Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 68
68º Capítulo – “Está na hora de leva-las comigo.”


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores!

Boa leitura a todos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/694230/chapter/68

Sinto o corpo dela esbarrar no meu e sua voz sai carregada de dor quando ela o reconhece.

— Pai. __ a voz dela é quase um sussurro.

Volto meus olhos para ele e seu sorriso monstruoso me faz querer soca-lo por todo sofrimento que ele já causou e vai causar as duas.

— Não sentiram minha falta?

A voz dele parece não chegar aos ouvidos da Alice e eu a vejo, inerte, desabar na minha frente. Um misto de raiva e desespero explode dentro de mim quando percebo que ela não consegue respirar. Puxo meus pulsos ainda mais forte e quase não sinto a dor explodir no meu ombro. Vejo com ainda mais raiva a expressão do Barão mudar para algo que eu não consigo decifrar.

— Você precisa nos soltar. __ é a voz do Felipe.

O Barão o olha, sem dizer nada.

— A gente precisa ajudar elas. __ ele diz sem tirar os olhos da Paloma e eu o olho.

— Minhas filhas não precisam de vocês. __ sua voz é rouca e seca.

 — Você não sabe nada sobre o que elas precisam. __ explodo. — Você não as conhece.

— Quem você pensa...

— Você as abandonou. __ o interrompo. — Nós passamos noites em claro com elas, enquanto elas gritavam e choravam com pesadelos e lembranças de toda aquela merda. Então não ache que você as conhece.

— Garoto não me afronte ou eu acabo com vocês.

— Faça isso. __ grito. — Mas antes nos deixe ajudar as duas.

Ele olha de uma para a outra e não diz nada. O vejo baixar o rosto e respirar fundo.  

 — Soltem os dois.

Não desvio meus olhos da Alice enquanto dois caras se aproximam e cortam as cordas. Assim que estou livre me posiciono na sua frente e seguro com cuidado os seus braços. Ela ergue devagar o rosto e quando vejo sua expressão tomada pela dor uma vontade devastadora de tirá-la daqui toma conta de mim.

— Respira. __ ela parece não entender. — Alice, você precisa respirar.

Ela inspira com dificuldade em meio aos soluços e eu a abraço forte. Ouço ela respirar fundo e os soluços dão lugar a um choro forte e pesado. Ela esconde o rosto no meu pescoço e suas mãos seguram forte na minha camisa enquanto seu corpo desaba nos meus braços.

— Ogro....

Ouço o fiapo de voz que escapa dela e não sei o que dizer, porque não quero mentir.  Não posso dizer que vai tudo bem por que todos os medos que ela tem estão aqui e agora, na nossa frente e eu não posso protege-la da dor que está sentindo. Ouço um comando baixo do Barão e aos poucos os homens que estão aqui dentro vão saindo. Olho para o Felipe e vejo a Paloma desabando nos braços dele também e quando volto a olhar ao nosso redor, os homens não estão mais lá.

O silêncio que sobra ao nosso redor é quebrado apenas pelo choro capcioso das duas e ela tenta esconder ainda mais o rosto no meu pescoço. Aperto com mais força meus braços ao seu redor e a sinto respirar fundo de novo.

— Gatinha? __ a gente precisar sair daqui e essa é a nossa única chance.

— Não... __ ela responde em meio aos soluços e aperta com força a minha camisa.

— Shiii.... __ prendo meus dedos no cabelo dela. — Estamos sozinhos agora.

FELIPE

Isso é um pesadelo. Ver as duas assim é muito pior do que passar qualquer noite acordado com elas por causa de algum pesadelo idiota. Nenhuma das duas merece isso.

A Paloma sempre deu um jeito de lidar com todos os problemas que surgiam, mas agora eu consigo ver o quanto ela é frágil de verdade. Nunca a vi assim. É claro que eu estou preocupado com a Alice também, mas a Paloma parece tão mais delicada agora e eu me sinto um inútil impotente por não poder fazer nada.

Depois que eles nos deixaram sozinhos, eu e o Gustavo trocamos alguns olhares e sei que ele está planejando alguma coisa, mas convencer as meninas não vai ser nada fácil.  

Continuamos no meio do galpão, mas as meninas parecem estar um pouco mais calmas. A Paloma está sentada no meu colo, com o rosto no meu pescoço e a Alice continua na mesma posição, ajoelhada com os braços do Gustavo ao redor dela. Troco mais um olhar com o Gustavo. Confirmo com a cabeça e ele respira fundo.

— Eu sei que vocês não querem conversar. __ sinto a Paloma respirar fundo. — Mas a gente precisa sair daqui.

A Paloma o olha de imediato, mas a Alice sequer se move.

— Ele não vai deixar a gente sair. __ a Alice ainda está chorando.

— E ainda tem aqueles homens e as armas. __ a Paloma diz e me olha com medo.

— A gente vai da um jeito. __ digo e faço um carinho no rosto dela.

— Não quero que vocês se arrisquem. __ a voz dela sai carregada pelo choro e ela se afasta aos poucos do Gustavo

— Eu sei Gatinha, mas a gente precisa....

Antes que ele consiga terminar a frase a porta lateral do galpão se abre e o Barão entra, seguido de todos aqueles caras armados. Nos colocamos de pé de imediato e sinto a Paloma segurar minha mão enquanto encosta o corpo no meu.

— Já chega. __ a voz do Barão ecoa dentro do galpão. — Eu voltei pelas minhas filhas e está na hora de leva-las comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaria de dizer que andei pensando em retirar Proibida Pra Mim dessa plataforma. não vejo interação dos leitores aqui e não sei se ainda existe alguém ai do outro lado lendo.
Espero que exista.

Até a próxima, beijos da tia!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Proibida Pra Mim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.