Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 14
14º Capítulo - "Droga sua louca, você quase o matou. "


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, demorei muito novamente (mas houveram contra tempos). Enfim, esse capítulo fala um pouco mais sobre a Paloma e o Felipe, afinal de contas, eles merecem um final feliz também, não é mesmo?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/694230/chapter/14

Não achei que fosse demorar tanto para conseguir convencer o vendedor da farmácia a me vender esses remédios. Bem que o Jonas disse que não seria fácil. Enfim estou chegando ao apartamento do Gustavo, espero que ele esteja melhor. Quando abri a porta do quarto me deparei com Gustavo dormindo com minha irmã deitada no peito dele.

— Filho da mãe. __ caminhei até o criado mudo e deixei os remédios. — E eu achando que você estava morrendo.

Me virei e fui em direção a porta.

— Lipe? __ a voz da Alice me fez virar.

— Oi maninha. __ me aproximei da cama. — Está tudo bem?

— Acho que sim. — a voz dela está rouca. — A febre dele baixou e ele conseguiu dormir.

— Ótimo. Demorei um pouco por que o vendedor não queria liberar o remédio. __ respirei fundo e passei as mãos pelo cabelo. — Mas mudando de assunto, onde está a Paloma?  

— Ela foi para casa. __ ela sentou na cama. — Ela não está bem, Felipe. Saiu daqui daquele mesmo jeito que a gente já conhece.

Sei bem do que ela está falando. A Paloma sempre teve um medo horrendo de ficar sozinha. E com toda certeza ver o Gustavo sangrando daquele jeito, despertou lembranças antigas nela. Preciso ir para casa e cuidar dela. Minha Pequena precisa de mim.

— Eu vou pra lá. __ digo e me aproximo da porta. — Qualquer coisa, me ligue!

— Você também. 

PALOMA

Eu não achei que isso fosse possível, não de novo. Ver o Gustavo daquele jeito me deixou desesperada, principalmente quando fiquei sozinha com ele no quarto. Pensei em ligar para o Felipe, mas ele tinha acabado de sair. E além do mais, tinha ido comprar os remédios. Eu sei que não foi justo ligar para a Alice e acordá-la, mas eu não iria conseguir ficar lá nem mais um minuto. Já faz algumas horas que estou em casa. Assim que cheguei tomei um banho e deitei, mas não consigo dormir. Toda a vez que fecho meus olhos as lembranças do passado me invadem, fazendo-me sentir como se estivesse ali de novo. Eu sei que era muito pequena, mas lembro de exatamente tudo, incluindo o rosto da minha mãe com um buraco bem no meio da testa.

Sou tirada das minhas lembranças quando ouço passos na escada. O medo me invade e não ouso gritar perguntando quem é. Veja bem, não sou uma pessoa que tem medo de tudo mas depois do Gustavo ter quase morrido por ter sido atacado, fiquei um pouco assustada. O barulho dos passos está vindo na direção do meu quarto, levanto da minha cama e pego o abajur em cima do criado mudo. Corro e fico atrás da porta – pronta pra bater bem forte da cabeça do invasor. Assim que a porta abre nem paro para pensar e bato com toda a força na cabeça do homem que entrou. Tudo que ouço depois é o barulho do corpo  quando chega ao chão. Quando abro os olhos e me deparo com o Felipe quase desmaiado no chão me desespero

— Ai meu Deus, Felipe! __ solto o abajur e me jogo no chão ao lado dele. — Felipe, responde.

— Droga Paloma, não sabia que você tinha tanta força assim. __ Ele respondeu, passando a mão na cabeça.

— Me desculpa, eu não... __ coloquei a mão na cabeça dele e veio sangue. — Você está sangrando, eu preciso levar você ao hospital. __ tento me levantar para buscar ajuda, mas ele segura na minha mão.

— Está tudo bem. __ diz, tentando se levantar. — Me ajuda.

Ajudo ele a se levantar e sentar na cama.

— Você precisa ficar quieto.... deita aí, vou buscar ajuda. __ quando começo a me afastar ele me segura novamente.

— Está tudo bem, Paloma. __ ele sorri fraco para mim. — Só pega alguma coisa para parar o sangramento. __ corro para o meu guarda roupa e pego o primeiro pano que vejo pela frente.

— Vem, deixa eu olhar. __ me sento ao lado dele na cama e olho sua cabeça. — Graças a Deus não vai precisar pegar ponto. __ digo colocando a toalha em cima do local. De repente ele começa a rir.

— Do que é que você está rindo, Felipe? Eu quase te matei e você fica rindo?

— Me lembre de avisar a todos os ladrões da cidade para nunca mexerem com você. __ Ele diz tentando conter o riso, me fazendo ficar vermelha.

— Me desculpa.... eu só não sabia que era você. __ colo a mão dele sobre o pano. — Vou buscar gelo. __ saio da cama e imediatamente ele para de rir.

— Não precisa Paloma. __ Ele diz em um tom sério, me fazendo parar de frente a porta. — Eu estou bem.

Droga sua louca, você quase o matou.

— É sério, baixinha. Vem cá. __ ele me chama, mas não consigo sair do lugar. Estou morrendo de vergonha.

Ouço ele levantar da cama e vir em minha direção.

— Olha para mim. __ ele coloca as mãos no meu ombro e me faz virar, parando de frente para ele. — Eu sei que você está assustada com tudo isso, mas vai ficar tudo bem.

Não consigo me conter e o abraço. Quando vejo já estou chorando, com ele me abraçando firme.

— Me desculpe... __ digo tentando controlar os soluços. — Eu não queria... eu juro que não... __ ele afrouxa o abraço me fazendo olhar para ele. — Felipe, eu não queria machucar você.

— Eu sei. __ ele diz, abrindo um pequeno sorriso. — Eu sei que não, baixinha.  

Ele leva a mão ao meu rosto secando as lágrimas e eu apenas fecho os olhos. Quando abro a boca para falar, sinto os lábios dele contra os meus. Minha surpresa nem de perto se compara ao calor que sinto se espalhar pelo meu corpo. As mãos dele descem até minha cintura e me puxa ainda mais para si. Deixo minhas mãos deslizarem pelo cabelo dele e me entrego ao beijo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Proibida Pra Mim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.