado da mesa, acertou a postura e encarou o homem a sua frente com suspeita.

            - Estou ciente de que não veio aqui tratar de problemas burocráticos entre meu banco e a QC.

            - Certamente. – Slade deixou seu melhor sorriso de cumplicidade tomar seu rosto – Queria que concordássemos em falar abertamente, senhor Palmer.

            - Prossiga.

            - Eu e meu sócio, Sebastian Blood, temos preocupações com a gerencia de Oliver Queen e, honestamente, não queremos ele como dono das Indústrias Queen.

            - E o que eu tenho a ver com isso, senhor Wilson?

            - Achamos interessante seu afastamento repentino do senhor Queen, creio que era de domínio público que vocês eram melhores amigos. Desculpa mina intromissão, mas acreditamos que esse afastamento tem relação a esposa de Oliver, estou certo?

            Ray não respondeu, manteve seu rosto sem expressão.

            - Acho que não me entendeu, senhor Palmer, queremos suas informações e sua ajuda, em troca, você terá nossas informações e nossa ajuda para ter seu objetivo.

            - E qual seria meu objetivo?

            - Me diga o senhor, o que Oliver Queen tem que é de seu interesse?

 

FELICITY 

— Sara! – gritei mais alto do que deveria – Esse é seu nome certo?

            A garota loira a minha frente assentiu, ela estava segurando uma garrafa de vinho bem caro. Afastei-me da porta para dar passagem a ela, minha mão começou a soar, o que a esposa de Ray Palmer queria comigo? Ele não podia estar por trás disso, não seria tão doente a ponto de usar a esposa para chegar até mim.

            - Sou irmã da Laurel, esposa do...

            - Ray. – completei.

            - Eu fui no seu casamento e achei que era hora de nos conhecermos, afinal, nossos maridos são melhores amigos.

            Resisti ao impulso de dizer que Oliver não falava mais com Ray, mas para isso teria que revelar toda a história que eu tinha com o marido dela, e não era uma coisa que eu faria.

            - Claro. – tossi – Deixa eu guardar isso.

            - Pede para algum empregado. – Sara olhou para a casa – Nossa, é um mansão e tanto.

            - É da família Queen.

            - Sim, a família Palmer tem uma parecida, mas Ray ainda tem os pais, então não moramos lá. – não consegui perceber um tom de desdém, mas com certeza não foi legal da parte dela.

            - Acho que Oliver adoraria morar em uma casa pequena se isso significasse que a família dele estava viva.

            - Sim, com certeza. – Sara dá uma risada – Me desculpe, sempre falo demais quando estou nervosa.

            - Nervosa?

            Sara era linda e rica, tinha tudo o que qualquer um poderia imaginar ter. tinha casado com um dos caras mais cobiçados de Starling, tinha mais dinheiro do que poderia gastar em uma vida, sabia como se portar em público, parecia ser simpática. Afastei os pensamentos, se pensasse demais começaria a pensar que ela poderia perceber que eu não era tão bem-educada como ela.

            - Claro que sim. – ela começou a andar pela casa, olhando para os quadros e vasos de milhões de dólares – Você é o assunto do momento.

            - Mas já faz um tempo desde que me casei.

            - Pelo visto você não olha as revistas de fofoca.

            - Não é de meu interesse. – fiz uma nota mental de começar a ler as colunas de fofoca.

            - Que gracinha. – Sara sorriu – Não parece que está acostumada a ser famosa, precisamos saber o que dizem sobre a gente.

            - E o que dizem sobre mim?

            - Ora, não muito, você quase não sai da mansão. Mas sempre que conseguem uma foto, falam tudo sobre seu look, como estava seu sapato ou seu cabelo. Além de sempre falar que você provavelmente vem de uma grande família estrangeira, que você é reservada. Nossa, eles adorariam algum escândalo seu. – devo ter feito uma expressão surpresa porque Sara deu outra risada – Não é tão ruim assim, todos tivemos nossos escândalos. Você tem que ver as notícias com Oliver!

            - Então tenho que tomar cuidado com as câmeras.

            - Com certeza! – ela soltou um suspiro – Você não é esnobe.

            - Alguém disse que eu era?

            - Algumas mulheres do ciclo interno da elite de Starling, elas acham que você se acha superior a nós.

            - Porque eu não vou a eventos... – Sara confirmou – Acho que posso mudar isso.

            - Bem, eu tenho que ir, só vim dar uma passada para chamá-la para fazer compras amanhã.

            - Amanhã? Tudo bem.

            - Combinado, até amanhã.

            Sara deu um pulinho feliz e depois foi embora. Respirei fundo, ela não merecia o marido que tinha, ela parecia ser uma boa pessoa que merecia alguém descente. Iria fazer um esforço para ser amiga dela, não podia julgá-la pelas coisas que Ray tinha feito.

