Stepping on Roses escrita por Any Queen


Capítulo 10
Dive - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal a segunda parte do cap, como eu tinha dito antes, aquela era apenas uma parte.
Bem, espero que gostem e podem comentar e recomendar que eu vou responder! Um dia, mas eu vou, amo os comentários de vocês!
E O QUE DIZER DE KA DUARTE???? Muito obrigada pela recomendação, frô, foi muito fofa, obrigado mesmo, adorei, você é demais!
Espero que gostem pessoal
XOXO



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A luz do quarto estava forte demais, resmunguei e tentei cobrir meus olhos com o lençol, então eu percebi... Eles estavam com um cheiro diferente, me forcei para abrir os olhos e percebi que estava em um quarto de hotel, o que tinha acontecido? Sentei com algum esforço e esfreguei os olhos, o outro lado da cama também estava bagunçado, eu tinha ido para aquele lugar com alguém? Que merda, Oliver sabia aonde eu estava? Tinha flashes de beijar alguém na noite passada, mas não lembrava quem poderia ser.

            Joguei os lençóis para o lado e levantei, na mesma hora, uma mulher que eu conhecia por trabalhar na QC entrou, com um copo em uma das mãos e uma sacola na outra.

            - Bom dia, Senhora Queen, como está se sentindo?

            - Péssima.

            - Senhor Queen me pediu para que eu trouxesse roupas e uma aspirina.

            - Oliver? – dei um passo para trás – Ele sabe que eu estou aqui? Foi ele que me trouxe?

            - Ele me avisou que a senhora poderia não lembrar o que estava acontecendo então me deixou um resumo. Você estava jogando poker com os sócios na QC ontem à noite, bebeu um pouco demais então ele te trouxe aqui.

            - Ah... – sentei de volta na cama, a mulher me entregou o comprimido e o suco, deixou a roupa e disse que esperaria no hall.

            Queria poder gritar, mas minha cabeça doía demais para isso. Eu tinha beijado Oliver, finalmente tinha feito algo que eu sonhava em fazer fazia um tempo e não me lembrava de ter feito isso, queria me socar por ter bebido demais, por tê-lo beijado sem conversar a fundo sobre o que estava acontecendo. Tomei o remédio e fui me preparar, quando desci, a mulher estava me esperando pacientemente com Diggle.

            - Felicity. – disse com um aceno.

            - Qual a minha possibilidade de ir para o fundo do Oceano depois do que eu fiz?

            - Oliver parecia estranhamente calmo.

            - Isso me assusta.

            Entrei no carro e, para minha surpresa, o carro não seguiu para a mansão e sim de volta para a QC, Diggle disse que Oliver queria me ver antes de ele me levar de volta para casa, o que eu não discuti, mas fiquei visivelmente nervosa.

            A mulher me acompanhou até a sala de Oliver, ele encarava Starling City com o telefone no ouvido, parecia calmo, com a postura que sempre ficava quando se tratava de negócios. Entrei na sala, mas ele ainda não tinha me visto, usei esse tempo para olhar para ele, o que eu diria? Que lembrava que tínhamos nos beijado? Eu não podia fazer isso, não sem que ele estivesse disposto a se abrir comigo, eu não queria me sujeitar novamente a uma humilhação, queria que ele me entregasse algo em troca.

            - Não quero saber suas intenções, essa construção precisa ficar pronta.  – Oliver se virou e me viu parada na porta, o canto de sua boca subiu visivelmente em um pequeno sorriso – Sim, sim, me entregue o relatório até o fim do dia, tenho que ir agora. – ele desligou o telefone – Bom dia.

            - Oi... – olhei para o chão e respirei fundo, por que ele tinha que estar tão carinhoso? – Eu me sinto péssima por tudo.

            - Por tudo? – quando olhei para cima novamente, Oliver estava um pouco mais perto.

            - Por ter ido para a QC sem falar com você e ficar bêbada, não foi uma boa escolha.

            - É só disso que lembra? – Oliver deu mais alguns passos, ficando mais perto, coloquei meu cabelo atrás da orelha e tentei tomar coragem.

            - Aconteceu algo que eu deveria lembrar? – parte de mim tinha medo que ele fosse me humilhar e falar que eu estava me jogando em cima dele novamente, mas Oliver não parecia preocupado, como se esperasse que isso acontecesse, mas também parecia desapontado.

