Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 10
10º Capítulo – “Traz uma garrafa de Vodka”


Notas iniciais do capítulo

Desculpem, mas não deu pra criar uma cena quente entre nosso casal "Guslice". Uma pessoa me falou nessa junção dos nomes e achei legal. O que acharam? Boa leitura!



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Quando acordei hoje eu já estava na minha cama. Provavelmente por que o Felipe me levou para o quarto, já que depois que conversamos eu peguei no sono, estava exausta. Tive que me arrumar rápido para chegar na faculdade a tempo de fazer minha prova – que por sinal, não estudei nada. Enquanto estava a caminho, para pegar o ônibus, não consegui parar de pensar em como o Gustavo foi cuidadoso comigo ontem e mesmo que eu nunca vá dizer isso a ele, sinto falta de tê-lo por perto, como quando éramos mais novos. Não posso me esquecer de agradecer a ele quando voltar para casa e também de pedir desculpas, já que quando ele chegou não fui nada delicada. Agora estou dentro do ônibus, viajando para a cidade vizinha, que é onde fica minha faculdade.

— Você estudou? __ a voz do Guilherme me fez despertar.

Apesar de não ter um mínimo interesse nele, não posso negar que Guilherme é o cara mais bonito e atraente da turma de direito. Ele tem por voltar de 1,75 de altura e tem um corpo que chama a atenção de quase todas as mulheres quando ele passa. Além do belo par de olhos verdes, cabelos claros e de um sorrido extremamente safado, que já deixa bem claro que ele não faz o gênero “moço que procura compromisso”. Nos últimos dias ele tem sentado sempre ao meu lado no ônibus e apesar de fingir que não percebi, sei que ele quer alguma coisa.

— Não tive tempo. __ repondo, tentando disfarçar o tempo que fiquei o olhando.

— Então quer dizer que a nerdzinha mais linda que eu conheço não estudou? Conta outra Anjinha. __ fala, debochado.

— Anjinha?

— Sim, Anjinha por causa desses seus belos olhos azuis, que parecem olhos de anjos. E que me dão a impressão de que você é proibida, o que só aumenta a minha vontade de te beijar.

Não consigo responder e gostaria que meu rosto não estivesse tão vermelho quanto imagino que esteja, por que quente com certeza ele está.  Assim que percebe que estou sem jeito ele sorri, um sorriso predador, o que me deixa ainda mais envergonhada.

— Não precisa ficar vermelha Anjinha. __ ele ainda está sorrindo. — Bom, eu vou lá atrás ver com os caras se eles estudaram para nossa prova. Boa sorte na sua. __ ele se aproxima mais de mim e sussurra em seguida.

— Mal posso esperar para te ver vestida de enfermeira no futuro. __ conclui, me dando um beijo demorado na bochecha, me deixando ainda mais vermelha.

Depois que ele saiu, soltei o ar que estava prendendo e nem notei. De imediato Laura e Clara, que eram as colegas mais chegadas que eu tinha na sala, se amontoam na poltrona ao meu lado.

— Pode falar tudo! Não sabia que vocês estavam ficando. __ Cochicha Laura.

— Nós não estamos tendo nada. __ Respondo, de imediato. — Ele só queria saber se eu tinha estudado para a prova.

— Até parece. __ Clara me fuzila com os olhos. — Ele faz direito, não tem nada a ver com enfermagem. Só um cego não perceberia que ele está afim de você. __ ela cruza os braços sobre o peito.

Para minha sorte, bem na hora o ônibus estacionou no campus da faculdade. Sem que elas conseguissem me segurar, pulei para o corredor e sai andando rápido até descer do ônibus e ir em direção a sala. Assim que entrei na sala notei a euforia do pessoal, todos estavam nervosos com a prova e eu com certeza vou me ferrar. Escolhi um lugar perto da janela. Não demora muito e a professora entra na sala e logo todos já estavam em seu lugar. No minuto seguinte ela começa a entregar a prova e eu já estou me preparando para um belo zero.

