Modified By Disappointments escrita por Amanda Katherine


Capítulo 17
Quebrar seu coração.


Notas iniciais do capítulo

Yoooo mina, volteiiii. Espero que gostem desse cápiitulo, acadei de fazer huhu.



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Acordei com a cabeça no colo de Sylwia. Ela estava afagando meus cabelos e acariciando meu rosto. Dom estava sentado do meu outro lado pegando em minha mão. Me senti abençoada por tê-los comigo.

— Ai... – disse me levantando. – Caramba que dor de cabeça.

—É pelo stress. – disse Syl me ajudando a me sentar.

— Quer nos contar o que aconteceu? – disse Dom.

— Ah... – disse me lembrando do meu pior pesadelo. Aquilo realmente foi real. – Nós terminamos... foi horrível, ele me disse coisas terríveis. – disse respirando fundo.

— Ele vai se ver comigo. Eu disse que se ele te fizesse chorar de novo, ele ia se ver comigo! – disse Dom se levantando e saindo batendo a porta do meu quarto.

— Droga. Tudo culpa minha... – disse me deitando frustrada.

— Relaxa... tá tudo bem. – disse Syl.

— Desculpe por não poder mais ir ao baile. – ela me olhou surpresa.

— Você acha mesmo que eu sou esse tipo de amiga? Que vê a outra se afundando e diz: isso mesmo continua? – disse ela fazendo um joia com a mão. – Esta muito enganada. Por mais que te doa, você vai ir ao baile de cabeça erguida.

— Syl... eu não acho que é uma boa ideia...

— Você acha que eu estou te dando a liberdade de escolha? – disse rindo. – Vai tomar um banho que daqui a meia hora nós temos cabeleireiro. – disse saindo do quarto.

— Ok. – sussurrei pra mim mesma me arrastando até o banheiro.

     Por alguns segundos fiquei me olhando no espelho, vendo minha derrota. Até que ponto cheguei. Abri minha gaveta e olhei cada lamina presente ali. Peguei uma em minhas mãos e senti uma corrente elétrica passar pelo meu corpo. Justin me ajudou muito a parar com isso. Sempre vou ser grata a tudo o que ele fez por mim, nunca vou esquecer nossos momentos. Por um lado eu entendo Justin, ele ouviu eu dizer aquilo, mas não entendeu direito. Se ele realmente gosta de mim, eu sei exatamente como ele se sentiu. Mas suas palavras fizeram uma grande ferida em mim. Justin é muito impulsivo com as coisas, não sabe escutar e ser compreensível. Acaba machucando as pessoas com suas palavras duras, tornando algo que nem desculpas podem resolver.

    Guardei a lamina de volta e liguei o chuveiro. Deixei que a agua quente levasse toda magoa, deixei que limpasse minha alma. O pior de tudo é quando você não quer pensar nas coisas e por não querer, elas não saem da sua mente por um segundo se quer. Te atormentam até você não poder mais suportar. A coisa mais dolorosa que temos na vida é a lembrança. As lembranças de algo que não vai voltar.

— Demi? Já acabou? – disse Syl do outro lado da porta.

— Sim... já estou saindo. – disse desligando o chuveiro e me enrolando na toalha.

— Já preparei sua roupa. – disse sorrindo.

— Obrigada. – disse terminando de me secar e colocando a roupa.

    Uma camiseta branca com uma jardineira vestido jeans, uma meia 7/8 branca com duas listras pretas e um adidas branco. Pra acompanhar um chapéu preto.

— Já pensou em ser estilista? – disse me olhando no espelho. – Você leva jeito para combinar as peças. Pode embarcar comigo. – sorri.

— Você vai ser estilista? – disse empolgada.

— Pretendo. – ri.

— Então esta combinado. Eu e você, as estilistas mais famosas de Paris. – disse ela juntando as mãos e pulando.

— Espero que sim. – sorri.

......

    Chegamos as shopping e eu estava com muita fome, fome de comer subway.

— Eu quero acréscimo de cheddar por favor. – disse para a atendente.

