Cheguei na empresa e vários olhares foram diretamente direcionados para mim conforme eu passava nos corredores provavelmente por causa da roupa de “enfermeira” que eu estava usando, mas nem me importei, eu me visto do jeito que quero e do jeito que eu bem entender ninguém precisa ficar tomando conta da minha vida.

Continuei caminhando até chegar á mesa da recepcionista que se vestia de um jeito bem vulgar e ninguém estava tomando conta da sua vida ou a olhando de modo estranho o lado bom é que ela tinha cara de ser uma pessoa bem legal e olha tomara que seja por que, gente, até agora não gostei de ninguém desse lugar especialmente do chefe.

—Olá- falei da maneira mais educada possível- eu queria saber onde fica a sala do senhor Justin Bieber.

—Espere um minuto, preciso o avisar da sua chagada para ver se ele permite que você suba até sua sala – ela pegou seu telefone – Bom Dia senhor Bieber. Tem uma garota aqui – tampou o buraquinho do telefone- Qual seu nome querida?

—Ariana Grande.

—Chamada Ariana Grande que quer subir, posso leva-la ai?... Sim, tudo bem vou falar para ela. - ela colocou o telefone no gancho e se virou para mim- O senhor mandou você esperar aqui que antes de você entrar ele vai te pedir algumas coisas que eu não entendi muito bem.

—Mas... A esquece, de qualquer jeito obrigado.

—Não foi nada.

Me sentei em um sofá que tinha ali perto mesmo e fiquei mexendo no meu celular. Olha até que gostei dessa garota... Mas espera eu nem sei ao menos seu nome. Me levantei e fui até a sua mesa.

—Oi desculpa ter sido mal educada e não ter perguntado seu nome é que eu estava meio estressada.

—Acha tudo bem. Meu nome é Ashley Benson.

—Que nome bonito, não vou me apresentar por que você sabe meu no... – estava terminado de falar com a menina quanto sinto meu braço ser puxado com uma força que até chegou a doer. - AI – gritei – Da para me soltar esta me machucando inferno.

—Eu contratei você para trabalhar e não para ficar de conversinha com os outros. – Ele diz apertando mais ainda meu braço como quisesse descontar todo sua raiva ali.

—Primeiro solta meu braço você machucando – ele solto um pouco, mas continuou segurando então puxei meu braço conseguindo me soltar- e depois eu sou sua funcionária não sua escrava para não poder conversar com outros.

—Dane-se o que você é ou não minha, de qualquer jeito eu quero que você me acompanhe, pois vou me encontrar com uns sócios do Japão.

—Mas já, eu ainda nem sei onde é minha sala e já vou ter que sair com você e seus sócios do Japão.

—Sim, mas alguma reclamação princesinha, por que se tiver vá reclamar em outro lugar que aqui você não fica mais- fiquei quieta não podia ser demitida pelo menos não por enquanto eu precisava desse dinheiro– Que bom então, vamos que já estamos atrasados.

Ele saiu me puxando me fazendo troçar nos meus próprios pés mais que cara sem noção. Eu disse que ia me arrepender e estava certa ele é muito chato e rude e por causa desse imbecil meu braço esta todo dolorido.

Fomos até a garagem desse jeito, com esse ser humano imbecil me puxando e eu só indo atrás como uma cachorrinha sem dono, mas isso não vai ficar assim a não vai mesmo.

[...]

Chegamos em um restaurante e logo pude ver uns carinhas de olhos puxados sentados em uma mesa perto da entrada.

Fiquei esperando um tempo para ver se aquele imbecil iria abrir a porta para mim, mas percebi que ele não ia fazer isso então eu mesma abri.

Sai do carro e fui em direção ao Bieber adentramos o local e logo um cheiro bom de comida adentrou minhas narinas fazendo meu estomago roncar.

—Vejo que alguém esta com fome – ele cochicha no meu ouvido.

É sério isso produção? Deu para escutar essa merda do meu estomago pedindo por comida? Ai meu Deus do céu, já não basta ter passado vergonha naquele merda de empresa agora passo vergonha em um restaurante?

É isso que dá não comer antes de vir para o trabalho e olha que dava muito bem para eu antes de vir trabalhar comer que inferno.

—Se a estressadinha quiser pode pegar algo para comer que eu pago. – ele fala enquanto vamos sentar-se à mesa.

