The Apocalypse escrita por Just Survive Somehow


Capítulo 11
Rick ?


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a confusão de postagens, mas vamos voltar a programação normal.
Espero que gostem !



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12

Não conseguia dormir, por mais que tentasse. Sempre que relaxava e fechava os olhos o grito de Carl, a cara do homem do carro e a cena de Rick dando facadas nele me dava enjôo.

Por fim, passei esse tempo de descanso não fazendo absolutamente nada.

Continuamos andando pelos trilhos com destino ao Terminus. Tinhamos esperança de que realmente era um lugar bom. Eu começei a suar litros de novo e a mochila em minhas costas não estava facilitando muito.

Rick e Michonne conversavam lado a lado. Atrás deles, eu andava de lado com Carl e atrás de nós ficava Daryl, com sua adorável carranca.

— Você está bem ? – perguntei a Carl.

— Eu deveria perguntar isso a você.

— Só porque sou considerada o sexo frágil não significa que sou. – falei sorrindo e completei. – Aposto que ganho de você na guerra dos polegares.

— Isso é o que vamos ver.

Estendi meu polegar e ele fez o mesmo, enlaçando nossos dedos. Lutamos e guerreamos, demos suor e lágrimas, até que venci.

— Ah-há ! – falei, fazendo minha ridícula dancinha da vitória. – Eu sou a suprema campeã mundial da guerra dos polegares !

— Eu deixei você ganhar. – falou Carl, recebendo de mim um soco no braço de brincadeira.

— Até parece. – falei. Continuamos andando silenciosos até que vimos uma placa jogadas nas folhas secas.

— Estamos perto. Vamos chegar antes de anoitecer. – falou Daryl.

— Agora a gente vai pela floresta. Não sabemos quem eles são. – disse Rick.

Saquei a arma e a destravei. Fomos para a floresta, em uma velocidade entre a corrida e a caminhada (sim, isso é possível). Chegamos a uma cerca cheia de plantas enlaçadas e tentamos enxergar através dela. Havia um galpão gigante onde em cada janela tinha uma letra e por fim se lia :

— Terminus. – leu Rick. – A gente vai se espalhar. Observar um pouco, ver como é e se preparar. Vamos ficar perto.

— Quer ficar comigo ? – perguntou Rick a Carl.

— Eu tô bem. – respondeu ele, com uma frieza incomum.

Michonne e Carl foram dar uma volta e fiquei perto da cerca.

— Por que não foi com Michonne e Carl ? – perguntou Daryl.

— Acho que eles precisam conversar um pouco. – falei, me encostando em uma árvore.

— O que está acontecendo com Carl ?

— Eu não posso falar por ele. – disse. – Mas se eu estivesse no lugar dele, estaria assustado por o que Rick fez.

— Todos nós ficamos assustados. – falou ele.

— Sim.

Olhei para Rick e ele estava de costas para a terra, colocando a bolsa de armas em um buraco.

— É precaução. – falou ele para Daryl, enquanto enterrava ela com uma pá.

Depois que Carl e Michonne voltaram, decidimos pular a cerca. Consegui com facilidade e rapidamente empunhei minha arma. Andamos por trás de um dos prédios e entramos em uma porta vermelha. Daryl e Rick foram na frente seguidos de Michonne, Carl e eu. Começei a ouvir uma voz feminina, que ficava mais clara a cada passo.

—… Aqueles que chegam sobrevivem. Siga os trilhos até o ponto onde todas as linhas terminam. Tem mapas nos cruzamentos para ajudá – los na sua jornada. Santuário para todos. Comunidade para todos. Aqueles que chegam sobrevivem.

Chegamos até outra porta, de onde vinha a voz. Era uma sala enorme, com uma idosa falando em um microfone e um fone de ouvidos. Atrás dela, várias pessoas trabalhavam em mapas como os que tinhamos visto nas estradas, sem perceber nossa chegada. A moça continuou falando até ser interrompido por Rick.

— Olá. – disse Rick, chamando a atenção dela, que retirou os fones. – Olá.

Ele chamou a atenção de todos na sala.