— Sim. – respondeu ela.

   Pegamos nossa refeição e nos sentamos. Isso é como estar no paraíso.

— Demi... eu sinto muito pelo o que aconteceu.

— Parte da culpa foi minha... eu deveria ter contado sobre isso pra ele antes.

— Você não tem culpa de ele ser assim. Ele poderia ter te ouvido.

— Ele ouviu minha explicação.

— Ahn?

— Ele escutou o que eu tinha pra dizer. Mas eu o mandei ir embora, eu estava anestesiada com as coisas que ele me disse antes de eu poder me explicar. Esse assunto é a maior ferida que tenho. – disse cabisbaixa.

— Mas não se preocupe. Tudo vai se acertar. Sabe o que nós precisamos? Férias. Depois das suas aulas, virá as férias de verão. Podemos viajar para Paris, Europa, Russia...

— Japão... – disse sonhadora.

— Japão... – disse ela confirmando. Eu também tenho aula na mesma escola que você. – sorriu.

— Ainda bem, pelo menos não vai ser tão deprimente.

— Sim, nós vamos tocar o terror naquela escola. As pessoas não vão nem te reconhecer. Eu vou desandar você completamente. Você será uma garota rebelde. Ninguém nunca mais mexerá com a gente.

— Demorou. – disse dando a última mordida no meu lanche.

.....

— É esse aqui. – disse Sylwia me puxando para dentro de um salão.

— QUERIDAAAA. – disse um moço lindo vindo nos atender. Ele abraçou Sylwia que até eu fiquei com inveja.

— Eai Joseph, tudo encima? – disse Syl fazendo um toque de mão com ele.

— Oh meu Deus. Quem é essa coisa mais linda? Que cabelo maravilhoso. Venha cá que eu vou deixar ele magnifico pra você. – disse me puxando pra dentro do salão.

— Ah não que desperdício. – disse assim que notei que ele era gay.

— Ah nem tanto, posso muito bem fazer papel de homem querida. – disse me mandando um beijo e uma piscadela. – A propósito, qual seu nome?

— Demetria, mas pode me chamar de Demi. – sorri.

.....

— Uau... nunca pensei que eu iria um dia ter coragem de fazer isso no meu cabelo. – disse olhando maravilhada para o espelho. – Ele todo colorido assim me lembra unicórnios.

— Realmente, eu tenho as mãos boas. – disse Joseph se gabando.

— Caraca, meu cabelo também não está nada mal. – disse Syl. – O rosa ficou mais vivo.

— Agora que já estão prontas, vão se arrumar... quero ver vocês divando com aqueles vestidos magníficos.

— Vamos logo Syl, já estamos quinze minutos atrasadas. – ela olhou no relógio e estalou os olhos.

— Nossa, nem vi o tempo passar.

   Pegamos os vestidos e fomos aos trocadores. Os vestidos ficaram lindos, com um toque final de Joseph, estávamos lindas. Ele encurtou meu vestido, o que antes era longo, agora estava curto e magnifico.

    Liguei para meu motorista e o mesmo já estava a caminho para nos buscar. Eu estava soando frio, imaginar que chegando lá, Justin estará no mesmo local. Quem sabe até nos braços de Victória.

— Demi? – disse Syl dando-me um peteleco na cabeça.

— Ai meu... por que fez isso?

— Você não estava me escutando. Tá chovendo. – disse ela apontando pra fora do shopping.

— Sem problemas, vamos pegar o carro no estacionamento. – disse entrando no elevador e ligando novamente para meu motorista nos pegar no estacionamento.

   Depois de mais ou menos cinco minutos ele chegou.

— Estão muito belas esta noite senhorita. – disse abrindo a porta para mim.

— Obrigada Yuri. – sorri.

   O caminho todo foi em silêncio, Sylwia também estava ansiosa. Dom não deu mais notícias depois que saiu alterado de casa. Resolvi ligar para ver se estava tudo bem.

...............

Ligação on.

— Dom?

