Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 53
52º Capítulo – “Ela está com medo de mim. ”


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/694230/chapter/53

Ele curva meu corpo e me arrasta até a escada.

— Se escondam e não saiam, não importa o que aconteça.

Outros tiros são disparados e nós duas subimos a escada correndo. Ouço o barulho da porta da sala sendo arrombada e isso me faz correr mais ainda. Quando chegamos ao corredor paramos e a Paloma me olha, sem saber para onde ir. A puxo pelo braço e corro para o meu quarto e tranco a porta atrás de nós. Corremos até o banheiro e nos trancamos lá dentro. Os tiros parecem mais distantes agora e o pânico que sinto está estampado no rosto da minha prima. Pego uma cadeira que fica atrás da porta e empurro contra ela, forçando a maçaneta.

O silêncio domina a casa de repente e mesmo não querendo falar, sei que minha prima está pensando e sentindo mesmo que eu. Por que, como anos atrás, estamos aqui. Presas, enquanto as pessoas que amamos estão morrendo. Por nós.

Ouvimos um barulho forte e sei que alguém abriu as portas da varanda por fora e entrou. Olha para a Paloma e a vejo sentada no chão. Giro no meu próprio eixo e procuro alguma coisa, qualquer coisa, que possa ajudar a nos defender.

Não tem nada.

Abro o móvel embaixo da pia e reviro tudo, tentando ao máximo não fazer barulho. Encontro uma tesoura e a seguro firme.

GUSTAVO

Dois homens entram primeiro e antes que possamos pensar, eles disparam. Meu corpo age de forma automática e logo acerto um deles. Quando olho para o Felipe vejo que ele acertou o outro. Me abaixo próximo a uma parede e ele fica perto da escada. Mais três deles entram e durante um segundo, eles não nos veem e isso é mais que suficiente.  Atiro em um deles e o outro vem até mim, atirando sem parar. Quando ouço o clique da arma informando que a munição acabou, ataco. Atiro na perna dele e ele cai, urrando de dor. Olho rapidamente para o Felipe e vejo que ele já se livrou do último. Em seguida olho para a porta, mas não aparece mais ninguém.

O desgraçado que está no chão tira uma faca do tornozelo e tenta furar minha perna com ela, mas eu desvio e chuto o braço dele, fazendo a faca deslizar pelo chão e parar longe. Desfiro outro chute, mas dessa vez na lateral do seu corpo e ele se encolhe. Levanto o desgraçado pela caminha e seguro seu corpo.

— O que vocês querem? __ ele me olha e não diz nada.

Me afasto, aponto minha arma para a outra perna dele e atiro. Ele grita e cai de joelhos. O observo se contorcer e me abaixo, ficando da mesma altura que ele.

— Você tem quatro membros. __ aproximo minha arma do rosto dele. — E uma cabeça. Acho bom começar a falar, ou eu não vou parar até conseguir o que quero.

— A garota. __ a respiração dele está irregular.

— Vocês a pegaram da última vez. __ tento conter minha raiva. — Por que?

— Vai se ferrar. __ ele sorri

Eu me afasto e atiro no braço dele. Ele grita, mas não cai no chão.

— Vou perguntar de novo e melhor você lembrar que só falta um braço e sua cabeça. __ me aproximo de novo. — Por que?

— Ela é só a porra de uma criança. __ ele gargalha. — Uma criança bem valiosa.

— Valiosa para quem? __ enfio meu dedo dentro do buraco no braço dele e ele urra. — Fala logo, porra.

— Ela é .... __ ele tosse. — Eu não sei por que, nem para que, mas meu chefe precisa dela.

— Quem é o seu chefe?

Mas antes que ele possa me responder ouvimos os gritos das duas. Me levanto e junto com o Felipe corremos e subimos a escada. Quando chegamos ao corredor ouvimos os gritos de novo.

Elas estão no quarto da Alice.

Tentamos entrar, mas a porta está trancada. Elas gritam de novo e nós dois nos jogamos contra a porta. A madeira é forte e não sede a pancada.

