The Apocalypse escrita por Just Survive Somehow


Capítulo 12
I Miss You


Notas iniciais do capítulo

Bom proveito do capítulo !



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12

Glenn se aproximou de nós, seguido de Maggie.

— Você está aqui. – falou Rick perplexo. Atrás do casal, Bob, Sasha e quatro pessoas que não conhecia revelaram – se. Um cara ruivo e forte, uma mulher de cabelos negros e boné, uma garota de cabelo curto e um homem rechonchudo com os cabelos até os ombros. Reconheci o rosto de uma garota. Ela tinha atacado a prisão com o governador. – Vocês estão aqui.

Diante da dúvida 'Quem são essas pessoas ?', Maggie falou :

— São nossos amigos. Salvaram a gente.

— É. E agora são nossos amigos. – disse Daryl.

— Pelo tempo que isso durar. – falou o homem ruivo. Não gostei muito dele logo de cara.

— Não. – falou Rick. Ele deu uma pausa e disse : - Vão se sentir muito idiotas quando descobrirem.

— Descobrirem o quê ? – o ruivo disse.

— Que mexeram com as pessoas erradas.

(…)

Estávamos nos preparando para guerra, mesmo com poucas armas. Era o que precisávamos. A fivela afiada de um cinto. No meu caso, um prego preso em um cinto. O suficiente para sair daquele vagão.

— Aí, pessoal. Tem quatro deles vindo pra cá. – falou Daryl, olhando pela mínima abertura do vagão, de onde saía um feixe de luz.

Fomos para mais perto da porta e nos preparamos, eu ao lado de Michonne e Carl.

De repente o teto do vagão se abriu e algo foi jogado para dentro dele. Parecia uma lata de tinta de metal, mas tinha um objetivo muito mais assustador por trás da aparência.

— Saíam ! – gritou o ruivo, que descobri ser chamado de Abraham.

A lata fez um barulho e uns instantes depois o vagão estava cheio de fumaça, nos fazendo tossir.

Ouvi um barulho e a porta do vagão se abriu. Não consegui ver o que acontecia, não conseguia ver nada. Depois de alguns segundos a fumaça dissipou e a porta se fechou. Rick, Glenn, Bob e Daryl tinham sido levados.

'Mas que porra.'

(…)

— O que ta acontecendo ? – perguntou Abraham, batendo no vagão novamente. Já fazia horas que eles tinham sido levados. Tinhamos ouvido um estrondo e logo os zumbis vieram, infestando o Terminus.

Você não vai fazer um buraco no vagão que nem o Hulk, amigo. Baixa a bola.’ pensei. Seria estupidez dizer isso em voz alta, ainda mais para um homem daquele tamanho.

— Alguém atacou eles. – falou Michonne.

— Talvez nosso pessoal tenha escapado. – chutou Sasha.

— Dá liçenca. – falou Eugene (o homem rechonchudo), esbarrando em Tara (a mulher de cabelo curto). Ele começou a mexer em algo na porta.

— Mas o que você vai fazer ? – perguntou Rosita (a garota de boné).

— Eu vou usar isso para poder enfraquecer a porta. Pelo que estamos ouvindo, pode não ter mais ninguém lá fora para abrir. – falou ele, mostrando um cartucho em sua mão.

Será que eles vão conseguir voltar ?’ perguntei na minha cabeça.

— Eugene, desculpa, mas cala a boca. – falou Tara.

— Tá bom. – respondeu ele.

— Ei. – falou uma voz. Carl estava no fundo do vagão com Maggie e tinha se aproximado. – Meu pai vai voltar. Todos vão.

Ele olhou para mim, o que fez minha confiança rejuvenescer.

— Eles vão. – concordou Maggie. – E vamos ter que lutar para sair com eles quando voltarem.

Os comentários de Carl e Maggie fez todos ficarem mais calmos, e até Abraham baixou a bola e sentou no canto do vagão junto de Rosita.

Me sentei no fundo do vagão, abraçando meus joelhos junto ao peito. Estava nervosa. ‘Como saíriamos daqui ? E se eles não voltassem ?’. Milhares de perguntas rodeavam a minha cabeça.

Carl sentou – se ao meu lado e segurou a minha mão, entrelaçando seus dedos nos meus. Na hora, todas as dúvidas sumiram e só conseguia pensar em como sua mão era quente e macia. Encostei minha cabeça em seu ombro e só nesse momento consegui perceber o quanto cansada estava.

— Nós vamos ficar bem. – ele falou.

— Eu sei. – falei, mesmo não acreditando muito nisso. Tirei a cabeça do seu ombro e me levantei. Nosso momento tinha que acabar. Agora era hora de sobreviver. – Vamos trabalhar.

Peguei o cinto com o prego e começei a afiá – lo no chão do vagão. Me concentrei nisso até que se tornasse automático.

— Qual é a cura, Eugene ? – perguntou Sasha.

— É confidencial. – falou ele, sem tirar os olhos do cartucho com que ele ‘enfraquecia’ a porta.

— Não sabemos o que vai acontecer. – disse Michonne. Ela já estava pronta para continuar, mas Abraham interrompeu.

— Deixa ele em paz. – falou ele, andando pelo vagão.

— Temos que continuar trabalhando. – falou Maggie.

— É, mas tá na hora de ouvir. Porque não sabemos o que vai acontecer. – disse Sasha, mandando uma indireta (bem direta) para Eugene.