— Oi Demi, tá tudo bem?

— Eu que te pergunto. Você não fez nenhuma besteira não é?

— Talvez.

— Você vai ao baile? – disse olhando para Syl que aguardava por essa resposta.

— Diga a ela para me esperar e não dançar com ninguém. Tenho que ir, até mais.

— Até. – desliguei sorrindo.

Ligação Off.

...............

— O que ele disse? – perguntou curiosa.

— Que esta tudo bem e que não é para você dançar com ninguém enquanto ele não chegar. – ela deu um sorriso aliviado após ouvir aquilo.

    Assim que chegamos, Yuri parou o carro em frente ao local onde havia um tapete vermelho para entrar. O caminho estava coberto para nos proteger da chuva. Havia alguns paparazzis ali, e quando coloquei um pé para fora do carro, os flashes foram disparados.

— Syl, olha para o chão para não cegar. – ela apenas assentiu.

    Descemos e eles nos bombardearam com perguntas e fotos.

— Demetria, onde esta sua mãe? É verdade que sua família esta acabada e o casal mais amado no mundo da moda se desfez?

— Minha mãe esta numa viagem de negócios. E nada se desfez. Eles estão apenas dando um tempo. Nenhum casamento blindado como o deles pode ser desfeito por qualquer coisinha insignificante. Apenas pessoas dentro da família sabem o que realmente aconteceu.

— Mas há rumores de que seu pai já está com outra mulher, isso é verdade?

— Sim é verdade, mas... meu pai é um homem de palavra. Ele esta cumprindo o que disse que faria para minha mãe. Provocar ciúmes sabe? Não acho que esse romancezinho vá para frente, enquanto o coração de meu pai estiver preso com minha mãe, ele não conseguirá seguir. Enquanto ele fazer coisas apenas para provoca-la, ele não seguirá com ninguém. Isso é tudo. – sorri para os mesmos e adentrei ao local.

   Tudo estava magnifico lá dentro, mas isso era o que menos importava. O que meus olhos realmente procuravam, era Justin.

— Demi, que loucura foi aquela?

— Eu tinha que dizer! Provavelmente essa notícia chegará aos ouvidos daquela ruiva sem sal. Ela brigará com meu pai e ele voltará para casa. – sorri sínica indo em direção as bebidas.

— Demi, eu quero ir lá... – disse ela apontando para a outra pista.

— Ai, lá só pode entrar estudantes.

— Eu vou estudar aqui, portanto, tenho direitos.

— Vá na frente, eu vou pegar as bebidas.

— Certo.

...........

Sylwia Pov’s.

   Caminhei até a entrada para a outra pista quando uma garota com cabelos cor de mel entra na minha frente.

— Aonde você vai? – perguntou ela.

— Olá, tudo bem? É aqui a entrada para a segunda pista?

— É sim, mas você não é estudante.

— Mas vou estudar nessa escola quando acabarem as pequenas férias.

— Mas você não tem muito o perfil desta escola, acho muito difícil te darem uma bolsa.

— Vira presidente da república pra falar isso pra mim linda.

— Hm... que linguinha afiada. Pensei que era daquelas quietinhas.

— Hm, eu não sou quietinha não, mas as aparências enganam né?!

— Mas a primeira impressão é a que fica.

— É, nem sempre. Minha primeira impressão de você foi boa, mas foi só você abrir a boca que eu mudei de ideia. Passar bem viu. – disse passando por ela esbarrando em seu ombro.

........

Demi Pov’s.

   Depois de pegar as bebidas fui em direção a Syl e não acreditei que elas estavam conversando. Sylwia conversando com Victoria. Meu Deus. Será que é agora que ela me abandona?

   Mudei de ideia quando vi Syl passando por ela e esbarrando em seu ombro, fazendo Victoria ficar com uma cara nada boa. Pelo visto a guerra começou mais cedo.

— O que aconteceu entre vocês? – perguntei a Syl.

— O que?

— Entre você e a Victoria.

— Quem?