— A janela do meu quarto fica ao lado da varanda dela. __ ele está ofegante, como eu. — Vai até lá e pula até o quarto dela. Eu vou continuar tentando arrombar a porta.

Corro até o quarto dele e subo na janela. Vejo a varanda e me equilibro sobre a janela. Coloco minhas mãos na mureta e lanço meu corpo sobre ela. Entro devagar e vejo dois homens lá dentro. Eles estão vestidos diferente dos homens lá de baixo, estão vestidos como atiradores: de preto e de colete. Um deles está forçando a porta do banheiro e outro está em pé, próximo a varanda. Ouço uma pancada na porta e aproveito o momento de distração do que está mais próximo de mim e o ataco. Prendo o pescoço dele e quando estava pronto para quebra-lo ele me derruba. Vi quando o Felipe arrombou a porta e em seguido ele subiu em cima de mim. Ele me socou várias vezes e quando achei que fosse apagar, ouvi um grito da Alice. Isso foi suficiente. Usei minha técnica de jiu-jitsu e inverti as posições. Soquei o desgraçado várias e várias vezes e ainda assim, ele não apagou. Ele segurou meus braços e bateu a cabeça na minha e a pancada me fez cair para trás, sentado. Vi ele se levantar e caminhar até mim. Ele abaixou e seu rosto ficou na altura do meu.

— Não quero problemas com você. __ a voz está abafada pela máscara preta. — Eu vou levar as garotas e se você tentar me impedir, vou te matar.

Ele me deu as costas e deu um passo. Antes que ele pudesse ir até a porta do banheiro, saquei minha arma e atirei da cabeça dele. O corpo dele caiu no chão, sem vida. Quando olhei ao lado, vi o Felipe caído no chão e o outro cara em cima dele, socando-o. Me levantei rápido e senti o mundo girar ao meu redor. Quando levantei o rosto novamente vi a Alice, parada na porta do banheiro uma tesoura não. Quis gritar, mandar ela entrar lá de novo e não sair, mas ela foi mais rápida. Ela se aproximou rápido e cravou a tesoura nas costas do homem. Ele gritou, bateu no rosto dela e ela caiu no chão. Isso foi mais que suficiente. Fui até ele e o tirei de cima do Felipe. O peguei pelo colete e o arrastei até a varanda. Quando ele tentou se soltar, segurei na tesoura e a enfiei ainda mais nele. Quando ele gritou, o debrucei sobre a mureta da varanda e o segurei pelo cinto.

— É bom você começar a falar. __ Ele não gritou.

— Vai se ferrar. _ soltei o cinto, ele deslizou um pouco e eu o segurei novamente.

— Eu sou um assassino __ aproximo meu rosto dele. — Como você.

— Sei quem você é. __ ele ri alto. — Gustavo Guimarães, a obra prima da Citros.

— É bom que você saiba mesmo quem eu sou. __ rosno. — Então abre a porra da boca e diz logo o porquê vocês vieram aqui ou te jogo dessa varanda.

— As garotas. __ ele não quer demonstrar, mas está com medo. — Viemos pegar as garotas.

— Porquê?

— Meu chefe as quer. __ ele tenta se segurar na mureta. — Só sabemos que não é para machucar elas.

— Só isso? __ ameaço soltá-lo.

— Não. __ ele ri alto de novo. — Essas garotas valem dinheiro, cara. Muito dinheiro.

O puxo de volta e ele cai sentado. Ele não sabe de nada.

— Não sei o que essas vadiazinhas tem. __ ele não para de rir. — Mas elas valem ouro.

Pego minha arma e atiro na cabeça dele. Quando ergo meu rosto vejo a Alice parada, do outro lado do quarto me olhando. Os olhos dela estão assustados e quando dô alguns passos à frente ela recua.

Ela está com medo de mim.

Abro minha boca para falar, mas sou interrompido pelo grito da pirralha, quando vê o Felipe caído no chão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Proibida Pra Mim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.