            - Não. – ele sacudiu a cabeça e colocou a mão no bolso – Só que você vomitou em cima de mim.

            - Meu Deus, me desculpa. Posso lavar sua blusa, com certeza é cara...

            Oliver sorriu.

            - O quê? – perguntei estranhando o sorriso.

            - Você disse exatamente isso ontem. Não se preocupe com isso.

            - Eu realmente sinto muito, Oliver. – sem pensar, estiquei meu braço e peguei a sua mão, ele se assustou o que me fez retrair o braço, mas Oliver segurou a minha mão com força – Eu só estava cansada de ficar naquela casa sem fazer nada, estava pensando demais.

            - Felicity – olhei para cima, encontrando seus olhos – A culpa foi minha...Você pode continuar com o poker... Claro, se prometer não beber.

            - Sério? – foi minha vez de dar um sorriso – Você não vai me jogar no fundo do oceano?

            - Não.

            Dei um pulinho de felicidade e abracei Oliver, tão naturalmente, como se fizéssemos isso todos os dias, ele demorou para passar o braço pela minha cintura, assim como se assustou quando eu peguei sua mão. Mas ele se recuperou, me segurando forte e enterrando o rosto na curva do meu pescoço, pude jurar que ele tinha suspirado. Comecei a me afastar, mas não antes de nossos rostos se encontrarem, parando alguns centímetros de distância. As lembranças da noite passada vieram à minha mente, seus beijos e sua mão no meu corpo, por aquele momento, eu só queria esquecer tudo e que ele me beijasse novamente.

            Alguém tossiu atrás de mim e Oliver me afastou rapidamente. Era a mesma mulher que tinha encontrado mais cedo.

            - Senhor Queen, desculpe interromper, mas estamos com problemas no hall, um senhor chamado Thomas Merlyn disse que conhece o senhor e que se não deixa-lo entrar ele vai gritar “alguma coisa que o almofadinha não quer ouvir”.

            Olhei apavorada para Oliver, ele passou a mão pelo cabelo e acenou para a mulher.

            - Oliver...

            - Vamos.

            Quando chegamos no hall da QC, Tommy estava tentando se soltar de dois guardas, alguns dos sócios de Oliver estavam encarando a cena e Slade olhava tudo com um olhar analisador. Quando me viu com Oliver, deu um sorriso satisfeito.

            - Oliver! – gritou Tommy quando nos viu – Achei que me deixaria aqui.

            - Podem soltá-lo. – disse Oliver simplesmente.

            - Tem certeza, senhor Queen? – perguntou um dos seguranças.

            - Sim. – ele passou o olhar pelas pessoas – Dig, acompanhe sr. Merlyn até minha sala.

            Tommy se soltou dos seguranças e foi com Diggle, Oliver olhou para mim e chegou mais perto, abaixando o tom de voz.

            - Espere aqui.

            - Não, eu tenho que ir!

            - Felicity... – ele segurou meu ombro – Seu irmão só resolve as coisas de uma maneira e você não gostou da forma como nos relacionamos da última vez.

            - Ele é meu irmão... Eu posso fazer alguma coisa.

            - Não pode, porque ele não liga par ao fato de ser seu irmão, ele quer dinheiro, e você não quer e não precisa ver isso.

            - Não me diga o que fazer, Oliver.

            Ele respirou fundo.

            - Estou fazendo isso porque não quero que veja esse meu lado ou do seu irmão. Você vai se magoar.    

            - Com qual dos dois, Oliver?

            - Espere aqui, por favor? – ele me olhou intensamente, querendo tanto que eu o esperasse.

            - Tudo bem.

            - Obrigada. – ele me puxou e beijou minha testa, depois me deu as costas e saiu andando com passos rápidos.

            - Sra. Queen. – disse uma voz forte assim que Oliver se afastou, me virei para encarar Slade com mais um homem – Era a minha impressão ou a senhora conhecia aquele homem?

            - Oliver e eu já lidamos com ele antes, nada importante.

            - A senhora parecia bem preocupada. – disse o homem que eu não conhecia.

            - E você? Quem é?

            - Sebastian Blood. – ele esticou a mão e eu aceitei – Candidato a prefeito e acionista da empresa.

            - Muito bem, sr. Blood, espero que o senhor comece a se preocupar mais com os seus problemas do que com os do meu marido.