— Bom, aposto que o Albert tá cuidando do perímetro. – disse um homem, largando um pincel e vindo em nossa direção. – Vieram aqui nos roubar ?

— Não. – falou Rick. – Queríamos ver vocês antes que vissem a gente.

— Faz sentido. – disse o homem, abrindo um sorriso e olhando para os seus companheiros. – A gente faz isso onde os trilhos terminam. Bem vindos ao Terminus !

Ele abriu os braços como se estivesse mostrando uma coisa grandiosa.

— Sou Gareth. Parece que estão na estrada há muito tempo.

— Estamos. – falou Rick. – Sou Rick. Estes são Carl, Daryl, Michonne e Emily.

Ele deu um aceno de mão para nós.

— Estão nervosos, eu entendo. Também ficamos assim. Viemos aqui pelo santuário. É pra isso que estão aqui ?

— É sim. – disse Rick.

— Ótimo. Encontraram. Ô, Alex ! – ele chamou um amigo, que veio até ele rapidamente. Ele voltou a se dirigir para gente. – Aqui não é tão bonito quanto lá na frente. Não temos nada a esconder, mas o vagão de boas vindas é muito melhor. O Alex vai levar vocês, fazer umas perguntas. Mas primeiro, queremos ver as armas. Se puderem colocar na frente de vocês.

Troquei olhares com Carl e vi Rick assentindo e colocando sua arma na frente de si. Coloquei minha faca e minha arma na minha frente, silenciosamente me despedindo. Levantei os braços para que me revistassem.

— Odiaria ver o outro cara. – comentou Alex, enquanto revistava Daryl e depois Carl.

— Acredito. – falou Rick.

— Mereceram ?

— Sim. – disse Carl.

Depois que terminaram de nos revistar, voltaram de frente para nós.

— Só pra que saibam, não somos essas pessoas mas também não somos burros. Não façam a estupidez de tentar alguma besteira. Se entenderem isso não teremos problemas. Só soluções. – disse Gareth, olhando para Rick no final da frase. – É isso.

Alex devolveu nossas armas. Fiquei feliz de sentir o peso da minha arma em minha mão, me passava uma sensação de segurança. Ou talvez eu só esteja louca.

Saímos desse galpão e senti a luz do sol em minha cara, me fazendo deixar meus olhos entreabertos.

— Há quanto tempo esse lugar existe ? – perguntou Daryl.

— Desde que começou. Quando as bases foram dominadas, as pessoas começaram a achar esse lugar. Acho que foi instinto, sabe ? Seguiam o caminho. – continuamos andando até acharmos o que parecia uma cantina ao ar livre.

— Alguns iam para o litoral, outros para o leste ou pro norte. Mas todos acabavam aqui. – falou ele, parando diante de uma mulher de cabelos ruivos que fazia churrasco em uma churrasqueira. ‘Que cheiro bom’ pensei, inalando o delicioso cheiro de carne.

— Oi. – disse ela. – Soube que entraram pelos fundos. Que espertos. Vão se dar bem aqui.

— Mary, pode fazer um prato pra eles, por favor ? – perguntou Alex.

— Por que fazem isso ? Deixam as pessoas entrarem ? – falou Michonne.

— Quanto mais gente fizer parte, mais forte ficamos. Foi por isso que pusemos as placas. Pra convidar as pessoas. É como sobrevivemos. – falou ele, pegando pratos e distribuindo a Carl, Michonne e eu. – Toma.

Rick de repente andou até Alex e tirou algo do bolso dele, o fazendo ficarx de costas para si e apontando a arma para sua cabeça. Soltei o prato e apontei a minha arma para um cara que estava perto, sem saber o que fazer exatamente.

— Onde conseguiu esse relógio ? – perguntou Rick, apontando para um relógio idêntico ao de Glenn.

— Você quer respostas ? Quer mais alguma coisa ? Vai ter depois de soltar a arma. – Alex falou.

— Eu to vendo seu homem no telhado com um rifle. Ele é bom de mira ? – perguntou Rick, desafiando – o. Ele repetiu. – Onde conseguiu o relógio ?

