Os Três Reis escrita por Deusa dos Yatos


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hello galerinha!
mais um capítulo aqui nessa historinha sobre os reinos do bangtan (ahuahau!)
Enfim, espero que curtam =^.^=



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“Um rei forte não mostra suas lágrimas. Ele as suporta em silêncio, ele derrota os seus medos e aceita suas verdades. Um rei forte se faz reconhecido por seus esforços e por seus ganhos. Ele lidera, ele protege, ele planeja. Um rei assim esconde um homem que já sofreu perdas demais, esse rei não aguentaria perder mais uma vez.”

 

Jimin entrou de repente interrompendo o jantar do rei Yoongi I. Ele estava à mesa com sua esposa Beatriz e assim que viu Jimin tomou um gole de vinho e se endireitou na cadeira.

—Acabei de receber essa carta de Ophélia, Vossa Majestade. _Yoongi pegou o envelope bonito. O grande “O” em alto relevo não deixava dúvidas. Ele o abriu e viu que estava certo:

“Excelentíssimo amigo e Rei das terras de Denver,

Venho lhe convidar para a festa de celebração ás boas colheitas que temos tido. A se realizar na primeira lua cheia desse ano. Será um agrado muito grande vossa presença bem como a de vossa excelentíssima esposa e vosso honrado guarda de confiança.

Amavelmente,

Hoseok III.”

Yoongi olhou de relance para o guarda real, este o observava cautelosamente.

—Vossa Majestade comparecerá?

—E eu tenho escolha? Não sei por que ele festeja tanto._Yoongi fez uma careta, odiava festas, pois eram nelas que se escondiam os bêbados e a bagunça. Odiava lugares lotados e barulhentos, infelizmente para ele as festas de Hoseok eram regadas a bebida e a música, além de claro terminarem só ao amanhecer.

—Mande uma resposta a ele, diga-lhe que vou. No convite ele solicitou para lhe levar comigo, Jimin, e a você também Beatriz, mas creio que seja improvável. Alguém tem que ficar aqui e cuidar do reino por mim_Ele olhou pra Jimin e sorriu.

—Acredito que eu não possa comparecer também_Beatriz interrompeu

—E por que não?

—Tenho estado indisposta ultimamente e na verdade eu já fui a centenas de festas como essa. Geralmente vocês bebem demais e não há assunto para mulheres, prefiro ficar aqui e ajudar a cuidar de tudo. Até porque a rainha também deve ajudar a zelar do reino.

Yoongi hesitou por um momento, mas mesmo assim assentiu e então se voltou novamente para Jimin.

—Muito bem, avise que eu irei só.

—Agora mesmo, vossa majestade!

Enquanto Jimin andava em direção à porta, a única coisa que se ouvia era o barulho produzido por sua armadura nas pedras do castelo. Yoongi se virou para sua esposa que agora encarava a comida à sua frente.

—Tem certeza que não quer ir?_Ela não disse nada, somente deu um leve aceno de cabeça, e caiu num transe profundo que a vinha inquietando já havia meses.

Yoongi notara que sua esposa tinha esses momentos em que parecia esquecer-se de tudo. Era como se mergulhasse em uma profunda reflexão, ou simplesmente ignorava o que estava ao seu redor mesmo. Mas de uma coisa ele sabia, ela estava triste e aquela tristeza a consumia e exigia muito de seu emocional. Não era a toa que vinha estando exausta ultimamente. Ele odiava vê-la com aquele olhar, se pudesse sentiria dor no lugar dela, mas sabia que era incompreendido. Na maioria das vezes ele se via um homem recluso, que não falava muito sobre si mesmo. Também era horrível quando se tratava de consolar e era exatamente por isso que nunca dizia nada. Era por isso que estava sempre calado.

Sua figura era respeitável, suas ordens eram acatadas de prontidão, por que tinha mérito dentro de Denver. Não era hostil, mas também não era o mais amigável. Gostava de conhecimento, não era a toa que Denver era conhecida como capital de avanços nos modelos de colheita e armazenamento. Mas a sede de Yoongi ia muito além da terra, ele queria descobrir o segredo dos céus, ele amava as estrelas por que acreditava que elas estavam mais próximas do que todos imaginavam. Ele sempre esteve no céu, cair era só uma metáfora em seu dicionário. Até porque ele não se importava, até as estrelas caiam e eram lindas mesmo assim.

Gastava horas nas torres altas do castelo observando o céu noturno. E gostava das nuvens também, como gostava. O céu de verão com nuvens pesada e grossas feito maços de algodão que pairavam no céu azul forte, as nuvens cinzentas da tempestade ou o simples céu branco de um dia de neve.

Era fascinado pelo sol que aquecia e pela lua que iluminava a noite escura. Quando olhava para o céu via o que queria ser em Denver. Ele queria ser a Lua que iria iluminar a escuridão. Ele queria ser o sol que ia aquecer o frio. Ele queria ser a chuva que faria florescer a planta.

Já tivera muitos momentos bons em sua vida, mas nada se comparava a essas horas que passava observando o céu. Ali se sentia pleno e livre como se pudesse fazer qualquer coisa, afinal ele era feito de estrelas.

Ele deixou de encarar Beatriz. Então chamou o servo e lhe disse que se retiraria mais cedo.

—Está cansado?

—Sim, venho tendo trabalho dobrado com os processos de expansão do dique._O dique era a mais nova inovação em Denver. Já que as cheias sempre causavam danos às populações ribeirinhas._E acredito que vou ter ainda mais agora que tenho que adiantar tudo até partir para Ophélia.

—Não acredito que tenha que exigir tanto de si._Beatriz segurou a mão do rei com carinho.

—Pois eu acredito que tenha_ele sorriu sem jeito e já se levantando beijou a testa de sua esposa._Boa noite!

Beatriz observou as costas de seu marido subindo as escadas, ele não era alto, nem tampouco robusto. Mas com certeza não era uma figura frágil, pelo contrário; ao olhar para suas costas via exatamente tudo o que carregava sobre elas. Não era a toa que andava tão curvado. Assim que ele desapareceu no andar de cima, Beatriz sussurrou com ternura:

—Boa noite, querido!

...

Uma figura descia apressada as escadas do castelo, até que escutou passos. Será que alguém havia descoberto algo? Sentiu alguém se aproximando por trás, agarrou com força o castiçal que carregava pronta para desferir o golpe, até que seu pulso foi parado por uma mão forte. Então reconheceu o rosto de Jimin sob a pouca iluminação.

—Ninguém te seguiu?

—Não._Beatriz sussurrou tão baixo que era necessário um esforço hercúleo para escutar qualquer coisa. Sem esperar mais pulou nos braços de Jimin e o beijou calorosamente. Ele retribuiu o beijo e afagou os cabelos pretos dela.

Nas sombras da iluminação precária do castelo, aquele romance proibido fluía já havia um tempo. As noites fora dos aposentos reais não eram raras para Beatriz e naquela noite em especial tudo o que precisava era o calor de seu amado. Ela trairia de novo e de novo, mesmo que isso a consumisse de culpa.


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