—Não precisa e para de me chamar assim sabe que odeio.

—Como quiser, mas mesmo assim não vou parar de te chamar assim é legal te encher.

Eu ia responder para ele, mas percebi que já estávamos sentados à mesa então decidi calar a boca não queria discutir com esse sem noção na frente dos outros especialmente sócios do Japão... Espera essa seria uma boa maneira de eu me vingar pelo o que ele fez comigo.

—Você vai como é legal me encher até o dia em que eu decidir quebrar sua cara.

—Ei olha o jeito que você fala com seu chefe mocinha. – ele diz rindo da minha cara, provavelmente para que esses carinhas de olhos puxados não reparassem que estávamos brigando. – Mas tudo bem vou deixar passar só dessa vez. Há e enquanto vamos discutindo as coisas você vai anotando tudo.

Ele... Como posso dizer... Me ordenou fazer isso pelo menos dessa vez eu não me importei já que o mesmo é meu chefe ele pode, na verdade, tem o direito de fazer isso e dessa vez o imbecil -como eu gosto de chama-lo- não foi rude e nem nada comigo, mas com toda a certeza do mundo só por que estamos na frente dos seus sócios do Japão.

[...]

Depois de duas horas tendo que ficar aguentando meu estomago rocar, a voz fina desses caras e ainda ficar escrevendo tudo que eles combinavam acabou essa merda de reunião. Todos foram embora menos eu e o imbecil do meu chefe. Ele disse que estava com fome e que iria comer algo.

—Tem certeza que você não quer nada para comer?

—Sim eu tenho – na verdade não eu quero muito algo para comer, porém não quero que você pague para mim.

—Você que sabe. – ele deixou um dinheiro em cima da mesa- Vamos?

— Sim.

Fomos até seu carro e não sei o que deu na cabeça desse moleque ele abriu a porta para mim.

O caminho até a empresa foi um silêncio absoluto e isso me deixou meio mal, só não sei o porquê, provavelmente é porque até agora ele não foi rude e nem nada comigo e ainda assim eu quero o matar. Mas eu tenho razão não tenho?! Isso só deve ser um joguinho para depois esse imbecil vir-me maltratar, mas olha se ele fizer algo comigo eu não vou ter controle e vou dar na cara de idiota.

Chegamos na empresa e ninguém ainda tinha ousado falar nada e isso foi meio constrangedor parecíamos que nos odiávamos tudo bem, eu sei que nos odiamos, mas mesmo assim foi ruim, e um dos motivos de ser tão ruim e que a merda do meu estomago não quis colaborar e ficou roncando o caminho todo e o ser que estava do meu lado ficava rindo da minha cara.

—Vou mostrar sua sala – ele disse quebrando gelo entre nós.

Fomos até o elevador e eu fiquei rezando para que ele não parasse de novo no meio do caminho, e por sorte Deus ouviu minhas preces e tudo deu certo.

Ficamos andando pelo corredor até pararmos em uma sala ao lado da sua, aqui provavelmente seria minha sala.

Assim que ele abriu a porta adentrei o local logo após ele. Eu fiquei encantado com a minha sala eu cheguei a pensar que fosse um lugar mais reservado que eu não teria vida e nem luz no meu rosto, mas vi que estava enganada.

A parede era de mármore marrom, a janela era enorme e de vidro então eu tinha uma vista linda da cidade, a mesa era marrom não tinha nada em cima, então assim que eu começasse a trabalhar eu teria que trazer minhas coisas para enfeitar ela.

—Eai gostou? – diz me tirando do meu devaneio.

—Não gostei – ele me olhou com uma cara assustada e eu me segurei para não rir – Eu amei – percebi que sua cara voltou ao normal.

—Que Bom então. Você já pode trazer suas coisas para cá, pois amanha mesmo você já começa. Qualquer coisa estou na sala ao lado.

—Tudo Bem.

Ela saiu da sala e eu fiquei sozinha na minha nova sala, eu não tenho muita coisa em casa para trazer para cá então com certeza vou ter que comprar varias coisas. Ah e é claro tenho que comer não vou aguentar ficar nem mais um pouco assim.

Seu sorriso e seu jeitinho
De tentar me irritar
Se tiver uma maneira
Vou tentar evitar

—“Garoto Errado” Manu Gavassi