FELIPE

Já faz quase um dia que o Gustavo me mandou aquela mensagem e não deu mais sinal de vida. É claro que eu entendi de imediato o que ele quis dizer, só fiquei confuso por achar que ele estava de férias. Se bem que se tratando da Citros não era de se surpreender. É claro que eles não iam deixar um dos seus melhores agentes um mês inteiro de folga, sempre existe um alvo para eles. E mesmo que eu queira me concentrar em pensar numa desculpa para as meninas, não consigo. Tudo o que aconteceu ontem foi difícil, mas o que aconteceu com a Paloma foi diferente.

— Felipe? __ a voz dela chamou minha atenção.

— Oi Paloma. __ repondo a olhando.

— É só que.... __ela parece nervosa.  — Como a Alice não tá em casa, quero saber se você quer que eu faça alguma coisa para comer. __ a voz dela é baixa.

— Não precisa fazer nada. Só vem aqui, quero conversar com você. __digo, me sentando na beirada da cama.

Ela caminha até a cama e se senta um pouco longe de mim. 

— Obrigado por você ter me encontrado ontem. Acho que se você não tivesse ido até lá, ainda estaria no mesmo lugar. __ sou sincero.

— Há, não precisa agradecer. __ ela não me olha. — Só imaginei que você estava lá. __ completou, com um sorriso fraco.

— Eu não queria ter sido grosso com você, quando chegamos. É só que você tem uma fé no Gustavo, como se ele fosse sempre salvar o dia. Eu acabei me irritando. __ ergo o rosto dela. — Desculpa.

— Não é fé Felipe. É só que eu nunca ia conseguir encontrar a Alice, só você e ele conseguem. E eu meio já tinha um palpite de onde você tava. __ não consigo evitar sorrir e ela fica vermelha.

Quando eu ia perguntar como ela pensou que eu estava na oficina, os gritos da Alice chamam nossa atenção. Ela chamava por mim e pela Paloma.

— Eu vou lá embaixo falar com ela. Você vem? __ ela se levanta.

— Não, depois eu vou. __ respondo, mesmo querendo continuar a conversa.

Algumas horas mais tarde, nós três estamos na sala assistindo a um filme na televisão. O celular da Paloma tocou, fazendo ela se levantar.

— Oi Gustavo.  

O rosto dela muda e sei de imediato que alguma coisa está errada.

— Tá sim. Tá tudo bem? __ ela também nota que algo está errado e não demora muito para que a Alice note.

— Fala cara.

— Você precisa vir aqui no hotel. __ a voz está fraca. — Eu consegui concluir a missão e chegar aqui sem ninguém me ver, mas tô um pouco arrebentado, cara. 

— Certo, tô indo.

— Traz agulha, gaze, álcool e uma garrafa de vodka. __ ela diz.

— Tente ficar acordado. __ pego a chave do carro e me preparo para sair.

— Não prometo nada, amorzinho. __ debochou, com a voz um pouco mais fraca e desligou o telefone.

Entrego o celular a Paloma e vejo a Alice se levantar do sofá e vir até mim. Ela fica entre mim e a porta.

— Você vai me dizer agora o que tá acontecendo ou não vai colocar a cabeça pra fora daquela porta. __ ela está determinada.

— Alice agora não. __ falo, tentando desviar da garota. — Sai da minha frente.

— De jeito nenhum, aconteceu alguma coisa com o Gustavo e você vai me dizer o que foi. __ Alice cruza os braços na frente do corpo e deixa claro que não vai me deixar sair sem dizer o que aconteceu.

Preciso pensar em alguma desculpa bem convincente sobre tudo e tenho que pensar rápido. Tenho uma ideia maluca e provavelmente o Gustavo vai querer me matar, mas é a única opção.

—Você tem gazes, agulhas, linha e álcool? __ pergunto, não muito certo do que estou prestes a fazer.

— Tenho uma caixa de primeiros socorros no meu quarto, que tem tudo isso. Por que?

— Se você quiser ir comigo, pegue a caixa com tudo e me encontre lá fora que vou tirar o carro. E você Paloma, pegue a garrafa de vodka que está no armário da cozinha. Não demorem!


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Notas finais do capítulo

Até a próxima!



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