            Depois de um tempo minha curiosidade me venceu e eu tive que pesquisar os escândalos de Oliver, não estava preparada para a quantidade de coisas que ele tinha feito. Maior parte da minha vida eu não prestava atenção no que acontecia em Starling, eu era ocupada o tempo todo cuidando das coisas que meu irmão deveria estar cuidando. Não reconheci Oliver quando ele apareceu aquela noite, não conhecia ninguém que fosse para além dos Glades. Eu não sabia das inúmeras vezes que ele ficou bêbados e fez alguma besteira, quantas modelos ele pegou e quantas vezes foi preso por crimes pequenos, como desacato a autoridade e agressão de fotógrafos.

            Estava rindo com as notícias quando uma mão fechou em meu ombro, me fazendo dar um pulo.

            - Oliver! – dei um grito, fechando o computador – Achei que estava na empresa.

            - Surgiu uma coisa que precisava de minha atenção aqui. – Oliver sorriu, provavelmente se divertindo com meu nervosismo.

            - Aqui?

            - Não mude de assunto. – ele cruzou os braços e me olhou com aquele olhar que me obrigava a dizer ele.

            - Não era nada demais. – me afastei dele, desde o episódio da cabana era cada vez mais complicado ficar perto dele sem ter pensamentos que envolviam nossas roupas no chão – Estava olhando notícias.

            - Sobre?

            - Você. – virei para ver sua reação, ele sorriu de lado, como se tivesse tido alguma vitória interior.

            - E o que achou?

            - Interessante.

            - Interessante? É só isso o que tem a dizer?

            - Uma boa fonte de conhecimento. – comecei a rir, ele tinha ficado preocupado com essa minha última fala – Não fique preocupado.

            - Não estou. – ele trocou o peso de pé.

            - Claro que está. – sorri, pela primeira vez desde que o conheci, Oliver ficou vermelho – Mas não liga para isso, eu conheço você agora, essas notícias não complementaram em nada.

            - Nem as minhas passagens pela polícia?

            - Ora, eu morava nos Glades, tenho minhas passagens pela polícia, só não foram noticiadas.

            - E como eu vou saber dessas passagens?

            - Vai depender da minha boa vontade para contar. – ele sorriu e me encarou, o olhar durou alguns segundos e foi eletrizante, tão magnético que quando Oliver desfez o contato parecia que eu tinha levado um tapa na cara, não deveria estar agindo assim. – Então – tossi, tentando voltar a mim – O que você tinha que resolver?

            - Wells – Oliver passou a mão no cabelo e bufou – Queria uma revanche com você, ele diz que trouxe o melhor jogador de Starling para ser seu oponente.

            - Ele não gosta de perder.

            - Ele se encantou com você.

            - Bem, não vamos desapontá-lo.

            Quando cheguei na sala de jogos, Wells estava sentado conversando com um homem de cabelos negros, ele sorriu quando me viu entrar e se levantou, fazendo com que o homem desconhecido virasse. Assim que percebi quem era, o ar sumiu, era Cooper, um antigo jogador dos cassinos clandestinos nos Glades, participávamos de muitos jogos juntos, mas eu logo fui expulsa por acharem que eu estava roubando.

            Ele me encarou com curiosidade, tentei sorrir para não mostrar meu nervosismo, ele não podia me reconhecer, não seria nada bom.

            - Felicity! – Wells veio até mim – Deixa eu te apresentar Cooper.

            - Prazer, senhora Queen. – apertei sua mão, mas não abri a boca, Oliver me encarou em uma pergunta silenciosa se estava tudo bem, eu o ignorei e fui me sentar.

            - Tenho certeza que vai perder dessa vez. – disse Wells, mas eu não conseguia responder, estava nervosa e estava com medo de que se falasse, eu mostraria isso.

            - Não tenha tanta certeza. – disse Oliver quando eu não respondi, ele ficou em pé ao meu lado e segurou meu ombro.

            - Tem certeza que não nos conhecemos, senhora Queen? – perguntou Cooper – Seu rosto me lembra alguém.

            - Tenho certeza que não nos conhecemos.

            O jogo começou e as conversas morreram rapidamente, tratei de me concentrar e ignorar os olhares curiosos de Cooper, ele não podia abrir a boca, não deixaria tudo ir por água abaixo por causa de uma paixonite de anos atrás.

            - Então, Cooper – começou Oliver – Como começou a jogar?

            - Eu estava apaixonado por uma garota que jogava muito bem, então fazia companhia a ela nos cassinos nos Glades. – ele me lançou um olhar significativo – Mas assim que ela parou de ir, decidi virar profissional, mas é claro que nunca fiquei tão bom quanto ela.

            - O que aconteceu com a garota? – fiz uma jogada certeira e esperei que ele jogasse a carta que eu sabia que ele jogaria, Cooper conhecia meus métodos e ele não fez questão de contra-atacar.

— Tinha muitas preocupações na vida, não tinha tempo para o que eu estava propondo na época.

As jogas acabaram, e, assim como eu tinha previsto, minha combinação era bem melhor, uma trinca de valetes, claro que ele perdeu com uma dupla de dez. Sorri para Cooper e estiquei a mão, ele segurou a minha mão e me deu um olhar demorado, segurando minha mão mais do que deveria.

— Ótimo jogo. – disse.

            - Foi fantástico, obrigada.

            - Se me derem licença, senhores – olhei nervosa para os lados – Vou pedir Raisa para trazer algo para vocês.