— Victoria. Você estava conversando com ela ali na entrada.

— O QUE? – perguntou boquiaberta. – Se eu soubesse que era ela, trataria mal. Droga! Vamos voltar lá pra eu provocar ela. – disse ela me puxando.

— Não, Syl. O que vocês conversaram? – disse a puxando de volta.

— Ela disse que eu não poderia entrar aqui, então eu fui rude com ela.

— Garota inútil. – disse olhando ela de longe. Quando meu olhar se direcionou para a entrada. Lá estava ele, mais lindo que nunca. Com seu topete, terno, calça jeans e seus amados supra. Ao lado de Dom.

    Victoria me encarou e virou em direção da entrada para ver o que tanto eu olhava. Ela me olhou de volta e sorriu. Caminhou como uma lagartixa e grudou o braço de Justin. O beijando na bochecha e abraçando Dom. Nessa hora, eu só consegui ver o vulto de Syl voando em direção a eles. Fui atrás para evitar qualquer desastre.

— Com licencinha fofa. – disse Syl pegando as mãos de Victoria e jogando longe de Justin e Dom. Ela entrou no meio dos dois e os pegou pelo braço, os arrastando e Dom grudou em mim, me levando junto.

— Você é doida Syl. – disse rindo.

— Ai Demi, pelo jeito, tenho que começar a te desandar o mais rápido possível.

    Meu olhar encontrou com o de Justin, e ele os desviou. Meu coração gelou, o clima estava completamente tenso, era como se fossemos dois desconhecidos ali. Aquilo só me machucava. Eu queria falar com ele, queria me desculpar por não ter lhe contado nada antes e queria que ele se desculpasse pelas coisas que disse. Eu só queria ficar bem com Justin.

— Ahn... Justin eu posso falar... – fui cortada por Victoria.

— Desculpe, vou precisar dele emprestado um pouquinho. Dança comigo Justin. – disse ela o arrastando e ele nem se quer lutou contra.

— Galera de Harvard. – disse o diretor acadêmico no palco, chamando nossa atenção. – O baile irá começar, deem o melhor que depois da dança, sairá os escolhidos para rei e rainha do baile de hoje.

— Boa noite, aceita dançar comigo? – era... Matt?

— Matt... vocês sumiram. Onde estiveram?

— Justin cedeu sua casa para ficarmos lá até a nossa ficar pronta. Então, não precisamos mais te incomodar. Pode ficar com a casa inteiramente para vocês dois.

— Ah... – ri sem graça. – Ahn... eu e Justin não estamos mais juntos. – sorri amarelo.

— Como não? Depois daquele pedido de namoro...

— Aconteceram muitas coisas Matt. Mas quero que vocês vão me visitar em casa, senão vou me sentir muito sozinha.

— Pode deixar que vamos estar lá. Alias, você esta aqui sozinha hoje, eu estou sozinho, você é a garota mais linda da festa, eu sou o mais lindo. Não acha que combinamos?

— O que é isso Matt? – disse rindo. – Palhaço.

— Vem vamos dançar. – disse ele me arrastando para o meio do salão.

— Belo vestido Demi, sem nada em especial, como você, apenas... branco e simples. – sorriu e grudou em Justin.

— Não liga pra essa asinha ai não Demi, você é a mais linda presente aqui hoje. – disse Matt alto o suficiente para Victoria escutar... e Justin também. Justin fez cara feia e menção de vir em nossa direção, mas Victoria o puxou de volta e o conteve.

— Garotos, por favor preparem-se, a música escolhida é... Bust Your Windows. De Jazmine Sullivan.

— Yes!! – exclamei.

— Por que yes?

— É... tangooo. – disse alegre o abraçando.

— Sorte sua que eu sou ótimo em tango.