— Na real, a gente vai sair dessa. – disse Tara, acalmando – os.

— Mesmo que eu contasse tudo, que desse instruções passo a passo completas com ilustrações com todas as explicações e batesse as botas, a cura ainda morreria comigo. – falou Eugene, encerrando o assunto.

— Eu não vou deixar isso acontecer. – falou Abraham.

— Na melhor das hipóteses, vamos sair no meio de uma chuva de fogo, balas e zumbis. Eu não corro rápido. Com certeza, não consigo matar um zumbi com um botão afiado e muita confiança.

— Tá, mas nós podemos. E vamos. – disse Michonne.

— Você não deve nada pra gente. Ainda não. Mas nós queremos ouvir. – disse Sasha.

— Não tem que falar. – falou Rosita.

Parecia que Eugene estava em dúvida do que fazer, até que ele largou o cartucho e sentou com as costas para a parede do vagão.

— Eu fazia parte de uma equipe de dez pessoas do Projeto Genoma Humano para criar doenças como armas para combater doenças como armas. Microorganismos patogênicos com microorganismos patogênicos. Fogo com fogo. – falou Eugene, chamando a atenção de todos. Eu fiquei surpresa como a explicação dele parecia convincente. – Houve cobrações entre os departamentos, relações foram feitas, informações trocadas. Conheço cada detalhe dos sistemas de distribuição de falha de segurança para matar cada pessoa deste planeta. Acredito que com uns ajustes nos terminais em Washington podemos virar o jogo. Terminar com todos os que restam. Fogo com fogo. – ele deu uma pausa. – Se a gente igualar esse jogo, o bicho vai pegar.

— Então, de volta ao trabalho. – repetiu Maggie.

Ouvimos um barulho e a porta se abriu, revelando Rick.

— Corram ! Todo mundo pra cerca ! – gritou Rick, atirando nos zumbis que estavam perto.

Corremos para fora do bunker e matei um zumbi com o prego. Os zumbis eram mortos rapidamente na nossa frente e eu corria em direção á cerca. Atrás de nós, mais zumbis se aproximavam. Outro zumbi se aproximou muito de mim e segurei seus ombros, tentando o afastar de mim. Ouvi um tiro e vi Tara com a arma apontada para onde o zumbi estava. Troquei um cumprimento de cabeça com ela e continuei correndo até chegar na cerca. A pulei rapidamente e respirei o ar puro da floresta.

Andamos em direção a floresta. Reconheci o caminho que estávamos fazendo e vi Daryl e Rick cavarem na terra para pegar a mochila. Parecia que tinha se passado séculos daquele acontecimento.

— Por que ainda estamos aqui ? – falou Abraham em um tom insatisfeito. Que vontade de dar um soco no meio da cara dele.

— Armas, suprimentos. – falou Rick. – Vão para as cercas. Usem os rifles. Vamos matar o resto deles.

— Quê ? – perguntou Glenn.

Como assim ? Nós vamos voltar para lá ?’ perguntei na minha cabeça.

— Eles não vão viver. – rebateu Rick, com um argumento totalmente inválido.

— Rick, nós saimos. Acabou. – falou Glenn.

— Só vai acabar quando eles morrerem.

— Mas eles vão. Aquele lugar tá em chamas. Tá cheio de zumbis. – falou Rosita.

— Não concordo nada com isso. Nós acabamos de sair. – falou Abraham.

Dessa vez, eu concordo com o grandão.’

— As cercas caíram. Vão fugir ou morrer. – disse Maggie.

Ouvi passos atrás de nós. Era Carol. Ela estava toda suja e segurando a besta de Daryl. Ele correu e a abraçou. Acho que nunca tinha visto aquele cara ficar tão feliz. Todos se aproximaram dela, inclusive eu, que consegui sorrir o máximo que pude.

— Você fez aquilo ? – perguntou Rick a ela. Ela assentiu e eles se abraçaram.

— Vocês tem que vir comigo. – anunciou ela.

Fomos para a estrada e andamos, com Carol na frente mostrando o caminho. Longe de nós, vi uma cabana e alguém saindo de dentro dela segurando um bolinho de roupas. Tyreese e Judith. Levei as mãos á boca e lágrimas rolaram em minha face. Se o meu sorriso era o máximo quando vi Carol, saber que Judith estava viva me deixou radiante.

Rick e Carl correram e abraçaram Judith, sussurando que tudo estava bem. Sasha também abraçou seu irmão e chorou em seu ombro.

Rick e Tyreese trocaram um aperto de mão e parecia que a briga da prisão nunca tinha acontecido.

Depois que Judith já tinha sido passada de mão em mão, Rick, Carl e Michonne

— O que aconteceu ? – perguntou Carol a Tyreese.

— Tinha um monte de zumbis aqui fora. E ele tava com as mãos no pescoço dela.

Carol tentou ir até a cabana mas Tyreese segurou seu braço, a impedindo.

— Não. Ele tá morto. Eu fui obrigado. – falou Tyreese. – Eu o matei. Eu consegui.

Parei de prestar atenção na conversa dos outros e andei até Michonne e Carl, que brincavam com Judith.

— Posso segurá – la ? – perguntei. Carl assentiu e eu segurei – a, do jeito mais carinhoso que consegui. – Oi, Judy. Sentiu nossa falta ?

Em resposta ela soltou uma risadinha que me fez sorrir.

— Também senti sua falta, Judith.


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Notas finais do capítulo

Música :
I Miss You - Adele



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