            Saí apressadamente, mas assim que estava no final do corredor, vi que Cooper tinha me seguido, ele adiantou os passos e chegou até mim, com um sorriso genuíno no rosto.

            - Felicity. – disse como um suspiro – Não achou que eu não fosse reconhece-la?

            -Estou loira. – disse como se não fosse óbvio – Estou bem diferente.

            - Com certeza. – ele sorriu – Não achei que podia ficar mais bonita.

            Foi minha vez de sorrir, Cooper tinha sido um maravilhoso apoio quando eu tinha precisado dele, ele não era uma má pessoa.

            - Então, o que aconteceu?

            - Uma longa história – suspirei – Mas preciso que guarde segredo, não posso deixar que saibam de onde vim.

            - Muito complicado?

            - Demais. – dei um sorriso derrotado – Resumindo, culpa do Tommy.

            - Não estou surpreso, mas seus irmãos estão bem?

            - Estão melhores que nunca, Oliver é ótimo para nós.

            - Fico feliz em ouvir. – ele olhou nos meus olhos – É muito bom vê-la novamente, espero que seja feliz, Lis.

            - Obrigada, Cooper, você também.

            - Não se preocupe, não vou contar a ninguém. – ele segurou minha mão e deu um beijo célere – Até um dia.

            - Não se meta em problemas.

            Ele deu um sorriso torno e se virou para ir embora, quando ele se virou, percebi que Oliver estava nos encarando ao longe, meu sorriso morreu na mesma hora, sua expressão era voraz, estava com tanta raiva que eu senti o chão tremer. Ele cruzou os braços e andou com passos pesados até mim.

            - O que foi isso? – sua voz era contida, mas seus olhos não, ele estava nervoso.

            Olhei para o chão, eu tinha conseguido estragar tudo, achei que tínhamos em um bom lugar, que tentaríamos viver bem um com um outro, mas tinha conseguido estragar tudo com Cooper. Oliver se fecharia e me jogaria no fundo do Oceano, ele não acreditaria em mim se eu dissesse que Cooper nunca contaria sobre mim.

            - Eu...

            - Achei que tínhamos concordado em deixar as coisas acontecerem. – disse me cortando.

            - O quê?

            - Você disse que nos daria uma chance e se joga no primeiro cara que sorri para você.

            - Oliver, o que você está falando?

            - Acha que eu não percebi os olhares daquele Cooper, ele sorriu para você como se fosse a rainha. – ele bufou – E ainda seguiu você pelo corredor?

            - Não é o que está pensando. – tentei não sorrir, ele estava com ciúmes!

            - Se você queria um relacionamento aberto podia ter me dito!

            - Não, seu bobo. – não consegui mais me contar, meu sorriso tomou conta do meu rosto.

            - Por que está sorrindo? – Oliver me encarava tentando entender.

            - Nada. – mas ele não acreditou em mim.

            - O que ele queria? Sair com você?

            - Não... Ele queria dizer que... – penhorei dizer a verdade para ele, mas Oliver não acreditaria em mim – Eu fui uma ótima oponente, o resto... Tenho certeza que está exagerando.

            - Eu não estou exagerando! Conheço muito bem aquele tipo de olhar.

            - Eu não estou interessada. – encarei Oliver querendo que ele percebesse minha sinceridade.

            - Ótimo.

            De repente, eu estava presa na parede, com o corpo grande de Oliver me prendendo, conseguia sentir toda sua extensão, sua mão estava na minha nuca, segurando meu cabelo com força, a outra mão estava segurando meu quadril, me mantendo presa. Quando levantei o olhar, encontrei seus olhos carregados. Oliver encostou sua testa na minha e eu inspirei, para sentir seu cheiro viciante.

            - Ótimo. Por que você é minha. Entendeu?

            - Sou sua? – sussurrei, ele assentiu e sua boca esbarrou na minha.

            - Só minha. – seu nariz contornou meu maxilar, eu tive que me segurar em seu peito para não desmoronar – Não quero que esteja com mais ninguém.

            - Isso é... – gemi quando ele mordeu meu pescoço gentilmente – serve para os dois?

            - Felicity. – Ele se separou do meu pescoço apenas para encontrar meu olhar novamente – Eu não quero mais ninguém, não entende? – ele apertou a mão que segurava meu cabelo, fazendo que meu queixo levantasse – Só quero você. O tempo todo.

            - Você me quer agora? – ele puxou meu corpo para encontrar o ponto que pulsava de desejo.

            - Tanto que chega a doer.

            Não consegui me conter e uni nossas bocas, não queria ultrapassar o limite que tínhamos traçado na cabana, Oliver ainda era instável, mas eu não conseguia me lembrar dos motivos exatos, só conseguia sentir seus lábios vorazes e suas mãos em mim. Estava prestes a abrir a boca, quando alguém disse do corredor:

            - Amor de jovem. – disse Wells – Não conseguem se segurar.

            Afastei-me de Oliver tão rápido que bati com a cabeça na parede. Ótimo, como iríamos fingir que aquilo não tinha acontecido?

 


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram??



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