   Assim que ele anunciou a música, as luzes se apagaram completamente, e eu passei o maior mico da minha vida. Eu parecia um vagalume brilhando, pois meu vestido brilhava no escuro. Todos, literalmente todos que estavam presentes ali, me olhavam. Uma luz bem fraca e vermelha surgiu. Ficamos meninos de um lado e meninas de outro. Nos cumprimentamos e o toque da música soou. Ainda bem que a conheço décor. Nos aproximamos uns dos outros e entrelaçamos nossos braços e Matt me deitou para trás, segurando minha perna envolta de sua cintura. A cada passo, Matt penetrava seus olhos nos meus e sinceramente, eu me perguntava de Matt estaria mesmo brincando a minutos atrás quando disse que combinávamos. Quando chegou a hora de troca de pares, Matt me rodou e me passou para o próximo, logo agarrando uma garota, e para meu azar, Justin me agarrou. Ele também parecia surpreso.

— Você esta linda hoje, é realmente a mais linda da festa. – sussurrou em meu ouvido. Apenas sorri e só eu sei o quanto aquilo me fez feliz naquele momento. Na outra troca de pares, quando eu peguei na mão de meu próximo parceiro, Justin me puxou de volta, fazendo todo o passo se desorganizar, o cara com quem eu iria dançar, ficou procurando uma garota, até que a garota que iria dançar com Justin correu e o agarrou para dançar, assim retomando a coreografia.

     Justin estava tão cheiroso e lindo, mas seu olhar parecia triste e vê-lo assim me despedaçava.

— Me desculpe por não ouvi-la e por não confiar em você. Ainda mais sobre um assunto que te machuca tanto. Eu deveria ser um namorado melhor. Eu falhei com você. Eu me sinto tão mal por todas as coisas que eu te disse. – e se passou mais dois parceiros que eu não dancei. – Eu espero que um dia você me perdoe pelo que eu te disse. – eu já podia ver os olhos de Justin lacrimejando. Sua voz ficando fraca. – Eu te amo tanto e pensar em perde-la, eu enlouqueci. Eu te disse coisas horríveis que você não merecia ouvir. Eu deveria te apoiar ao invés de julgar. Essas horas que eu passei longe de você... foram horríveis, eu senti falta até do seu cheiro. – disse ele colocando sua cabeça no vão de meu pescoço e beijando o mesmo, o que me causou um grande arrepio. Como eu sentia falta daquilo.

    Justin me rodou e tomamos distância um do outro, quando fui voltar para seus braços, Matt me puxou e Victoria puxou Justin fazendo nossas mãos se separarem e foi a pior sensação que já tive. Dessa vez, a troca de pares foi certo. Ninguém se embaralhou no passo por causa de nós dois.

— Vocês dois não tomam jeito não é? – disse Matt rindo. – Vamos provocar muito esse Bieber, ele vai ter que sentir na pele que você pode ter quem você quiser aos seus pés, e ele irá te dar devido valor.

— O... o que? – disse confusa. – Matt, seu pilantra. – disse gargalhando.

— Sylwia nos contou o que houve. E agora é hora de atuar esta bem? – disse ele me deitando para trás, no final da música, então Matt não me ergueu de volta, ele foi se aproximando cada vez mais. Todos tinham finalizado a dança, menos Matt que estava prestes a me beijar. Meu coração parecia que ia sair pela boca. Matt, se ele fizer isso de verdade, eu mesmo acabo com ele. Eu já estava quase tomando uma iniciativa para faze-lo parar antes que acontecesse, mas não foi preciso. Justin o grudou pelo colarinho, me fazendo cair de bunda no chão.

   Sylwia me ajudou a levantar, Justin o encarou e lhe deu um soco na cara, fazendo Matt cair e cuspir sangue, minhas mãos automaticamente foram a boca. Coitado... Matt só queria ajudar e acabou tendo que ser ajudado. Justin me encarou com suas áureas cor de mel que faltavam sair chamar dali. Ele veio em minha direção e pegou em meu pulso com força.

— Quando vai entender que você é só minha? – disse ele visivelmente irritado.

   Justin começou a me puxar em meio à multidão, de caminho a saída.

— Justin.. Justin, espera. – dizia tentando me controlar em cima no salto agulha que eu usava.