— Onde consegui o relógio ? – gritou Rick novamente.

— Não façam nada ! Deixa comigo ! Abaixe a arma. – falou Alex, para o homem do telhado, que nem se mexeu. – Abaixe a arma !

O homem abaixou o rifle.

— É melhor você me escutar. Tem muitos de nós. – disse Alex.

— Onde conseguiu o relógio ?

— Eu consegui de um morto. Eu não achei que ele fosse precisar. – falou Alex.

Rick assentiu, totalmente insatisfeito com a resposta.

— E quanto a armadura ? E o poncho ? – perguntou Rick de novo. Lembro de ver Glenn com a armadura e tenho quase certeza de que o poncho era de Maggie.

— Tirei a armadura de um policial morto. – disse Gareth, aparecendo subitamente. – E achei o poncho num varal.

— Gareth, podemos esperar.

— Cala a boca, Alex. – disse ele.

— Você, fale comigo. – disse Rick a Gareth.

— O que mais tem a falar ? Você não confia mais na gente. – falou ele, com uma calma sombria.

— Gare.. – Alex tentou falar.

— Cala a boca.

— Gareth, por favor.

— Tudo bem. Tá tudo bem. – falou ele, levantando a mão. – Rick, o que você quer ?

— Cade os nossos amigos ?

— Não respondeu a pergunta.

Gareth fechou a mão e os tiros começaram. Vários homens se esconderam para atirar em nós, mas nenhum nos acertava. Tentamos correr para um lado, mas o cara do rifle atirou na nossa frente, nos fazendo desviar o caminho. Corremos para outro lado e novamente atiraram em nossos pés. Andamos para dentro de um dos galpões e do outro lado a porta estava sendo fechada.

— Aqui ! – falou Daryl, apontando para uma porta de grade, que não conseguimos abrir. Rick apontou para outra porta onde estava escrito A. Conseguimos abri – la e saímos ao ar livre novamente. Passamos por um lugar com vários caixotes e carros quebrados.

— Por aqui ! – gritou Daryl, mas atiraram nos nossos pés novamente, bloqueando  a passagem. Andamos entre vários galpões, de onde pessoas gritavam por ajuda. Entramos em uma sala, onde estava cheia de velas e frases nas paredes e no chão. ‘Nunca mais.’ ‘Nunca confiar.’ ‘Nós primeiro, sempre.’

— Que raio de lugar é esse ? – perguntou Daryl.

— Não acho que queiram matar a gente. – falou Michonne.

— Não. Estavam atirando no chão. – disse Rick, enquanto olhava a sala. – Ali.

Corremos até outra porta que foi fechada rapidamente. Corremos até outra, que conseguimos abrir e atiraram em nossos pés de novo. Nós tinhamos voltado de onde entramos. Tentamos correr até a cerca, mas vários homens estavam atrás dela, apontando armas para nós. Estavamos encurralados.

— Larguem suas armas. Agora. – gritou um cara. – Agora !

Jogamos as armas no chão.

— Chefe do bando, vá para a esquerda. No vagão. – falou Gareth. Rick nem se mexeu. – Se fizer o que dissermos, o garoto vai com você. Se não for assim, ele morre, e você vai pra lá de qualquer jeito.

Rick andou até o vagão, ainda relutante.

— Agora o arqueiro. – Daryl fez o mesmo. – E agora a samurai.

Todos ficaram em uma fila, em frente á porta. Só ficamos eu e Carl lá no meio, sozinhos.

— Vão garotos. – falou Gareth e fomos para o vagão.

— Líder do bando, abra a porta e entre.

— Eu vou entrar com ele.

— Não faça a gente matar ele agora. – falou Gareth.

Rick abriu o vagão e entrou, seguido de Daryl, Michonne, Carl e eu. A porta se fechou logo atrás de nós, nos deixando em um breu. Ficamos em uma ponta e pela pouca iluminação vi algumas pessoas na outra ponta vindo até nós.

— Rick ?


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Notas finais do capítulo

E a´, gostaram ? Comentem para saber sua opinião.



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