            - Infelizmente, os problemas do seu marido afetam a empresa.

            - Não esse.

            - Tem certeza? – disse Slade – Parecia que o sr. Merlyn tinha coisas interessantes para dizer.

            - Não do seu interesse, sugiro que volte para o que quer que tenha que fazer. Como disse, são acionistas da empresa, creio que tenham que se preocupar com ela.

            — Acontece, Felicity – Blood começou a ficar irritado – que nós estamos tendo problemas para acreditar na vida do CEO nesses últimos tempos e claro, se Oliver estiver mentindo... Bem, então, é muito mais vantajoso para nós.

            - Não assuste a moça, Blood. – alarmou Slade – Não temos provas... Mas vamos ter.

            - Não estamos fazendo nada errado, senhores. – comecei a ficar realmente muito nervosa, eles estavam me ameaçando? – Desculpa, mas tenho que ir.

            Afastei-me rapidamente e comecei a ficar desesperada para encontrar um lugar para me esconder, entrei no elevador e parei em um andar aleatório. Era um andar calmo, tinha algumas pessoas com computadores e não perceberam quando eu passei por eles até uma sala vazia. Fechei a porta e deixei as lágrimas rolares.

            - Merda!

            Tentei respirar, mas era difícil, se Blood e Slade descobrissem então tudo estaria perdido, minha família não receberia mais o dinheiro, Oliver ficaria pobre, com certeza iríamos parar na rua, sem nada para comer... Eu não sabia o que podia fazer, sentei no chão e fiquei encarando o teto, tentando não pensar no que poderia acontecer, mas tudo me consumia. Ainda tinha a questão do Oliver, eu deveria tentar algo? Esperar por ele? Só queria parar de pensar por um tempo, mas demorou, até que minha respiração ficasse calma novamente. Demorou muito tempo, mas era disso que eu precisava, de tempo.

            Quando sai da sala, estava um caos, as pessoas que estavam apenas sentadas em seus computadores quando eu passei, estavam andando de um lado para o outro. Puxei a primeira pessoa que vi pelo braço e esperei que ela se acalmasse.

            - O que está acontecendo?    

            - A esposa do chefe sumiu faz três horas.

            - Três horas?

            - Sim, sr. Queen pediu para que todo o prédio procurasse por ela.

            - Ele pediu? – tentei segurar o sorriso.

            - Ele estava quase ligando para a polícia.

            - Obrigada.

            Corri para o elevador e apertei incessantemente o andar que ficava a sala do CEO. Assim que desci do elevador, vi que Oliver estava sentado em sua mesa, sem o terno e com a blusa dobrada até o cotovelo, estava falando no telefone bastante irritado.

            - Sra. Queen. – gritou a secretária dele – A senhora está bem! Graças a Deus.

            - Eu só precisava de um tempo.

            - Mas a senhora tem um marido muito preocupado.

            - Felicity – gritou Oliver da porta, estava realmente irritado

            Entrei na sala e esperei que ele gritasse comigo, mas ele me puxou para outro abraço, mas esse foi rápido, ele logo se recompôs e voltou a sentar na mesa.

            - Aonde você estava? – perguntou calmamente.

            - Estava aqui o tempo todo, só precisei pensar por um tempo.

            - Eu pedi que esperasse aonde estava.

            - Eu não podia. – respirei fundo – Slade e Blood nos ameaçaram.

            - O quê? – ele quase gritou.

            - Eles disseram que estavam desconfiados com tudo o que estavam acontecendo e iam procurar provas.

            - Eles não estavam falando sério.

            - Oliver, eles pareciam bastante empenhados. Blood disse que teriam vantagens se você estivesse mentindo.

            - Não se preocupe com isso, é um problema meu.

            - Não! Se eles descobrirem afeta a minha família, então é problema meu. Será que devemos falar com seu pai? Para que ele mude o testamento.

            - Ele está quase morrendo, Felicity, não vai fazer nada.

            - Podemos tentar.

            - Está sendo muito otimista.

            - Eu preciso ser, pensei muito nessas últimas horas e decidi que não vou ficar parada vendo isso acontecer. Quero ajudar.

            - Bem, talvez se você falar com ele – Oliver penhorou – Podemos ter uma chance.

            - Assim que se fala, Queen. – sorri.

            - Então... Quer almoçar?

            - Claro.


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