— Justin... – disse Victoria entrando na frente dele o fazendo parar. – Não precisa mais fazer nada. – o que? – Você já fez o que tinha que fazer, já é o suficiente, eu namoro com você. Você cumpriu muito bem com nosso trato.

— Que... que acordo? – perguntei confusa.

— Victoria, cale a boca. – interferiu Justin.

— Nós fizemos um trato fofa, se Justin quebrasse seu coração, ele namoraria comigo e ele quebrou não foi? Agora Justin... eu aceito ser sua namorada. – disse ela sorrindo.

— O que? – disse sentindo as lagrimas escorrerem por meu rosto. – Isso é verdade? – perguntei a Justin e o mesmo se virou lentamente para mim com lagrimas nos olhos. Eu precisava ouvir aquilo dele.

— Me perdoa... Por favor. – soltei minha mão da sua.

— Por que? – perguntei chorando. – Por que? Eu te amei tanto.

— Isso foi antes de eu te conhecer, isso foi antes de eu me apaixonar por você. Eu te amo. – lhe dei um tapa na cara.

— Nunca mais olha na minha cara Justin. – disse saindo dali sem saber ao certo para onde iria.

   Uma muvuca se formou atrás de mim e quando olho para trás, Justin avançou em Victoria, mas Sylwia o segurou tomando a frente. Sylwia virou um soco na cara de Victoria e saiu atrás de mim.

    Assim que pisei no tapete vermelho, senti minha vista cegar. Os paparazzis ainda estavam ali. Eles me viram chorar e fotografaram tudo.

— Demi, por favor, espera. Me deixa explicar. – disse Justin mais uma vez segurando em minha mão.

    Me desvencilhei dele, isso tudo estava me deixando tonta. As fotos, os flashes, Justin, tudo estava me enlouquecendo. Como ele pôde?

   Yuri estava me esperando do lado de fora, ele desceu correndo do carro e me colocou dentro do mesmo.

— Pra onde senhorita?

— Apenas ande. – disse deitando minha cabeça no vidro do carro. A chuva tinha o dom de deixar tudo mais triste.

   Rodamos a cidade inteira e eu queria ficar sozinha para poder chorar em paz. Quando Yuri parou o carro no semáforo, abri a porta com cuidado e sai correndo do mesmo. Correndo na chuva, sem destino. Não queria que ninguém soubesse onde eu estava. Queria ficar só.

    Andei até chegar na praia. Com um vestido brilhante e saltos nas mãos. Fiquei na margem do mar. Fechei os olhos e respirei fundo. O cheiro da areia molhada, o cheiro do mar, o barulho das ondas.

— VOCÊ DISSE QUE BASTARIA EU ESTAR ONDE ESTOU QUE VOCÊ ESTARIA COMIGO, DO MEU LADO. QUE BASTAVA OUVIR O BARULHO DAS ONDAS QUE SERIA VOCÊ DIZENDO QUE ME AMA. MAS ONDE ESTA VOCÊ AGORA? – eu gritava inconformada por ter perdido a pessoa que mais me amou na vida. – EU ACREDITEI EM VOCÊ! VOCÊ DISSE QUE NUNCA ME DEIXARIA SOZINHA. MAS EU APENAS ESCUTO O BARULHO DAS ONDAS, O SENTIMENTO DA AREIA NOS MEUS PÉS. VOCÊ DISSE QUE SERIA VOCÊ PORQUE AMAVA O MAR, MAS NÃO É VOCÊ... não é... – sussurrei caindo de joelhos na areia sentindo a agua molhar minhas pernas. Eu quero abraça-lo, beija-lo. Quero você AQUI. Por favor me leve com você. Eu não aguento mais. Eu sinto tanto a sua falta. Tanto... – disse me deitando na areia sentindo a agua da chuva cair em meu rosto. De alguma forma aquilo me acalmou. E só ele costumava ter esse poder. – Obrigada por ter feito parte da minha vida Mike. 


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Notas finais do capítulo

Comentem o que estão achando, beijoos.



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