Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 69
69º Capítulo – “Acabem com os dois.”


Notas iniciais do capítulo

Hello leitores!

Devo dizer que os próximos capítulos vão trazer um pouco de sofrimento para todos nós. Mas, como disse anteriormente, o Barão vai fazer valer a sua vontade.

Tenham todos uma ótima leitura!



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Não dá para explicar o que estou sentindo agora.

Passei anos sofrendo por ter perdido as pessoas que eu mais amava e apesar de ter gasto tanto tempo pensando em tudo o que aconteceu, nunca consegui sequer imaginar quem poderia ter feito aquilo. Fecho meus olhos com força e sinto a camisa dele molhada quando lembro daquele homem tatuado dizendo em alto e bom som que matou minha família.

Por causa dele.

Barão.

Respiro fundo de novo e deixo o cheiro familiar do Gustavo me trazer de volta para o agora, junto com uma ingênua sensação de segurança. Não sei a quanto tempo estamos sozinhos e não sei porquê, mas se ainda conheço sequer um pouco meu pai, sei que ele vai voltar.

— Eu sei que vocês não querem conversar. __ ele aperta ainda mais os braços ao meu redor. — Mas a gente precisa sair daqui.

Não me movo.

— Ele não vai deixar a gente sair. __ minha voz sai abafada.

— E ainda tem aqueles homens e as armas. __ ouço a voz da minha prima.

— A gente vai dar um jeito.

Fecho meus olhos de novo e me lembro de tudo o que disseram sobre meu pai. E se que tudo o que falaram sobre ele for verdade, quer dizer que ele é um homem perigoso. Me afasto do Gustavo e quando o olho lembro dele caído ao lado do Felipe com aquela arma apontada para a cabeça. Meu peito dói.

— Não quero que vocês se arrisquem.

— Eu sei Gatinha, mas a gente precisa....

— Já chega. __ a voz do meu pai ecoa dentro do galpão. — Eu voltei pelas minhas filhas e está na hora de leva-las comigo.

Baixo meu rosto e respiro fundo. Luto contra meu medo e mesmo não querendo me desvencilho do Gustavo. Olho para ele e sua expressão me pede para que eu não me afaste, mas eu preciso. Ergo meu rosto e quando vejo o Barão cercado por homens e parado perto da porta, bem na nossa frente, sinto o que nunca senti por ele: medo.

Me coloco de pé e sei que o Gustavo faz o mesmo.

Observo atentamente a imagem do homem a minha frente e quase saio correndo na sua direção, como fazia quando era criança.

Ele está exatamente do mesmo jeito.

Não consigo segurar as lágrimas e a saudade que senti todo esse tempo machuca ainda mais quando lembro que esse homem não é o pai a quem eu amei e venerei a minha vida inteira.  Uma sensação angustiante de traição se apodera de mim enquanto ele me olha duro, como se eu ainda fosse uma criança e tivesse acabado de fazer besteira.

Meu coração vacila quando as lembranças dele invadem minha mente e eu quase ouço com clareza a voz dele lendo para mim, sempre o mesmo livro. Sinto meus pés darem alguns passos em sua direção e sou possuída por uma vontade avassaladora de abraça-lo, mas sou impedida quando o Gustavo agarra meu pulso.

 — Você morreu__ as palavras escapam de mim. — E eu senti tanto a sua falta.

Ele me olha e sua expressão se torna mais branda.

— Não era para ter sido daquele jeito. __ sua voz agora está suave. — Aquilo tudo foi um erro.

— Eu não consigo entender. __ a voz da Paloma o faz olhá-la.

— Eu vou explicar tudo para vocês, minhas meninas. __ ele me olha de novo. — Assim que a gente sair daqui conto tudo o que vocês quiserem saber.

— Elas não vão a lugar nenhum com você. __ o Gustavo diz e puxa meu corpo até o dele.

Sinto ele apertar firme meu pulso e a expressão do Barão muda de novo, dessa vez para uma que eu não conhecia. Seu maxilar rígido e sua postura ameaçadora traz de volta o medo que senti antes. Quando os homens ao redor dele empunham suas armas eu me coloco na frente do Gustavo.

— Acabem com os dois. __ a voz dele é dura. — E as tragam para mim.

Me desespero quando vejo os homens se aproximarem com as armas apontadas para nós. O Gustavo me puxa e sei que estamos perto do Felipe e da Paloma.

— Não. __ grito.

Eles se aproximam mais e enquanto dois deles puxam a mim e a Paloma os outros voltam as miras para a cabeça dos meninos. Me debato e sinto dois abraços se apertarem ao meu redor. Ouço minha prima gritar e chorar enquanto os dois estão parados, na nossa frente, com todas as armas voltadas para eles.  

— Barão! __ grito ainda mais alto e ele não responde.


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